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DIREITO ECONOMICO TRIBUTÁRIO

 LIMITAÇÃO DO PODER TRIBUTAR


Primordialmente as Limitações ao Poder de Tributar são, em sentido lato, como obstáculos
estabelecidos pela própria Constituição Federal, para que o Ente Tributante não exceda o
exercício de suas atribuições, impondo, desta forma, ao contribuinte, uma carga onerosa
insuportável. É, portanto, o disciplinamento jurídico de tais competências.
Aliás as limitações ao poder de tributar são, em última análise, qualquer restrição imposta pela
CF às entidades dotadas de tal poder, no interesse da comunidade, do cidadão ou, até mesmo, no
interesse do relacionamento entre as próprias entidades impositoras.

 Princípios Tributários
Os princípios tributários são direcionamentos importantes que guiam os operadores do direito,
podemos considerá-los como fundamentos normativos que nos indicam a direção a ser tomada
para aplicação da lei no caso concreto, a seguir iremos ver os mais importantes princípios para o
direito tributário e sua fundamentação legal.
Princípio da Legalidade
O princípio da legalidade tem sua previsão em dois momentos do corpo de nossa constituição,
sendo eles o art. 5º inc. II (de forma genérica) e o art. 150 inc. I (Princípio da legalidade
tributária). Sendo esses dispositivos, além de determinarem antecipadamente as condutas dos
sujeitos da relação, estabelecem verdadeiras vedação legal.
Assim, todo e qualquer tributo que for criado ou majorado, sem lei que o estabeleça, será
considerado inconstitucional.
No caso da diminuição de tributo, incorre o mesmo princípio, levando em consideração o art. 97
do CTN. Que versa que somente lei tem a capacidade de reduzir ou majorar impostos.
Trazendo a jurisprudência para dentro do princípio, é importante salientar que hoje e
entendimento pacificado no supremo que existe a possibilidade de medida provisória criar,
aumentar e reduzir impostos, por ter força de lei, desde que obedeça os procedimentos
constitucional, é importante lembrar que é vedado medida provisória tratar de matéria á
disciplina de lei complementar.
Princípio da Isonomia
O princípio da isonomia, ou igualdade com previsão no art. 150 inc. II, trata da regra que veda a
União, Estados, Municípios e o Distrito Federal, instituírem tratamento desigual aos
contribuintes que estão em situação equivalente. Indo além, impede que qualquer distinção em
razão de ocupação profissional ou função por ele exercida. Isso independente da denominação
jurídica dos rendimentos, títulos os direitos. Tendo a sua base legal atendida não só no sentido
formal, mas também no sentido material, visto que o Estado é obrigado a tratar todos os iguais
de maneira igual e os desiguais desigualmente na medida da sua desigualdade.

Princípio da Irretroatividade
Este princípio veda ao Estado a possibilidade de uma nova lei que institui ou majora tributos
retroaja a fatos geradores ocorridos antes da sua vigência, sua previsão legal está no art.150 inc.
III da nossa carta magna, esse princípio traz segurança jurídica ao ramo do Direito tributário.
Princípio da Anterioridade
Esse princípio impede que uma nova lei que institua tributos ou os majore, tenha aplicação
imediata a sua publicação, se subdivido em anterioridade clássica, e anterioridade nogagesimal,
sendo previstas no art150. Inc. III alíneas A e B respectivamente. A primeira determina que é
vedado aos Entes Federativos cobrarem tributos no mesmo exercício financeiro em que tenham
sido editadas as respectivas leis. Já a segunda anterioridade, estabelece que a cobrança dos
tributos não poderá ser exercida antes de transcorridos noventa dias da data da lei que os
instituiu ou majorou.
Princípio do Não-Confisco
Tendo em vista o direito de propriedade e da liberdade, a Constituição prevê, expressamente,
que os tributos não sejam utilizados com efeito confiscatório (art. 150, IV, CF/88). Em que pese
o problema de materializar o que vem a ser um efeito de confisco, podemos sustentar que a
preocupação do constituinte, nesse caso, foi de preservar a eficácia mínima dos princípios da
proteção da propriedade e da liberdade em favor da tributação. Caberá ao Judiciário dizer
quando um tributo será ou não confiscatório. Cumpre destacar que há autores que defendem que
a vedação ao confisco diz respeito apenas aos tributos e outros que sustentam que as
penalidades pecuniárias (multas) também estão abrangidas por esse princípio.
Princípio da Capacidade contributiva
Nossa Constituição Federal prevê, no art. 145, §1º, que, sempre que possível, os impostos terão
caráter pessoal e serão graduados de acordo com a capacidade econômica do contribuinte.
Retornando ao início do texto, esse enunciado normativo configura um dos verdadeiros
princípios do direito tributário. Isso porque, tem caráter finalístico, com pretensão de
complementariedade e parcialidade, almejando um estado de coisas a ser alcançado.

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