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FISIOLOGIA
O controle dos movimentos respiratórios é realizado pelo centro respiratório, composto por diversos grupos de neurônios
localizados bilateralmente entre a ponte e o bulbo. O centro respiratório pode ser dividido em três grandes grupos: (1)
Respiratório dorsal – responsáveis pela inspiração; (2) Respiratório ventral – responsáveis pelas inspirações e expirações;
(3) Pneumotáxico – frequência e padrão de ventilação.
O excesso de acidez ou de dióxido de carbono no sangue ativa diretamente o centro respiratório. Ocorre um aumento da
ventilação com o objetivo de eliminar o dióxido de carbono. A pessoa fica ofegante e respira com dificuldade – é só
lembrar o que acontece após um forte exercício.
Os níveis de oxigênio são detectados por quimiorreceptores periféricos localizados nos corpúsculos carotídeos e aórticos.
Conforme a pressão parcial de oxigênio diminui, os quimiorreceptores periféricos intensificam os estímulos nervosos para
o centro respiratório, que responde prontamente aumentando a ventilação e os níveis de oxigênio.
O diafragma, músculo que separa a caixa torácica do abdômen, é comandado pelo nervo frênico e pode ser controlado
voluntariamente. Em condições normais, os centros respiratórios enviam um impulso a cada 5 segundos para que o
diafragma contraia e ocorra a inspiração.
Orgãos
• Nariz ou Fossas Nasais
• Sendo o primeiro componente do sistema respiratório, as
fossas nasais são o principal canal de entrada do ar no organismo
humano. Nelas, o ar é aquecido, umedecido e filtrado.
• Faringe
• É o órgão comum aos sistemas respiratório e digestório e está
conectado à boca e às fossas nasais. O ar inspirado pelas
narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe antes
de atingir a laringe.
Laringe
A laringe conduz o ar que se dirige aos pulmões, além de ser o
local onde as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a
passagem de ar e fundamentais para a fala, se localizam.
A entrada da laringe denomina-se glote. Acima dela há um tipo
de “lingueta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona
como válvula. Ao ingerir algum alimento, a laringe “sobe” e sua
entrada é fechada pela epiglote. Isso permite que o alimento
ingerido não penetre nas vias respiratórias.
Traqueia
A traqueia é um tubo elástico de aproximadamente 1,5 cm de
diâmetro e 12 cm de comprimento, cujas paredes são revestidas
por anéis de cartilagem. Possui um epitélio de revestimento
muco-ciliar, onde são aderidas bactérias presentes e partículas de
poeira que podem estar presentes no ar inalado. Conduzem o ar
que vem da laringe até se bifurcarem em sua região inferior,
formando os brônquios.
Brônquios
Os brônquios são formados por 2 ramificações da traquéia, que se ramificam em tubos cada vez mais
finos e chegam até os pulmões, os bronquíolos.
Alvéolos Pulmonares
Os alvéolos pulmonares são pequenos sacos formados por células epiteliais achatadas (tecido epitelial
pavimentoso) e cobertas por capilares sanguíneos, no final dos menores bronquíolos.
É o local onde ocorre a hematose pulmonar, a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o meio
ambiente e o organismo, através da membrana alvéolo-capilar, que separa o ar do sangue.
Pulmões
Os pulmões são órgãos esponjosos, com 25 cm de comprimento, aproximadamente, sendo envoltos por
uma camada de tecido denominada pleura. É nos pulmões onde os brônquios se ramificam, dando
origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos.
Diafragma
O diafragma é um fino músculo que separa o tórax do abdômen. Nele, a base de cada pulmão se apoia
proporcionando, em conjunto com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios.
O que é Hematose?
• A hematose é o processo que acontece nos alvéolos pulmonares e garante que o
sangue rico em gás carbônico seja oxigenado. O oxigênio é utilizado pelas células para
a realização da respiração celular, o processo no qual a célula produz energia.
• Nos alvéolos pulmonares, o gás oxigênio difunde-se para o sangue nos capilares
sanguíneos ao seu redor e o gás carbônico, que está no sangue dos capilares, difunde-
se para o interior dos alvéolos.
• O oxigênio que passa para o sangue entra nas hemácias e se liga à hemoglobina. Ao se
ligar à ela, a oxi-hemoglobina é formada. Esta garante o transporte de oxigênio para
as células. O sangue oxigenado segue em direção ao coração, onde será impulsionado
para o corpo.
Como ocorre a Respiração?
Zona 2 de West
Zona 2 é a parte do pulmão localizada entre o nível no qual a pressão
arterial e alveolar são iguais e o nível no qual a pressão venosa e alveolar
são iguais.Uma outra forma de definir a zona 2 é: a região do pulmão em
que a pressão arterial pulmonar excede a pressão alveolar; no entanto, as
pressões alveolares excedem as pressões venosas pulmonares
Zona 3 de West
Tanto a pressão arterial quanto a venosa são maiores do que a pressão
alveolar devido aos efeitos da gravidade no fluxo sanguíneo. O sangue
capilar flui continuamente ao longo do ciclo cardíaco – o fluxo depende
da diferença da pressão arterial-venosa. A zona oeste 3 é A zona 3 está
localizada nas seções inferiores do pulmão e representa as áreas que
recebem as maiores taxas de fluxo sanguíneo pulmonar. Podemos
entender que é dessa forma que os pulmões saudáveis se comportam
abaixo do nível do hilo.
Pressão Pleural e Alveolar
• Pressão Pleural: Pressão existente no fluído da cavidade pleural
Início da Inspiração: ± -5 cm H2O Final da Inspiração: ± -7,5 cm H2O
Mesmo tentando ao máximo, é impossível esvaziar completamente os pulmões em uma expiração forçada.
Esse volume que permanece é o volume residual. Fundamental para manter a abertura dos alvéolos e impedir a tendência de
colabamento alveolar.
Uma situação de colapso alveolar total demandaria a geração de uma pressão anormalmente elevada para reinsuflar os pulmões.
De modo que o volume residual otimiza o gasto energético.
A presença do volume residual garante contato contínuo entre o sangue venoso misto e o ar alveolar. Permitindo continuidade
das trocas gasosas mesmo durante a expiração.
Determinantes dos volumes pulmonares
• Os volumes pulmonares são determinados pelas propriedades do parênquima pulmonar e pela sua interação com a caixa
torácica. A magnitude dos volumes de reserva inspiratória e expiratória depende de diversos fatores.
• Complacência do pulmão: medida das propriedades elásticas do pulmão que representa a pressão necessária para variar o
volume pulmonar. Quanto maior a complacência, menor a força necessária para enchimento. Assim, quedas na
complacência pulmonar reduzem o VRI.
• Volume pulmonar no instante: o VRI também sofre influência do volume pulmonar no instante de medida. Uma vez que o
pulmão apresenta diferentes complacências de acordo com seu volume. A complacência pulmonar diminui com o
enchimento do pulmão. De modo que quanto maior o volume após uma inspiração, menor o volume que pode ser inspirado
e, consequentemente, menor o VRI.
• Força muscular: o VRI diminui quando a musculatura respiratória está fraca ou sua inervação está comprometida.
• Conforto: dores e lesões limitam a vontade ou habilidade do paciente de desempenhar um esforço máximo durante a
inspiração e a expiração. O que pode reduzir o VRI e o VRE.
• Flexibilidade do esqueleto: a rigidez articular reduz o volume máximo ao qual alguém pode inflar os pulmões. O que reduz o
VRI. Isso pode ocorrer em doenças como artrite e cifoescoliose, por exemplo.
• Postura: o VRI diminui em decúbito, porque o diafragma tem maior dificuldade de mover os conteúdos abdominais. Isso nos
ajuda a entender por que ocorre ortopneia em certas condições, como a insuficiência cardíaca.
• Todas essas condições que reduzem o VRI consequentemente diminuem as capacidades pulmonares que dependem dele.
Como a capacidade inspiratória, capacidade vital e capacidade pulmonar total.
Capacidades pulmonares
• As capacidades pulmonares são sempre formadas pela soma de 2 ou mais volumes pulmonares.
• Capacidade pulmonar total (CPT): volume máximo a que os pulmões podem ser expandidos com o maior
esforço. Ou seja, representa a quantidade total de ar presente nos pulmões na inspiração máxima.
Corresponde à soma dos quatro volumes pulmonares.
• Capacidade residual funcional (CRF): quantidade de ar que permanece nos pulmões ao final da expiração
normal. Corresponde à soma do volume residual com o volume de reserva expiratória.
• A CRF representa o “ponto de equilíbrio” do sistema respiratório. Reflete a quantidade de ar em que a
resultante entre as forças de recolhimento elástico do pulmão anula as forças de expansão da caixa torácica.
• Capacidade inspiratória (CI): volume total de ar que pode ser inspirado a partir da CRF. Corresponde à soma
do volume corrente com o volume de reserva inspiratório.
• Capacidade vital (CV): quantidade total de ar que pode ser mobilizado entre a inspiração máxima e a expiração
máxima. Reflete a soma entre o volume de reserva inspiratória, o volume de reserva expiratória e o volume
corrente.
A CV representa a quantidade máxima de ar que uma pessoa pode expelir dos pulmões após enchê-los
previamente a sua extensão máxima. Ela corresponde à amplitude útil de ar disponível ao sistema respiratório.
A monitoração periódica da CV pode ser usada para seguir a progressão da doenças pulmonares (obstrutivas e
restritivas, principalmente).
Ventilação Pulmonar
• Quantidade de ar movido para dentro das vias respiratórias a cada
minuto
VP = FR x VC
O sangue venoso volta aos pulmões carregado de dióxido de carbono, que também é
transportado ligado à hemoglobina – formando carboemoglobina. Ao atingir os alvéolos, há
uma troca: o dióxido de carbono é liberado e passa por difusão para o interior dos alvéolos,
sendo expelido. O processo de desligamento do dióxido de carbono da hemoglobina, nos
pulmões, é favorecido pela ligação da hemoglobina com oxigênio. Veja, a seguir, um esquema
geral do transporte dos gases.
• O transporte de gases pelo sangue também tem como função manter a acidez do sangue,
porque é a partir da reação do CO2 com a água que são formados os íons bicarbonato e
hidrogênio. Esta reação é mediada pela enzima anidrase carbônica. Na realidade, 70% do
CO2 é transportado dissolvido no sangue.
Importância do PH sanguíneo
• O sistema respiratório é o principal controlador dos níveis de pH sanguíneo. O
aumento da concentração de dióxido de carbono no sangue provoca aumento de
íons H+ e, consequentemente, da acidez. Da mesma forma, a diminuição dos
níveis de dióxido de carbono leva a um aumento da alcalinidade do sangue.