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Universidade Católica de Moçambique

EXTENSÃO DE GURUÉ

Garantias dos particulares

Graciosos e contenciosos

Licenciatura em Direito 2º ano

Estudante: Júlia Filipe Magaia, Código: 712200056

Gurué, Novembro de 2021


Universidade Católica de Moçambique

EXTENSÃO DE GURUÉ

Garantias dos particulares

Graciosos e contenciosos

Licenciatura em Direito 2º ano

Estudante: Júlia Filipe Magaia, Código: 712200056

Trabalho de pesquisa da Cadeira de


Direito Administrativo apresentado
ao. Dr. Isaac Fernando Tomás para
fins avaliativos

Gurué, Novembro de 2021


Índice
Introdução............................................................................................................................1

Objectivos de trabalho..........................................................................................................1

1.1. Metodologia.............................................................................................................1

2. Garantias dos particulares.............................................................................................2

2.1. Garantias dos particulares.........................................................................................2

2.2. Garantias Graciosas..................................................................................................3

2.3. Garantias contenciosas.............................................................................................3

3. Conclusão.....................................................................................................................5

4. Referências bibliográficas............................................................................................6
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1. Introdução
O presente trabalho da cadeira de direito administrativo aborda sobre as garantias estas meios
criados pela ordem jurídica com a finalidade de evitar ou sancionar quer as violações do
direito objectivo, quer as ofensas dos direitos subjectivos e dos interesses legítimos dos
particulares. As garantias dos particulares, que estão na origem do contencioso administrativo,
constituem ainda hoje um dos aspectos mais importantes do Direito Administrativo o trabalho
vai conceituar as garantias graciosas as que se efectivam através da actuação dos próprios
órgãos da Administração activa e as garantias contenciosas consistem na possibilidade de os
actos administrativos ou certos actos da administração poderem ser controlados por tribunais.

1.1. Objectivos de trabalho


O trabalho apresenta os seguintes objectivos:

 Dar o conceito de Garantias no direito administratico;


 Descrever as garantias;
 Diferencias as garantias graciosas das Contenciosas;

1.1.1. Metodologia

Para a realizacao do presente trabalho foi usada a pesquisa bibliográfica que partiu da
consulta de diversos materiais que pemitiram entre eles livros, revistas e obras na internet que
abordam sobre direito Administrativo
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2. Garantias dos particulares

Garantias - meios que o ordenamento jurídico põe à disposição dos particulares e que
funcionam como protecção contra os abusos e ilegalidades da AP, ou seja, são os meios
criados pela ordem jurídica com a finalidade de evitar ou sancionar quer as violações do
direito objectivo, quer as ofensas dos direitos subjectivos e dos interesses legítimos dos
particulares, pela AP.

2.1. Garantias dos particulares

Para Diogo Freitas do AMARAL48, «garantias dos particulares são os meios criados pela
ordem jurídica com a finalidade de evitar ou de sancionar quer as violações do direito
objectivo, quer as ofensas dos direitos subjectivos e dos interesses legítimos dos particulares
pela administração pública».

Assim, para além de só poder ser exercido com fundamento na lei e dentro dos seus limites, o
interesse público prosseguido pela administração pública tem de respeitar os direitos e
interesses dos particulares legalmente protegidos.

As garantias dos particulares, constituem ainda hoje um dos aspectos mais importantes do
Direito Administrativo porque «sem elas não existem relações jurídicas, porque não haverá a
possibilidade de obrigar a administração a cumprir os seus deveres assumidos segundo a lei».
Marcelo (2017)

As garantias políticas não constituem uma forma suficientemente eficaz de protecção dos
direitos dos particulares, já que cobrem poucos casos e, em cada caso, abrangem apenas
alguns aspectos; e também não são suficientemente seguras porquanto, sendo confiadas a
órgãos políticos, podem ser naturalmente apreciadas e efectivadas segundo critérios de
conveniência política, quando aquilo de que os particulares tantas vezes precisam é de
garantias jurídicas a que haja de sujeitar-se o próprio Poder.

Por isso, são bem mais importantes as garantias graciosas e, sobretudo, as garantias
contenciosas. A estas me referirei de seguida, tendo presente a legislação actualmente vigente
do Território.
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2.2. Garantias Graciosas

São “garantias graciosas”, as garantias que se efectivam através da actuação dos próprios
órgãos da Administração activa.

A ideia central é, esta: existindo certos controles para a defesa da legalidade e da boa
administração, colocam-se esses controles simultaneamente ao serviço do respeito pelos
direitos e interesses dos particulares.

As garantias graciosas são bastante mais importantes e eficazes, do ponto de vista da


protecção jurídica dos particulares, do que as garantias políticas.

São garantias graciosas aquelas que se efectivam através da actuação dos próprios órgãos da
Administração. Nelas se compreendem, também sob a designação de garantias
administrativas, as figuras da reclamação graciosa, do recurso hierárquico e do recurso tutelar.

Trata-se de, ainda no âmbito da Administração, fazer funcionar mecanismos que podem levar
à modificação de uma determinada decisão administrativa.

O sucesso das garantias administrativas depende, fundamentalmente, da atenção ou da boa


vontade do topo da hierarquia. E, por isso, pode afirmar-se que numa administração
centralizada e actuando num meio pequeno, tais garantias muitas vezes não funcionam
satisfatoriamente (umas vezes porque os superiores dão cobertura aos subalternos para lhes
salvar a face, outras porque os subalternos se aconselham com os superiores antes de tomar a

Estas garantias graciosas não são inteiramente satisfatórias: por um lado, porque por vezes os
órgãos da Administração Pública também se movem preocupações políticas; por outro,
porque muitas vezes os órgãos da Administração Pública guiam-se mais por critérios de
eficiência na prossecução do interesse público do que pelo desejo rigoroso e escrupuloso de
respeitar a legalidade ou os direitos subjectivos e interesses legítimos dos particulares.

2.3. Garantias contenciosas

As garantias jurisdicionais ou contenciosas, são as garantias que se efectivam através da


intervenção dos Tribunais Administrativos.

O conjunto destas garantias corresponde a um dos sentidos possíveis das expressões


jurisdição administrativa ou contencioso administrativo.
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As garantias contenciosas consistem na possibilidade de os actos administrativos ou certos


actos da administração poderem ser controlados por tribunais. Representam a forma mais
elevada e mais eficaz de defesa dos direitos dos administrados.

No contencioso administrativo cabem quer o recurso de actos administrativos, quer as acções


relativas a contratos administrativos ou as acções de indemnização destinadas a efectivar a
responsabilidade extracontratual da Administração por actos de gestão pública

As garantias contenciosas consistem na possibilidade de os actos administrativos ou certos


actos da administração poderem ser controlados por tribunais.
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3. Conclusão

Ao terminar conclui-se que existem diversas garantias dos particulares face à Administração
Pública, podendo estas ser de caráter político, administrativo ou contencioso. verificou-se
sucintamente que as garantias contenciosas são as que oferecem uma mais ampla e mais forte
proteção dos direitos dos particulares perante a administração, sobretudo após as reformas de
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4. Referências bibliográficas

Figueiredo D, José E.; (2012) Noções Fundamentais de Direito Administrativo, 2ª edição,


Almedina

Freitas A. D. (2017) Curso de Direito Administrativo, vol. 2, 3ª edição

Miranda, J. M., Constituição Portuguesa Anotada sd

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