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Nome do Estudante:
Adelaide Manuel
ISGECOF
Lichinga
2022
Adelaide Manuel
ISGECOF
Lichinga
2022
Índice
1.Aspectos introdutórios ............................................................................................................. 3
2.1.Direito de petição.................................................................................................................. 5
2.7.Conclusão ........................................................................................................................... 11
1.Aspectos introdutórios
O presente trabalho tem como objectivo, Conhecer as garantias administrativas dos Contratos
Administrativos da Legalidade dos Particulares. E para a realização do trabalho, usou-se a
metodologia de pesquisa bibliográfica cingida através da leitura do livro principal que aborda
o mesmo tema e alguns artigos.
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Segundo o Prof. Freitas do Amaral diz que as garantias dos Particulares O reconhecimento
constitucional dos direitos e interesses dos cidadãos consagrado no art. 266º.1 CRP, bem
como a subordinação da Administração Pública à lei (266º.2 CRP) não basta para garantir um
efectivo meio de reacção dos interessados em face de uma infracção por parte da
Administração.
As garantias dos particulares de que se ocupa o Direito Administrativo asseguram
mecanismos de reacção e defesa perante actos da Administração.
Garantia dos Particulares - meios criados pela ordem jurídica com a finalidade de
evitar ou de sancionar as violações do direito objectivo, as ofensas dos direitos
subjectivos ou dos interesses legítimos dos particulares, ou o demérito da acção
administrativa, por parte da Administração Pública.
Garantias políticas estas garantias são efectivadas através dos órgãos políticos do Estado,
consistindo no direito de resistência, consagrado no 21º CRP, e no direito de petição, quando
exercido perante um órgão de soberania, de acordo com o 52º CRP.
Requisitos:
Modalidades:
Resistência Passiva- verifica-se quando existe uma ordem que ofenda direitos
liberdades e garantias, e consiste em não fazer o que é imposto ou fazer o que é
vedado.
Resistência Defensiva- verifica-se quando existe uma agressão de agentes, e consiste
na resposta à agressão.
2.1.Direito de petição
Ambas as garantias são insuficientes, uma vez que cobrem poucos casos e por serem
confiadas a órgãos políticos estão sujeitas a ser apreciadas de acordo com critérios de
conveniência política, e nem sempre por critérios de imparcialidade.
2.2.Garantias administrativas
Estas garantias são mais vantajosas para os particulares, uma vez que os órgãos
administrativos não atendem, geralmente, a motivações de carácter político. No entanto, os
órgãos da Administração Pública estão muitas vezes orientados na sua tomada de decisão por
critérios de eficiência na prossecução do interesse público, e não tanto pelo respeito à
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legalidade e aos interesses dos cidadãos. Por este motivo surgiram as garantias contenciosas,
que vamos desenvolver posteriormente.
Dentro do âmbito das garantias administrativas vamos começar por analisar os cinco tipos de
garantias petitórias, que têm por base um pedido dirigido à Administração para que considere
as opiniões do particular e, posteriormente, as impugnatórias, que consistem numa
impugnação a um acto administrativo já praticado.
2.3.Garantias petitórias
Dentro deste direito, cabe a faculdade de acesso aos arquivos e registos administrativos,
mesmo que não se encontre em curso qualquer procedimento que diga directamente respeito
ao particular, o que confirma que, em princípio, qualquer pessoa tem legitimidade para
exercer este direito.
2.4.Garantias impugnatórias
Reconhecidas no 184º, nºs 1 e 2 CPA, são aquelas garantias que permitem aos particulares
atacar um ato administrativo, com vista à sua revogação, anulação administrativa,
modificação ou substituição. Em caso de omissão apela-se à prática do ato ilegalmente
omitido. Subdividem-se em quatro tipos ( 191º - 199º CPA) que importa analisar. A
legitimidade é reconhecida aos particulares que considerem os seus direitos subjectivos ou
interesses legítimos afectados pelo ato administrativo e a todos os que possam intervir
procedimentalmente da defesa de direitos difusos, de acordo com o art. 186º.1 CPA. Ficam
impedidos de reclamar aqueles que tenham aceitado o acto administrativo depois de praticado
(cfr. art. 186º nº 2 CPA).
Esta figura justifica-se pelo facto de os actos administrativos, em geral, poderem ser
revogados ou anulados pelo órgão que os praticou. Hoje em dia, a reclamação prévia não é
necessária para efectivar uma impugnação contenciosa, sendo facultativa. Salvo lei especial, o
prazo para apresentar uma reclamação é de 15 dias (191º. 3 CPA), e o prazo para o órgão
competente decidir sobre a reclamação é de 30 dias (192º.2 CPA).
apresentado ao órgão a quo (194º.2. CPA) e sempre dirigido ao mais elevado superior
hierárquico do mesmo (194º.1. CPA), salvo se a competência para a decisão se encontrar
delegada ou subdelegada. Quanto aos prazos para a interposição do recurso, nos casos em que
o objeto é a impugnação de um ato, estes encontram-se estipulados legalmente nos 188º.1 e 2
e 198º. 1 CPA, sendo, em regra, o prazo de 30 dias. Importa notar que a extemporaneidade do
recurso hierárquico implica automaticamente a extemporaneidade da impugnação contenciosa
subsequente. Se o objecto do recurso for a contestação da omissão de um ato, o prazo conta-se
da data do incumprimento do dever de decisão (188º.3 CPA). A interposição do recurso pode
ter consequências suspensivas ou não suspensivas, ocorrendo a suspensão automática do ato
em causa até à reapreciação do superior hierárquico. Em regra, os recursos hierárquicos
necessários têm efeito suspensivo, e os recursos hierárquicos facultativos não têm (189º. 1 e 2
CPA). A autoridade ad quem deve pronunciar-se em 30 dias, podendo alongar-se o prazo até
aos 90 dias (198º.º 1 e 2 CPA). Consequentemente, a autoridade pode: rejeitar o recurso por
questões de forma (196º CPA), negar o provimento, mantendo-se o ato que foi recorrido, ou
conceder o provimento, podendo implicar a revogação, anulação, modificação ou substituição
do ato recorrido.
A figura do Provedor de Justiça é entendida pelo Prof. Freitas do Amaral como uma garantia
administrativa dos direitos dos particulares face à Administração Pública.
2.6.Garantia contenciosas
Tipo de garantias que se efectiva através dos tribunais. São as mais eficazes a assegurar a
defesa dos direitos subjectivos e interesses legítimos dos particulares.
É hoje muito ampla também, a faculdade dos particulares de proceder à cumulação de pedidos
diferentes, mas conexos, o que é um dos principais motivos para a justiça administrativa de
hoje se afirmar como contencioso de plena jurisdição e não de mera anulação. No entanto, o
princípio da separação de poderes não foi posto em causa, uma vez que os Tribunais não têm
competência para avaliar o mérito da acção administrativa, mas apenas a respectiva
legalidade. Uma vez que o contencioso administrativo é matéria de uma disciplina autónoma
da do Direito Administrativo, ficamos só com estas notas breves relativas a algumas das
garantias dos particulares de carácter contencioso.
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2.7.Conclusão
Em suma o contrato administrativo, é o exame dos diversos contratos que a Lei portuguesa
qualifica de administrativos, vai permitir-nos pesquisar um conceito de contrato
administrativo válido para o nosso Direito. Não há dúvida de que é contato administrativo
aquele que se ache submetido ao regime próprio do Direito administrativo. Mas tem que
reconhecer-se que para legislador português o traço essencial desse regime é a atribuição de
competência para conhecer do respectivo contencioso aos tribunais administrativos.
Onde o contrato administrativo, como aquele que “constitui um processo próprio de agir da
Administração Pública e cria, modifica ou extingue relações jurídicas, disciplinadas em
termos específicos do sujeito administrativo, entre pessoas colectivas da Administração ou
entre a Administração e os particulares”.
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2.8.Referências Bibliográficas
AMARAL, Diogo Freitas Do. (2001). Curso de Direito Administrativo. Vol. II, 4ª ed.
Coimbra: Almedina. ISBN: pp.518-519;
AMORIM, João Pacheco De. (2010). As garantias administrativas no código dos contratos
públicos: Estudos de Contratação Pública. Vol. II. Coimbra: Âncora Editora. 712 p.
ANDRADE, José Carlos Vieira De. (2012). A Justiça Administrativa. 12ª ed. Lisboa:
Almedina. ISBN 978-972-40-4972-4, 456 p.