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Distância
1º Ano
Tema:
GARANTIAS CONSTITUCIONAIS
O/A Tutor/a:
Discente:
Maputo, Agosto
2021
INSTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS DE EDUCAÇÃO Á DISTÂNCIA
CURSO DE DIREITO
1º ANO
NOME DO ACADÊMICO
TRABALHO DE CAMPO
TITULO DO TRABALHO:
GARANTIAS CONSTITUCIONAIS
MAPUTO, AGOSTO
2021
ÍNDICE
1.
Introdução 4
1.2.Objectivos .................................................................................................................................5
1.3.Metodologia...............................................................................................................................6
1.4. CONTEXTUALIZAÇÃO............................................................................................................7
1.4.1. DAS GARANTIAS ..................................................................................................................7
1.5. AS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS GERAIS.................................................................7
1.5.1. Norma jurídica e garantia......................................................................................................7
1.6. GARANTIA DA CONSTITUCIONALIDADE E GARANTIA DA CONSTITUIÇÃO.
………………………………………………………………………………...8
A constituição em sentido moderno possui raízes em espaços diferenciados, pois pretende radicar
ideias como ordenar, fundar e limitar o poder político, reconhecer e garantir os direitos e
liberdades do indivíduo, ou seja, a constitucionalização de liberdades. Constitucionalismo,
segundo Canotilho, pode se colocar como uma teoria ou ideologia que ergue o princípio do
governo limitado indispensável à garantia dos direitos em dimensão estruturante da organização
político- social de uma comunidade (2002, p.51).
Para que os direitos e liberdades reconhecidos nos textos constitucionais sejam efectivos é
necessário que haja uma série de garantias jurídicas. Elas compreendem uma série de
instrumentos legais e processuais reconhecidos em uma carta magna com o objectivo de
preservar a legalidade.
Portanto, o presente trabalho decampo, tem como objectivo analisar o seguinte tema:
GARANTIAS CONSTITUCIONAIS.
4
1.2.Objectivos
Geral:
Específicos:
5
1.3. Metodologia
6
1.4. CONTEXTUALIZAÇÃO
Garantias em face da proteção de grupos minoritários são meios de defesa, uma maneira de
precaução para que estes se mantenham “armados” constitucionalmente, e possam efetivar
direitos os quais constituem liberdades civis e políticas.
Bonavides coloca que garantias constitucionais são garantias individuais não havendo distinção
de significados no emprego de ambas, pois elas concretizam os direitos no sentido de protegê-
los. Garantias individuais são normas constitucionais as quais asseguram a todos os cidadãos
seus direitos individuais e dão a estes direitos a sanção vinda da lei constitucional (2010).
Uma coisa é norma jurídica, a qual continua a ser norma jurídica independentemente de haver
garantia da sua observância, o que significa que não é a garantia que torna a norma jurídica. A
garantia é um mecanismo acessório para assegurar a efectividade da norma, para assegurar que a
norma exerça a sua função. Deste modo, a garantia está fora da norma garantida, e constitui um
reforço à norma garantida.
Entretanto, é preciso notar que a garantia necessita obrigatoriamente de uma norma, pois ela não
pode existir fora de qualquer norma: a garantia é exprimida por uma norma jurídica, ‘‘ a norma
de garantia’’ , pois, ‘‘o conteúdo e o sentido de uma norma não se garante por si, garante-se
através do conteúdo e do sentido de outra ou outras normas. Donde normas jurídicas garantidas
e normas jurídicas de garantia’’ 1.
7
As normas jurídicas garantidas – são as que são reforçadas por outras, pelas normas jurídicas
de garantia.
Já as normas jurídicas de garantia- são as que visam assegurar ou reforçar a efectividade das
normas jurídicas (garantidas). As normas jurídicas de garantia ainda podem ser garantidas por
outras normas jurídicas.
Assim, porque as normas constitucionais substantivas podem ser violadas, por acção ou por
omissão, são acompanhadas por normas constitucionais adjectivas. ‘‘A inconstitucionalidade
corresponde garantia da constitucionalidade’’2.
_______________________
1
Miranda, Jorge. Manual de direito constitucional: constituição e inconstitucionalidade. Tomo
II, 3a edição, Coimbra Editora, 1996, pp. 349-350.
2
Miranda, Jorge. Manual de direito constitucional: constituição e inconstitucionalidade. Tomo
II, 3a edição, Coimbra Editora, 1996, pp. 350.
3
Miranda, Jorge. Manual de direito constitucional: constituição e inconstitucionalidade. Tomo
II, 3a edição, Coimbra Editora, 1996, pp. 351.
8
Entre as formas de defesa ou garantias preventivas da constituição podem se apontar: o
juramento dos titulares de cargos públicos ( artigo 150 da CRM), a proibição de partidos
políticos contrários à constituição ( artigo 74 e 75 da CRM), o estado de excepção ou de
necessidades e regras de organização adequadas durante o período do estado de necessidade
( artigo 72 da CRM), a proibição de revisão constitucional ( artigo 295 da CRM) e de dissolução
da Assembleia durante o estado de necessidade ( artigo 189 da CRM), as incompatibilidades de
cargos público ( artigos 219, 172, 149 da CRM).
- Garantias gerais e garantias especiais: as primeiras tendo uma vocação irradiante para toda a
Constituição, ao passo que as outras se limitando a segmentos mais específicos da Ordem
Constitucional;
9
- Garantias informais e garantias institucionais: as primeiras acontecendo pela protecção de
certos valores constitucionais no comportamento dos governados e dos governantes, ao passo
que as outras sendo específicas incumbências dos órgãos do poder público;
A garantia da constituição pode ser feita através de meios individuais ( exemplo, o cidadão
pode exercer o direito de resistência , previsto no artigo 80 da CRM), por meios orgânicos (sendo
órgãos de soberania a controlar o comportamento doutros órgãos de soberania, por formas a
permitir que a conduta desses seja consentânea com a Constituição ).
É óbvio que, a garantia individual é menos relevante quando se trata de assegurar que os órgãos
do poder se comportem conforme a constituição, pois ‘‘contra poder só o poder, em ultimo temo,
consegue prevalecer’’5.
10
Contudo, a fiscalização da constitucionalidade pode classificar-se ao objecto da fiscalização, aos
órgãos, ao tempo, às circunstâncias, aos interesses relevantes no processo e a forma processual.
Com efeito, cabem no direito constitucional a classificação quanto ao objecto, aos órgãos e ao
tempo, ao passo que as restantes classificações cabem no direito constitucional adjectivo.
A Constituição é a norma das normas, a lei fundamental do Estado, o estalão normativo superior
de um ordenamento jurídico. Daí resulta uma pretensão de validade e de observância como
norma superior directamente vinculante em relação a todos os poderes públicos 8.
11
assegurar, de forma positiva, a dinamização da sua força normativa, e, de forma negativa, ao
reagir através de sanções contra a sua violação, como uma garantia preventiva, ao evitar a
existência de acto normativos, formal e substancialmente violadores das normas e princípios
constitucionais. Além disso, como iremos ver na parte dedicada á metódica constitucional, a
fiscalização judicial operou paulatinamente um desenvolvimento da própria Constituição a ponto
de se poder afirmar que ela foi “reinventada pela jurisdição constitucional” 10.
11
Embora não sejam tradicionalmente incluídos nos mecanismos de defesa da Constituição, têm
também carácter garantístico a ordenação constitucional de funções e o esquema de controlos
enterorgânicos e intra-orgânicos dos órgãos de soberania. O princípio da separação e
interdependência dos órgãos de soberania tem, assim, uma função de garantia da Constituição,
pois os esquemas de responsabilidade e controlo entre os vários órgãos transformam-se em
relevantes factores de observância da Constituição. Em Moçambique A separação e
interdependência dos órgãos de soberania está consagrado no artigo 134 da CRM nos seguintes
termos:
_______________________
4
Sobre a problemática das garantias constitucionais em geral, v. HANS KELSEN, La garantie
jurisdictionnelle de la Constitution, in Revue de Droit Public et Science Politique, 1928, pp. 221
e ss.
5
Montesquieu. apud Miranda, Jorge. Manual de direito constitucional: constituição e
inconstitucionalidade. Tomo II, 3a edição, Coimbra Editora, 1996, pp. 353.
6
Miranda, Jorge. Manual de direito constitucional: constituição e inconstitucionalidade. Tomo
II, 3a edição, Coimbra Editora, 1996, pp. 353.
7
Cfr. JORGE BACELAR GOUVEIA, manual…, II, p. 1250
12
São órgãos de soberania o Presidente da República, a Assembleia da República, o Governo, os
Tribunais e o Conselho Constitucional.
12
Globalmente consideradas, as garantias de existência da Constituição consiste: na vinculação
de todos os poderes públicos (designadamente do legislativo, executivo e judicial) à
Constituição; na existência de competência de controlo, políticas e jurisdicionais, do
comprimento da Constituição.
____________________
2. Considerações finais
13
Com o presente trabalho concluímos que, as garantias constitucionais têm uma finalidade geral:
velar pelos direitos e liberdade dos indivíduos. Esta ferramenta jurídica é essencial em todo
estado de direito, caso contrário os cidadãos podem ficar desprotegidos pelas leis e diante de
qualquer possível abuso de autoridade ou ação arbitrária.
Para que os direitos e liberdades reconhecidos nos textos constitucionais sejam efectivos é
necessário que haja uma série de garantias jurídicas. Elas compreendem uma série de
instrumentos legais e processuais reconhecidos em uma carta magna com o objectivo de
preservar a legalidade.
No contexto dos regimes ditatoriais é bastante comum que tais garantias sejam suspensas, pois
dessa maneira o estado pode exercer um controle totalitário sobre os indivíduos sem restrições ou
limites.
3. Referências Bibliográficas
14
AS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS (Curso de Direito Constitucional, Luiz Pinto Ferreira,
São Paulo, Saraiva, 1998, 9ª edição, pág.131/132)
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 25ªed. Malheiros editores. São Paulo.
2010.
Módulo de Direito Constitucional, Público e Privado 2º ano, páginas 169, 170, 171,172
Legislação
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