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Raquel Fontenele- 3º período - Medicina

Hematose
É a difusão do O2 e CO2 entre os alvéolos pulmonares e capilares sanguíneos, que se dá graças
as diferenças de pressão parciais desses gases no sangue e nos alvéolos.

Volume corrente: O ar que entra e sai dos pulmões em todo esse processo
Espaço Morto: é a parte do ar também fica “acumulado” nas vias aéreas, preenchendo-as, esse
ar armazenado.
Volume residual: é o restante de ar que fica dentro dos alvéolos evitando o colabamento dos
pulmões.
: No processo de respiração boca a boca, expelimos o volume morto que está nas vias
aéreas e não sofreu hematose, ou seja, é rico em O2.

Depende de 2 processos para que ocorra de forma


eficaz:
- A grande área disponível para trocas gasosas nos
alvéolos.
- A diferença de pressão entre os pulmões e a
atmosfera.
A pressão atmosférica de oxigênio é muito superior à
pressão pulmonar desse mesmo gás, o que favorece a
difusão desses gases sem gasto nenhum de energia,
favorecendo a entrada de oxigênio no sangue.

A maior parte é transportada


junto com a hemoglobina formando a oxihemoglobina
Uma pequena parte é diluída no sangue.
A pressão parcial de O2 é maior no sague do que nos tecidos, ocorrendo a difusão do O2
sanguíneo para o tecido.
- Hemoglobina
Oxiemoglobina
Desoxiemoglobina
- Dissociação da oxiemoglobina
Efeito do Ph
Efeito da temperatura
Concentração do 2,3 DPG
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A pressão arterial de CO2 é maior nos tecidos do que no sangue, dessa forma o gás sai dos
tecidos e vai para o sangue.
O transporte de CO2 ocorre de 3 maneiras:
- 5% fica absorvido no plasma
- 25% se associam à hemoglobina formando a
cabohemoglobina
- A maior parte (cerca de 70%), reage com a água e forma
H2CO3, que se dissocia em H+ (associado à hemácia) +
HCO3 (vai para o plasma).

- O controle da respiração é feito automaticamente por um


centro nervoso localizado no bulbo, de onde partem os
nervos e estímulos responsáveis pela contração dos
músculos respiratórios.
- O principal mecanismo de regulação depende da
concentração de CO2 no sangue. Quando ocorre maior
formação desse gás aumenta a quantidade de H+ no sangue,
provocando uma diminuição no pH. Com isso o bulbo é sensibilizado.
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2. Brônquios
Condutos cartilaginosos que segue a
1. Fossas Nasais bifurcação da traqueia e penetram nos
São duas cavidades paralelas que começam
nas narinas e terminam na faringe. São
separadas umas da outra por uma parede
cartilaginosa denominada septo nasal.
Têm as funções de filtrar, umedecer e
aquecer o ar.
2. Faringe
Canal comum aos sistemas digestório e
respiratório.
Comunica-se com a boca e com as fossas
nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela pulmões.
boca passa necessariamente pela faringe, São constituídos por anéis incompletos de
antes de atingir a laringe. cartilagem e fibras musculares, conferindo
3. Laringe mobilidade. São também revestidos por
É a continuação à faringe. A entrada da epitélio ciliado, rico em células caliciformes
laringe chama-se glote. Acima dela existe (produtoras de muco)
uma cartilagem denominada epiglote, que Nos pulmões os brônquios ramificam-se
funciona como profusamente, dando origem a tubos
válvula. Quando cada vez mais finos, os bronquíolos.
nos 3. Bronquíolos
alimentamos, a Formado por músculo liso, sem
laringe sobe e cartilagem. O conjunto altamente
sua entrada é ramificado de bronquíolos é a árvore
fechada pela brônquica ou árvore respiratória. Cada
epiglote. Isso bronquíolo termina em pequenas bolsas
impede que o formadas por células epiteliais
alimento achatadas (tecido epitelial
ingerido penetre pavimentoso) recobertas por capilares
nas vias sanguíneos, denominadas de alvéolos
respiratórias. pulmonares.
O epitélio que reveste a laringe apresenta 4. Pulmões
pregas, as cordas vocais, capazes de São órgãos esponjosos, com
produzir sons durante a passagem de ar. aproximadamente 25 cm de comprimento,
sendo envolvidos por uma membrana
serosa denominada pleura. São divididos em
1. Traqueia segmentos denominados lobos. O pulmão
É um tubo de aproximadamente 1,5 cm de esquerdo possui 2 lobos e o direito possui 3.
diâmetro por 10-12 cm de comprimento,
suas paredes são reforçadas por anéis VALE LEMBRAR: os alvéolos são a unidade
cartilaginosos. Bifurca-se na sua região funcional do pulmão. Local onde ocorre a
inferior, originando os brônquios. Possui um hematose. O alvéolo é uma bolsa circulada
epitélio de revestimento muco-ciliar que de vasos sanguíneos bem pequenos, os
protege o sistema contra bactérias e poeiras capilares.
presentes no ar inspirado.
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A aspiração broncopulmonar é a entrada de conteúdos endógeno ou exógeno, colonizados por


bactérias residentes ou não no tubo digestivo, no trato respiratório inferior, ocasionando
alterações inflamatórias e crescimento bacteriano. As substâncias mais comuns são os resíduos
gástricos e a secreções colonizadas contidas na cavidade orofaríngea.

Essa aspiração broncopulmonar pode ser aguda ou crônica.


1. Aguda: pode ocorrer desde o período neonatal até a adolescência.
2. Crônica: podem ocorrer devido a RGE com aspiração do conteúdo gástrico e alimentos,
em função de distúrbios da deglutição com predomínio de alimentos, saliva e secreções
brônquicas. Está diretamente ligado a disfalgia.
Doenças neurológicas como o coma e epilepsia onde são aspirados saliva e conteúdo gástrico
podem ocasionar casos de aspiração crônica. Outra causa é a síndrome adeno-tonsilo-sinusal,
com aspiração de secreções infectadas.

A síndrome de aspiração também pode ser classificada de acordo com o tipo de material aspirado
em: irritativa, infeciosa e obstrutiva.
1. Irritativa: encontra pneumonites químicas por ácido, hidrocarbonetos, óleo vegetal,
mecônio, álcool e gordura animal.
2. Aspiração infecciosa: ocorre aspiração de saliva e secreções contaminadas.
3. Aspiração obstrutiva: são causadas por afogamento e aspiração de corpos estranhos.

- O engasgo acontece porque o alimento entrou no caminho do sistema respiratório.


- Isso ocorre por uma falha na epiglote, válvula que está sempre aberta para a passagem de ar.
- A aspiração leva
a uma tosse
paroxística e
apneia em grau
variável, com
asfixia, levando a
morte,
dependendo do
material aspirado
tais como:
volume,
capacidade de
lesar os tecidos e
tamanhos das
partículas.
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- Se ficar alojado em laringe ou faringe, os sintomas aparecem em tempo variável após o
incidente, muitas vezes demorando a se manifestar causando dissociação entre causa e efeito, o
chamado “período de silencio”.
- Quando o objeto ingerido tem um calibre superior ao dos brônquios ele pode ficar livre na
traqueia, havendo o risco de ele encravar-se na subglote. Nessa situação os sinais de localização
não aparecem e temos tosse, estridores, sibilos e retração simulando um quadro de laringite.

Consideram-se como sinais sugestivos de aspiração: dificuldade no ato da alimentação


(disfalgia), presença de leite na boca ou narinas nos intervalos das mamadas,
engasgo, vômitos, regurgitação habituais, tosse noturna, cianose e apneia. A
presença de tosse e chiados é relatada na maioria dos casos e estes aspectos
inespecíficos, por vezes constituem os únicos elementos da história clínica.
Outros sintomas que podem ocorrer são:
- Broncopneumonia (inflamação dos brônquios, bronquíolos e alvéolos vizinhos)
- Atelectasia (colapso do tecido pulmonar com perda de volume)
- Bronquiectasia
- Insuficiência respiratória
- Morte
Nos pacientes em que ocorre a aspiração pulmonar,
quatro tipos básicos de sintomas podem ocorrer:
- Apneia
- Pneumonia aspirativa aguda
- Doença pulmonar crônica
- Distúrbios da deglutição

- 95% dos casos e faz presente a tríade: engasgo, sufocação e tosse.


- Radiografia: presença de corpo estranho radiopaco ou condensação por atelectasia e/ou
pneumonia secundária, além de
possível obstrução parcial que pode
originar um enfisema pulmonar.
- Ressonância: mostrar com
precisão, principalmente estruturas
fragmentadas
- Endoscopia: confirmação de
diagnóstico.

O tratamento de emergência tem


como objetivo melhorar a
oxigenação do paciente e evitar a
disseminação do material aspirado,
estando o mesmo na dependência
do tipo de material e gravidade da
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aspiração em relação à frequência e volume, quadro clínico e
temporalidade do evento.

A retirada endoscópica com equipamento rígido ou flexível, constitui-


se no tratamento nos casos de aspiração de corpos estranhos e
somente uma minoria dos aspirados pela via aérea da criança não
pode ser removida por esse meio.

A traqueotomia está indicada naqueles pacientes que aspiraram


corpos demasiadamente largo, que não podem passar na região
sub-glote.

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