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Sistema Respiratório
Por Guilherme Pinheiro Santos

1. INTRODUÇÃO

O sistema respiratório tem importantes funções no organismo.


Além da função respiratória, o sistema respiratório é um dos
responsáveis pela fonação, percepção olfativa e defesa do
organismo.

A respiração pode ser definida como um processo químico e físico


no qual ocorre a absorção de oxigênio e a liberação de gás
carbônico.

2. CONDUTOS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

O sistema respiratório pode ser dividido em duas partes, sendo uma


condutora e a outra respiratória. Ainda contém um mecanismo de
bombeamento para entrada e saída de ar.

A parte respiratória compreende os bronquíolos respiratórios,


alvéolos pulmonares, ductos e sacos alveolares. A parte condutora
é o caminho que o ar passa para atingir a parte respiratória é
composta por nariz, cavidade nasal, parte da faringe, laringe,
traquéia e pulmão com brônquios e bronquíolos.

Os mecanismos de bombeamento são: sacos pleurais, caixa


torácica e diafragma.

2.1. Nariz

Nos animais o nariz está incorporado nos ossos da face. O ar entra


no trato respiratório através das narinas que são duas aberturas no
nariz logo após flui pelas cavidades nasais, revestidas por mucosa
respiratória e divididas pelo septo nasal.

Possui pelos que tem função de filtração do ar, retendo as maiores


partículas.

Diferentes tipos de narinas podem ser observadas nos animais,


principalmente devido a função que vão exercer. Por exemplo,
suínos possuem narinas em formato redondo para maior apuração
do olfato. Bovinos, cães, gatos e equino possuem narinas em
formato de vírgula, caprinos e ovinos em fenda e assim de acordo
com as necessidades de cada espécie.

Os equinos possuem pelos finos e curtos ao redor das narinas, já as


demais espécies possuem pele diferente na região do nariz. O plano
nasal é a parte brilhosa que recobre o nariz de cães, gatos, caprinos
e ovinos. O plano rostral é a parte que recobre o focinho e sua
borda em suínos e pode possuir alguns pelos curtos. O plano
nasolabial tem pele estendendo-se do lábio superior e pode ser
encontrado em bovinos.

2.2. Cavidade Nasal

A parede dorsal da cavidade nasal é formada por cartilagens


laterais dorsais e ossos nasais e frontais. A parede ventral é
formada por cartilagens laterais ventrais e pelos ossos, incisivos,
palatino e maxilar. O limite da cavidade nasal é das narinas até as
coanas, que marcam a divisão entre a cavidade nasal e a faringe.

A cavidade nasal é dividida em duas pelo septo nasal, constituído


de osso nas partes cranial e caudal e de cartilagem hialina.

As conchas nasais ocupam um grande espaço em cada cavidade


nasal. A projeção dessas conchas dentro da cavidade nasal produz
quatro passagens para o ar, chamadas meatos. O meato dorsal leva
ao fundo da cavidade do nariz e leva o ar ao contato da mucosa
olfatória. O meato médio se liga ao sistema de seios paranasais. O
meato ventral leva o ar até a faringe. Esses três meatos se
originam de um primeiro.

O órgão vomeronasal, situado no assoalho da cavidade nasal, tem


como função determinar o sabor dos alimentos na boca por meio da
olfação em carnívoros. Em herbívoros ele serve como órgão
olfatório acessório.

Os seios paranasais são divertículos da cavidade do nariz que


adentram os ossos do crânio. Possuem importância desconhecida,
porém sabe-se que oferecem certa proteção térmica e mecânica às
órbitas nasal e cranial, afetam a voz a aumentam as áreas para
inserção muscular sem aumentar o peso.

A cavidade nasal possui função olfativa, umidificação e limpeza do


ar. O ar, ao ser inalado, passa sobre a mucosa vascular e é
umidificado por secreções serosas e vaporização das lágrimas, logo
em seguida é limpo por entrar em contato com glândulas mucosas.
O muco resultante é deglutido.

2.3. Faringe

A faringe é um órgão de dupla função, onde concentrará esforços


no encaminhamento de alimento para o tubo digestório e ar para o
respiratório. Primordialmente é constituído por um mecanismo
valvular, composto por músculos, ossos e cartilagens.

A faringe possui três porções: nasofaringe (responsável pela


passagem exclusiva de ar); orofaringe (responsável pela passagem
facultativa de ar e alimento) e laringo-faringe (ponto de encontro
entre os dois sistemas).

A nasofaringe apresenta no seu teto, as tonsilas faríngeas e um


óstio faríngeo da tuba auditiva, onde a pressão atmosférica poderá
entrar em equilíbrio entre orelha média e ambiente externo,
evitando rupturas do tímpano.

2.4. Laringe

A laringe é um órgão cartilaginoso que tem como função fazer a


ligação entre a faringe e a traquéia. Situa-se abaixo da faringe e
também pode ser usada para fonação.

O formato da cartilagem e algumas estruturas menores podem


mudar de espécie para espécie. Esse órgão é formado por quatro
tipos de cartilagem:

Cartilagem epiglótica- é predominantemente rostral, composta de


cartilagem elástica e flexível, ela pode se inclinar para proteger a
entrada da laringe durante a deglutição;

Cartilagem tireóidea- é maior dentre os quatro tipos, forma a maior


parte do assoalho da laringe, sua parte mais rostral corresponde ao
“pomo de Adão”, é hialina e susceptível a alterações da idade;

Cartilagem cricóide- também é hialina e sujeita a alterações da


idade, ela consiste de uma lâmina e um arco;

Cartilagem aritenóide- possui formato irregular, é


predominantemente hialina mas possui processo corniculado
elástico.

Alguns animais possuem ainda cartilagens corniculadas, exceto os


gatos, e cuneiforme, presentes apenas em cães e equinos.

2.5. Traquéia

A traquéia é constituída por um tubo com anéis cartilaginosos. Ela


faz a condução do ar entre a laringe e os bronquíolos nos pulmões.
Esse órgão termina por bifurcar-se em dois brônquios, sendo um
direito e um esquerdo, que penetram nos pulmões ramificando-se.

É composto por anéis cartilaginosos para evitar dobras na via aérea


traqueal devido à esforços do animal. Esses anéis são gradualmente
substituídos ao longo do percurso por placas irregulares de
tamanho menor.

A parede da traquéia é composta de mucosa interna, camada média


fibrocartilagínea e camada adventícia. Possui glândulas mucosas
que produzem uma camada protetora. O muco resultante é
deglutido.

2.5.1. Brônquios: são em número de dois brônquios principais,


um direito e outro esquerdo. Ruminantes e suínos apresentam um
brônquio acessório mais cranial, chamado brônquio traqueal. O
brônquio traqueal vai para o pulmão direito, sendo ausente no
pulmão esquerdo. Os brônquios são constituídos de anéis
cartilaginosos assim como a traquéia.

3. PORÇÃO RESPIRATÓRIA (TROCA GASOSA)

3.1. Pulmão

São em número de dois, cada um é invaginado por um saco pleural


e unidos pela raiz ao mediastino. É um órgão cônico que se apoia
contra o lado cranial do diafragma. O pulmão direito é mais lobado
e maior que o esquerdo, devido ao fato do coração estar
ligeiramente inclinado à esquerda.

A inspiração se dá por controle voluntário e involuntário. Os


músculos intercostais externos atuam na inspiração, músculos
abdominais e intercostais internos agem na expiração. O diafragma
é uma lâmina músculo tendínea em forma de cúpula inervado pelo
nervo frênico, ele é o principal musculo respiratório.

3.1.1. Variações anatômicas

A lobação pulmonar pode variar entre as espécies de animais.

a. Em ruminantes: o pulmão esquerdo é dividido em lobos cranial e


caudal, o pulmão direito é dividido em 4 lobos: lobos cranial,
caudal, médio e acessório. Presença do brônquio traqueal;

b. Em suínos: o pulmão esquerdo é dividido em lobos cranial e


caudal, o pulmão direito é dividido em 4 lobos: lobos cranial,
caudal, médio e acessório. No pulmão direito o lobo cranial possui
porção cranial e caudal. Presença do brônquio traqueal;

c. Em equinos: pulmão direito com lobos cranial e caudal com lobo


acessório e pulmão esquerdo com lobos cranial e caudal;

d. Em carnívoros: o pulmão esquerdo é dividido em lobos cranial e


caudal, o pulmão direito é dividido em 4 lobos: lobos cranial,
caudal, médio e acessório. No pulmão direito o lobo cranial possui
porção cranial e caudal.

3.1.1.1. Bronquíolos

Nos pulmões encontram-se os bronquíolos, ramificações dos


brônquios que adentram nesse órgão.Os bronquíolos ramificam-se
até que passam a se chamar ductos alveolares. Eles formam a
primeira parte da porção respiratória e são caracterizados como
condutos longos que terminam em alvéolos.

3.1.1.2. Alvéolos

Os alvéolos pulmonares são encontrados no interior dos pulmões.


São estruturas vascularizadas em formato de favo de mel. O
conjunto desses alvéolos forma os sacos alveolares. São os alvéolos
que dão a textura esponjosa de pequenas bolhas aos pulmões. O
alvéolo é a estrutura morfofuncional do pulmão.

4. SACOS PLEURAIS

É uma membrana serosa que envolve os pulmões. São duas


membranas pleurais, cada uma em forma de saco invaginado
fechado, o espaço entre esses sacos forma o mediastino no qual
alguns órgãos estão situados.

A parte da pleura que reveste os pulmões é chamada pleura


pulmonar visceral, que se divide em pleura mediastinal (ao redor e
atrás da raiz do pulmão), que se continua com a pleura costal e a
diafragmática. Denominam-se essas três últimas juntas como
pleura parietal.

5. BIBLIOGRAFIA

Dyce, Sack and Wensing; Textbook of Veterinary Anatomy, second


edition, 1996 W.B.Saunders Company-Philadelphia;

Liebch, Hans-georg; Horst Erich König; Anatomia dos Animais


Domésticos - Textos e Atlas Colorido, quarta edição, 2011, Artmed;

Sisson - Grossman - Getty; Anatomia dos Animais


Domésticos volume 1, quinta edição 1986, Guanabara Koogan.

Autora:

Ayate Belarmina Machado

Acadêmica do curso de Medicina Veterinária

Universidade Federal de Goiás

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