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Prof: MSC.

Jonathan Loro Pessin


Obtenção de O2 do ambiente,
suprir as células
Remoção do CO2 do corpo
 Funções do Sistema Respiratório
 Cada um dos órgãos do Sistema Respiratório ajuda a manter o equilíbrio do organismo. Conheça a seguir
as funções desenvolvidas pelo Sistema Respiratório.

 Troca gasosa
 Quando inspiramos o ar atmosférico, que contém oxigênio e outros elementos químicos, ele passa pelas
vias respiratórias e chega aos pulmões.

 É nos pulmões que acontece a troca do dióxido de carbono pelo oxigênio. E, graças aos músculos
respiratórios que este órgão cria forças para o ar fluir. Tudo isso a partir de estímulos e comandos emitidos
pelo Sistema Nervoso Central.

 Equilíbrio ácido-base
 O equilíbrio ácido-base corresponde à remoção do excesso de CO2 do organismo.

 Nesta função, novamente temos a atuação do Sistema Nervoso, que é responsável por enviar
informações para os controladores da respiração.

 Produção de sons
 A produção e emissão de sons é realizada pela ação conjunta do Sistema Nervoso e dos músculos que
trabalham na respiração.

 São eles que permitem o fluxo do ar das cordas vocais e da boca.


Limites do tórax:
Ântero-lateral - osso esterno e costelas;

Posterior - coluna torácica ;

Superior - conjunto de músculos aponeurótico


visceral;

Inferior - diafragma tóraco- abdominal .


CARTILAGENS DO NARIZ

SEPTAL
LATERAL
ALAR

NARINA
Septo Nasal
PAREDE MEDIAL
ETMÓIDE (lâmina perpendicular)

VÔMER
PAREDE LATERAL
RECESSO
CONCHA ESFENO-
ETMOIDAL
SUPERIOR MEATO
MÉDIA SUPERIOR
MÉDIO
INFERIOR INFERIOR
PRIMEIRO PAR CRANIANO
NERVO OLFATÓRIO
Cavidades Nasais

As cavidades nasais são dois condutos paralelos revestidos de mucosa e


separados por um septo cartilaginoso, que começam nas narinas e terminam na
faringe.

No interior das cavidades nasais, existem pelos que atuam como filtro de ar,
retendo impurezas e germes, garantindo que o ar chegue limpo aos pulmões.

A membrana que reveste as cavidades nasais contém células produtoras de muco


que umidificam o ar. Ela é rica em vasos sanguíneos que aquecem o ar que entra
no nariz.
FUNÇÕES NASAIS
1. O filtro

Na entrada do nariz, há pelos que retêm partículas pequenas como germes e esporos. As que são
ainda menores acabam barradas pelo muco que reveste as narinas. Em seguida, são varridas por
pelinhos minúsculos, os cílios, para a região da garganta.

2. O aquecedor

Mais do que levar ar filtrado para os pulmões, o nariz o provê na temperatura certa. Para isso, tem uma
boa área de mucosa, cheia de vasinhos, que transmite calor na sua passagem. Cerca de 30 litros de ar
por minuto passam por esse processo.

3. O umidificador

O ar também não pode chegar muito seco aos pulmões, sob risco de lesar os alvéolos. A
vascularização e o muco – produzido por pequenas glândulas ali – lhe transmitem umidade. A produção
diária de muco chega a 2 litros.

4. O aromatizador

As partículas do ar estimulam os cílios, que transmitem um sinal elétrico a nervos ligados a eles. Esse
sinal chega ao cérebro pelo bulbo olfativo, que interpreta o odor. O ser humano percebe 1 trilhão de
cheiros diferentes. Os aromas também ajudam a processar e a distinguir o sabor da comida.
SEIOS PARANASAIS
FUNÇÕES DOS SEIOS
Diminuir o peso da parte frontal do crânio, em especial os ossos da face. A
forma do osso facial é importante, como um ponto de origem e de inserção
para os músculos da expressão facial;

Aumentar a ressonância da voz;

Proteger as estruturas intra-orbitais e intracranianas na eventualidade de


traumas, absorvendo parte do impacto;

Contribui para a secreção de mucos;

Umidifica e aquece o ar inalado;

Equilibram a pressão na cavidade nasal durante as variações


barométricas (espirros e mudanças bruscas de altitude).
Faringe

A faringe é um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos


quanto para o ar, portanto, faz parte do sistema respiratório e do
sistema digestório.

Sua extremidade superior se comunica com as cavidades nasais e


com a boca, na extremidade inferior se comunica com a laringe e o
esôfago. Suas paredes são musculosas e revestidas de mucosa.
Laringe

A laringe é o órgão que liga a faringe à traqueia. Na parte superior da


laringe está a epiglote, a válvula que se fecha durante a deglutição.

Este é também o principal órgão da fala. Nela estão localizadas as


cordas vocais.
Traqueia

A traqueia é um tubo situado abaixo da laringe e formado por quinze a


vinte anéis cartilaginosos que a mantêm aberta.

Este órgão é revestido por uma membrana mucosa, e nela o ar é


aquecido, umidificado e filtrado.
Tubo fibromuscular suportado:
Ventro-lateralmente: cartilagem
Dorsalmente: músculo liso
Brônquios

Os brônquios são duas ramificações da traqueia formados também por


anéis cartilaginosos.

Cada brônquio penetra em um dos pulmões e divide-se em diversos


ramos menores, que se distribuem por todo o órgão formando os
bronquíolos.

Os brônquios se ramificam e subdividem-se várias vezes, formando a


árvore brônquica.
Bronquíolos

Corresponde a cada uma das ramificações terminais dos brônquios.


Cada pulmão tem cerca de 30.000 bronquíolos, eles consistem nas
menores vias aéreas encontradas nos pulmões.

Os bronquíolos são estruturas tubulares minúsculas com menos de 1


mm de diâmetro, a partir dele surgem outras ramificações, os ductos
alveolares, os quais terminam nos alvéolos pulmonares.
Alvéolos Pulmonares

São minúsculos sacos aéreos, presentes nos pulmões, envolvidos por


capilares sanguíneos e uma fina membrana.

Situam-se onde terminam as finas ramificações dos brônquios.

Os alvéolos podem se apresentar isolados ou em grupos, formando os


chamados sacos alveolares.

Em cada pulmão existem milhões alvéolos. São responsáveis pelo aspecto


esponjoso dos pulmões.
Arvore tráqueo
brônquica

Zona de condução
Não ocorre troca
gasosa

Zona respiratória
NETTER
Pulmões
NETTER
NETTER
NETTER
A pleura é uma membrana fina e transparente composta por duas camadas que reveste os
pulmões e o interior da parede torácica. A camada da membrana que reveste os pulmões
fica em contato direto com a camada que reveste a parede torácica. Entre as duas
camadas finas e flexíveis há uma pequena quantidade de líquido (líquido pleural) que as
lubrifica e permite um deslizamento suave de uma sobre a outra a cada movimento
respiratório. A área contendo líquido é denominada espaço pleural.

Em circunstâncias anormais, ar ou líquido em excesso podem se acumular entre as


superfícies pleurais, aumentando o espaço pleural. Se houver acúmulo do excesso de
líquido (chamado derrame pleural) ou ar (chamado pneumotórax), um ou ambos os
pulmões podem não conseguir se expandir normalmente com a respiração, resultando em
colapso do tecido pulmonar. A pleura pode se tornar infectada ( Pleurite viral).

O mediastino (cavidade torácica) refere-se a uma área limitada pelo esterno na parte
anterior, pela coluna vertebral na parte posterior, pelo pescoço na parte superior e pelo
diafragma na parte inferior. O mediastino contém o coração, o timo, alguns linfonodos e
partes da traqueia, esôfago, aorta, glândula tireoide e glândula paratireoide. Ele não inclui
os pulmões. O mediastino se divide em três partes:

Frontal (anterior)
Média
Traseira (posterior)
A ventilação pulmonar corresponde aos movimentos respiratórios de
inspiração e expiração do ar para dentro e para fora dos pulmões,
respectivamente. Estes movimentos são totalmente dependentes de
músculos posicionados no entorno da caixa torácica para movimentá-la,
permitindo sua expansão (inspiração) e retração (expiração). Dois
elementos são necessários para que estes movimentos ocorram:

Trabalho dos músculos respiratórios para movimentar a caixa torácica e


permitir a inspiração e a expiração;

Diferença de pressão entre o ar ambiente (pressão atmosférica) e o ar


alveolar (pressão intrapulmonar) para que o ar possa entrar e sair dos
pulmões.
Músculos Respiratórios
Para facilitar o estudo dos músculos que participam da respiração iremos estudar
separadamente cada fase do ciclo respiratório. É importante separarmos este
estudo, pois os músculos respiratórios ou farão inspiração, ou farão expiração. Um
mesmo músculo não faz os dois movimentos.

Inspiração

Durante a inspiração em condições de repouso utilizamos dois músculos: o


Diafragma e os Intercostais Externos. Durante a inspiração forçada utilizamos,
além destes, os Músculos Acessórios da inspiração.

Diafragma: é um músculo em forma de cúpula que separa a cavidade torácica da


cavidade abdominal. Os pulmões ficam apoiados sobre o Diafragma e toda vez
que este músculo contrai ele se movimenta para baixo empurrando as vísceras,
favorecendo a expansão dos pulmões no sentido caudal. O diafragma é inervado
pelo nervo Frênico (C3-C4-C5) e é responsável por cerca de 70% do trabalho
inspiratório.
Intercostais Externos: ficam posicionados entre as costelas na porção
mais externa da caixa torácica e é responsável por aumentar os espaços
costais durante a inspiração. Desta forma este músculo aumenta o
diâmetro látero-lateral e ântero-posterior da caixa torácica, permitindo
maior expansão dos pulmões.
Músculos Acessórios: são músculos auxiliares da respiração, utilizados somente
em inspirações forçadas ou quando a pessoa está em sofrimento respiratório.
Os músculos acessórios principais são o Esternocleidomastóideo, os Escalenos
(Anterior, Médio e Posterior), o Peitoral Menor e o Serrátil Anterior. Estes
músculos ficam inseridos no esterno (no caso do esternocleidomastóideo) ou
nas costelas superiores (escalenos, peitoral menor e serrátil anterior) e durante o
esforço respiratório elevam a caixa torácica gerando um aumento significativo do
volume apical dos pulmões.
Expiração

A expiração em condições de repouso é passiva, pois não utilizamos


músculos para a realização deste movimento. Como os pulmões são
elásticos, a própria elasticidade do tecido pulmonar se encarrega de
retorná-los ao seu volume original após a inspiração, sem a necessidade
de trabalho muscular. Porém, durante a expiração forçada é necessário o
trabalho muscular dos Intercostais Internos e dos Músculos Abdominais.
Intercostais Internos: ficam posicionados entre as costelas na porção mais
interna da caixa torácica e é responsável por diminuir os espaços costais
durante a expiração. Desta forma este músculo diminui o diâmetro látero-
lateral e ântero-posterior da caixa torácica, aumentando as pressões sobre
os pulmões para expelir o ar de forma forçada.
Músculos Abdominais: o abdômen é uma espécie de caixa hidráulica, pois apresenta
vísceras e líquido em seu interior. Durante uma expiração forçada os músculos
abdominais comprimem as vísceras, que se movimentam para cima. Isso faz com
que o diafragma se eleve e gere compressão sobre a base dos pulmões,
aumentando as pressões no interior dos pulmões e favorecendo a expulsão do ar de
forma forçada. Os músculos abdominais são: o reto abdominal, os oblíquos (externo
e interno) e o transverso abdominal.
Pressões Pulmonares

Para que a respiração ocorra, os pulmões são submetidos a diversas


pressões, sendo as principais a pressão atmosférica e a pressão alveolar
(ou intrapulmonar). É necessário que haja diferença de pressão entre a
parte externa (ar ambiente) e interna (alvéolos) dos pulmões para que o
ar possa entrar e sair dos pulmões. Portanto para entender melhor este
processo devemos estudar separadamente cada fase da respiração, mas
é muito fácil de entender como isso ocorre. Lembre-se que os gases
SEMPRE se movimentam de um meio de MAIOR pressão, para um meio
de MENOR pressão.
Na inspiração…
Como os músculos inspiratórios aumentam o volume da caixa torácica, os pulmões se
expandem e a pressão em seu interior diminui, ficando menor do que a pressão atmosférica
e o ar entra nos pulmões. Na inspiração, os pulmões apresentam pressão negativa (menor
do que a pressão atmosférica) e o ar ambiente apresenta pressão positiva (maior do que a
pressão intrapulmonar) e por este motivo o ar consegue entrar nos pulmões.
Na expiração…
A retração do tecido pulmonar diminui o volume da caixa torácica, os pulmões retraem e a
pressão em seu interior aumenta, ficando maior do que a pressão atmosférica e o ar sai
dos pulmões. Na expiração, os pulmões apresentam pressão positiva (maior do que a
pressão atmosférica) e o ar ambiente apresenta pressão negativa (menor do que a
pressão intrapulmonar) e por este motivo o ar consegue sair dos pulmões.
 Cada respiração é iniciada no cérebro
 Mensagem transmitida aos músculos respiratórios
 Via medula espinhal
 Respiração automática espontânea
 Grupos de neurônios medula oblonga
 Centro respiratório medular
 Integração
 Centro cerebrais superiores
 Informações de quimiorreceptores do sangue e do líquor
 Receptores neurais VA, articulações, músculos, etc.

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