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1) Identificar as áreas Cerebrais de Controle respiratório

 Anatomia do Tronco Enfefálico (Bulbo e ponte);


 Ponte;
 É a parte do tronco encefálico situada entre o mesencéfalo e o bulbo
caudalmente;
 Situa-se na parte anterior da fossa posterior do crânio;
 O NC V (trigêmeo) está associado à ponte;

 Bulbo (medula oblonga);


 É a subdivisão mais caudal do tronco encefálico, contínua com a medula
espinal;
 Situa-se na fossa posterior do crânio;
 Os NC IX (glossofaríngeo), X (Vago) e XII (hipoglosso) estão associados ao
bulbo, ao passo que os NC VI (abducente), VII (facial) e VIII
(vestibulococlear) estão associados à junção da ponte e do bulbo;
 ht
 Irrigação Arterial
 O encéfalo é vascularizado através de 2 sistemas: Vértebro-basilar (artérias
vertebrais) e Carotídeo (artérias carótidas internas);
 Na base do crânio, estas artérias formam um polígono anastomótico, o Polígono de
Willis, de onde saem as principais artérias para vascularização cerebral;
 É uma anastomose importante entre as 4 artérias (2 artérias vertebrais e 2
carótidas internas);
 ewf
 Vértebro Basilar (irriga o tronco encefálico);
 As artérias vertebrais seguem em sentido superior, em direção ao encéfalo,
a partir das artérias subclávias próximas à parte posterior do pescoço;
 Emitem ramos: Artéria espinhal anterior e Artérias cerebelares inferior
posterior;
 Parte do bulbo;
 Percorrem a seguir a face ventral do bulbo e, aproximadamente ao nível do
sulco bulbo-pontino, fundem-se para constituir um tronco único, a artéria
basilar;
 A artéria basilar dá origem, além das cerebrais posteriores, às seguintes
artérias:
 Cerebelar superior, cerebelar inferior anterior a pontinhas;
 Suprindo as áreas do tronco encefálico;
 ewf
 Fq

 Irrigação Venosa
 Bulbo
 Veias espinais anterior e posterior (ramos da artéria vertebral, originada da
subclávia), na parte mais caudal do bulbo;
 Veia anteromedial do bulbo, na parte ventral mais próxima à junção bulbo-
ponte;
 Ponte
 Veia lateral da ponte e veia do recesso lateral do quarto ventrículo, irrigam
da parte superior a inferior da ponte;
 Veia transversa da ponte, irrigando a parte central da ponte;
 Drenagem
 Nervo glossofaríngeo (NC IX)
 Núcleos:
 Quatro núcleos no bulbo enviam ou recebem fibras via NC IX: 2 motores
(núcleo ambíguo e núcleo salivatório inferior) e 2 sensitivos (núcleos
principais do nervo trigêmeo e núcleos do trato solitário);
 Emerge da face lateral do bulbo, segue anterolateralmente e deixa o crânio através
da face anterior do forame jugular;
 Segue o músculo estilofaríngeo, o único que o nervo supre, e passa entre os
músculos constritores superior e médio da faringe para chegar à parte oral da
faringe e à língua;
 Sensitivo visceral
 O ramo carótico do NC IX supre o seio carótico, um barorreceptor
(pressorecpetor) sensível a alterações da pressão arterial, e o glomo carótico,
um quimiorreceptor sensível aos gases do sangue (níveis de O2 e CO2);
 wd
 Nervo vago
 Representa o ramo aferente (sensitivo) do reflexo da tosse estimulado por irritantes
estranhos, evitando aspiração e infecção;
 Origina-se por uma série de radículas da face lateral do bulbo que se fundem e
deixam o crânio através do forame jugular posicionado entre o NC IX e o NC XI;
 Divisões torácicas
 Entram no tórax através da abertura superior do tórax;
 Emite o ramo laríngeo recorrente esquerdo, ramos pulmonares, plexo
esofágico e ramos cardíacos torácicos;
2) Estudar a regulação nervosa do sistema respiratório
 Centro Respiratório
 O centro respiratório se compõe por diversos grupos de neurônios localizados
bilateralmente no bulbo e na ponte do tronco cerebral;

 Esse centro respiratório se divide em três agrupamentos principais de neurônios:


 1 – Grupo respiratório dorsal: situado na porção dorsal do bulbo,
responsável principalmente pela inspiração;
 2 – Grupo respiratório ventral: localizado na parte ventrolateral do bulbo,
encarregado basicamente da expiração;
 3 – Centro pneumotáxico: encontrado na porção dorsal superior da ponte,
incumbido, essencialmente, do controle da frequência e amplitude
respiratória;
 Grupo respiratório dorsal de Neurônios (seu controle na inspiração e
no ritmo inspiratório);
 Em grande parte, se situa no interior do núcleo do trato solitário (NTS);
 O NTS corresponde à terminação sensorial dos nervos vago e glossofaríngeo,
que transmitem sinais sensoriais para o centro respiratório a partir de: (1)
quimiorreceptores periféricos; (2) barorreceptores; e (3) vários tipos de
receptores nos pulmões;
 Descargas Inspiratórias Rítmicas do Grupo Respiratório Dorsal
 O ritmo básico respiratório é gerado, principalmente, no grupo respiratório
dorsal de neurônios;
 Mesmo se os nervos periféricos que entram no bulbo fossem seccionados e o
tronco cerebral também, esse grupo de neurônios ainda gera surtos repetitivos
de potenciais de ação neuronais inspiratórios;
 No entanto, não se conhece a causa básica dessas descargas neuronais
repetitivas;
 Em animais primitivos, foram encontradas redes neurais em que a atividade de
grupo de neurônios excita um segundo grupo que, por sua vez, inibe o
primeiro;
 A grande parte dos fisiologistas do sistema respiratório acredita na existência
de rede similar de neurônios no ser humano, toda localizada no bulbo;
 Sinal Inspiratório em “Rampa”;
 O sinal nervoso, transmitido para os músculos inspiratórios, principalmente
para o diafragma, não apresenta surto instantâneo dos potenciais de ação;
 Ao contrário disso, na respiração normal esse sinal exibe início débil com
elevação constante, na forma de rampa por cerca de 2 segundos;
 Então, o sinal apresenta interrupção abrupta durante aproximadamente os 3
segundos seguintes, o que desativa o mecanismo inspiratório, produzindo a
expiração;
 Esse ciclo se repete várias vezes, ocorrendo o movimento respiratório entre as
repetições;
 A vantagem óbvia da rampa está na indução de aumento constante do volume
dos pulmões durante a inspiração, e não golfadas inspiratórias;
 Existem 2 qualidades da rampa inspiratória passíveis de controle:
 1 – Controle da velocidade do aumento do sinal em rampa: de modo
que durante respiração mais intensa a rampa eleva com rapidez e, dessa
forma, promova a rápida expansão dos pulmões;
 2 – Controle do ponto limítrofe da interrupção súbita da rampa:
quanto mais precocemente a rampa for interrompida, menor será a
duração da inspiração e da respiração, consequentemente. Aumentando
a frequência respiratória;
 Few
 O Centro Pneumotáxico limita a duração da inspiração e aumenta a
frequência respiratória;
 Situado dorsalmente no núcleo parabraquial da parte superior da ponte, transmite
sinais para a área inspiratória;
 O efeito primário desse centro é o de controlar o ponto de “desligamento” da rampa
inspiratória, controlando, assim, a duração da fase de expansão do ciclo pulmonar;
 Quando o sinal é intenso, a inspiração pode durar até 0,5 segundo, promovendo
apenas leve expansão dos pulmões;
 Quando o sinal é fraco, a inspiração pode prosseguir por 5 segundos ou mais,
enchendo os pulmões com excesso de ar;
 Função básica
 É basicamente a de limitar a inspiração;
 Consequentemente, apresenta efeito secundário de aumento na frequência
respiratória, já que a limitação da inspiração também reduz a inspiração e o
ciclo total de cada movimento respiratório;
 Sinal pneumotáxico intenso pode elevar a frequência respiratória para 30 a 40
IRPM;
 Sinal pneumotáxico débil pode reduzir a frequência para apenas 3 a 5 movimentos
 Grupo Respiratório Ventral de Neurônios – Funções tanto na
inspiração quanto na expiração
 Situado em cada lado do bulbo, a cerca de 5 milímetros, em situação anterior e
lateral ao grupo respiratório dorsal de neurônios;
 A função desse grupo neuronal difere do grupo respiratório dorsal em vários
aspectos importantes:
 1 – Os neurônios do grupo respiratório ventral permanecem quase totalmente
inativos durante a respiração normal e tranquila;
 Portanto, esse tipo de respiração é induzido apenas por sinais
inspiratórios repetitivos provenientes do grupo respiratório dorsal
transmitidos principalmente para o diafragma;
 E a expiração resulta da retração elástica dos pulmões e da caixa
torácica;
 2 – Os neurônios respiratórios ventrais parecem não participar da oscilação
rítmica básica responsável pelo controle da respiração;
 3 – Quando o impulso respiratório tende para que o aumento na ventilação
pulmonar fique acima do normal, os sinais respiratórios se propaga, para os
neurônios respiratórios ventrais, a partir do mecanismo oscilatório básico da
área respiratória dorsal;
 Como consequência, a área respiratória ventral também contribui para o
controle respiratório extra;
 4 – A estimulação elétrica de alguns dos neurônios no grupo ventral provoca
inspiração, enquanto a estimulação de outros leva à expiração;
 Esses neurônios contribuem tanto com a inspiração quanto com a
expiração;
 Eles são especialmente importantes na provisão de sinais expiratórios
vigorosos para os músculos abdominais, durante a expiração muito
intensa;
 Assim, essa área atua mais ou menos como mecanismo
suprarregulatório quando ocorre necessidade de alto nível de ventilação
pulmonar, particularmente durante atividade física intensa;
 Ewf
 weq
 Controle Químico da Respiração
 O objetivo fundamental da respiração é manter concentrações apropriadas de O2,
de CO2 e de íons hidrogênio nos tecidos;
 Dessa forma, é extremamente adequado que a atividade respiratória seja muito
responsiva às alterações de cada um desses elementos;
 O excesso de CO2 ou de íons H+ no sangue atua basicamente de forma direta sobre
o centro respiratório, gerando grande aumento da intensidade dos sinais motores
inspiratórios e expiratórios para os músculos respiratórios;
 O O2 não apresenta efeito direito significativo sobre o centro respiratório no
controle da respiração;
 Ao contrário, esse elemento atua quase exclusivamente sobre os
quimiorreceptores periféricos situados nos corpos carotídeos e aórticos, e
esses quimiorreceptores, por sua vez, transmitem sinais neurais adequados ao
centro respiratório, para o controle da respiração;
 Controle químico direto da atividade do centro respiratório pelo
CO2 e pelos íons H+;
 Área quimiossensível do centro respiratório por baixo da superfície
ventral do bulbo;
 Acredita-se que nenhuma das 3 áreas do centro respiratório seja
diretamente influenciada pelas variações da concentração sanguínea de
CO2 ou de íons H+;
 Em vez disso, há a área neural quimiossensível, situada bilateralmente,
que se encontra a apenas 0,2 milímetro da superfície ventral do bulbo;
 Essa área é muito sensível às alterações sanguíneas da Pco2 ou da
concentração de íons H+;
 Tal área, por sua vez, estimula outras porções do centro respiratório;
 Excitação dos neurônios quimiossensíveis pelos íons H+ como provável
estímulo primário
 Os neurônios sensoriais na área quimiossensível são particularmente
estimulados pelos íons H+;
 Acredita-se que esses íons possam representar o único estímulo direito
relevante para esses neurônios;
 O CO2 reage com a água, gerando H+ e bicarbonato;
 Contudo, os íons H+ não atravessam a barreira hematoencefálica com
facilidade;
Por essa razão, as alterações de íons H+ têm efeito menor na
estimulação dos neurônios quimiossensíveis, em comparação com as
alterações do CO2 sanguíneo;
 Embora se acredite que o CO2 estimule esses neurônios, de forma
secundária, por meio da variação da concentração de íons H+;
 CO2 estimula a área quimiossensível
 Embora o CO2 apresente pequeno efeito direto sobre a estimulação dos
neurônios na área quimiossensível, ele tem efeito indireto potente;
 Através da reação de CO2 + H2O, gerando ácido carbônico que se
dissocia em H+ e bicarbonato, gerando efeito direto sobre a respiração;
 Então, por que o CO2 sanguíneo tem efeito mais potente na
estimulação dos neurônios quimiossensíveis em comparação com os
íons H+?
 Devido à baixa permeabilidade da barreira hematoencefálica ao
H+ e à alta permeabilidade do CO2;
 Portanto, geralmente, o CO2 se dissocia já dentro do líquido
cefalorraquidiano, formando novos íons H9;
 Por esse motivo, as variações da Pco2 sanguíneo afetam muito
mais a respiração do que as variações do íon H+ no sangue;
 Efeito estimulatório reduzido do CO2 após os primeiros 1 a 2 dias;
 A excitação do centro respiratório pelo CO2 é notável nas
primeiras horas após o aumento desse elemento no sangue, mas
declina gradativamente em 1 a 2 dias subsequentes, reduzindo o
efeito inicial para cerca de um quinto;
 Parte desse declínio se origina do reajuste renal da concentração
de ións H+ no sangue circulante de volta à normalidade,
aumentando o bicarbonato, que se junta aos H+;
 Efeito quantitativos da Pco2 do sangue e da Concentração sanguínea dos
Íons H+ sobre a ventilação alveolar;
 A curva mostra os efeitos da Pco2 e do pH sanguíneo (que é a medida
logarítmica inversa da concentração de íons H+) sobre a ventilação
alveolar;
 Ocorre aumento bastante acentuado da ventilação, causado por elevação
da Pco2;
 Em contrapartida, a alteração da respiração no limite normal do pH
sanguíneo entre 7,3 e 7,5 é um décimo menor;
 Alterações do O2 apresentam pouco efeito direito sobre o controle do
centro respiratório
 As modificações da concentração de O2 quase não têm efeito direto
sobre o centro respiratório, a ponto de alterar o controle respiratório;
 Em condições especiais de dano tecidual por falta de O2, o corpo tem
mecanismo específico de controle respiratório, localizado nos
quimiorreceptores periféricos, externamente ao centro respiratório do
cérebro;
 Esse mecanismo entra em ação quando ocorre queda intensa do O2
sanguíneo, principalmente com a Po2 abaixo de 70 mmHg, como
descrito na próxima seção;
 Sistema quimiorrecptor periférico para o controle da atividade
respiratória – O papel do O2 no controle respiratório
 Os quimiorreceptores são especialmente relevantes para a detecção de
variações sanguíneas do O2, embora também respondam em menor graus às
alterações das concentrações do CO2 e dos íons H+;
 Transmitem sinais neurais para o centro respiratório encefálico, para ajudar a
regular a respiração;
 Localização dos quimiorreceptores
 Grande parte está nos corpos carotídeos;
 Localizados bilateralmente nas bifurcações nas carótidas comuns;
 As fibras aferentes desses centros seguem para os nervos
glossofaríngeos para a área respiratória dorsal do bulbo;
 Entretanto, alguns deles também se encontram nos corpos aórticos;
 Localizados ao longo do arco da aorta;
 As fibras aferentes neurais desses corpos cursam pelos nervos
vagos, também rumo à área respiratória dorsal do bulbo;
 E pouquíssimos deles estão presentes em qualquer outro local;
 São supridos somente por sangue arterial;
 eqf
 Redução do O2 arterial estimula os quimiorreceptores
 Quando a Po2 no sangue baixa muito, os quimiorreceptores são
intensamente estimulados;
 Aumento da concentração de CO2 e de íons H+ estimulada os
quimiorreceptores
 O aumento da concentração de CO2 ou de íons H+ também estimula os
quimiorreceptores;
 Mas seus efeitos diretos no centro respiratório são mais intensos do que
pela ação dos quimiorreceptores;
 Porém, a estimulação do CO2 nos quimiorreceptores periféricos ocorre
com rapidez 5x maior do que a estimulação central;
 Sendo isso de notável importância para a resposta ventilatória ao CO2
no início da atividade física;
 Mecanismo básico de estimulação dos Quimiorreceptores pela deficiência
de O2;
 Os meios pelos quais a baixa Po2 estimula as terminações nervosas nos
corpos carotídeos ainda não estão esclarecidos;
 Acredita-se que seja por conta das células glomosas
 Fazem sinapse direta ou indireta com as terminações nervosas;
 As células apresentam canais de K+ sensíveis ao O2 que são
inativados quando os valores sanguíneos de Po2 diminuem de
forma importante;
 Essa inativação provoca a despolarização das células, que abrem
os canais de cálcio ativados por voltagem e eleva a concentração
intracelular de íons cálcio;
 Esse aumento estimula a liberação de um neurotransmissor,
ativando os neurônios eferentes, que enviam sinais ao sistema
nervoso central e estimulam a respiração;
 Estudos indicam que esse estimulador provavelmente é a
adenosina trifosfato;
 ewf
 Efeito da Po2 arterial baixa para estimular a ventilação alveolar quando
as concentrações arteriais de CO2 e de íons H+ permanecem normais;
 Esse estudo analisa o controle da respiração somente pela ação da baixa
de Po2 no sangue;
 Sob pressões superiores a 100 mmHg, a ventilação mostra-se normal;
 Quando abaixa para menos de 100 mmHg, a ventilação
aproximadamente duplica;
 Quando a Po2 arterial declina para 60 mmHg ou menos, pode aumentar
até 5x;
 Estimulação ainda maior da respiração pela inalação crônica de baixos
níveis de O2 – O fenômeno de “Aclimatação”
 Alpinistas verificaram que, ao escalarem a montanha lentamente,
durante alguns dias e não em algumas horas, apresentavam respiração
muito mais profunda e conseguiam suportar concentrações bem mais
baixas de O2 atmosférico, em comparação à rápida escalada;
 A causa da aclimatação se deve ao fato de que, em 2 ou 3 dias, o centro
respiratório no tronco cerebral perde cerca de 80% de sua sensibilidade
às alterações da Pco2 e dos íons H+;
 Como consequência, a eliminação do excesso de CO2, que inibiria o
aumento na frequência respiratória, em condições normais não ocorre;
 Consequentemente, baixos teores de O2 podem conduzir o sistema
respiratório a níveis muito mais altos de ventilação alveolar do que sob
condições agudas;
 Em vez do possível aumento de 70% na ventilação, após exposição
aguda a baixos teores de O2, a ventilação alveolar frequentemente
aumenta por 400% a 500%, depois de 2 a 3 dias de redução dos níveis
desse gás aos poucos;
 Regulação da respiração durante o sono
 Regulação da respiração durante o exercício físico;
 Na atividade física vigorosa, o consumo de O2 e a formação de CO2 podem
aumentar por até 20x;
 Contudo, no atleta saudável, a ventilação alveolar costuma aumentar quase que
proporcionalmente à elevação do nível do metabolismo de O2;
 A Po2, a Pco2 e o pH arteriais permanecem quase precisamente normais;
 Mas o que causa a intensa ventilação alveolar durante a atividade física?
 Acredita-se que o encéfalo, durante a transmissão de impulsos nervosos para
os músculos participantes da atividade física, transmita ao mesmo tempo
impulsos colaterais para o tronco cerebral, para estimular o centro respiratório;
 Quando a pessoa começa a se exercitar, grande parte do aumento global da
ventilação se inicia, imediatamente, com o começo da atividade física, antes
que qualquer substância tenha tido tempo de se alterar;
 Interrelação, entre fatores químicos e neurais no Controle da respiração,
durante o exercício;
 Ocasionalmente, os sinais do controle respiratório neural são muito intensos
ou muito débeis;
 Nesse caso, os fatores químicos desempenham papel significativo na
realização do ajuste final da respiração, necessário para manter as
concentrações de O2, de CO2 e de íons H+ dentro da normalidade;
 Em relação ao CO2;
 No início da atividade física, a ventilação pode aumentar muito e baixar
a Pco2 para níveis abaixo do normal;
 Porém, após cerca de 30 a 40 segundos, o CO2 liberado pelos músculos
ativos se iguala aproximadamente ao aumento da frequência da
ventilação e a Pco2 retorna ao normal;
 few
 Controle neurogênico da Ventilação durante o exercício pode ser, em parte,
uma resposta aprendida;
 Muitos estudam mostram que o encéfalo pode desviar a curva de ventilação
para poder diminuir esse período necessário para igualar a Pco2;
 Essa resposta pode ser aprendida;
 Ou seja, em períodos repetidos de atividade física, o cérebro fica
progressivamente mais apto a produzir os sinais apropriados e necessário para
manter a Pco2 normal;
G
3) Reflexos Respiratórios
 Árvore Traqueobrônquica
 Os epitélios traqueal, brônquico e bronquiolar são inervados por terminações
nervosas sensoriais que recebem o nome de receptores irritativos pulmonares e são
estimulados por muitos eventos;
 Esses receptores iniciam tosse e espirros e podem ocasionar constrição brônquica,
em pessoas com doenças como a asma e o enfisema;
 Parede muscular dos Brônquios e Bronquíolos e seus controles
 As paredes da traqueia e brônquios que não são ocupadas por cartilagens são
compostas por músculo liso;
 A parede dos bronquíolos também é quase de modo completo formadas por
músculo liso, com exceção do respiratório, constituído de epitélio pulmonar;
 Controle neural e local da musculatura bronquiolar – Dilatação “simpática”
dos bronquíolos;
 O controle direito dos bronquíolos pelas fibras nervosas simpáticas é
relativamente fraco porque poucas dessas fibras penetram nas porções centrais
do pulmão;
 Entretanto, a árvore brônquica é muito mais exposta à norepinefrina e à
epinefrina, liberadas na corrente sanguínea, causando dilatação da árvore
brônquica;
 Constrição Parassimpática dos Bronquíolos;
 Poucas fibras parassimpáticas, derivadas do nervo vago, penetram no
parênquima pulmonar;
 Esses nervos secretam acetilcolina, provocando constrição leve a moderada
dos bronquíolos;
 Pessoas com asma podem ter piora com um estímulo parassimpático;
 Algumas vezes, esses nervos também são ativados por reflexos, como a
irritação da membrana epitelial das próprias vias aéreas, iniciada por gases
nocivos, poeira, fumaça de cigarro ou infecção brônquica;
 Reflexo constritor bronquiolar também ocorre muitas vezes quando
microêmbolos ocluem algumas artérias pulmonares;
 Fatores secretores locais podem causam constrição bronquiolar;
 Diversas substâncias formadas nos próprios pulmões, são geralmente muito
ativas em produzir a constrição bronquiolar;
 Ex: Histamina, liberadas pelos mastócitos dos tecidos pulmonares, durante
reações alérgicas, especialmente as causadas pelo pólen no ar;
 Reflexo da Tosse
 Quantidade mínimas de material estranho ou outras causas de irritação iniciam
o reflexo da tosse;
 A laringe e a carina são especialmente sensíveis e os bronquíolos terminais e
mesmo os alvéolos também são sensíveis a estímulos químicos corrosivos, tais
como o gás dióxido de enxofre ou cloro gasoso;
 Impulsos neurais aferentes passam das vias respiratórias, principalmente pelo
nervo vago, até o bulbo, onde sequência automática de eventos é
desencadeada por circuitos neuronais locais, causando o seguinte efeito;
 1º - Até 2,5 L de ar são rapidamente inspirados;
 2º - Epiglote se fecha e as cordas vocais são fechadas com firmeza para
aprisionar o ar no interior dos pulmões;
 3º - Músculos abdominais se contraem com força, empurrando o
diafragma, enquanto outros músculos expiratórios, tais como os
intercostais internos, também se contraem com força;
 4º - Consequentemente, a pressão dos pulmões aumenta rapidamente
até 100 mmHg;
 5º - As cordas vocais e a epiglote se abrem de forma ampla, e o ar sob
alta pressão nos pulmões explode em direção ao exterior;
 Q
 Reflexo do Espirro
 É muito parecido com o reflexo da tosse, exceto pelo fato de se aplicar às vias
nasais, em vez das vias aéreas inferiores;
 O estímulo que inicia o reflexo do espirro é a irritação das vias nasais;
 Impulsos aferentes passam pelo 5º par do nervo craniano para o bulbo, onde o
reflexo é desencadeado;
 Série de reações semelhantes às do reflexo da tosse acontece, mas a úvula é
deprimida, de modo que grandes quantidades de ar passam rapidamente pelo
nariz, ajudando assim a limpar as vias nasais do material estranho;
 efw
4) Relação entre Trauma no Sistema Nervoso e a Deficiência
Respiratória
 Trauma Cranioencefálico (TCE);
 O TCE constitui um problema de saúde mental em que muitos desses pacientes
evoluem com insuficiência respiratória necessitando de intubação traqueal e
suporte ventilatório artificial;
 Podem apresentar complicações frequentes, como a síndrome do desconforto
respiratório agudo;
 Suas complicações incluem hemorragia, infecção e lesão do encéfalo e dos nervos
cranianos;
 Uma lesão traumática encefálica pode levar a distúrbios circulatórios periféricos ou
centrais, que podem levar à hipóxia;
 E pode levar a distúrbios respiratórios periféricos ou centrais que também levam à
hipóxia;
 A principal complicação envolvendo o TCE e a respiração é a descompensação da
PIC (Pressão intracraniana) e herniação do cérebro para fora do compartimento
intracraniano;
 Isso pode ocorrer na base do crânio, levando a um estrangulamento e possível
lesão do tronco cerebral, onde se encontram as estruturas vitais, como o centro
respiratório;
 Artigo da UFPE – Fatores relacionados ao óbito em pacientes com TCE;
 Estudo feito com 61 pacientes na UTI, pós acidente;
 72% foram de acidentes de moto;
 86% dos pacientes evoluíram para insuficiência respiratória, sendo que 40
vieram à óbito;
 fewq
5) Compreender a importância da direção segura e prudente no
trânsito
 Direção Preventiva
 Manter uma distância segura
 Evitar freadas bruscas
 Tomar cuidado ao trocar de faixa
 Ser gentil no trânsito
 Não dirigir quando estiver com sono ou cansado
 Ter autocontrole
 Dados
 Dados do Ministério da Saúde
 Segundos os dados, morreram 33.497 pessoas em decorrência do trânsito brasileiro
em 2020;
 Os motociclistas foram os que mais perderam a vida nas vias e rodovias do Brasil,
foram 12.011 mortos;
 Dados UFRN;
 Métodos: Trata-se de uma pesquisa exploratória, transversal, com abordagem
quantitativa, de caráter descritivo, realizada com 90 vítimas de acidente de trânsito,
de julho a novembro de 2015, que tiveram Traumatismo Cranioencefálico
 Resultados: Foram encontrados 90% das vítimas estudadas pertenciam ao sexo
masculino, 28,9% na faixa etária de 20-29 anos, 43,3% dos acidentes foram no
domingo, o veículo mais envolvido foi moto (83,3%), entre as vítimas 74,4% eram
condutores de moto, 26,7% fazia uso de capacete e 65,6% havia feito uso de bebida
alcoólica. A queda de moto representou 50% dos acidentes. Destacou-se o
Traumatismo Cranioencefálico leve.
6) Procedimentos de primeiros socorros relacionados aos acidentes
de trânsito
 Quais são as medidas de Primeiros socorros no trânsito?
 1 - Mantenha a vítima consciente
 Converse com a vítima e tente distraí-la. Faça perguntas relevantes como seu
nome, o local onde mora e demais informações que podem ser úteis para sua
identificação futur
 Manter a vítima consciente vai ajudá-la a se recuperar mais rápido e ter alguém que
a ampare, vai torná-la mais calma e receptiva aos cuidados.
 2. Verifique a respiração da vítima
 Observe se o ritmo de respiração da vítima está normal e veja se há algo a sufocar,
como o cinto de segurança, por exemplo.
 Se for o caso, busque remover o cinto ou posicioná-la (com muito cuidado e
somente se for primordial) de modo que ela consiga respirar sem impedimentos.
 3. Não mexa na vítima a menos que seja necessário
 Caso você não tenha treinamento profissional, não mexa na vítima, a menos que
isso seja indispensável para garantir sua integridade.
 Afinal, um acidente pode causar lesões que não podem ser vistos em um primeiro
momento, e mexer na vítima pode piorar essas lesões.
 4. Preserve o local e mantenha a passagem livre
 Esse passo é muito importante para garantir a segurança da vítima e dos demais
indivíduos inseridos no trânsito.
 Logo, cuide do local de modo a prejudicar o menos possível o trânsito. Lembre-se
de sinalizar a via para que os demais condutores diminuam a velocidade e redobrem
a atenção.
 5. Saiba pedir socorro
 Tenha sempre em mãos os seguintes telefones:
 do Samu (192)
 a Polícia Militar (190)
 do Corpo de Bombeiros (193);
 da Polícia Rodoviária Federal (191);
 Esses são os contatos dos profissionais preparados para prestar socorro.
 Com essas atitudes você garante que as vítimas sejam melhor acolhidas, impede
que novos acidentes aconteçam e provoquem uma piora na situação.

 O que diz a legislação com relação aos primeiros socorros no trânsito?
 A legislação é clara em relação a acidentes: omissão de socorro é crime!
 Ou seja, deixar de prestar socorro a um indivíduo em perigo iminente quando há a
possibilidade de tomar uma atitude sem que haja risco pessoal é crime e, além disso, é
considerada uma infração gravíssima, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro
(CTB).

 Mesmo que você esteja inseguro com relação às medidas a tomar, ligar para as
autoridades sempre é um ato relativamente simples, e de fundamental importância para
minimizar os impactos, evitando a detenção do condutor por omissão de socorro.

 Veja o que diz o artigo 301 do CTB:


 “Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima,
não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro
àquela.”

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