Ventilação pulmonar
A ventilação pulmonar ou respiração é o renovamento
do ar contido nos pulmões de modo espontâneo e por
ação dos músculos respiratórios, músculos intercostais e
sobretudo o diafragma. Em medicina e em biologia, o
termo «respiração» designa a produção de energia pela
célula, a denominação de ventilação pulmonar é preferí-
vel a respiração para evitar confusões. É feita em dois
tempos: a entrada do ar nos pulmões quando se da a ins-
piração, e a saída do ar quando se da a expiração. Em
média, um ser humano efetua, 23 000 ciclos respirató-
rios por dia.[1]
Naturalmente a ventilação pulmonar envolve: centro da
ventilação pulmonar, incursão torácica, músculos da ven-
tilação pulmonar, frequência da ventilação pulmonar,
tempo inspiratório e expiratório, fluxo de gás na via con-
dutora e no espaço alveolar, complacência pulmonar, re-
tração elástica pulmonar e torácica, volume corrente pul-
monar, volume minuto pulmonar. Estes processos são
totalmente distintos do que popularmente é chamado de
respiração que na verdade acontece a nível celular. Na
linguagem culta não se deve confundir respiração com
ventilação pulmonar, pois não se trata de sinônimo.
A ventilação pulmonar pode ser natural ou assistida por
um dispositivo que auxilia a ventilação, sendo que a natu-
ral envolve processos neuro-muscular-torácico-pulmonar
e físico, e a assitida dependendo do dispositivo utilizado
relaciona-se com um ou mais processos da ventilação pul-
monar. Portanto temos diversos músculos que são importantes na
As células enquanto vivas necessitam de um suprimento ventilação pulmonar:
contínuo de oxigênio, nutrientes e água para produzir
energia biológica, através de um processo bioquímico de • Músculos utilizados na inspiração: diafragma, es-
respiração, para desempenhar as suas funções.
O fornecimento de oxigênio nos animais é realizado pelo
sistema respiratório. Através deste, parte do oxigênio da
atmosfera se difunde através da parede do alvéolo pul-
monar e atinge a corrente sanguínea. A maior parte do
oxigênio é transportado pela corrente sanguínea, através
de uma ligação reversível com a hemoglobina, até os teci-
dos e as células de todos os órgãos. As células, após uti-
lizarem oxigênio e nutrientes produzem dióxido de car-
bono que é transportado pela corrente sanguínea até os
pulmões para ser eliminado na atmosfera, através da ven-
tilação pulmonar.
Para que seja possível uma adequada difusão de gases
através da membrana do alvéolo, oxigênio passando do
interior dos alvéolos para o sangue presente nos capilares
pulmonares e o dióxido de carbono se difundindo em
sentido contrário, é necessário um processo constante de
ventilação pulmonar.
A ventilação pulmonar consiste numa renovação contí-
nua do ar presente no interior dos alvéolos. Para que isso
ocorra é necessário que, durante o tempo todo, ocorram
movimentos que proporcionem insuflação e desinsufla-
ção de todos ou quase todos os alvéolos. Isso provoca,
no interior dos alvéolos, uma pressão ligeiramente, ora
mais negativa, ora mais positiva do que aquela presente
na atmosfera.
Durante a inspiração, devido a uma pressão intra-alveolar
de aproximadamente 3 mmHg mais negativa do que a at-
mosférica, uma certa quantidade de ar atmosférico é ina-
lado pelo aparelho respiratório; durante a expiração, de-
vido a uma pressão intra-alveolar de aproximadamente
3 mmHg mais positiva do que a atmosférica, a mesma
quantidade de ar é devolvida para a atmosfera.
Para que possamos insuflar e desinsuflar nossos alvéolos,
devemos inflar e desinflar nossos pulmões. Isso é possível
através de movimentos que acarretem aumento e redução
do volume no interior da nossa caixa torácica, onde nos-
sos pulmões estão localizados.
Podemos expandir o volume da nossa caixa torácica le-
vantando as costelas e contraindo o diafragma. Para re-
trairmos o volume da caixa torácica fazemos exatamente
o contrário: rebaixamos nossas costelas enquanto relaxa-
mos o nosso diafragma.
ternocleidomastoideos, intercostais externos, esca-
lenos, serráteis anteriores.
• Músculos utilizados na expiração: intercostais inter-
nos, retos abdominais e demais músculos localiza-
dos na parede anterior do abdômen.
1 Vias condutoras de ar para os
pulmões
Durante a inspiração e expiração, o ar passa por diver-
sos e diferentes segmentos que fazem parte do sistema
pulmonar que forma a via condutora de ar para o pul-
mão que não participa da hematose pulmonar, sendo o
espaço alveolar a última região atingida pela ar inspirado,
onde ocorre a hematose pulmonar. A via condutora de ar
1
2 4 REFERÊNCIAS

para o pulmão e o espaço alveolar forma a via condutora- importância do surfactante pulmonar é sua capacidade de
alveolar por onde circula o ar que participa da ventilação reduzir significativamente a tensão superficial dos líqui-
pulmonar. dos que revestem o interior dos alvéolos.

• Nariz: É o primeiro segmento por onde, de prefe-

rência, passa o ar durante a inspiração. Ao passar 2 Controle dos Movimentos Mus-
pelo nariz, o ar é filtrado, umidificado e aquecido.
Na impossibilidade eventual da passagem do ar pelo
culares
nariz, tal passagem pode acontecer por um atalho,
a boca. Mas infelizmente, quando isso acontece, o Os movimentos musculares são controlados pelo bulbo,
ar não sofre as importantes modificações descritas que os realiza quando há mínima variação no pH sanguí-
acima. neo. O gás carbônico (CO2 ) dissolvido no sangue reage
com a água (H2 O), formando ácido carbônico (H2 CO3 ),
• Faringe: Após a passagem pelo nariz, antes de atin- composto muito instável que logo libera H+ e HCO3 . O
+
gir a laringe, o ar deve passar pela faringe, segmento H diminui o pH sanguíneo, levando o bulbo a determi-
que também serve de passagem para os alimentos. nar a contração dos músculos respiratórios. Com tal con-
tração, diminui-se a concentração de CO2 e, por conse-
guinte, o pH sanguíneo aumenta.
• Laringe: Normalmente permite apenas a passagem
de ar. Durante a deglutição de algum alimento, uma
pequena membrana (epiglote) obstrui a abertura da
laringe, o que dificulta a passagem fragmentos que 3 Ventilação alveolar
não sejam ar para as vias respiratórias inferiores. Na
laringe localizam-se também as pregas vocais, res- Ventilação alveolar é a intensidade com que o ar al-
ponsáveis para produção de nossa voz. cança as áreas pulmonares (os alvéolos, sacos alveolares,
os ductos alveolares e os bronquíolos respiratórios).
• Traqueia: Pequeno tubo cartilaginoso que liga
as vias respiratórias superiores às inferiores, logo
abaixo. 4 Referências
• Brônquios: São numerosos e ramificam-se também [1] Guyton, Textbook of Medical Physiology, 10e edi-
numerosamente, como galhos de árvore. Permitem tion, Arthur Guyton and John Hall, 2000, ISBN-10:
a passagem do ar em direção aos alvéolos. 072168677X

• Bronquíolos: Mais delgados, estão entre os brôn- Quando inspiramos, o ar atmosférico entra pelo nariz
quios e os sacos alveolares, de onde saem os alvéo- (parte externa) e pelas cavidades nasais (interna), é fil-
los. trado por pelos presentes nessas cavidades, impedindo
assim que entrem partículas (poeira, grãos de pólen, fu-
Por toda a mucosa respiratória, desde o nariz até os maça, seres vivos microscópicos, etc) no restante do sis-
tema respiratório. Essas partículas ficam presas na ca-
bronquíolos, existem numerosas células ciliadas, com cí-
lios móveis, e grande produção de muco. Tudo isso ajuda mada do muco localizada nas fossas nasais. O ar também
é umedecido e aquecido, condições importantes para que
bastante na constante limpeza do ar que flui através das
vias respiratórias. ocorra as trocas gasosas com maior eficiência, nos alvéo-
los pulmonares. Até chegar aos alvéolos pulmonares o ar
Os alvéolos apresentam uma certa tendência ao colaba- passa pelo seguinte caminho: narinas (nariz), fossas na-
mento. Tal colabamento somente não ocorre normal- sais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e
mente devido à pressão mais negativa presente no espaço alvéolos.
pleural, o que força os pulmões a se manterem expan-
didos. O grande fator responsável pela tendência de co- Movimentos da Inspiração de Ar Inspiração A entrada
labamento dos alvéolos é um fenômeno chamado tensão de ar nos pulmões, a inspiração, dá-se pela contração
superficial. A tensão superficial ocorre no interior dos al- da musculatura do diafragma e dos músculos intercos-
véolos devido a grande quantidade de moléculas de água tais (músculos que estão entre as costelas). O diafragma
ali presente, revestindo toda a parede interna dos alvéo- abaixa e as costelas elevam-se, com isso ocorre um au-
los. A tensão superficial no interior dos alvéolos seria mento do volume da caixa torácica (estrutura óssea que
bem maior do que já o é se não fosse a presença, nos lí- protege os pulmões e o coração), fazendo com que o ar
quidos que revestem os alvéolos, de uma substância cha- entre nos pulmões.
mada surfactante pulmonar. O surfactante pulmonar é Expiração Em seguida ocorre a saída de ar dos pulmões, a
formado basicamente de fosfolipídeos (dipalmitoil leci- expiração, acontece o relaxamento da musculatura do di-
tina) nas células presentes no epitélio alveolar. A grande afragma e dos músculos intercostais, eleva-se o diafragma
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e as costelas abaixam, diminuindo assim o volume da

caixa torácica, expulsando o ar dos pulmões. Nem todo ar
é expulso dos pulmões, ficando um pequeno volume que
permanece dentro dos alvéolos, evitando que haja um co-
lapso nas finas paredes dos alvéolos.
O movimento respiratório é controlado por um centro
nervoso localizado na medula espinal. Em condições nor-
mais esse centro produz impulso a cada 5 segundos, es-
timulando a contração da musculatura torácica e do di-
afragma, onde inspiramos. Contudo, quando o sangue
torna-se mais ácidos devido ao aumento de gás carbônico
(CO2), o centro respiratório medular induz a aceleração
dos movimentos respiratórios.
Em caso de diminuição da concentração de gás oxigênio
(O2) no sangue, o ritmo respiratório também é aumen-
tado. Essa redução é detectada por receptores químicos
localizados nas paredes da aorta e da artéria carótida.
Além das fossas nasais o ar pode entrar ou sair do orga-
nismo pela boca, porém, o umedecimento e aquecimento
do ar ficam incompletos não ocorrendo a filtração das par-
tículas de poeiras, fumaça, e até seres vivos microscópi-
cos, como os vírus e as bactérias, capazes de causar danos
à nossa saúde, etc. Algumas impurezas são “filtradas” em
diversos órgãos do sistema respiratório, mas outras con-
seguem passar até os pulmões, provocando doenças. As
doenças mais comuns que atingem o sistema respiratório
podem ser de natureza infecciosa ou alérgica.
4 5 FONTES, CONTRIBUIDORES E LICENÇAS DE TEXTO E IMAGEM

5 Fontes, contribuidores e licenças de texto e imagem

5.1 Texto
• Ventilação pulmonar Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ventila%C3%A7%C3%A3o_pulmonar?oldid=44224625 Contribuidores: Ma-
nuel Anastácio, Rui Silva, Josepaulop4, Robertolyra, Arges, Lemarlou, Rei-bot, Daimore, Rhcastilhos, Joaopaulooo, GOE, ThrasherÜber-
mensch, MisterSanderson, Aleph Bot, Stuckkey, DocElisa, Ixocactus, O revolucionário aliado e Anónimo: 26

5.2 Imagens
• Ficheiro:Searchtool.svg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/61/Searchtool.svg Licença: LGPL Contribuidores:
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Ysangkok

5.3 Licença
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