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2022
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Reino dos Animais
O que é vertebrado e invertebrado?
Os animais compõem um reino com mais de um milhão de espécies. No entanto, fósseis encontrados
revelam que uma quantidade muito maior de espécies animais já viveu na Terra, mas hoje estão extintas.
Nós, os seres vivos, somos muitos e temos as mais variadas formas e tamanhos - desde corpos
microscópicos, como o ácaro, até corpos gigantescos como o da baleia-azul. Alguns com forma, organização
e funcionamento do corpo simples, como uma esponja-do-mar; outros, com a estrutura complexa de um
mamífero.
Os Vertebrados
Os animais que possuem coluna vertebral são chamados vertebrados. Eles se dividem em 5 grupos.
Aves - Elas são cobertas de penas. Possuem patas e asas.
Mamíferos- Sua pele é coberta de pelos. A fêmea alimenta os filhotes com o leite de suas mamas.
Peixes - Sua pele é coberta de escamas. Eles respiram dentro da água.
Répteis - Sua pele é coberta de escamas.
Anfíbios - Eles têm a pele lisa e úmida, sem pelos, nem plumas, nem escamas.
A coluna vertebral, associada ao sistema muscular, garante que os animais movimentem-se em mantenham a
sua estrutura firme.
Os Invertebrados
1-SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar
para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a
laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões.
Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas
narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra
por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu
interior há dobras chamadas cornetos nasais, que forçam o ar a
turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de células
produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas
porções inferiores das vias aéreas, como traqueia, brônquios e
porção inicial dos bronquíolos. No teto das fossas nasais existem
células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as
funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar.
Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório
e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado
pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe,
antes de atingir a laringe.
Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem
articuladas, situado na parte superior do pescoço, em
continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que
aparece no pescoço, faz parte de uma das peças
cartilaginosas da laringe.
A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe
uma espécie de “lingueta” de cartilagem denominada
epiglote, que funciona como válvula. Quando nos
alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela
epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre
nas vias respiratórias.
O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as
cordas vocais, capazes de produzir sons durante a
passagem de ar.
1) Sabemos que o sistema respiratório é um dos mais sensível e importante sistema do corpo humano e o
cigarro (tabagismo) um dos principais vilões. Assim, como você convenceria alguém importante para
ela a parar de fumar? Cite pelo menos três argumentos convincentes.
2) Em qual parte do pulmão ocorrem as trocas gasosas? Como ocorrem?
3) Como são formados os nossos órgãos? Qual a sua importância?
4) Por quais motivos devemos inspirar o oxigênio pelo nariz e não pela boca?
5) Qual é o caminho que o ar (oxigênio) percorre, desde a entrada até a saída (CO2) do nosso sistema
respiratório?
6) Quais são os fatores que pode desencadear doenças ou complicações respiratórias?
7) A abertura por onde o ar e os alimentos entram no nosso corpo é o mesmo. Mesmo assim eles
percorrem caminhos diferentes. Explique como isto é possível.
8) Diferencie um animal vertebrado de um invertebrado. Cite quatro exemplos de cada.
9) Quais atitudes podemos tomar para prevenir ou diminuir a incidência de algumas doenças alérgicas
(respiratórias) em nossos casas?
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2- SISTEMA CARDIOVASCULAR OU CIRCULATÓRIO
Uma parte líquida, o plasma, constituída de 90% de água, onde estão dissolvidos sais minerais, gases
respiratórios, proteínas e outras substâncias que são transportadas por ele.
Uma parte sólida - as células:
Glóbulos vermelhos ou hemácias - transportam o oxigênio e gás carbônico,
Glóbulos brancos ou leucócitos - defendem o organismo, atacando e destruindo os micróbios que invadem.
Plaquetas — pedaço ou células maiores que ajudam no processo de coagulação do sangue.
Vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos são tubos pelo qual o sangue circula. Há três tipos principais: as artérias, que levam
sangue do coração ao corpo; as veias, que o reconduzem ao coração; e os capilares, que ligam artérias e
veias. Num circulo completo, o sangue passa pelo coração duas vezes: primeiro rumo ao corpo; depois rumo
aos pulmões.
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Sistema linfático Sistema vascular sanguíneo
Ramificações: As artérias menores dividem-se em uma fina rede de vasos ainda menores, os chamados
CAPILARES. Deste modo, o sangue entra em contato estreito com os líquidos e os tecidos do organismo.
Nos vasos capilares, o sangue desempenha três funções; libera o oxigênio para os tecidos, proporciona os
nutrientes às células do organismo, e capta os produtos residuais dos tecidos. Depois, os capilares se unem
para formar veias pequenas. Por sua vez, as veias se unem para formar veias maiores, até que por último, o
sangue se reúne na veia cava superior e inferior e conflui para o coração, completando o circuito.
O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos linfoides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos,
capilares linfáticos e vasos linfáticos que produzem e transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos para o
sistema circulatório, ou seja, é constituído por uma vasta rede de vasos semelhantes às veias (vasos
linfáticos), que se distribuem por todo o corpo e recolhem o líquido tissular (líquido formado por água e
proteína do sangue, que se localiza entorno dos tecidos do corpo humano) que não retornou aos capilares
sanguíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação sanguínea. O sistema linfático também é um
importante componente do sistema imunológico, pois colabora com glóbulos brancos para proteção contra
bactérias e vírus invasores.
Linfonodos (gânglios linfáticos): Chamados de nódulos linfáticos, os linfonodos são pequenos órgãos
(com até 2 cm) presentes no pescoço, no tórax, no abdômen, na axila e na virilha. Formados por tecido
linfoide e distribuídos pelo corpo, os linfonodos são responsáveis por filtrarem a linfa antes de ela
retornar ao sangue, além de atuarem na defesa do organismo, impedindo a permanência de partículas
estranhas no corpo.
Linfa: a linfa é um líquido transparente e alcalino semelhante ao sangue, que circula pelos vasos
linfáticos, todavia não possui hemácias e, por isso, apresenta um aspecto esbranquiçado e leitoso.
Responsável pela eliminação das impurezas, a linfa é produzida pelo intestino delgado e fígado, sendo
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transportada pelos vasos linfáticos num único sentido (unidirecional), filtrada pelos linfonodos e lançada
no sangue.
Vasos Linfáticos: Os vasos linfáticos são canais, distribuídos pelo organismo, os quais possuem válvulas
que transportam a linfa na corrente sanguínea num único sentido, impedindo assim o refluxo. Atuam no
sistema de defesa do organismo visto que retiram células mortas do organismo e transportam os linfócitos
(glóbulos brancos) que combatem as infecções no organismo.
Baço: Maior dos órgão linfáticos, o baço é um órgão de ovalado, localizado abaixo do diafragma e atrás
do estômago. Ele é responsável pela defesa do organismo, na medida em que suas funções são: produção
de anticorpos (linfócitos T e B) e hemácias (hematopoiese), armazenamento de sangue e liberação de
hormônios.
Timo: órgão localizado na cavidade torácica, próximo do coração. Além de produzir as substâncias como
a timosina e a timina, o timo produz anticorpos (linfócito T), atuando, dessa maneira, na defesa do
organismo. Curioso notar que o timo é um órgão que ao longo da vida diminui de tamanho.
Tonsilas Palatinas: Popularmente, esses dois órgãos localizados na garganta, são conhecidos como
amídalas ou amígdalas palatinas responsáveis pela seleção dos microrganismos que penetram no corpo,
principalmente pela boca. Nesse caso, auxiliam no processo de defesa do organismo visto que produzem
linfócitos.
Um fragmento do trombo que se desprende (êmbolo) tem grande chance de deslocar-se e alojar-se em um
vaso de menor diâmetro, levando a um bloqueio súbito de todo o fluxo sanguíneo (embolia). Quando esse
evento ocorre em uma artéria encefálica, ocasiona a morte das células por ela nutridas, evento denominado
AVC (acidente vascular cerebral).
Fatores como predisposição genética e idade são importantes para determinar se uma pessoa terá ou não
aterosclerose, porém, é sabido que fatores ambientais também exercem grande influência. Portanto, se você
tem predisposição genética, torna-se ainda mais importante minimizar os fatores de risco evitáveis.
A principal orientação médica, que também é muito conhecida da população como um todo, é adotar uma
dieta pobre em gorduras saturadas e colesterol.
O colesterol é um membro da família dos lipídios esteróides e, na sua forma pura, é um sólido
cristalino, branco, insípido e inodoro. Apesar da má fama, o colesterol é um composto essencial para a
vida, estando presente nos tecidos de todos os animais. Além de fazer parte da estrutura das membranas
celulares, é também um reagente de partida para a biossíntese de vários hormônios (cortisol, aldosterona,
testosterona, progesterona, estradiol), dos sais biliares e da vitamina D.
É obtido por meio de síntese celular (colesterol endógeno -70%) e da dieta (colesterol exógeno- 30%).
Exceto em pessoas com alterações genéticas do metabolismo do colesterol, o excesso dele no sangue resulta
dos péssimos hábitos alimentares que possuímos (que são adquiridos desde a infância) e que nos levam a
grande ingestão de colesterol e gorduras saturadas (geralmente de origem animal).
O colesterol endógeno é sintetizado pelo fígado, em um processo regulado por um sistema compensatório:
quanto maior for a ingestão de colesterol vindo dos alimentos, menor é a quantidade sintetizada pelo fígado.
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O COLESTEROL NO SANGUE
1- O colesterol forma um
complexo com os lipídeos 2- Nesta interação, a
e proteínas, chamado LDL pode acabar
lipoproteína. A forma que sendo oxidada por
realmente apresenta radicais livres
malefício, quando em presentes na célula.
excesso, é a LDL.
Atividades 2
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O sangue ............................ recebe oxigênio nos pulmões e vai para o ............................... Ele se contrai e
...........................o sangue arterial, que circula por todo o organismo através das.............................. Estas se
ramificam em vasos finos (............................) que levam o sangue até as células, onde deixa o
......................... e recebe o gás carbônico. O sangue carregado de gás carbônico (sangue
.................................), circula pelas veias e volta para o coração. O coração impulsiona o sangue de volta
para os.................................., onde deixa o ................................................. e absorve o oxigênio. Torna-se
novamente sangue arterial e volta ao coração, reiniciando a ............................. .
9-Quais são as principais células que compõem o sangue e quais as suas funções?
10- O que são os capilares sanguíneos? E o que acontece neste local?
11- Mesmo sendo conhecido por ser um grande vilão o colesterol é um composto essencial para a vida.
Justifique esta afirmação.
12- O que é uma embolia e o que ela pode ocasionar?
3. Sistema endócrino
O sistema endócrino é um sistema complexo e constituído pelas glândulas endócrinas do nosso corpo.
Glândulas endócrinas são as estruturas que sintetizam substâncias e lançam-nas na corrente sanguínea. Essas
substâncias são denominadas de hormônios e são responsáveis por controlar uma série de atividades do
corpo humano, tais como o metabolismo, secreção de leite, crescimento e quantidade de cálcio no sangue. É
importante salientar, no entanto, que células endócrinas podem ser encontradas em órgãos que compõem
outros sistemas, como é o caso das células produtoras de hormônios encontradas no estômago.
Glândulas endócrinas
As glândulas são estruturas responsáveis pela secreção de substâncias. Podemos classificar as glândulas
em endócrinas, exócrinas e mistas. As glândulas endócrinas lançam suas secreções, denominadas de
hormônios, no sangue, por onde são transportadas até atingirem seu local de ação. São essas as glândulas
que analisamos ao estudar o sistema endócrino. As glândulas exócrinas, por sua vez, apresentam ductos que
garantem que sua secreção seja lançada em cavidades ou nas superfícies corporais. Por fim, temos as
glândulas mistas, que apresentam porções endócrinas e exócrinas.
Hormônios
O pâncreas apresenta uma porção endócrina e
uma porção exócrina. A porção endócrina é
responsável pela síntese de insulina e
glucagon.
Os hormônios são moléculas sinalizadoras que
atuam em locais específicos do corpo. Eles
circulam pelo organismo, por meio da
circulação sanguínea, e ligam-se a receptores
específicos. Assim sendo, mesmo que um
hormônio circule por todo o corpo, só terá sua
ação realizada quando alcançar a célula que
apresenta receptores para aquele dado
hormônio.
Alguns hormônios atuam em várias células presentes no organismo, como a tiroxina, produzida pela
tireoide, que garante o aumento da velocidade de reações químicas em quase todas as células do corpo.
Outros hormônios, no entanto, atuam em tecidos-alvo, sendo esse o caso do hormônio adrenocorticotrófico,
produzido pela hipófise, que estimula o córtex da suprarrenal.
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Os hormônios são essenciais para o funcionamento do corpo humano, atuando em praticamente todas as
atividades do nosso organismo. Reprodução, crescimento e mesmo o metabolismo são algumas das
atividades que apresentam regulação hormonal.
Veja o quadro abaixo com as principais glândulas endócrinas do corpo humano e os hormônios por elas
produzidos:
Hipotálamo Hormônios de inibição e liberação: O hipotálamo produz vários hormônios que estimulam
a hipófise a secretar outros hormônios.
Ocitocina*: estimula a contração do útero e a ejeção do leite pelas glândulas mamárias.
Vasopressina ou hormônio antidiurético (ADH)*: atua na reabsorção de água pelos rins.
*Hormônios produzidos pelo hipotálamo e liberados pela neuro-hipófise.
Hipófise Hormônio folículo-estimulante (FSH): age nas gônadas femininas e masculinas,
promovendo o crescimento de folículos ovarianos e maturação de espermatozoides.
Hormônio luteinizante (LH): age nas gônadas femininas e masculinas, atuando no estímulo
da ovulação e síntese de testosterona.
Hormônio estimulador da tireoide (TSH): estimula a glândula tireoide a secretar seus
hormônios.
Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH): estimula o córtex da suprarrenal.
Prolactina: estimula a secreção de leite.
Hormônio do crescimento (GH): estimula o crescimento.
Tireoide Tiroxina (T4) e tri-iodotironina (T3): atuam em processos metabólicos.
Calcitonina: reduz os níveis de cálcio no sangue.
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Paratireoides Paratormônio: aumenta os níveis de cálcio no sangue.
Vale destacar que, além das glândulas endócrinas, temos alguns órgãos que atuam de maneira secundária
como órgãos endócrinos. Isso ocorre porque esses órgãos apresentam a capacidade de produzir hormônios,
mas essa não é sua principal função. Células e tecidos endócrinos são observados, por exemplo, no
estômago, fígado, coração, timo, rins e intestino delgado.
ATIVIDADE 3
4-Sistema Digestório
O sistema digestório humano, por exemplo, atua no processo de aproveitamento dos alimentos
ingeridos. Esse sistema é formado pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino
grosso. Além desses órgãos, o sistema digestório humano compreende glândulas anexas, como as glândulas
salivares, o pâncreas e o fígado. Os sistemas funcionam de maneira integrada, e essa integração é
fundamental para manter a saúde do organismo como um todo e, consequentemente, a vida. A seguir
veremos todo o processo do sistema digestório:
1-Boca e esôfago
Os dentes e a língua preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação, os dentes reduzem
os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas. A
língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta, para que seja engolido. Na superfície da
língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários:
doce, azedo, salgado e amargo.
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A presença de alimento na boca, como sua visão e cheiro, estimula as glândulas salivares a secretar
saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias.
Saliva e peristaltismo
A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em
moléculas de maltose (dissacarídeo). Os sais, na saliva, neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca,
um pH levemente ácido (6, 7), ideal para a ação da ptialina. O alimento, que se transforma em bolo
alimentar, é empurrado pela língua para o fundo da faringe, sendo encaminhado para o esôfago,
impulsionado pelas ondas peristálticas (como mostra a figura abaixo), levando entre 5 e 10 segundos para
percorrer o esôfago. Através do peristaltismo, você pode ficar de cabeça para baixo e, mesmo assim, seu
alimento chegará ao intestino. Entra em ação um mecanismo para fechar a laringe, evitando que o alimento
penetre nas vias respiratórias.
Quando a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, permite a passagem do alimento para o interior do
estômago.
No estômago, o alimento é misturado com a secreção estomacal, o suco gástrico (solução rica em ácido
clorídrico e em enzimas (pepsina e renina).
A pepsina decompõem as proteínas em peptídeos pequenos. A renina, produzida em grande quantidade
no estômago de recém-nascidos, separa o leite em frações líquidas e sólidas.
Apesar de estarem protegidas por uma densa camada de muco, as células da mucosa estomacal são
continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo
regenerada. Estima-se que nossa superfície estomacal seja totalmente reconstituída a cada três dias. O
estômago produz cerca de três litros de suco gástrico por dia. O alimento pode permanecer no estômago por
até quatro horas ou mais e se mistura ao suco gástrico auxiliado pelas contrações da musculatura estomacal.
O bolo alimentar transforma-se em uma massa acidificada e semilíquida, o quimo.
Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo vai sendo, aos poucos, liberado no intestino
delgado, onde ocorre a parte mais importante da digestão.
O intestino delgado é dividido em três regiões: duodeno, jejuno e íleo. A digestão do quimo ocorre
predominantemente no duodeno e nas primeiras porções do jejuno.
No duodeno atua também o suco pancreático e a bile:
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A) SUCO PANCREÁTICO:
O suco pancreático é um líquido produzido pelo pâncreas e de grande importância na digestão de
proteínas, carboidratos, triglicerídeos e ácidos nucléicos. Funções do suco pancreático:
Inativar a pepsina do estômago, criando um ambiente propício para as ações enzimáticas no intestino
delgado.
- Atuação na digestão de carboidratos, através de uma enzima presente no suco pancreático: a amilase
pancreática.
- Atuação na digestão de proteínas, através de enzimas pancreáticas: quimotripsina, tripsina e
caboxipeptidase.
- Atuação na digestão de triglicerídeos, através da ação da enzima pancreática chamada de lipase
pancreática.
Os restos de uma refeição levam cerca de nove horas para chegar ao intestino grosso, onde permanece por
três dias aproximadamente. Durante este período, parte da água e sais é absorvida. Na região final do cólon,
a massa fecal (ou de resíduos), se solidifica, transformando-se em fezes. Cerca de 30% da parte sólida das
fezes é constituída por bactérias vivas e mortas e os 70% são constituídos por sais, muco, fibras, celulose e
outros não digeridos. A cor e estrutura das fezes são devido à presença de pigmentos provenientes da bile.
Funções do fígado:
Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, assim, a ação
da lipase;
Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogênio, que é
armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose,
que são relançadas na circulação;
Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células;
Metabolizar lipídeos;
Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e de
substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras;
Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do organismo;
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Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua hemoglobina em
bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile.
Flora intestinal
No intestino grosso proliferam diversos tipos de bactérias, muitas mantendo relações amistosas, produzindo
as vitaminas K e B12, riboflavina, tiamina, em troca do abrigo e alimento de nosso intestino. Essas bactérias
úteis constituem nossa flora intestinal e evitam a proliferação de bactérias patogênicas que poderiam causar
doenças.
5-Defecação:
O reto, parte final do intestino grosso, fica geralmente vazio, enchendo-se de fezes pouco antes da defecação.
A distensão provocada pela presença de fezes estimula terminações nervosas do reto, permitindo a expulsão
de fezes, processo denominado defecação.
-Apendicite – Doença causada pela inflamação do apêndice, órgão que fica preso ao intestino grosso. As
causas da doença são variáveis, e podem ser o bloqueio do apêndice por fezes ou tumores. O tratamento mais
indicado é a cirurgia para a retirada do órgão. Não há nenhum modo de se prevenir a Apendicite. Pode-se
tentar evitar comer frutas e legumes com sementes, devem-se tirar as sementes, pois, assim evita-se que
pequenas sementes se depositem no apêndice, além de optar por uma alimentação rica em fibras. A sua
retirada não causa nenhuma sequela.
-Câncer de Cólon – Trata-se da formação de um tumor no segmento do intestino grosso e do reto. A doença
é causada por alterações genéticas e tem cura. O tratamento é realizado com a retirada do tumor, radioterapia
e quimioterapia.
-Pancreatite – Doença causada pela inflação do pâncreas, glândula que se localiza perto do estômago. O
tratamento envolve o uso de medicamentos, reeducação alimentar e até processos cirúrgicos.
-Prisão de Ventre – Problema caracterizado por fezes duras e dificuldade para evacuar. Uma alimentação
pobre em nutrientes e o baixo consumo de fibras e água podem levar ao desenvolvimento da doença. O
tratamento deve ser feito com uma alimentação saudável e medicamentos.
-Cálculo Biliar – Doença causada pelo depósito de cristais na vesícula biliar. O problema está relacionado
ao colesterol, ao diabetes e a uma alimentação inadequada. O tratamento inclui o uso de medicamentos e a
realização de procedimentos cirúrgicos.
-Diarreia – Doença caracterizada por fezes líquidas. O tratamento deve ser feito com uma mudança da dieta
alimentar.
-Gastrite – A gastrite é uma inflamação do estômago que deve ser tratada rapidamente para evitar suas
possíveis complicações, como úlcera gástrica e até câncer no estômago. Embora o tratamento normalmente
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seja fácil, é muito importante descobrir quais as suas causas para evitar que volte a surgir provocando
sintomas muito incômodos como dor de barriga, náuseas, vômitos ou falta de apetite.
Atividades 4
O sistema excretor é um conjunto de órgãos que produzem e excreta a urina, o principal líquido de excreção
do organismo. Os dois rins filtram todas as substâncias da corrente sanguínea, estes resíduos formam parte
da urina que passa, de forma contínua, pelos ureteres até a bexiga.
Depois de armazenada na bexiga, a urina passa por um conduto denominado uretra até o exterior do
organismo. A saída da urina produz-se pelo relaxamento involuntário de um esfíncter que se localiza entre a
bexiga e a uretra e também pela abertura voluntária de um esfíncter na uretra.
Funções dos rins:
Excretar resíduos através da urina (exemplos: ureia e creatina); Possibilitar a homeostase (condição
estável e constante) do organismo; Produzir alguns tipos de hormônios como, por exemplo, a eritropoietina;
Regular o volume de líquidos extracelulares; Produzir urina; Excretar substâncias de origem externa, como,
por exemplo, medicamentos;
Ureia
A ureia é a principal excreta, sendo eliminado dissolvido em água, formando a urina. Por terem a ureia como
principal excreta, os homens são chamados de ureotélicos.
Sistema Excretor:
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DOENÇAS DO SISTEMA EXCRETOR OU URINÁRIO
Nosso estado geral de saúde depende muito do bom funcionamento dos rins, porque ele cabe a importante
função de filtrar o plasma sanguíneo e eliminar resíduos e substâncias toxicas pela urina. As substâncias
tóxicas são os produtos finais do metabolismo das proteínas: ureia e ácido úrico. Acrescente-se a essa função
o papel dos rins no controle da quantidade de água no organismo.
Entretanto, podem ocorrer doenças nos rins ou nas vias urinárias. As mais graves são as que afetam
diretamente os rins, pois prejudicam o processo de filtração do sangue.
As doenças mais comuns do sistema urinário são cistite, cálculos renais e nefrite.
A cistite consiste em uma inflamação da bexiga, podendo atingir também a uretra. Decorre de uma
infecção bacteriana. É mais frequente na mulher que no homem por causa da localização do óstio da uretra
(mais próxima do ânus). Manifesta-se por sensação de dolorosa, ardor e dificuldade para urinar. A
infecção da bexiga pode se espalhar para os ureteres e afetar os tecidos renais.
Os cálculos renais podem aparecer em qualquer parte das vias urinarias e dos rins. Resultam da
cristalização de determinados sais. A maioria dos cálculos renais é mista, apresentando composição variada
de oxalato de cálcio, fosfato de cálcio, fosfato amoníaco-magnesiano e ácido úrico.
Se o ureter é obstruído por um cálculo, a pelve renal, ou bacinete, pode inchar e danificar o tecido do rim.
Em geral, o cálculo é expelido, originando intensas dores.
As pessoas com tendência à formação de cálculos renais devem seguir uma dieta alimentar, porque eles
surgem a partir de resíduos encontrados na urina. Evitando alimentos que contenham os sais que constituem
os cálculos renais, essas pessoas poderão diminuir a sua formação. Leite e seus derivados, quando ingeridos
em excesso, são exemplos de alimentos que podem facilitar o aparecimento de cálculos nos rins.
Nefrite é uma inflamação aguda ou crônica de uma porção do néfron denominada glomérulo renal. A
inflamação geralmente resulta de infecção das tonsilas ou da pele por certos tipos de bactérias do grupo dos
estreptococos. Existem, no entanto, outras bactérias e infecções virais que podem estar associadas a uma
nefrite aguda. Os sintomas incluem edema ou inchaço da face (principalmente das pálpebras) e dos
tornozelos, urina castanho-escuro graças à presença de glóbulos vermelhos, febre, dor de cabeça e cansaço.
HEMODIÁLISE
A hemodiálise é um tratamento que consiste na remoção de líquido e substâncias tóxicas do sangue com o
uso de um filtro (rim artificial), onde o sangue e o líquido de diálise estão separados por uma fina membrana.
O líquido de diálise é preparado a partir da água habitualmente fornecida nas cidades, que necessita de
tratamento adicional. Este é feito por sofisticados filtros existentes nos centros de diálise que purificam a
água de substâncias toxicas e de agentes infecciosos. Para se ter ideia, durante uma sessão de diálise, o
paciente é exposto a 120 litros de água e, em três anos, é exposto à quantidade de água consumida por um
indivíduo normal durante toda a vida.
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Transplante Renal
Quando os rins sofrem prejuízo irreversível de suas funções, pode-se tentar o transplante renal, que é a
substituição de um dos rins do paciente por um rim sadio, podendo ser obtido por doadores mortos ou vivos.
Quando este for vivo, o doador passa a viver com apenas um rim, o que é perfeitamente compatível com a
vida.
É necessária esta certa compatibilidade entre os sistemas imunitários do doador e do receptor para
evitar que o rim implantado seja rejeitado. Mesmo assim, o receptor de um transplante tem de tomar
permanentemente medicamentos que deprimem parcialmente seu sistema imunitário para evitar a rejeição. O
único caso em que não há rejeição é quando o transplante é feito entre gêmeos univitelinos (idênticos).
Graças ao aprimoramento das técnicas cirúrgicas e, principalmente, ao desenvolvimento de novos
medicamentos imunossupressores (que suprimem as defesas do organismo), os transplantes de rim têm
alcançado altos índices de sucesso. A maioria dos pacientes transplantados pode ter vida quase normal
durante vários anos. Há diversos casos em que o paciente mantém-se saudável por mais de 20 anos após a
cirurgia. Um sério obstáculo aos transplantes de rim é a falta de doadores. A doação de órgãos pode salvar
muitas vidas. Cada um de nós deve refletir seriamente sobre essa questão.
ATIVIDADE 5
1- Explique o processo de filtração do sangue que ocorre no sistema urinário, desde a passagem pelos rins
até a eliminação da urina.
2- Qual é a função do sistema excretor? O que significa quando a nossa urina está muito amarela ou escura?
3- O que é a hemodiálise? Como é feita?
4- Quais atitudes podemos tomar para garantir o bom funcionamento dos nossos rins?
5- O que se pode fazer para evitar a rejeição do rim de um transplantado? Quais são as chances de sucesso?
6- Explique quais são e como agem as principais doenças do sistema excretor (urinário)?
7- Preencha as lacunas das partes do sistema urinário que estão faltando na imagem a seguir?
a)
b)
c)
d)
6- SISTEMA NERVOSO
Sistema Nervoso
Divisão Partes Funções gerais
Sistema nervoso Encéfalo
Processamento e integração de informações
central (SNC) Medula espinal
Condução de informações entre órgãos receptores de
Sistema nervoso Nervos
estímulos, o SNC e órgãos efetuadores (músculos,
periférico (SNP) Gânglios
glândulas...)
Sistema nervoso é o conjunto formado por ligações de nervos e órgãos do corpo, com a função de
captar informações, mensagens e demais estímulos externos, assim como também respondê-los, além de ser
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o responsável por comandar a execução de todos os movimentos do corpo, sejam eles voluntários ou
involuntários.
Entre as principais funções do sistema nervoso está o controle e comando de todos os outros sistemas
fisiológicos do corpo, como o respiratório, o cardíaco, o digestivo e etc.
Graças ao sistema nervoso as pessoas são capazes de identificar, interpretar e “armazenar” todos os
estímulos externos (cheiros, gostos, sons, toques, imagens e etc) e interno (sensação de fome, por exemplo)
que recebem.
É constituído por duas partes principais: o encéfalo e a medula espinhal. O encéfalo, por sua vez,
consiste na junção de três órgãos essenciais: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico.
O cérebro é o órgão mais importante e complexo do sistema nervoso, responsável principalmente pelos
pensamentos, memórias e demais funções ligadas aos sentidos e cognição humana.
O cerebelo, que está localizado abaixo do cérebro, tem a principal função de manter o equilíbrio do corpo
e regular o tônus muscular.
Já o tronco encefálico funciona como o "meio de transporte" dos impulsos nervosos do cérebro para a
medula espinhal e vice-versa. Além disso, também é responsável por todos os movimentos involuntários das
atividades vitais, como os batimentos cardíacos, os movimentos respiratórios e os reflexos, como a tosse e o
espirro, por exemplo.
A medula espinhal fica localizada no interior da coluna vertebral, com a principal função de transportar
os impulsos nervosos para todas as partes do corpo em direção ao cérebro.
É basicamente formado por nervos que conectam o restante do corpo ao sistema nervoso central, através
do encéfalo e da medula espinhal. Existem dois principais tipos de classes de nervos neste sistema nervoso:
os cranianos e os raquidianos.
Os nervos cranianos têm a principal tarefa de transmitir mensagens motoras e sensoriais para as regiões
da cabeça e pescoço. Os nervos raquidianos, por outro lado, são constituídos por neurônios sensoriais e que
estão presentes em todas as partes do corpo, captando impulsos externos e transportando-os ao sistema
nervoso central.
O sistema nervoso periférico ainda pode ser dividido em: sistema nervoso somático e sistema nervoso
autônomo.
A distinção entre ambos é simples: o sistema nervoso somático regula as ações voluntárias, ou seja,
aquelas que as pessoas são capazes de controlar (Eferência de sinais). Quando desejamos pegar um objeto,
andar,falar, por exemplo.
O sistema nervoso autônomo lida com as ações involuntárias e atua de modo integrado ao sistema
nervoso central (Aferência de sinais). Ex: piscar, batimentos cardíacos, etc.
Ele ainda apresenta duas subdivisões: o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso
parassimpático.
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O sistema nervoso simpático estimula o funcionamento dos órgãos, enquanto que o sistema nervoso
parassimpático inibe o funcionamento desses órgãos. Ambos os sistemas possuem funções totalmente
contrárias.
Exemplo: o sistema nervoso simpático inibe a salivação, acelera os batimentos cardíacos e promove a
ejaculação, enquanto que o sistema nervoso parassimpático estimula a salivação, reduz os batimentos
cardíacos e promove a ereção.
A unidade básica do sistema nervoso é a célula nervosa, denominada neurônio, que é uma célula
extremamente estimulável; é capaz de perceber as mínimas variações que ocorrem em torno de si, reagindo
com uma alteração elétrica que percorre sua membrana. Essa alteração elétrica é o impulso nervoso. A
velocidade de propagação do impulso pode atingir velocidades da ordem de 200m/s (ou 720km/h ).
As células nervosas estabelecem conexões entre si de tal maneira que um neurônio pode transmitir a
outros os estímulos recebidos do ambiente, gerando uma reação em cadeia.
Os corpos celulares dos neurônios estão concentrados no sistema nervoso central e também em pequenas
estruturas globosas espalhadas pelo corpo, os gânglios nervosos. Os dendritos e o axônio, genericamente
chamados fibras nervosas, estendem-se por todo o corpo, conectando os corpos celulares dos neurônios entre
si e às células sensoriais, musculares e glandulares. Além dos neurônios, o sistema nervoso apresenta-se
constituído pelas células glia, ou células gliais, cuja função é dar sustentação aos neurônios e auxiliar o seu
funcionamento.
Um impulso é transmitido de uma célula a outra através das sinapses. A sinapse é uma região de contato
muito próximo entre a extremidade do axônio de um neurônio e a superfície de outras células. Estas células
podem ser tanto outros neurônios como células sensoriais, musculares ou glandulares.
As terminações de um axônio podem estabelecer muitas sinapses simultâneas.
Na maioria das sinapses nervosas, as membranas das células que fazem sinapses estão muito próximas,
mas não se tocam. Há um pequeno espaço entre as membranas celulares (o espaço sináptico ou fenda
sináptica).
Quando os impulsos nervosos atingem as extremidades do axônio da célula pré-sináptica, ocorre
liberação, nos espaços sinápticos, de substâncias químicas denominadas neurotransmissores ou mediadores
químicos, que tem a capacidade de se combinar com receptores presentes na membrana da célula pós-
sináptica, desencadeando o impulso nervoso. Esse tipo de sinapse, por envolver a participação de
mediadores químicos, é chamado sinapse química. Os cientistas já identificaram mais de dez substâncias
que atuam como neurotransmissores, como a acetilcolina, a adrenalina (ou epinefrina), a noradrenalina (ou
norepinefrina), a dopamina e a serotonina.
DOENÇAS DEGENERATIVAS
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Com o envelhecimento, naturalmente se percebem mudanças em algumas ações desempenhadas pelo
sistema nervoso. A sensibilidade ao toque pode diminuir gradativamente, assim como a capacidade auditiva,
de retenção de informações (memória) e os reflexos motores. Entretanto, existem algumas doenças que
podem acelerar e amplificar as consequências do envelhecimento do sistema nervoso, diminuindo muito a
qualidade de vida dos pacientes e familiares.
As doenças degenerativas do sistema nervoso são classificadas dessa maneira porque apresentam em
comum o fato de alguma parte do sistema ser destruída com uma velocidade maior em relação ao que se
observa em pessoas que possuem um envelhecimento saudável e atingem idades muitíssimo avançadas.
Pode-se dizer que essas doenças promovem um envelhecimento precoce, principalmente do sistema nervoso
central. Dependendo da região do sistema nervoso central afetada, as características clínicas irão variar,
desde anormalidades motoras e sensoriais, piora da linguagem e alterações na fala e escrita e deficiência nos
tipos de memória, até convulsões, incontinência urinária e fecal, e demência. O Mal de Parkinson e a Doença
de Alzheimer são duas importantes doenças degenerativas que atualmente afetam, em geral, a população de
idosos. É comum termos parentes ou conhecidos que apresentam sintomas de algum estágio de um desses
males.
Atividades 6
1- Diferencie o sistema nervoso somático e o autônomo e dê exemplos.
2- Quais estruturas que compõem o encéfalo e quais as suas funções?
3- Cite as estruturas que compõem o neurônio, bem como a função de cada uma delas.
4- Faça um esquema (desenho) de um neurônio.
5- Qual é a função do sistema nervoso?
6- Qual é a relação que existe entre o neurônio e o impulso nervoso?
7- O que são sinapses?
8- Mesmo sem se tocar os neurônio realizam as sinapses. Como ela ocorre?
9- Explique porque as doenças degenerativas do sistema nervoso costumam afetar os idosos?
10- Faça uma pesquisa resumida do Mal de Parkinson e da Doença de Alzheimer.
11- O sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático são antagônicos. Explique esta
afirmação.
7-SISTEMA REPRODUTOR
O sistema reprodutor é um termo aplicado a um grupo de órgãos necessários ou acessórios aos processos de
reprodução. As unidades básicas da reprodução sexual são as células germinais masculinas e femininas.
Os principais órgãos do sistema reprodutor feminino são: os ovários, as tubas uterinas, útero, vagina e
vulva.
Os ovários são duas glândulas que estão localizadas uma de cada lado, na pelve da mulher. Produzem,
armazenam e liberam os óvulos (células reprodutoras femininas). São responsáveis, também, pela produção
dos hormônios sexuais femininos (estrogênio - hormônio responsável pelo desenvolvimento dos caracteres
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sexuais secundários femininos e prepara o útero para a gravidez; e progesterona - hormônio que modifica o
corpo para manter a gravidez).
As tubas uterinas são dois tubos finos e flexíveis ligados aos lados do útero por onde se comunicam com a
cavidade uterina. Possuem, aproximadamente, 12 cm de comprimento. São estruturas que transportam os
óvulos do ovário ao útero. A fecundação ocorre no interior de uma delas.
O útero é onde o embrião se aloja. É um órgão muscular oco, de aproximadamente 7,5 cm de
comprimento, com as paredes internas ricas em vasos sanguíneos. O útero se contrai para expulsar o bebê,
durante o parto.
A vagina é um tubo muscular com, aproximadamente, 8 cm de comprimento. O comprimento e o diâmetro
da vagina podem alterar-se durante a relação sexual ou durante o parto. O hímen é uma membrana localizada
logo na entrada da vagina presente nas mulheres que ainda não tiveram relações sexuais.
A vulva é a parte externa do sistema genital feminino composta pelos grandes lábios, que envolvem duas
pregas menores e mais delicadas, os pequenos lábios, que protegem a abertura vaginal. Um pouco a frente da
abertura da vagina, abre-se a uretra.
O clitóris é um órgão de grande sensibilidade, com 1 a 2 cm de comprimento, correspondente a glande do
pênis. Localiza-se na região anterior a vulva e é constituído de tecido esponjoso, que se intumesce durante a
excitação sexual.
Fecundação:
Os espermatozoides depositados no fundo da vagina no ato sexual, nadam para o interior do útero, de onde
atingem os ovidutos. Durante a viagem à trompa, muitos espermatozoides morrem, devido as condições
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desfavoráveis de acidez ou são devorados por macrófagos, células responsáveis pela limpeza do sistema
reprodutor feminino. Mesmo assim, milhares de espermatozoides atingem o óvulo. O primeiro
espermatozoide a tocar na membrana do óvulo, penetra no mesmo, fenômeno denominado fecundação ou
fertilização. O óvulo estimulado pela entrada do gameta masculino, completa a meiose e elimina o segundo
corpúsculo polar. Finalmente o pronúcleo masculino se funde ao núcleo do óvulo, originando o núcleo do
zigoto.
Embrião
O desenvolvimento embrionário tem início ainda na trompa, logo após a fertilização. Cerca de 24h após a
penetração do espermatozoide, o zigoto se divide, formando as duas primeiras células embrionárias, que se
dividem novamente, produzindo quatro células, que se dividem produzindo oito e assim sucessivamente. As
divisões celulares continuam ocorrendo à medida que o embrião se desloca pela trompa em direção ao útero,
depois de 3 dias após a fecundação.
Após permanecer livre na cavidade uterina por cerca de 3 a 4 dias, nutrindo-se de substâncias produzidas
por glândulas do endométrio, o embrião então, implanta-se na mucosa uterina, processo chamado de
nidação.
Contracepção
b) Método do ritmo ou da tabela: A mulher normalmente produz um único óvulo por mês o qual sobrevive
no máximo 48 horas. Já os espermatozoides podem durar até 48 horas no interior do aparelho genital
feminino. Assim, existe um intervalo de 6 dias, 3 antes e 2 depois da ovulação, durante o ciclo menstrual. O
principal problema desse método é justamente determinar qual é o período fértil. Em geral, a ovulação
ocorre no meio do ciclo menstrual, mas isso pode variar. Na maioria das mulheres a temperatura do corpo
eleva-se cerca de 0,5 graus depois da ovulação.
c) Barreiras mecânicas: A barreira mecânica evita o encontro dos gametas. A camisinha é um protetor feito
de látex, que se coloca no pênis para reter o esperma ejaculado, evitando que ele seja depositado na vagina.
Além de anticoncepcional, a camisinha é eficiente na prevenção da AIDS e de outras doenças sexualmente
transmissíveis. Hoje em dia pode ser encontrada também, a camisinha feminina, bastante eficiente.
d) Diafragma: O diafragma é um dispositivo de borracha que a mulher coloca no fundo da vagina, de modo
a fechar o colo do útero e impedir a entrada de espermatozoides. É comum aplicar no diafragma uma geleia
contendo substâncias espermicidas (que matam os espermatozoides).
Diafragma
e) Contraceptível oral: pílula anticoncepcional: Utilizada por quase 100 milhões de mulheres no mundo, a
pílula consiste numa mistura de progesterona e estrógeno sintéticos, que são mais resistentes à degradação
pelo fígado que os hormônios naturais. A pílula é tomada todos os dias, geralmente por um período de 3
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semanas, a partir do quinto dia do início da menstruação. Uma nova menstruação ocorre cerca de três dias
após a suspensão da ingestão das pílulas.
Problemas de coagulação sanguínea, arteriosclerose e ataques cardíacos parecem estar relacionados com o
uso indiscriminado de pílulas anticoncepcionais. Fumar durante seu uso pode aumentar dez vezes mais os
riscos de morte devido a causas cardiorrespiratórias. É importante a pílula ser usada sobre um rigoroso
acompanhamento médico, a fim de evitar efeitos colaterais graves, decorrentes da ingestão de hormônios.
Pílula Anticoncepcional
f) Dispositivo Intrauterino: DIU São dispositivos de plástico e metal introduzidos no útero com o objetivo
de evitar a concepção. O DIU deve ser implantado por um médico especialista, podendo permanecer no
útero da mulher até o momento em que ela queira engravidar. Acredita-se que sua presença no útero cause
uma pequena inflamação, atraindo macrófagos que destroem os embriões que tentam se implantar na mucosa
uterina.
g) Esterilização: A esterilização do homem é chamada vasectomia, é obtida pelo seccionamento dos canais
deferentes, de modo que os espermatozoides são impedidos de chegar a uretra. O homem pode ejacular e ter
orgasmo normalmente, com a diferença de que seu esperma não contêm espermatozoides, apresentando
apenas secreções das glândulas acessórias.
A esterilização feminina é obtida pelo seccionamento das trompas de Falópio, os óvulos não conseguem
atingir o útero e os espermatozoides ficam impedidos de chegar até eles.
Atividades 7
1- Descreva o caminho que o espermatozoide percorre desde a sua formação no epidídimo até a
fecundação do óvulo nas tubas uterinas.
2- Explique resumidamente quais são e como funcionam os métodos contraceptivos.
3- Explique como é formado o sistema reprodutor masculino e o feminino.
4- Os métodos contraceptivos também são capazes de evitar as DST´s? Explique?
5- Quais complicações o uso de pílulas anticoncepcionais pode trazer para a mulher?
6- Por que mesmo com tantas opções de métodos contraceptivos e com tantas informações disponíveis
sobre o assunto, ainda há um número tão alto de adolescentes com gravidez não planejada?
7- O que é a nidação?
8- Sabemos que o câncer de próstata é um dos que mais acomete os homens após os 40 anos. Como
pode ser feita a prevenção desta doença que causa tantas mortes.
9- O que é a vasectomia e em que consiste este procedimento? (pesquise)
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8-Vírus
Vírus são os únicos organismos acelulares da Terra atual.
Os vírus são seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados basicamente por uma cápsula
proteica envolvendo o material genético, que, dependendo do tipo de vírus, pode ser o DNA, RNA ou os dois juntos
(citomegalovírus). A palavra vírus vem do Latim vírus que significa fluído venenoso ou toxina. Das 1.739.600
espécies de seres vivos conhecidos, os vírus representam 3.600 espécies.
Vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas obrigatórios
do interior celular e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da maquinaria
de auto-reprodução celular. O termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucariontes (organismos
cujas células têm carioteca ou núcleo), enquanto o termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que
infectam procariontes (domínios bacteria e archaea, cujas células não tem carioteca ou núcleo).
Existem vírus que infectam apenas bactérias, denominadas bacteriófagos, os que infectam apenas fungos,
denominados micófagos; os que infectam as plantas e os que infectam os animais, denominados, respectivamente,
vírus de plantas e vírus de animais.
Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios: a falta de hialoplasma e ribossomos impede que eles tenham
metabolismo próprio. Assim, para executar o seu ciclo de vida, o vírus precisa de um ambiente que tenha esses
componentes. Esse ambiente precisa ser o interior de uma célula que, contendo ribossomos e outras substâncias,
efetuará a síntese das proteínas dos vírus e, simultaneamente, permitirá que ocorra a multiplicação do material
genético viral.
Em muitos casos os vírus modificam o metabolismo da célula que parasitam, podendo provocar a sua degeneração e
morte. Para isso, é preciso que o vírus inicialmente entre na célula: muitas vezes ele adere à parede da célula e "injeta"
o seu material genético ou então entra na célula por englobamento - por um processo que lembra a fagocitose, a célula
"engole" o vírus e o introduz no seu interior.
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Doenças humanas virais
No homem, inúmeras doenças são causadas por esses seres acelulares. Praticamente todos os tecidos e órgãos
humanos são afetados por alguma infecção viral. Abaixo você encontra as viroses mais frequentes na nossa espécie.
Valorize principalmente os mecanismos de transmissão e de prevenção. Note que a febre amarela e dengue são duas
viroses que envolvem a transmissão por insetos (mosquito da espécie Aedes aegypti). Para a primeira, existe vacina.
Duas viroses relatadas abaixo, AIDS e condiloma acuminado, são doenças sexualmente trasmissíveis (DSTs). A tabela
também relaciona viroses comuns na infância, rubélola, caxumba, sarampo, poliomelite - para as quais existem
vacinas.
1. Entrada do vírus na célula: ocorre a absorção e fixação do vírus na superfície celular e logo em seguida a
penetração através da membrana celular.
2. Eclipse: um tempo depois da penetração, o vírus fica adormecido e não mostra sinais de sua presença ou atividade.
3. Multiplicação: ocorre a replicação do ácido nucléico e as sínteses das proteínas do capsídeo. Os ácidos nucléicos e
as proteínas sintetizadas se desenvolvem com rapidez, produzindo novas partículas de vírus.
4. Liberação: as novas partículas de vírus saem para infectar novas células sadias.
Curiosidades:- Exemplos de doenças humanas provocadas por vírus: hepatite, sarampo, caxumba, gripe, dengue,
poliomielite, febre amarela, varíola, AIDS , herpes, catapora, etc. - Os antibióticos não servem para combater os vírus.
Alguns tipos de remédios servem apenas para tratar os sintomas das infecções virais. As vacinas são utilizadas como
método de prevenção, pois estimulam o sistema imunológico das pessoas a produzirem anticorpos contra
determinados tipos de vírus.
ATIVIDADE 8
9-OS REINOS:
1) Reino Monera
Na decomposição de matéria orgânica morta. Esse processo é efetuado tanto aeróbia, quanto anaerobiamente;
Agentes que provocam doença no homem;
Em processos industriais, como por exemplo, os lactobacilos, utilizados na indústria de transformação do
leite em coalhada;
No ciclo do nitrogênio, em que atuam em diversas fases, fazendo com que o nitrogênio atmosférico possa ser
utilizado pelas plantas;
Em Engenharia Genética e Biotecnologia para a síntese de várias substâncias, entre elas a insulina e o
hormônio de crescimento.
Bactérias são microorganismos unicelulares, procariotos, podendo viver isoladamente ou construir agrupamentos
coloniais de diversos formatos. A célula bacteriana contém os quatro componentes fundamentais a qualquer célula:
membrana plasmática, hialoplasma, ribossomos e cromatina, no caso, uma molécula de DNA circular, que constitui o
único cromossomo bacteriano. A região ocupada pelo cromossomo bacteriano costuma ser denominada nucleóide.
Externamente à membrana plasmática existe uma parede celular (membrana esquelética, de composição química
específica de bactérias). É comum existirem plasmídios - moléculas de DNA não ligada ao cromossomo bacteriano -
espalhados pelo hialoplasma. Plasmídeos costumam conter genes para resistência a antibióticos. Veja a seguir o
desenho de uma célula bacteriana:
Se há um grupo de seres que apresenta grande diversidade metabólica, certamente é o das bactérias. Existem espécies
heterótrofas e espécies autótrofas. Muitas bactérias heterótrofas são anaeróbias obrigatórias, como o bacilo do
tétano. São bactérias que morrem na presença de oxigênio. Nesse caso a energia dos compostos orgânicos é obtida por
meio de fermentação. As anaeróbicas facultativas, por outro lado, vivem tanto na presença como na ausência de
oxigênio. Outras espécies só sobrevivem em presença de oxigênio - são as aeróbias obrigatórias. Um curioso grupo
de bactérias que realiza a respiração aeróbia (precisa do gás oxigênio para produzir energia).
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Geralmente, as bactérias causam doenças por meio da produção de toxinas, as quais podem ser endotoxinas
ou exotoxinas.
Endotoxinas: estão localizadas na membrana externa de algumas bactérias. Essas bactérias liberam as endotoxinas
apenas quando morrem e suas paredes celulares são desfeitas. Como exemplo de bactérias que possuem esse tipo de
toxina, podemos citar a Salmonella typhi, responsável por causar a febre tifoide. Exotoxinas: são produzidas e
secretadas pelas bactérias. Um exemplo de bactéria que produz esse tipo de toxina é a Vibrio cholerae, responsável
por causar a cólera.
A reprodução mais comum nas bactérias é assexuada por bipartição ou cissiparidade. Ocorre a duplicação do
DNA bacteriano e uma posterior divisão em duas células. As bactérias multiplicam-se por este processo muito
rapidamente quando dispõem de condições favoráveis (duplica em 20 minutos).A separação dos cromossomos
irmãos conta com a participação dos mesossomos, pregas internas da membrana plasmática nas quais existem
também as enzimas participantes da maior parte da respiração celular.
ATIVIDADE 9
2)REINO FUNGI
Os fungos são popularmente conhecidos por bolores, mofos, fermentos, levedos, orelhas-de-pau, trufas e
cogumelos-de-chapéu (champignon). É um grupo bastante numeroso, formado por cerca de 200.000 espécies
espalhadas por praticamente qualquer tipo de ambiente. São heterótrofos, unicelulares ou pluricelulares e eucariontes.
Ambiental - há uma infinidade de fungos que, junto com as bactérias, ajudam na reciclagem dos nutrientes do
ecossistema. São os decompositores. Eles são responsáveis pela fertilização natural do solo, favorecendo a produção
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de alimentos por parte dos vegetais. Sua falta afetaria todas as cadeias e teias alimentares do ambiente. Já os parasitas
formam outra espécie ¬ como o Armillaria ostoyae ¬, que contribui para o equilíbrio populacional de um ecossistema.
Segundo a reportagem, o megafungo citado é um dos que exerce esse papel nas florestas temperadas do planeta.
Farmacológica - alguns fungos produzem substâncias de aplicação médica ¬ Penicillium notatum (penicilina) e
Erytromyces sp. (eritromicina), por exemplo. De outras espécies são extraídos ativos alucinogênicos, como o
Claviceps purpúrea (LSD) e o Amanita muscaria (chá de cogumelo). O Aspergillus flavus produz a aflatoxina,
substância de comprovada ação cancerígena. Ela age no fígado, com a ingestão de amendoins e sojas contaminados.
Culinária - os fungos estão presentes em vários pratos do nosso dia-a-dia: o champignon, o shitake, o shimeji e outros
da culinária oriental. Também são utilizados no preparo de pães, massas e bebidas alcóolicas e na produção de queijos
(Penicillium roquefortii e Penicillium camembertii).
Agricultura - o Metarrhizium anisopliae é utilizado por alguns agricultores no controle biológico de besouros,
cigarrinhas e outros insetos nocivos à lavoura. Nos vegetais, prejudica as culturas de arroz, milho, feijão, batata e
tomate, entre outras. A doença chamada "ferrugem do café" é causada pelo fungo Hemileia vastatrix. Recentemente, o
governo da Colômbia foi acusado de fazer testes o Fusarium oxysporum para combater o cultivo de cocaína, pois ele é
considerado um poderoso herbicida biológico. Só que, além de definhar folhas de maconha e cocaína, o fungo pode
destruir plantações de tomates e alguns cereais.
Saúde - como são parasitas de vários seres vivos, inclusive o homem, podem causar doenças, como frieira ou pé-de-
atleta, sapinho, tinha, histoplasmose, micose, blastomicose, entre outras. Eles se proliferam na pele e na mucosa
humana ou em animais que convivem com o homem. Peixes criados em aquário que não está em equilíbrio biológico
podem apresentar manchas brancas (ictio). Elas proliferam-se rapidamente e levam o animal à morte se não forem
tratadas a tempo.
Liquens: Os liquens são associações simbióticas de mutualismo entre fungos e algas. Os fungos que formam liquens
são, em sua grande maioria, ascomicetos (98%), sendo o restante, basidiomicetos. As algas envolvidas nesta
associação são as clorofíceas e cianobactérias. Os fungos desta associação recebem o nome de micobionte e a alga,
fotobionte, pois é o organismo fotossintetizante da associação.
TIPOS DE FERMENTAÇÃO:
a) Fermentação alcoólica:
(É realizada por leveduras; o ácido pirúvico é convertido em etanol e CO2.)
Utilização na Produção de Alimentos
1. Pão
- A fermentação é realizada pela levedura Saccharomyces cerevisiae e a temperatura favorável é de 27ºC.
- O amido da farinha é hidrolisado em açúcares simples e posteriormente transformado em CO2 e etanol. O CO2 é o
produto desejado, uma vez que faz crescer a massa, dando ao pão uma textura porosa.
- A fermentação inicia-se com a adição das leveduras (fermento de padeiro) e termina quando o calor do forno as mata.
O calor provoca a expansão do gás, a evaporação do álcool e dá estrutura ao pão.
O fermento biológico é composto por fungos microscópicos vivos, enquanto o químico (ou em pó) é feito à base de
bicarbonato de potássio. A forma como eles agem é bastante distinta. Os fungos do fermento vivo se alimentam da
glicose da farinha de trigo: sua digestão produz, entre outras substâncias, as bolhas de gás carbônico (ou dióxido de
carbono) que fazem a massa crescer. Já no fermento químico, o mesmo gás é obtido em reações do bicarbonato de
sódio com algum ácido. Na fabricação do fermento em pó, o bicarbonato é misturado a substâncias que se tornam
ácidas ao entrar em contato com líquidos ou quando são aquecidas. O pó já começa a reagir na hora de bater o bolo e,
na maioria das vezes, continua a fazê-lo enquanto o bolo está no forno. Já os fungos do fermento biológico demoram
um pouco a fazer seu trabalho e morrem no calor do forno. Assim, em receitas com fermentação biológica, como pães
e pizzas, é necessário esperar a massa crescer antes de começar a assá-la.
2. Vinho
- A fermentação do açúcar de uvas é realizada por leveduras, principalmente do tipo Saccharomyces cerevisiae, que
existem na casca das uvas.
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- As uvas são colhidas, esmagadas e tratadas com compostos de enxofre, que inibem o crescimento de
microorganismos competidores das leveduras. As uvas esmagadas formam o mosto, que inicialmente é mexido para
provocar a aerificação e o crescimento das leveduras; posteriormente, é deixado em repouso, o que cria condições
anaeróbias favoráveis à fermentação.
- O CO2 liberta-se para a atmosfera no decurso da fermentação (o vinho ferve) e a concentração de etanol, que é o
produto desejado, vai aumentando. O etanol torna-se tóxico para as leveduras quando atinge uma concentração de
cerca de 12% e a fermentação termina.
3. Cerveja
- É fabricada com malte (grãos de cevada germinados e secos), outros materiais ricos em amido (como arroz, milho ou
sorgo), lúpulo, água e leveduras das espécies Saccharomyces cerevisiae ou Saccharomyces carlsbergensis.
- Antes de iniciar a fermentação provoca-se a sacarificação (produção de açucares simples a partir do amido) na
mistura de cereais. Durante a fermentação, as leveduras convertem os açucares em etanol e CO2 e pequenas
quantidades de glicerol e ácido acético. O CO2 é libertado e o álcool atinge uma concentração de cerca de 3,8% do
volume.
- Após a fermentação, a cerveja é armazenada durante alguns meses, durante os quais ocorre a precipitação de
leveduras, proteínas e outras substâncias indesejáveis. Por fim, a cerveja é carbonatada , clarificada, filtrada e
engarrafada.
b) FERMENTAÇÃO LÁCTICA
A fermentação heteroláctica leva à produção de outras substâncias, para além do ácido láctico, como CO2, etanol e
ácido acético.
1. Queijo: Vários tipos de queijo são produzidos por fermentação levada a cabo por diferentes espécies de
bactérias pertencentes aos géneros Propionibacterium, Lactobacillus, Streptococcus e Leuconostoc, em culturas puras
ou mistas. As bactérias produzem ácido láctico e outras substâncias que contribuem para o aroma. Aumento da acidez
provoca a coagulação das proteínas do leite.
2. Iogurte: Produzido por uma cultura mista de Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus termophilus.
3-REINO PROTISTA
Reino de seres vivos que reúne os protozoários, organismos heterotróficos que podem obter seus alimentos por
absorção ou por ingestão; e algas fotossintetizantes. No geral, são organismos eucariontes, unicelulares, coloniais ou
multicelulares, não possuindo tecidos verdadeiros, alimentando-se por ingestão ou absorção.
A complexidade da célula eucariótica de um protozoário é tão grande, que ela - sozinha - executa todas as funções
que tecidos, órgãos e sistemas realizam em um ser pluricelular complexo. Locomoção, respiração, excreção, controle
hídrico, reprodução e relacionamento com o ambiente, tudo é executado por uma única célula, que conta com algumas
estruturas capazes de realizar alguns desses papéis específicos, como em um organismo pluricelular.
A célula protista
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Os protistas podem ainda ter adaptações de forma e estrutura de acordo com o seu modo de vida: parasita, ou de
vida livre.
Habitat
Os protozoários são, na grande maioria, aquáticos, vivendo nos mares, rios, tanques, aquários, poças, lodo e terra
úmida. Há espécies mutualísticas e muitas são parasitas (causadores de doenças como malária e leishmaniose) de
invertebrados e vertebrados. Protozoários flagelados do gênero Trichonympha vivem no intestino de cupins,
participando da digestão da celulose da madeira. Se o cupim não contasse com a "ajuda" do protozoário, ele não
conseguiria aproveitar a celulose como alimento e morreria. Já o protozoário encontra alimento farto e fácil no
intestino do cupim. Essa relação entre duas espécies diferentes, em que há benefício para ambas as partes é chamada
mutualismo.
Fazem parte do plâncton (conjunto de seres que vivem em suspensão na água dos rios, lagos e oceanos, carregados
passivamente pelas ondas e correntes). No plâncton distinguem-se dois grupos de organismos:
Doença de Chagas: A doença de chagas é transmitida pelo barbeiro, um inseto encontrado em várias partes do Brasil.
O protozoário Trypanosoma cruzi passa para o corpo humano quando o barbeiro pica o organismo em busca de
sangue. Após a sucção, o barbeiro libera suas fezes na pele, causando coceira. Ao coçar, o indivíduo acaba por jogar as
fezes infectadas do barbeiro em sua corrente sanguínea.
Giardíase: É causada pelo protozoário Giardia lamblia, encontrado forma cística em alimentos e na água
contaminada. Essa doença causa a diminuição da absorção de nutrientes de todo o trato digestivo, podendo levar até a
desnutrição. Tem como sintomas a cólica, náuseas, diarréia, etc.
Leishmaniose: Os protozoários do gênero Leishmania são os causadores da leishmaniose, que é transmitida por
mosquitos. O principal sintoma são feridas em mucosas da pele. Existe uma forma mais grave, conhecida como
Leishmaniose Visceral ou Calazar.
Malária: Uma doença histórica, é transmitida pelo mosquito Anopheles que possui em seu organismo protozoários do
gênero Plasmodium. Os sintomas dessa doença são febre alta, dor de cabeça, cansaço, entre outros.
Toxoplasmose: Transmitida por animais domésticos que possuem em seu organismo o protozoário Toxoplasma
gondii. É uma doença que pode ser assintomática ou causar dores de cabeça, febre, aparecimento de ínguas (gânglios
linfáticos inchados), etc.
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ATIVIDADE 10 (FUNGOS E PROTISTAS)
As plantas são seres pluricelulares e eucariontes. Nesses aspectos elas são semelhantes aos animais e a muitos tipos
de fungos; entretanto, têm uma característica que as distingue desses seres - são autotróficas. Como já vimos, seres
autotróficos são aqueles que produzem o próprio alimento pelo processo da fotossíntese.
As plantas estão classificadas nos seguintes grupos: briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
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transporte de água ao longo do corpo desses vegetais ocorre por difusão de célula a célula, já que não há vasos
condutores e, portanto, é lento.
b) Pteridófitas (vasculares):
São plantas que apresentam raízes, caule, folhas e vasos condutores de seiva (xilema e floema) e não formam
sementes. São encontradas neste grupo as samambaias e as avencas que costumam medir cerca de 30cm.
São plantas de vasos condutores diferenciados e sementes, apresentam flores e frutos. Os frutos são estruturas
formadas a partir do desenvolvimento do ovário da flor e desempenham papel importante na proteção e disseminação
das sementes. A disseminação das sementes promove o afastamento dos novos esporófitos do local que se encontra a
planta-mãe, permitindo a colonização de novos ambientes e aumentando as chances de sobrevivência da espécie.
Exemplos de angiospermas: bananeira, laranjeira, milho, capim , alface, arroz, feijão, etc. São também as mais
evoluídas e mais numerosas.
Aqui se enquadram todos os seres vivos que são qualificados tipicamente como animais. O reino é extremamente
heterogêneo e as características mais comuns, ainda que nem sempre estejam integralmente presentes em todas as
espécies, são:
- Organismos eucariontes multicelulares (várias células);
- Células desprovidas de parede celular embora, em alguns casos, possa ocorrer um reforço de quitina;
- Carboidrato de reserva energética representado, geralmente, pelo glicogênio;
- Maioria dotada de movimentos ativos, com algumas espécies fixas;
- Nutrição sempre heterotrófica, geralmente por ingestão;
- Quase todos dotados de sistema nervoso e com capacidade de responder rapidamente à ação de estímulos externos;
- Reprodução sexuada, por meio de gametas, na quase totalidade das espécies, fazendo exceção apenas alguns
celenterados que podem realizar a gemulação ou brotamento, e alguns vermes turbelários e anelídeos poliquetos que
podem reproduzir-se por divisão simples assexuada.
O reino se divide em nove filos: Porifera, Coelenterata, Platyhelminthes,Nemathelminthes, Annellida, Arthropoda,
Mollusca, Echinodermata e Chordata.
Plantas Animais
a) tipo celular: a) tipo celular:
b) quantidade de células: b) quantidade de células:
c) tipo de alimentação: c) tipo de alimentação:
d) reserva energética: d) reserva energética:
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4) Explique o processo de produção de alimento das plantas.
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