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Fisiologia da respiração
TROCA GASOSA
O nosso corpo necessita de energia, ela é nosso combustível. A eNergia
é produzida através da combinação de moléculas de oxigênio (O2) com
as moléculas dos alimentos.
Quando o carbono e o hidrogênio se misturam com o O2 formam o
dióxido de carbono (CO3) e a água. TaNto o O2 quaNto o dióxido de carboNO
são Necessáriospara NOS maNtermos vivos. E quem permite a entrada de O2
e a saída de dióxido de carbono é o sistema respiratório.

Como o próprio nome diz, a troca gasosa é a


troca de gases, a troca do dióxido de carbono
pelo oxigênio nos pulmões.

Apesar de a troca gasosa acontecer no pulmão é necessário que você


esteja ciente que pulmão e coração se relacioNam. Os dois estão
trabalhando simultaneamente para garantir que o nosso corpo seja
abastecido de energia.

Os alvéolos estão envoltos quase que por completo de capilares


pulmonares, o O2 e CO3 passam entre alvéolos e capilares pulmonares
por difusão, através de uma membrana fina (membrana alveolocapilar).
Fisiologia da respiração
COMO ACONTECE?

Nós inspiramos ar fresco, contendo O2, este chega até os


pulmões através das vias condutoras e respiratórias.

As forças necessárias para que o ar possa fluir pelas vias


são geradas pelos Músculos Respiratórios que
respondem aos comandos iniciados pelo Sistema
Nervoso Central.

Enquanto isso o sangue venoso retorna do corpo pela a


veia cava superior e veia cava inferior e é bombeado pela
artéria pulmonar para os pulmões.

Esse sangue venoso tem alto teor de dióxido de carbono


e baixo teor de oxigênio.

Na unidade alveolocapilar ocorre a troca gasosa por


difusão, o sangue dos capilares coleta O2 dos alvéolos e
libera dióxido de carbono para os alvéolos.
O sangue que deixa os pulmões, tem então um alto teor
de O2 e é distribuído para os tecidos do corpo pelo lado
esquerdo do coração.

Durante a expiração, o gás com uma alta concentração


de dióxido de carbono é expelido do corpo.
mecânica ventilatória
A respiração é automática, controlada inconscientemente
pelo ceNtro respiratório localizado no tronco encefálico.

A inspiração (entrada de ar) e a expiração (saída de ar) são


realizadas pelos músculos respiratórios ou melhor dizendo
pela contração muscular desses músculos. A mecânica
ventilatória vai depender então de :

Contração Muscular;
Elasticidade e distensibilidade dos pulmões e da caixa
torácica;
Diferenças de pressões.

COMO ACONTECE?

Os pulmões Não possuem mÚSCulos esqueléticos próprios. A mecânica


ventilatória é realizada pelo diafragma, pelos músculos intercostais,
pelos músculos do pescoço e abdominais.

A atividade muscular causa mudanças no volume da cavidade


torácica durante a respiração, isso vai permitir que haja mudanças
na pressão intrapulmonar e intrapleural que garante a
movimentação do ar do lugar de maior pressão para o de menor
pressão.
NÃO ESQUEÇA DISSO
O ar sai do lugar de maior pressão para o de menor pressão.
mecânica ventilatória
Os músculos respiratórios fazem parte dos componentes
mecânicos da mecânica ventilatória, veja abaixo:
Caixa torácica: Esterno, 12 costelas e 12 vértebras torácicas

MÚSCulos iNSpiratórios: Diafragma, músculos intercostais


externos

MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS

DIAFRAGMA:
Origem: Parte esternal: face posterior do processo xifóide;
parte costal: superfícies internas das cartilagens costais
inferiores e costelas (7-12); parte lombar: ligamentos
arqueados medial e lateral, corpos vertebrais(L1-L2),
ligamento longitudinal anterior.
Inserção: Tendão central do diafragma;
Inervação: Nervos frênicos (C3-C5);
Ação: Deprime as cartilagens costais; Quando contrai
executa a inspiração e quando relaxa executa a expiração.
Imagem retirada da internet

Diafragma
mecânica ventilatória
INTERtfOSTAIS EXTERNOS
Origem: Borda inferior das costelas;
Inserção: Borda superior da costela abaixo;
Inervação: Nervos intercostais;
Ação: Elevam as costelas; aumentam o diâmetro
transverso anteroposterior dos pulmões; Quando contrai
executa a inspiração, quando relaxa executa a expiração.

Imagem retirada do site KENHUB

No repouso a expiração é passiva ou seja, não necessita de


musculatura para acontecer, ela ocorre com o relaxamento
dos músculos inspiratórios e com o retorno dos pulmões e
da caixa torácica à sua posição normal.

Durante o exercício físico por exemplo, são acionados mÚSCulos


acessórios da iNSpiração e a expiração passa a ser auxiliada pela
atividade muscular.
Músculos inspiratórios acessórios (respiração forçada):

Esternocleidomastoideo;
Escaleno anterior;
Escaleno médio;
Escaleno posterior;
Serrátil anterior;
mecânica ventilatória
Veja abaixo os músculos acessórios da expiração (expiração forçada):
RETO ABDOMINAL
Origem: Púbis e sínfise púbica;
Inserção: Processo xifóide, 5º a 6º cartilagens costais;
Inervação: Nervos intercostais;
Ação: Deprime a caixa torácica elevando o músculo
diafragma.

OBLÍQUO INTERNO DO ABDOME


Origem: Face externa das últimas 7 costelas;
Inserção: Parte anterior da crista ilíaca, tubérculo e púbis e
linha alba;
Inervação: Nervos intercostais;
Ação: Deprime a caixa torácica elevando o músculo
diafragma.
TRANSVERSO DO ABDOME
Origem: Cartilagens costais da 7º a 12] costelas, aponeurose
toracolombar,crista ilíaca e ligamento inguinal;
Inserção: Crista púbica e linha alba;
Inervação: Nervos intercostais;
Ação: Deprime a caixa torácica elevando o músculo
diafragma.

INTERtfOSTAIS INTERNOS
Origem: Sulcos costais das costelas;
Inserção: Borda superior da costela;
Inervação: Nervos frênicos (C3-C5);
Ação: Rebaixa as costelas durante a expiração forçada;
mecânica ventilatória
CICLO RESPIRATÓRIO
O tficlo respiratório compreende a:

Inspiração:
Contração do diafragma

Expansão do tórax

Pressão intrapulmonar mais negativa Processo ativo


(em comparação com a atmosférica)

Entrada de ar nos pulmões

Expiração:

Relaxamento do diafragma

Retração do tórax
Processo passivo
Pressão intrapulmonar aumenta (em
comparação com a atmosférica)

Saída de ar dos pulmões

Em alguns momentos como quando você se exercita ou está


tocando algum instrumento a expiração se torna ativa ou
seja, recruta músculos respiratórios!
mecânica ventilatória
COMO ACONTECE?
Observe a imagem abaixo:
Inspiração Expiração
Imagem retirada da internet

Quando o diafragma contrai e se move para baixo, a cavidade


torácica é expandida, reduzindo a pressão dentro dos pulmões e o ar
entra. Quando o diafragma relaxa e volta para o lugar, a elasticidade
dos pulmões e da parede torácica empurra o ar para fora dos
pulmões.

A distensibilidade pulmonar é alta graças ao componente elástico


do tecido pulmonar e a presença do surfactante que reduz a tensão
superficial dos alvéolos ou seja torna mais fácil a expansão deles.
mecânica ventilatória
CONTROLE DA RESPIRAÇÃO
A processo da respiração acontece de forma inconsciente, CeNtros
respiratórios localizados no tronco encefálico são quem controlam a
respiração.
As estruturas do sistema respiratório estão envolvidas para que
este processo aconteça, veja abaixo:
Imagem retirada da internet

O nariz, a cavidade nasal, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios


e os bronquíolos terminais fazem parte da porção condutora do sistema
respiratório.

Os bronquíolos respiratórios, o ducto alveolar e os alvéolos fazem parte


da porção respiratória do sistema respiratório.

A porção condutora tem a função de acondicionar o ar, fazendo com que ele seja
aquecido, umidificado e que partículas indesejadas sejam retiradas dele.

Já a porção respiratória é o local onde ocorre a troca gasosa entre o


ar e o sangue.
Avaliação funcional
VOLUMES PULMONARES

A determinação dos volumes pulmonares constituem-se numa das


etapas importantes da avaliação funcional pulmonar, feita através
da espirometria. O Volume pulmonar corresponde a quantidade de
ar comportada pelos pulmões, vamos conhecer os tipos:

Volume Corrente (VC): Volume de ar inspirado e expirado


espontaneamente em cada ciclo respiratório.

Volume de reserva inspiratório (VRI): Volume máximo que


pode ser inspirado voluntariamente ao final de uma
inspiração espontânea.

Volume de reserva expiratório (VRE): Volume máximo que


pode ser expirado voluntariamente a partir do final de uma
expiração espontânea.

Volume residual (VR): Volume que permanece no pulmão


após uma expiração máxima.

Se os pulmões esvaziassem completamente


poderiam entrar em colapso.

Além dos volumes, algumas capacidades pulmonares podem ser


avaliadas, vejamos a seguir:
Avaliação funcional
CAPACIDADES PULMONARES

As capacidades pulmonares correspondem a soma de 2 ou


mais volumes pulmonares.
Capacidade vital (CV): é a quantidade total de ar que
pode ser mobilizado entre a inspiração máxima e a
expiração máxima. Corresponde a soma do volume de
reserva inspiratória, volume de reserva expiratória e
volume corrente.

Capacidade inspiratória (CI): quantidade máxima de ar


inspirado a partir da CRF. Corresponde à soma do volume
corrente com o volume de reserva inspiratório.

Capacidade residual funcional (CRF): quantidade de ar


que permanece nos pulmões ao final de uma expiração
máxima. Corresponde à soma do volume residual com o
volume de reserva expiratória.

Capacidade pulmonar total (CPT): quantidade total de


ar presente nos pulmões após uma inspiração máxima.
Corresponde a soma de todos os volumes pulmonares.

RESUMINHO PRA FIXAR


CI = VRI + VC
CV = VC+ VRE + VRI
CRF = VRE + VR
CPT= VC + VRE + VRI + VR

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