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1. A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA;
A constituição da República é a lei fundamental e ocupa o lugar primeiro na
hierarquia das leis. É portanto o primeiro modo de formação e revelação do
direito fiscal.
A matéria que regula os impostos tem como fundamento principal naquilo que
se designa “constituição fiscal”, ou seja, no conjunto de princípios jurídicos
constitucionais disciplinadores, aos mais alto nível, sobre quem, como e quando
se pode tributar, definindo os respectivos limites.
Os principais princípios jurídico-constitucionais do direito fiscal são:
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1.1. Princípio da Legalidade Fiscal
NB: Sobre esta matéria veja também o artigo 4 da LGT e artigo 3 da Lei n°
15/2002 de 26 de Junho.
Este princípio está relacionado com o princípio da legalidade e significa que são
considerados impostos aqueles que se encontram especialmente previstos na
lei. Assim, o n.º 1 do art. 3 da Lei n° 15/2002 de 26 de Junho dispõe que: “ Não
há lugar a cobrança de impostos que não tenham sido estabelecidos por lei.
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1.3. Princípio de Territorialidade
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1.5. Princípio da eficiência funcional
O princípio da eficiência funcional tutela o valor do bem comum, promovendo
a prossecução dos interesses públicos extra- fiscais constitucionalmente
relevantes que devem ser prosseguidos pelo Estado e outros entes públicos.
O princípio da não retroatividade da lei, que significa que a lei nova aplica-se
para casos novos, é uma garantia dos cidadãos que aplicado aos contribuintes
constitui um direito-garantia.(Falaremos na aplicação da Lei no tempo)
2. LEIS E DECRETO-LEIS
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Deste modo, a criação, a alteração e a fixação dos elementos essenciais do
imposto é da competência da Assembleia da República, cujos actos normativos
tomam a forma de lei. É o que dispõe o artigo 100 da Constituição da República,
que já citamos anteriormente.
Temos por exemplo a LBST, que estabelece os princípios e normas gerais do
ordenamento tributário moçambicano e os Códigos do IRPS, do IRPC e do IVA,
que aprovam a incidência, taxas e benefícios fiscais relativos aqueles impostos.
Esta limitação do artigo 100 (reserva de lei), pode, em alguns casos, ser afastada
por aquilo que se designa Decreto-Lei. Ou seja, estas matérias podem ser
reguladas pelo governo, mas mediante autorização legislativa prévia da
Assembleia da República, que definirá o objecto, o sentido e a duração do
decreto-lei.(Veja artigo 143 nº 3, 180 e 181 da CRM).
1. Decreto-lei
Então, o decreto-lei é também fonte de direito fiscal, embora por via deste não
se pode determinar os elementos essenciais do imposto, pois essas matérias, por
imperativo do princípio da legalidade tributária, a criação e a normatividade
dos elementos essências do imposto, são matéria da lei da A.R.
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É nesse contexto que temos por exemplo os regulamentos códigos do IRPC, do
IRPC e do IVA, aprovados pelo Governo de modo a simplificar as formas de
cobrança destes impostos.
Diplomas ministeriais são actos normativos dos ministérios. Em matéria fiscal o
Ministro das finanças pode, com autorização do governo, emitir certas
directivas, visando esclarecer e facilitar a aplicação de certos regulamentos.
Os actos normativos das autarquias locais tomam a forma de regulamentos ou
posturas municipais, e de igual modo, no âmbito do exercício da sua autonomia
as autarquias locais, dentro do respeito à lei e a constituição, produzem normas
e directivas que visam facilitar o processo de cobrança dos impostos e taxas
autárquicos.
4. CONTRATOS FISCAIS
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um regime tributário sub-rogado, ou conceder-lhes determinados
desagravamentos fiscais.
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Lei nº27/2014, de 23 de Setembro – Regime Específico de Tributação e de
Benefícios Fiscais das Operações Petrolíferas,
Lei nº28/2014, de 23 de Setembro – Regime Específico de Tributação e de
Benefícios Fiscais da Actividade Mineira,
Lei nº4/2009, de 12 de Janeiro – Código dos Benefícios Fiscais.
5. CONVENÇÕES INTERNACIONAIS
Não compete aos tribunais criar normas jurídicas porque a sua função é de
dirimir conflitos mediante a aplicação de normas jurídicas aplicáveis.Entretanto
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pode falar – se em termos teóricos da jurisprudência como fonte de Direito
fiscal.
Fevereiro de 2022
Docente: Calisto Alfredo Mulelepeia
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Fontes imediatas – são aqueles factos que, por si só, são considerados enquanto factos geradores do
Direito (a Constituição, as leis ordinárias da Assembleia da República, os decretos-lei do Governo,
Regulamentos aprovados pelo Governo por via de decretos, actos da competência dos Ministros,
aprovados através de diplomas ministeriais, deliberações das autarquias locais)
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