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FACULDADE DE DIREITO
CURSO DE LICENCIATURA EM DIREITO
TEMA:
FACULDADE DE DIREITO
TEMA:
O Estudante O Tutor
Marta Arlindo
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Introdução:
Em suma, o direito público é o conjunto de normas jurídicas que se referem às
actividades públicas. O direito privado é conjunto de normas jurídicas relativas às
actividades privadas. Actividades públicas e privadas são aquelas assim definidas na
ordem jurídico-positiva. É por isso que também se mostra possível definir o direito
público como aquele incidente sobre as funções públicas (legislativa, jurisdicional,
administrativa e de governo). A principal utilidade nessa distinção reside na diferença
de regime. O primeiro fundamenta os poderes estatais; o segundo, suas limitações. É por
isso que o princípio da supremacia não pode ser aplicado sem levar em consideração a
indisponibilidade. Mais do que isso, seria até mesmo possível falar num só princípio, o
do interesse público, nas suas vertentes de supremacia e indisponibilidade. Dão
compostura jurídico-positiva a esses princípios, as normas do estado democrático e
social de direito, república e federação. E, além disso, vige aqui um princípio de
competência: as actividades públicas são somente aquelas fixadas na ordem jurídica. As
demais estão situadas no campo privado e sujeitas ao regime jurídico privado. O direito
privado, por sua vez, tem como fundamento o princípio da autonomia da vontade.
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Definição de direito público e de direito privado
Segundo Bandeira de Mello (2007), em vista das considerações acima, é possível
conceituar o direito público, a partir de um critério formal, como sendo o conjunto de
normas jurídicas que disciplinam o exercício das actividades públicas (ou das funções
públicas). Já o direito privado pode ser definido como sendo o conjunto de normas que
disciplinam o exercício das actividades privadas. Nesse conceito, está implícito: quem
exerce a actividade, como a exerce, qual o seu conteúdo e quais os limites.
Ao direito público caberá disciplinar o sujeito que exerce a actividade pública
(organização político-administrativa e exercício de funções públicas por entes privados),
os meios técnico-jurídicos por ele utilizados (leis, actos administrativos, processo etc.),
o conteúdo dessa actividade (inovação jurídica em carácter originário, resolução de
casos concretos com força de definitividade, serviço público etc.)
E os seus limites (ex.: controle de constitucionalidade). o mesmo vale para o direito
privado no que se refere à actividade privada .ressalte-se que o conceito de direito
público acima apresentado não leva a uma identidade desse ramo com o exercício de
poderes públicos. Em primeiro lugar, porque, como já destacado, o dever de realização
de fins públicos domina o direito público.
Os critérios de distinção entre o direito público e direito privado
Direito público
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Sendo assim, o direito público é o ordenamento jurídico de natureza pública e carácter
social, que preza pela soberania do estado e a ordem das relações entre a sociedade.
Direito constitucional
O direito constitucional é a base de tudo. Significa que toda norma precisa seguir o que
está disposto na constituição federal de 1988.
Direito administrativo
Direito financeiro
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Direito eleitoral
O direito eleitoral é um ramo do direito público que tem como objecto de estudo os
institutos, as normas e os procedimentos que regulam o exercício do direito ao sufrágio
com a finalidade de concretizar a soberania popular, dar validade à ocupação de cargos
políticos e legitimar o exercício do poder estatal
Direito urbanístico
Direito processual
Direito processual, também conhecido por direito adjectivo, é o ramo que se ocupa do
processo, em outras palavras, à série de actos com finalidade definida, que se identifica
com o mesmo fim da jurisdição.
Direito penal
Direito internacional é o conjunto de normas que regula as relações externas dos atores
que compõem a sociedade internacional.
Direito tributário
O direito tributário é um ramo do direito público que tem como propósito regular como
ocorre a cobrança de tributos pelo estado das pessoas naturais e jurídicas.
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Os princípios do direito público
Segundo Pimenta (1875) argumenta dizendo que é fato que os ramos do direito
anteriormente citados possuem princípios próprios. No entanto, o direito público como
macro área também possui seus princípios. Assim, falaremos a seguir sobre alguns deles
Princípio da isonomia
Todos os cidadãos são iguais perante a constituição federal. Assim sendo, o estado tem
obrigação de tratar todos os cidadãos brasileiros com igualdade. Apesar disso, quando
falamos de desigualdade, seja ela qual for, o estado deve também tratar os desiguais de
maneira diferenciada.
Princípio da publicidade
É o princípio que estabelece a responsabilidade do estado quanto a transparência na
administração pública.
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Princípio da igualdade das políticas
É o que limita que o poder executivo ou legislativo, tratem de maneiras diferentes,
pessoas que se encontrem em situações idênticas. Isto significa que, os poderes não
podem editar leis, actos normativos ou medidas provisórias de acordo com raça, sexo,
religião, etc.
Direito privado
De acordo com De cicco (2016) salienta que o direito privado é constituído de normas
que regulam a condição civil dos cidadãos e empresas com relação aos modos de
aquisição, conservação e transmissão dos bens.
Vida privada,
Relações patrimoniais,
Relações extrapatrimoniais.
Portanto, todos os assuntos tratados entre pessoas e entidades particulares que não
envolvam o interesse público fazem parte desse regime jurídico.
Para exercer seus direitos qualquer pessoa, física ou jurídica, precisa contar com um
advogado para o estabelecimento de processo junto à justiça.
Direito civil
O direito civil é aquele que envolve os interesses dos particulares com igualdade de
condições, estabelecendo regras e leis que envolvam:
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Direito da família e sucessões,
Estado das pessoas,
Obrigações, responsabilidade civil e contractos,
Propriedade e património.
Como exemplo pode-se citar um contrato de aluguel entre duas partes, a união ou
separação de um casal, ou a divisão de bens nos casos de óbito.
Direito empresarial
O direito empresarial é aquele que trata especificamente das relações envolvendo
pessoas jurídicas, ou seja, empresas.
Títulos de crédito,
Marcas e patentes,
Falência e concordata,
Direito societário.
Além disso, está intimamente envolvido com outros ramos do direito, especialmente nas
questões empresariais, quando contribui para questões como:
Tributos,
Relação com colaboradores e entidades sindicais,
Comércio exterior.
A qualquer momento uma organização pode accionar a justiça para assegurar os seus
direitos e exigir que as obrigações firmadas sejam cumpridas.
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Conclusão:
O critério de distinção que tem gerado mais concordância é o chamado critério da
posição dos sujeitos. Segundo este critério, o direito público distingue-se do direito
privado pelo facto de, no direito público, serem reguladas relações entre dois sujeitos,
em que um deles (a entidade pública) está numa posição de supremacia perante o outro,
em virtude de se encontrar no exercício de poderes públicos (ius imperii). (Machado;
1989,p.183)
De forma diferente ocorre no caso do direito privado, enquanto categoria do direito, e
que disciplina um conjunto de relações entre sujeitos em igualdade de posição, ou seja,
enquanto simples particulares.
Por isso, o profissional deve estudar pontos específicos que dizem respeito à relação
entre o poder público e as empresas privadas.
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Referências bibliográficas:
Bandeira de Mello, Osvaldo aranha. (2007). Princípios gerais de direito
administrativo. 3. Ed. São Paulo: malheiros editores, Volume i.
Bastos, celso ribeiro. (2002). Curso de direito administrativo. São Paulo: celso bastos
editora.
Coelho, Luiz Fernando. (j2004). Aulas de introdução ao direito. Barueri: manole.
Costa, regina helena. (2012). Curso de direito tributário: constituição e código
tributário nacional. 2. Ed. Rev. E actual. São Paulo: saraiva.
De cicco, cláudio; gonzaga, Álvaro de Azevedo. (2016). Teoria geral do estado e
ciência política. 7. Ed. Rev., actual. E ampl. São Paulo: revista dos tribunais.
Diniz, maria helena. (2005). Compêndio de introdução à ciência do direito. 17. Ed. São
Paulo: saraiva.
Lima, Ruy Cirne. (1982). Princípios de direito administrativo. 5. Ed. São Paulo: revista
dos tribunais.
Machado, j. Baptista. (1989). Introdução ao direito e ao discurso legitimador. Coimbra:
almedina.
Pimenta Bueno, José António. (1857). Direito público brasileiro. Rio de Janeiro:
typographia imp. E const. De j. Villeneuve.
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