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CURSO DE
DIREITO CONSTITUCIONAL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
DIREITO CONSTITUCIONAL
MÓDULO IV
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MÓDULO IV
4 A TRIBUTAÇÃO E O ORÇAMENTO
4.1 INTRODUÇÃO
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4.2 PRINCÍPIOS GERAIS
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Assim, o princípio da legalidade tributária impõe que a exigência ou o
aumento dos tributos seja antecedido de lei. Só à lei cabe instituir impostos, definir o
fato gerador e estabelecer prazos e condições de pagamento, pois pelo princípio da
reserva legal, a majoração do tributo é privativa da lei.
É importante lembrar que uma exceção a tal limitação pode ser encontrada
no artigo 153, § 1°, da CF, que faculta ao Poder Executivo Federal a alteração dos
seguintes impostos: II, IE, IPI e IOF. Tais impostos têm um nítido caráter econômico
regulatório, o que exige um procedimento simples e rápido para sua alteração,
incompatível, portanto, com o processo legislativo comum. As alíquotas da
contribuição de intervenção no domínio econômico incidente sobre combustíveis
também podem ser alteradas por mero ato do Poder Executivo, de acordo com o
artigo 177, § 4°, da CF.
Diz o artigo 5°, I da CF, que todos são iguais perante a lei sem distinção de
qualquer natureza. Esse texto proclama o princípio da igualdade ou da isonomia,
determinando o convívio de todos, sem discriminações. O Sistema Tributário
Nacional repetiu o disposto no artigo 5º da CF/88 em seu artigo 150, II, que diz ser
vedado “instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontram em
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional
ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos
rendimentos, títulos ou direitos”.
Sendo assim, a Constituição Federal impede a instituição de tratamento
desigual entre contribuintes que estejam em situação equivalente. Isso significa que
mesmo em termos de tributação é necessário tratar os iguais de forma igual, sendo
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função. Então, a
União deve respeitar o princípio federativo em sua atividade tributária.
Em virtude disso, não poderá tributar a renda gerada aos Estados, Distrito
Federal e Municípios em decorrência de emissão de obrigações da dívida pública.
Outra consequência de tal princípio é a vedação à cobrança de imposto de renda –
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IR de forma diferenciada no que se refere aos servidores públicos que não sejam
vinculados à União. Ou seja, os tributos federais, estaduais, distritais e municipais
deverão ser uniformes em toda a circunscrição de sua incidência, apresentando
idêntica base de cálculo, vedando-se que contribuintes na mesma situação recebam
tratamento diferenciado por parte do Estado.
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O princípio da anterioridade está previsto no artigo 150, III, b, CF/88,
significando a vedação de a União, Estados, Distrito Federal e Municípios cobrar
tributos “no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou”. Significa que para haver a cobrança de um novo tributo ou a
majoração de um já existente, a lei deverá, necessariamente, ser publicada até o
final do exercício anterior ao que se inicia a sua cobrança.
É uma forma de deter a eficácia da lei até o primeiro dia do exercício
subsequente da sua publicação. É direito à segurança jurídica, no sentido de que os
contribuintes não se surpreendam pela imposição tributária. Ou seja, tendo por
finalidade evitar a surpresa do contribuinte em relação a uma nova cobrança ou um
valor maior, não previsto em seu orçamento doméstico.
O princípio da anterioridade tem natureza jurídica de garantia individual, pois
assegura a possibilidade de o contribuinte programar-se contra a ingerência estatal
em sua propriedade, preservando-se, pois, a segurança jurídica. É bom lembrar que
a Constituição prevê que este princípio não se aplica aos seguintes impostos (artigo
150, § 1º): importação de produtos estrangeiros, exportação de produtos nacionais
ou nacionalizados, produtos industrializados, impostos extraordinários, empréstimo
compulsório extraordinário e contribuições sociais (estas últimas estão sujeitas ao
período de 90 dias entre a publicação da lei e a eficácia, conforme disposto no artigo
195, § 6º).
Será que esse princípio da anterioridade, no estágio em que se apresenta,
trata-se de mero princípio retórico, pelo elevado número de exceções constitucionais
e pelo fato de ser possível publicar uma lei em 31 de dezembro do ano em curso
criando novo tributo e iniciar a cobrá-lo no dia 1° de janeiro do ano seguinte?
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a cobrança de tributos antes de decorridos noventa dias da data, em que tenha sido
publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Já existente em nossa Constituição,
para fins de cobrança de contribuições sociais. (artigo 195, § 6° da CF).
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caso de pedágios instituídos em virtude da utilização de vias conservadas pelo
Poder Público.
O pedágio é espécie do gênero de taxas e como tal é submetido a sua
disciplina constitucional, inclusive, ao princípio da razoabilidade. É bom lembrar que
essa proibição não impede que os Estados e Municípios instituam postos de
fiscalização em suas fronteiras, já que não se está cobrando um imposto
interestadual ou intermunicipal, mas sim evitando a sonegação de tributos dos
respectivos entes da Federação.
Segundo o artigo 145 § 1° da CF, o tributo deve ser cobrado de acordo com
as possibilidades econômicas da cada contribuinte. Assim, os impostos, sempre que
possível, terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica
do contribuinte. Para tanto, a administração tributária, composta de diversas
entidades públicas destinadas a exercer a função de arrecadação desses tributos,
pode identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do
contribuinte, desde que o faça nos limites da lei e respeite os direitos individuais,
como, por exemplo, o direito à intimidade, o sigilo das comunicações e a
inviolabilidade de domicílio.
Em síntese, o princípio da capacidade contributiva significa que quem pode
mais, paga mais, e quem pode menos, paga menos. Um exemplo clássico é o do
Imposto de Renda, no qual o Estado apura a renda do indivíduo e, a partir daí,
determina qual alíquota de imposto incidirá sobre a base de cálculo. Para tanto, a
administração tributária poderá identificar o patrimônio, os rendimentos e as
atividades econômicas do contribuinte.
Essa previsão busca uma maior seletividade dos tributos, permitindo ao
Fisco que cobre mais de quem tem mais. Por este princípio, cada um deve contribuir
para atender as necessidades de recursos do Estado, mas na medida em que o
permita a sua capacidade econômica. Há quem diga que a Constituição Federal
confunde os termos “capacidade contributiva” e “capacidade econômica”, utilizando
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esta última com o significado da primeira, pois é possível um contribuinte demonstrar
capacidade econômica com o fato de ter um patrimônio muito grande que não lhe dá
lucro e não ter capacidade contributiva porque não é possuidor de liquidez, isto é,
não tem dinheiro à sua disposição.
Existem dispositivos constitucionais que prestigiam o Princípio da
Capacidade Contributiva, como por exemplo, artigo 153, § 2º, I (progressividade
expressa no IR), artigo 150, IV (a vedação à utilização de tributo com efeito de
confisco), dentre outros.
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que
implique distinção ou preferência em relação a Estado, Distrito Federal ou a
Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos
fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento
socioeconômico entre as diferentes regiões do País.
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Sendo assim, os tributos cobrados pela União devem ser instituídos de
maneira uniforme em todo o território nacional, obrigação que nasce em
consonância com o disposto no artigo 19 da Constituição Federal, que proíbe a
instituição de preferências entre os entes que compõem a Federação (União,
Estados, Distrito Federal e Municípios).
Já o princípio da razoabilidade pode ser definido como aquele que exige
proporcionalidade, justiça e adequação entre os meios utilizados pelo Poder Público,
no exercício de suas atividades, administrativas ou legislativas, e levando-se em
conta critérios racionais e coerentes. Portanto, o que se exige do Poder Público é
uma coerência lógica nas decisões e medidas administrativas e legislativas, bem
como na aplicação de medidas restritivas e sancionadoras, estando interligados, os
princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
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Não vinculados: quando a existência do tributo independe de uma
atividade específica do Estado em relação ao contribuinte. São
exemplos os impostos.
Fiscais, têm como objetivo a obtenção de receita para o Estado. São
exemplos o ITBI, o ITCD e o IR.
Extrafiscais: objetivam a interferência na economia. É exemplo o
Imposto de Importação (II).
Parafiscais: custeiam uma atividade paralela às funções típicas do
Estado. São exemplos as contribuições para a Seguridade social.
Diretos: o contribuinte sofre uma diminuição patrimonial em virtude do
tributo. É exemplo o imposto de renda (IR).
Indiretos: o contribuinte, apesar de manter sua condição perante o Fisco,
transfere para outra pessoa o ônus de custear o tributo. Exemplo: IPI,
Cofins, PIS, ICMS e ISS.
4.4.1 Impostos
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uma contraprestação por parte do Estado. O seu fato gerador não depende de
qualquer atividade estatal, logo, o imposto é uma espécie de tributo não vinculado.
São tributos destinados a atender indistintamente às necessidades de ordem geral
da Administração Pública, distinguindo-se dos demais produtos pelo fim a que se
destinam, que não é a necessidade ou o interesse de um indivíduo ou grupo de
indivíduos, mas sim o custeio dos serviços gerais da administração.
Assim, é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica em favor do contribuinte ou
relativa a ele. A CF estabelece que, sempre que possível, os impostos terão caráter
pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte,
facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses
objetivos, respeitando os direitos individuais, e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
Ou seja, é um tributo de caráter genérico que não se prende a qualquer
atividade específica do Estado em relação ao contribuinte, o pagamento pelo
contribuinte não lhe confere o direito a uma contraprestação específica. Presta-se
para manter serviços gerais, que servem a coletividade como um todo, como é o
caso do policiamento das ruas.
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Compete à União, também, a estipulação de impostos decorrentes de sua
competência residual e os impostos extraordinários, previstos no artigo 151 da CF.
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4.4.5 Taxas
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte
ou posto à sua disposição.
Tarifas não devem ser confundidas com taxas. As taxas são tributos (receita
derivada), que devem ser instituídas por lei para suprir um serviço público colocado
à disposição do contribuinte ou para custear o poder de polícia do Estado. As tarifas
ou preços públicos são formas de receita originária derivadas de uma relação
contratual, podendo ser aumentada independentemente de lei ou de sujeição às
limitações constitucionais ao poder de tributar. Um exemplo de taxa é a de
iluminação pública, e de tarifa é o valor pago em contraprestação à utilização de
transporte urbano.
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4.4.6 Contribuição de Melhoria
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A valorização dos imóveis de propriedade privada pode dar-se em virtude
das seguintes obras públicas:
Abertura, alargamento ou pavimentação de vias públicas;
Iluminação;
Arborização;
Esgotos;
Construção e ampliação de parques, pontes, túneis, viadutos;
Ampliação do sistema de trânsito rápido;
Abastecimento de água;
Redes elétricas;
Redes telefônicas;
Proteção contra inundações, etc.
Nos termos do artigo 148 da CF, a União está autorizada a criar, mediante
lei complementar, e exigir para atender a despesas extraordinárias decorrentes de:
Calamidade pública,
Guerra externa ou sua eminência, necessidade de urgente investimento
público, de relevante interesse nacional.
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4.4.8 Outras Contribuições
Assim, o artigo 149 dispõe que a União detém competência exclusiva para
instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse
das categorias profissionais ou econômicas. Existem, porém, duas exceções a tal
regra. Em primeiro lugar, Estados, Distrito Federal e Municípios podem instituir as
contribuições sociais para custeio do regime previdenciário próprio de seus
servidores públicos.
Em segundo lugar, o artigo 149-A, inserido pela Emenda Constitucional nº
39/2002, criou a contribuição para custeio do serviço de iluminação pública, que
pode ser cobrada pelos Municípios e pelo Distrito Federal. De acordo com a
Constituição Federal, as contribuições sociais e de intervenção no domínio
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econômico não incidem sobre a exportação, mas deverão incidir sobre a importação
de produtos estrangeiros ou serviços.
No final deste módulo, encontra-se como anexo, uma relação de Tributos no
Brasil, atualizada em 24/04/2013. ( www.portaltributario.com.br)
4.6.1 Conceito
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A imunidade é uma limitação do exercício do poder de tributar, prevista na
CF/88, sob a forma de norma dirigida ao legislador, não lhe permitindo exercer a sua
competência tributária nos casos que especifica. Imunidades tributárias são as
vedações absolutas ao poder de tributar certas pessoas ou certos bens. Consiste no
impedimento constitucional absoluto à incidência da norma tributária, pois restringe
as dimensões do campo tributário da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios. É um obstáculo decorrente de regra da Constituição à incidência de
regra jurídica de tributação. O que é imune não pode ser tributado.
A imunidade não protege a pessoa do parlamentar e sim o exercício da
função. Serve para garantir o livre exercício da função, evitando que o indivíduo não
exerça de forma livre a sua função que é fiscalizar. Então, a imunidade serve para
garantir o livre exercício da função parlamentar para que ele não tenha medo de
futuras represálias.
A Constituição não usa o termo “imunidade”, e sim “é vedado”, “não incide”.
Assim, imunidade é a vedação constitucional para instituir tributo em relação a
certas pessoas, entes ou em determinadas situações. São imunes dos impostos, por
exemplo, os livros e os jornais (artigo 150, VI, da CF).
Na imunidade, como não inexiste o poder de tributar, não há fato gerador.
Difere da isenção, em que há o fato gerador e ocorre mera dispensa do pagamento
do tributo devido. A imunidade é sempre constitucional. A isenção dá-se por lei
ordinária. A Constituição Federal estipula uma série de imunidades, ou seja, casos
em que não se verifica a competência estatal para a cobrança de impostos. A
imunidade que a lei define como hipótese de incidência tributária é aquilo que é
imune. É limitação de competência.
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Essa imunidade se estende às autarquias e às fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos
serviços, vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes (artigo
150, § 2°).
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sobre as exportações (artigo 149, § 2°, I, da CF). É possível perceber que a
Constituição não obedece à rigidez doutrinária dos termos “isenção” (criada por lei) e
“imunidade” (criada pela Constituição), utilizando-se dos dois termos para definir o
fenômeno da imunidade tributária.
Isenção corresponde à dispensa de pagamento do tributo por expressa
disposição legal. A criação de imunidade tributária é matéria típica do texto
constitucional, enquanto a de isenção é versada na lei ordinária. As imunidades
podem ter caráter subjetivo, quando o fator determinante for uma característica da
pessoa jurídica beneficiária (imunidade recíproca, por exemplo) ou objetiva, quando
relacionada a características do fato gerador não relacionado ao beneficiário
(imunidade sobre o ouro utilizado como ativo financeiro, por exemplo).
4.7 O ORÇAMENTO
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A Constituição Federal prevê, em matéria orçamentária, que o Congresso
Nacional, a partir de leis de iniciativa do Poder Executivo, estabelecerá o plano
plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. Assim, o artigo 165
traça o regime constitucional do Orçamento Público em três tipos. Ou seja, o termo
orçamento compreende, na verdade, um sistema orçamentário que é composto de
três leis orçamentárias:
Plano Plurianual
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seja, lei orçamentária anual, ou simplesmente orçamento anual, contém, em
verdade, três orçamentos: o orçamento fiscal, o orçamento dos investimentos e o
orçamento da seguridade social. Assim, essa lei compreenderá o orçamento fiscal
referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, etc.
O sistema legal orçamentário deve ser integrado. Assim, a lei orçamentária
anual deve ser compatível com o plano plurianual e respeitar as metas e prioridades
previstas na lei de diretrizes orçamentárias. Além destas três leis orçamentárias, a
Constituição prevê ainda uma lei complementar para regular as normas gerais
orçamentárias e a execução do orçamento. É a lei da Responsabilidade Fiscal (Lei
Complementar 101/2000).
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Toda a administração pública fica sujeita à fiscalização hierárquica, mas a
administração financeira e orçamentária submete-se a maiores rigores de
acompanhamento, tendo a CF de 1988 determinado o controle interno pelo
Executivo e o controle externo pelo Congresso Nacional auxiliado pelo Tribunal de
Contas da União (artigos de 70 a 75).
O controle externo visa a comprovar a probidade da Administração Pública e
a regularidade da guarda e emprego dos bens, valores e dinheiros públicos, assim
como a fiel execução do orçamento. É controle político de legalidade contábil e
financeira.
O Tribunal de Contas da União tem uma posição singular na Administração
brasileira, pois está instituído constitucionalmente como órgão auxiliar do Poder
Legislativo (artigo 71), mas desempenha atribuições jurisdicionais administrativas,
relacionadas com a fiscalização da execução orçamentária, com a aplicação dos
dinheiros públicos, com a legalidade dos contratos, aposentadorias e pensões.
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específico. As exceções ficam por conta das transferências que devem
ser aplicadas na manutenção e desenvolvimento do ensino (artigo 212),
nas ações e serviços públicos de saúde (artigo 198, § 2°) e das
arrecadações comprometidas como garantia do pagamento da dívida da
União (artigo, 167, § 4°).
Princípio da Exclusividade, o orçamento não pode conter dispositivo
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa (artigo 165, § 8°).
Princípio da Programação, todos os planos e programas devem estar de
acordo com o plano plurianual (artigo 165, § 4°).
E por fim, o Princípio da Legalidade, o orçamento somente pode ser
instituído por lei (artigo 165, caput).
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ANEXO:
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24. Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública - art. 32 da Lei
11.652/2008
25. Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) - art. 8º da Lei
12.546/2011
26. Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição
Confederativa Laboral, vide comentários sobre a Contribuição Sindical
Patronal)
27. Contribuição Sindical Patronal (não se confunde com a Contribuição
Confederativa Patronal, já que a Contribuição Sindical Patronal é obrigatória,
pelo artigo 578 da CLT, e a Confederativa foi instituída pelo art. 8, inciso IV,
da Constituição Federal e é obrigatória em função da assembleia do
Sindicato que a instituir para seus associados, independentemente da
contribuição prevista na CLT)
28. Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do
FGTS - Lei Complementar 110/2001
29. Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
30. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
31. Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA,
CRECI, CORE, etc.)
32. Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de
esgoto, etc.
33. Fundo Aeroviário (FAER) - Decreto Lei 1.305/1974
34. Fundo de Combate à Pobreza - art. 82 da EC 31/2000
35. Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL) - Lei 5.070/1966 com
novas disposições da Lei 9.472/1997
36. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) - Lei 5.107/1966
37. Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) - art. 6
da Lei 9.998/2000
38. Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de
Fiscalização (Fundaf) - art.6 do Decreto-Lei 1.437/1975 e art. 10 da IN SRF
180/2002
39. Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) -
Lei 10.052/2000
40. Imposto s/Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
41. Imposto sobre a Exportação (IE)
42. Imposto sobre a Importação (II)
43. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
44. Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
45. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)
46. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa física
e jurídica)
47. Imposto sobre Operações de Crédito (IOF)
48. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
49. Imposto sobre Transmissão Bens Inter-Vivos (ITBI)
50. Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)
51. INSS Autônomos e Empresários
52. INSS Empregados
53. INSS Patronal (sobre a Folha de Pagamento e sobre a Receita Bruta -
Substitutiva)
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54. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
55. Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio
do Servidor Público (PASEP)
56. Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro
57. Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de
Graduação - Lei 10.870/2004
58. Taxa de Avaliação da Conformidade - Lei 12.545/2011 - art. 13
59. Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de produtos animais e
vegetais ou de consumo nas atividades agropecuárias - Decreto-Lei
1.899/1981
60. Taxa de Coleta de Lixo
61. Taxa de Combate a Incêndios
62. Taxa de Conservação e Limpeza Pública
63. Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA - Lei 10.165/2000
64. Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos - Lei 10.357/2001, art.
16
65. Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais)
66. Taxa de Fiscalização da Aviação Civil - TFAC - Lei 11.292/2006
67. Taxa de Fiscalização da Agência Nacional de Águas – ANA - art. 13 e 14 da
MP 437/2008
68. Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - Lei
7.940/1989
69. Taxa de Fiscalização de Sorteios, Brindes ou Concursos - art. 50 da MP
2.158-35/2001
70. Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Lei 9.782/1999, art. 23
71. Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro -
TFPC - Lei 10.834/2003
72. Taxa de Fiscalização dos Mercados de Seguro e Resseguro, de Capitalização
e de Previdência Complementar Aberta - art. 48 a 59 da Lei 12.249/2010
73. Taxa de Licenciamento Anual de Veículo - art. 130 da Lei 9.503/1997
74. Taxa de Licenciamento, Controle e Fiscalização de Materiais Nucleares e
Radioativos e suas instalações - Lei 9.765/1998
75. Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal
76. Taxa de Pesquisa Mineral DNPM - Portaria Ministerial 503/1999
77. Taxa de Serviços Administrativos – TSA – Zona Franca de Manaus - Lei
9.960/2000
78. Taxa de Serviços Metrológicos - art. 11 da Lei 9.933/1999
79. Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP)
80. Taxa de Outorga e Fiscalização - Energia Elétrica - art. 11, inciso I, e artigos
12 e 13, da Lei 9.427/1996
81. Taxa de Outorga - Rádios Comunitárias - art. 24 da Lei 9.612/1998 e nos art.
7 e 42 do Decreto 2.615/1998
82. Taxa de Outorga - Serviços de Transportes Terrestres e Aquaviários - art. 77,
incisos II e III, a art. 97, IV, da Lei 10.233/2001
83. Taxas de Saúde Suplementar - ANS - Lei 9.961/2000, art. 18
84. Taxa de Utilização do SISCOMEX - art. 13 da IN 680/2006
85. Taxa de Utilização do MERCANTE - Decreto 5.324/2004
86. Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais)
87. Taxas Judiciárias
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88. Taxas Processuais do Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE
- art. 23 da Lei 12.529/2011
FIM DO MÓDULO IV
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