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PNEUMOFUNCIONAL

FISIOLOGIA

Prof. Ianara Barros Albuquerque


O que é a respiração
• A respiração é o conjunto de processos de troca do organismo com o
ambiente externo que permite a obtenção de gás oxigênio (O2) e a eliminação
do dióxido de carbônico (CO2).
• A respiração é essencial para manter o bom funcionamento de todo corpo
humano, sendo fundamental para a vida. Ela auxilia na eliminação de
toxinas que se formam no corpo, equilibrando as funções orgânicas e
contribuindo no fortalecimento dos órgãos.
• Uma boa respiração, mais lenta e profunda, pode ajudar inclusive a reduzir o
estresse e relaxar o organismo, diminuindo as batidas do coração. Uma a
respiração correta também auxilia a melhorar a elasticidade dos pulmões,
contribuindo na manutenção de um bom equilíbrio entre os gases no
corpo.
Funções
- Hematose: processo de troca gasosa;
- Regulação do pH sanguíneo;
- Eliminação de calor e água;
- Olfação;
- Filtração, aquecimento e umedecimento do ar
inspirado.
Regulação da Respiração
Controle dos movimentos respiratórios

O controle dos movimentos respiratórios é realizado pelo centro respiratório, composto por diversos grupos de neurônios
localizados bilateralmente entre a ponte e o bulbo. O centro respiratório pode ser dividido em três grandes grupos: (1)
Respiratório dorsal – responsáveis pela inspiração; (2) Respiratório ventral – responsáveis pelas inspirações e expirações;
(3) Pneumotáxico – frequência e padrão de ventilação.

O excesso de acidez ou de dióxido de carbono no sangue ativa diretamente o centro respiratório. Ocorre um aumento da
ventilação com o objetivo de eliminar o dióxido de carbono. A pessoa fica ofegante e respira com dificuldade – é só
lembrar o que acontece após um forte exercício.

Os níveis de oxigênio são detectados por quimiorreceptores periféricos localizados nos corpúsculos carotídeos e aórticos.
Conforme a pressão parcial de oxigênio diminui, os quimiorreceptores periféricos intensificam os estímulos nervosos para
o centro respiratório, que responde prontamente aumentando a ventilação e os níveis de oxigênio.

O diafragma, músculo que separa a caixa torácica do abdômen, é comandado pelo nervo frênico e pode ser controlado
voluntariamente. Em condições normais, os centros respiratórios enviam um impulso a cada 5 segundos para que o
diafragma contraia e ocorra a inspiração.
Orgãos
• Nariz ou Fossas Nasais
• Sendo o primeiro componente do sistema respiratório, as
fossas nasais são o principal canal de entrada do ar no organismo
humano. Nelas, o ar é aquecido, umedecido e filtrado.

• Faringe
• É o órgão comum aos sistemas respiratório e digestório e está
conectado à boca e às fossas nasais. O ar inspirado pelas
narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe antes
de atingir a laringe.
Laringe
A laringe conduz o ar que se dirige aos pulmões, além de ser o
local onde as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a
passagem de ar e fundamentais para a fala, se localizam.
A entrada da laringe denomina-se glote. Acima dela há um tipo
de “lingueta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona
como válvula. Ao ingerir algum alimento, a laringe “sobe” e sua
entrada é fechada pela epiglote. Isso permite que o alimento
ingerido não penetre nas vias respiratórias.

Traqueia
A traqueia é um tubo elástico de aproximadamente 1,5 cm de
diâmetro e 12 cm de comprimento, cujas paredes são revestidas
por anéis de cartilagem. Possui um epitélio de revestimento
muco-ciliar, onde são aderidas bactérias presentes e partículas de
poeira que podem estar presentes no ar inalado. Conduzem o ar
que vem da laringe até se bifurcarem em sua região inferior,
formando os brônquios.
Brônquios
Os brônquios são formados por 2 ramificações da traquéia, que se ramificam em tubos cada vez mais
finos e chegam até os pulmões, os bronquíolos.

Alvéolos Pulmonares
Os alvéolos pulmonares são pequenos sacos formados por células epiteliais achatadas (tecido epitelial
pavimentoso) e cobertas por capilares sanguíneos, no final dos menores bronquíolos.
É o local onde ocorre a hematose pulmonar, a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o meio
ambiente e o organismo, através da membrana alvéolo-capilar, que separa o ar do sangue.
Pulmões
Os pulmões são órgãos esponjosos, com 25 cm de comprimento, aproximadamente, sendo envoltos por
uma camada de tecido denominada pleura. É nos pulmões onde os brônquios se ramificam, dando
origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos.

Diafragma
O diafragma é um fino músculo que separa o tórax do abdômen. Nele, a base de cada pulmão se apoia
proporcionando, em conjunto com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios.
O que é Hematose?
• A hematose é o processo que acontece nos alvéolos pulmonares e garante que o
sangue rico em gás carbônico seja oxigenado. O oxigênio é utilizado pelas células para
a realização da respiração celular, o processo no qual a célula produz energia.
• Nos alvéolos pulmonares, o gás oxigênio difunde-se para o sangue nos capilares
sanguíneos ao seu redor e o gás carbônico, que está no sangue dos capilares, difunde-
se para o interior dos alvéolos.
• O oxigênio que passa para o sangue entra nas hemácias e se liga à hemoglobina. Ao se
ligar à ela, a oxi-hemoglobina é formada. Esta garante o transporte de oxigênio para
as células. O sangue oxigenado segue em direção ao coração, onde será impulsionado
para o corpo.
Como ocorre a Respiração?

• A inspiração, que ocorre através da contração do diafragma e dos


músculos intercostais, proporciona a entrada de ar dentro dos pulmões.
O ar inspirado é rico em gás oxigênio (O2).
• A expiração, que acontece através do relaxamento do diafragma e dos
músculos intercostais, proporciona a saída de ar do organismo. O ar
expirado é rico em gás carbônico (CO2).
Unidades Fisiológicas Pulmonares
• Diafragma;
• Esternocleidomastóide;
• Escalenos;
• Intercostais externos.

INSPIRAÇÃO REPOUSO: Diafragma; Intercostais externos.

EXPIRAÇÃO REPOUSO: Diafragma (Inativo).

INSPIRAÇÃO EXERCÍCIO: Diafragma; Esternocleidomastóide; Escalenos; Intercostais


externos.

EXPIRAÇÃO EXERCÍCIO: Diafragma (Inativo); Intercostais internos; Musculatura


Abdominal.
SISTEMA RESPIRATÓRIO: ESTRUTURA
E FUNÇÃO - PARTE 1
• Anatomia do Sistema Respiratório
• Pressão Pleural e Alveolar
• Complacência dos Pulmões: FE, TS e Surfactante
• Volumes e Capacidades Pulmonares
• Ventilação Pulmonar / Ventilação Alveolar
Zonas de West
• Refere ao fato que o fluxo de sangue nos capilares alveolares é
influenciado pelos efeitos da gravidade, e também da pressão do gás
dentro do próprio alvéolo.
• É a região do pulmão em que a pressão alveolar é maior do que a
pressão arterial pulmonar. Conseqüentemente, as artérias pulmonares
ficam comprimidas e fechadas, impedindo o fluxo sanguíneo nessa
zona e criando uma zona de espaço morto.
Zona 1 de West
a zona 1 é definida como a região do pulmão localizada acima do nível no
qual as pressões arterial e alveolar são iguais. Em outras palavras: é a
região do pulmão em que a pressão alveolar é maior do que a pressão
arterial pulmonar. Conseqüentemente, as artérias pulmonares ficam
comprimidas e fechadas, impedindo o fluxo sanguíneo nessa zona e
criando uma zona de espaço morto.

Zona 2 de West
Zona 2 é a parte do pulmão localizada entre o nível no qual a pressão
arterial e alveolar são iguais e o nível no qual a pressão venosa e alveolar
são iguais.Uma outra forma de definir a zona 2 é: a região do pulmão em
que a pressão arterial pulmonar excede a pressão alveolar; no entanto, as
pressões alveolares excedem as pressões venosas pulmonares

Zona 3 de West
Tanto a pressão arterial quanto a venosa são maiores do que a pressão
alveolar devido aos efeitos da gravidade no fluxo sanguíneo. O sangue
capilar flui continuamente ao longo do ciclo cardíaco – o fluxo depende
da diferença da pressão arterial-venosa. A zona oeste 3 é A zona 3 está
localizada nas seções inferiores do pulmão e representa as áreas que
recebem as maiores taxas de fluxo sanguíneo pulmonar. Podemos
entender que é dessa forma que os pulmões saudáveis se comportam
abaixo do nível do hilo.
Pressão Pleural e Alveolar
• Pressão Pleural: Pressão existente no fluído da cavidade pleural
Início da Inspiração: ± -5 cm H2O Final da Inspiração: ± -7,5 cm H2O

• Pressão Alveolar: Pressão de ar existente no alvéolo


Início da Inspiração: ± 0 cm H2O Final da Inspiração: ± -1 cm H2O
Definições Importantes
• Complacência: Expansão do pulmão para cada unidade de aumento da
pressão transpulmonar
1 cm H2O = 200 ml de Ar

FATORES QUE DETERMINAM A COMPLACENCIA:


1. Forças Elásticas do Tecido Pulmonar;
2. Forças Elásticas da Tensão Superficial.

• Elastancia: é a capacidade de um corpo ou estrutura de resistir a distensão.


Definições Importantes
• Tensão Superficial: Atração intermolecular na superfície de um líquido
em contato com o ar, outro gás ou sólido, tendendo a puxar as
moléculas para dentro da superfície

• Surfactante: Agente ativo na superfície da água que reduz a tensão


superficial; Secretado pela Célula Epitelial Alveolar Tipo II;

• Espaço morto: é o ar que é inalado pelo corpo durante a respiração,


mas que não participa das trocas gasosas no organismo.
Diagrama da Complacência
Volumes Pulmonares
• A quantidade total de ar presente nas vias aéreas de um adulto é tipicamente 5 a 6 litros. Essa quantia pode ser divididos em
uma série de volumes e capacidades.
• Volumes pulmonares
• Corrente (VC): volume de ar inspirado ou expirado em cada respiração normal.
• Reserva inspiratória (VRI): volume máximo de ar que pode ser inspirado após uma inspiração espontânea. Isso significa
volume extra de ar inspirado além do volume corrente normal.
• Reserva expiratória (VRE): máximo volume extra de ar que pode ser expirado em uma expiração forçada após a expiração
espontânea.
• Residual (VR): volume de ar que fica nos pulmões após uma expiração forçada máxima.

Mesmo tentando ao máximo, é impossível esvaziar completamente os pulmões em uma expiração forçada.
Esse volume que permanece é o volume residual. Fundamental para manter a abertura dos alvéolos e impedir a tendência de
colabamento alveolar.
Uma situação de colapso alveolar total demandaria a geração de uma pressão anormalmente elevada para reinsuflar os pulmões.
De modo que o volume residual otimiza o gasto energético.
A presença do volume residual garante contato contínuo entre o sangue venoso misto e o ar alveolar. Permitindo continuidade
das trocas gasosas mesmo durante a expiração.
Determinantes dos volumes pulmonares
• Os volumes pulmonares são determinados pelas propriedades do parênquima pulmonar e pela sua interação com a caixa
torácica. A magnitude dos volumes de reserva inspiratória e expiratória depende de diversos fatores.
• Complacência do pulmão: medida das propriedades elásticas do pulmão que representa a pressão necessária para variar o
volume pulmonar. Quanto maior a complacência, menor a força necessária para enchimento. Assim, quedas na
complacência pulmonar reduzem o VRI.
• Volume pulmonar no instante: o VRI também sofre influência do volume pulmonar no instante de medida. Uma vez que o
pulmão apresenta diferentes complacências de acordo com seu volume. A complacência pulmonar diminui com o
enchimento do pulmão. De modo que quanto maior o volume após uma inspiração, menor o volume que pode ser inspirado
e, consequentemente, menor o VRI.
• Força muscular: o VRI diminui quando a musculatura respiratória está fraca ou sua inervação está comprometida.
• Conforto: dores e lesões limitam a vontade ou habilidade do paciente de desempenhar um esforço máximo durante a
inspiração e a expiração. O que pode reduzir o VRI e o VRE.
• Flexibilidade do esqueleto: a rigidez articular reduz o volume máximo ao qual alguém pode inflar os pulmões. O que reduz o
VRI. Isso pode ocorrer em doenças como artrite e cifoescoliose, por exemplo.
• Postura: o VRI diminui em decúbito, porque o diafragma tem maior dificuldade de mover os conteúdos abdominais. Isso nos
ajuda a entender por que ocorre ortopneia em certas condições, como a insuficiência cardíaca.
• Todas essas condições que reduzem o VRI consequentemente diminuem as capacidades pulmonares que dependem dele.
Como a capacidade inspiratória, capacidade vital e capacidade pulmonar total.
Capacidades pulmonares
• As capacidades pulmonares são sempre formadas pela soma de 2 ou mais volumes pulmonares.
• Capacidade pulmonar total (CPT): volume máximo a que os pulmões podem ser expandidos com o maior
esforço. Ou seja, representa a quantidade total de ar presente nos pulmões na inspiração máxima.
Corresponde à soma dos quatro volumes pulmonares.
• Capacidade residual funcional (CRF): quantidade de ar que permanece nos pulmões ao final da expiração
normal. Corresponde à soma do volume residual com o volume de reserva expiratória.
• A CRF representa o “ponto de equilíbrio” do sistema respiratório. Reflete a quantidade de ar em que a
resultante entre as forças de recolhimento elástico do pulmão anula as forças de expansão da caixa torácica.
• Capacidade inspiratória (CI): volume total de ar que pode ser inspirado a partir da CRF. Corresponde à soma
do volume corrente com o volume de reserva inspiratório.
• Capacidade vital (CV): quantidade total de ar que pode ser mobilizado entre a inspiração máxima e a expiração
máxima. Reflete a soma entre o volume de reserva inspiratória, o volume de reserva expiratória e o volume
corrente.
A CV representa a quantidade máxima de ar que uma pessoa pode expelir dos pulmões após enchê-los
previamente a sua extensão máxima. Ela corresponde à amplitude útil de ar disponível ao sistema respiratório.
A monitoração periódica da CV pode ser usada para seguir a progressão da doenças pulmonares (obstrutivas e
restritivas, principalmente).
Ventilação Pulmonar
• Quantidade de ar movido para dentro das vias respiratórias a cada
minuto

VP = FR x VC

VP = 6000 ml/min = 12 resp/min x 500 ml/resp


Ventilação Alveolar:
• Quantidade de ar movido para dentro da zona de troca gasosa a cada
minuto
VA = FR x (VC – VEMF)
VP = 4200 ml/min = 12 resp/min x (500 ml/resp – 150 ml/resp)

• Espaço Morto Anatômico: Espaço preenchido pelo ar nas vias


respiratórias que não sofrem troca gasosa
• Espaço Morto Fisiológico: Espaço preenchido pelo ar nas vias
respiratórias que sofrem troca gasosa sem realizá-la
SISTEMA RESPIRATORIO .
TRANSPORTE DE GASES - PARTE 2

• Pressão de O2 e CO2 nos Pulmões, Sangue e Tecidos


• Transporte de O2 no Sangue
• Transporte de CO2 no Sangue
Curva de dissociação da oxi-hemoglobina

• A saturação de oxi-hemoglobina arterial está relacionada com a pressão parcial


de oxigênio (PO2). A PO2 com 50% de saturação (P50) é, normalmente, 27
mmHg.
• A curva de dissociação é desviada para a direita por aumento na concentração
de íon hidrogênio (H+), aumento de 2,3-difosfoglicerato (DPG) do eritrócito,
elevação da temperatura (T) e aumento da pressão parcial de dióxido de
carbono PCO2.
• A diminuição dos níveis de H+, DPG, temperatura e PCO2 desvia a curva para
a esquerda.
• A hemoglobina caracterizada pelo desvio da curva para a direita tem menor
afinidade com o oxigênio e aquela caracterizada pelo desvio da curva para a
esquerda, maior afinidade.
Transporte O2 e Co2
• O oxigênio que chega aos alvéolos pulmonares passa para os capilares sanguíneos por difusão
simples, penetra nas hemácias e forma um complexo com a hemoglobina, chamado
oxiemoglobina. Este complexo aumenta entre 30 e 100 vezes a quantidade de oxigênio
transportado por simples difusão de oxigênio no sangue.

O sangue venoso volta aos pulmões carregado de dióxido de carbono, que também é
transportado ligado à hemoglobina – formando carboemoglobina. Ao atingir os alvéolos, há
uma troca: o dióxido de carbono é liberado e passa por difusão para o interior dos alvéolos,
sendo expelido. O processo de desligamento do dióxido de carbono da hemoglobina, nos
pulmões, é favorecido pela ligação da hemoglobina com oxigênio. Veja, a seguir, um esquema
geral do transporte dos gases.
• O transporte de gases pelo sangue também tem como função manter a acidez do sangue,
porque é a partir da reação do CO2 com a água que são formados os íons bicarbonato e
hidrogênio. Esta reação é mediada pela enzima anidrase carbônica. Na realidade, 70% do
CO2 é transportado dissolvido no sangue.
Importância do PH sanguíneo
• O sistema respiratório é o principal controlador dos níveis de pH sanguíneo. O
aumento da concentração de dióxido de carbono no sangue provoca aumento de
íons H+ e, consequentemente, da acidez. Da mesma forma, a diminuição dos
níveis de dióxido de carbono leva a um aumento da alcalinidade do sangue.

O aumento do pH sanguíneo (alcalose) é detectado pelo centro respiratório, que


responde diminuindo a ventilação pulmonar. Com esta redução, ocorre um
acúmulo do dióxido de carbono e maior produção de íons H+, regularizando o
pH. Por outro lado, a diminuição do pH sanguíneo (acidose) leva à excitação do
centro respiratório, promovendo o aumento da ventilação pulmonar, o que deve
resultar na eliminação do dióxido de carbono e no aumento do pH sanguíneo.
As informações da variação de [CO2] são percebidas
nos quimiorreceptores localizados no bulbo,
enquanto as variações de pH e O2 através de
quimiorreceptores localizados nas carótidas e na
aorta. Isto é na grande artéria que sai do coração e
nas artérias que sobem através do pescoço levando
sangue para o cérebro. Veja que todas as informações
são centralizadas no bulbo, e depois transformadas
em sinais para os músculos intercostais e o
diafragma.

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