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FISIOTERAPIA
RESPIRATÓRIA
PARA
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con
Bons
Estudos!!!
Esse material é apenas para uso pessoal e individual, sendo proibido sua
distribuição, divulgação na internet e comercialização fora desta plataforma
Anatomia e fisiologia do sistema Respiratório....................................01
Gasometria Arterial......................................................................................34
Exames complementares............................................................................38
Oxigenoterapia...............................................................................................85
Mobilização precoce....................................................................................115
Referências....................................................................................................124
@fisioconcurseiroaprovado
Fisioterapia Respiratória
Anatomia e fisiologia do sistema Respiratório
isioconc
pequenas unidades funcionais, chamadas de alvéolos.
@f
Divisão do Sistema Respiratório
ur
i
Novell
Formado por
seiroapro
Nariz externo,
órgãos
Trato respiratório superior Cavidade nasal,
localizados
(vias aéreas superiores) Faringe e
fora da caixa
Laringe
torácica
a
an
Cavidades nasais,
Conduz o Faringe, Tem como
ar para os Laringe, função
Porção locais onde Traqueia, filtrar,
condutora se dão as Brônquios, umedecer e
trocas Bronquíolos e aquecer o ar 1
1 Bronquíolos
gasosas transportado
terminais
Onde O2 inspirado
ocorre as Bronquíolos vai para o
respiratórios, sangue e o
Porção trocas 2
Ductos alveolares, CO2 do
respiratória gasosas
Sacos alveolares e sangue vai
entre o ar e
2 Alvéolos para o sistema
o sangue respiratório
Fonte: Adaptado - Junqueira & Carneiro,
2013, p. 334
@fisioconcurseiroaprovado 01
Fisioterapia Respiratória
Órgãos do Sistema Respiratório
isioconc
passagem de ar e alimento. É dividida em três regiões anatômicas:
f
Nasofaringe, Orofaringe e Laringofaringe.
@
A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traqueia, sendo
ur
i
Laringe seiroapro
a respiração; produz som, ou seja, a voz (fonação) e impede que o alimento
e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias (como a traqueia).
A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela está a epiglote, que
funciona como uma válvula ou porta do pulmão. Quando a epiglote se abre
o ar passa para a traqueia, e quando ela se fecha o alimento passa para o
esôfago.
a
an
@fisioconcurseiroaprovado 02
Fisioterapia Respiratória
fisioconc
@
Os alvéolos pulmonares são minúsculos sacos aéreos, presentes nos
pulmões, que constituem o final das vias aéreas. São envolvidos por
ur
i
seiroapro
milhões de alvéolos. São responsáveis pelo aspecto esponjoso dos
pulmões. Sua função é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da
membrana alvéolo-capilar. Os alvéolos são revestidos por uma camada de
células epiteliais, denominadas de pneumócito tipo I e pneumócito tipo II.
(hematose).
an
Pneumócitos tipo II São células septais ovais e volumosas, que têm duas
funções: (1) reparar o epitélio alveolar quando as células pavimentosas são
va
do Mari
lesionadas e (2) secretar (produzir) surfactante pulmonar. O surfactante
é formado por fosfolipídios e proteínas e reveste os alvéolos e os
bronquíolos menores, prevenindo que os alvéolos colapsem durante a
variação de pressão que ocorre na exalação. Sem o surfactante, as paredes
dos alvéolos desinflados tenderiam a se colapsarem. Surfactante: Reduz a
tensão superficial dos alvéolos.
@fisioconcurseiroaprovado 03
Fisioterapia Respiratória
Músculos respiratórios
INSPIRAÇÃO é Ativa
Músculos Diafragma; Intercostais externos e músculos
Produzem aumento do
Inspiratórios cervicais.
volume da caixa torácica.
Expiração é Passiva
Intercostais Internos e músculos abdominais
Músculos Musculatura inspiratória
(trabalham quando existe um aumento da
Expiratórios se relaxa, reduzindo seu
ventilação - expiração forçada).
volume.
fisioconc
@ Mecânica respiratória
ur
i
Para que o oxigênio seja transportado até os tecidos, e que tenha a exalação do
Novell
do Mari RETRAÇÃO
"recolhimento elástico do pulmão"
INSPIRAÇÃO EXPIRAÇÃO
A contração dos músculos inspiratórios
expande a caixa torácica reduzindo a pressão Ao término da inspiração, ocorre o
pleural, tornando-a mais subatmosférica do relaxamento dos músculos inspiratórios,
que já era no inicio da inspiração. Os pulmões promovendo a redução do volume pulmonar,
também se distendem, há aumento do volume reduzindo o volume alveolar, e elevando a
dos alvéolos, expansão do gás alveolar e queda pressão alveolar a valores acima da pressão
da pressão alveolar a valores atmosférica e o ar se desloca para o meio
subatmosféricos, de modo que o ar entre nos ambiente (o ar sai).
alvéolos.
@fisioconcurseiroaprovado 04
Fisioterapia Respiratória
Pressão Transpulmonar
Diferença de pressão entre o interior dos alvéolos e a superfície do pulmão, ou seja, diferença entre a
pressão alveolar e a pressão pleural: Ptp= Palv-Ppl. Portanto, quanto maior a pressão transpulmonar,
maior a quantidade de ar que entra nos pulmões.
fisioconc
@
Fisiologia das trocas gasosas
ur
i
va
do Mari
Afirma que a quantidade de gás que se move através de uma lâmina de
tecido é proporcional à área dessa lâmina, mas inversamente
Lei de FICK proporcional à sua espessura. Ou seja, quanto MAIOR a área da
(Lei da difusão) membrana e MAIOR a concentração de um gás MAIOR será a
quantidade de gás que será transferido. Assim, quanto MAIOR a
espessura da membrana, MENOR será a quantidade de gás transferido.
Ventilação
@fisioconcurseiroaprovado 05
Fisioterapia Respiratória
Espaço morto anatômico Espaço morto fisiológico
Os dois espaços mortos são praticamente idênticos, porém em pacientes com doenças
pulmonares o espaço morto fisiológico pode estar aumentado.
fisioconc
Ventilação/Perfusão
@
Ventilação: É a entrada e saída de ar nos pulmões;
ur
i
Novell
seiroapro
oxigenado;
A relação ventilação-perfusão (V/Q) é definida como a relação entre a
ventilação e o fluxo sanguíneo;
No pulmão normal, como um todo, a relação ventilação-perfusão é de cerca de
0,8, mas a faixa de variação da relação V/Q varia em diferentes regiões do pulmão;
Para que ocorra uma troca gasosa ideal é necessário que o volume de ar que
a
entra no alvéolo (V) seja próximo ao volume de sangue (Q) que passa através do
an
pulmão;
va
A má combinação entre a ventilação e a perfusão é a causa mais frequente de
do Mari
hipoxemia arterial em pacientes com doenças respiratórias.
Efeito Shunt
Redução da relação V/Q
Áreas bem perfundidas e mal ventiladas.
V/Q = Diminuição da ventilação Ex: CHOQUE/EMBOLIA
(mais comum) ou aumento da
perfusão, ou ambos.
DISTÚRBIOS DA RELAÇÃO V/Q
V/Q = Aumento da ventilação ou
diminuição da perfusão (mais
comum), ou ambos.
Efeito espaço morto
Aumento da relação V/Q
Áreas bem ventiladas e mal perfundidas.
EX: PNEUMONIA
@fisioconcurseiroaprovado 06
Fisioterapia Respiratória
A função ótima do pulmão requer equilíbrio entre a ventilação e a perfusão. No
entanto, elas não são uniformes do ápice à base.
isioconc
desaparece, com as ventilações apical e basal
@f
tornando-se similares. Contudo, nessa
posição, a ventilação da região inferior
(apoiada na cama) supera a da região
Supina
(decúbito dorsal)
Prona
(decúbito ventral)
ur
anterior;
i
Novell
seiroapro
(em contato com a cama) é mais ventilado.
Decúbito lateral
Zonas de West
a
ZONA 1
V é maior que a Q
Palv > Pa > Pv
ZONA 2
V=Q
Pa > Palv > Pv
ZONA 3
Q é maior que a V
Pa > Pv > Palv
@fisioconcurseiroaprovado 07
Fisioterapia Respiratória
Volumes e Capacidades pulmonares
VOLUMES PULMONARES
isioconc
Volume máximo de ar que ainda pode ser
Volume de Reserva inspiratório
f
inspirado após uma inspiração tranquila, ou 3.000 ML
(VRI)
@
seja, após o VC.
ur
i
Volume Residual
seiroapro
Volume de ar que permanece nos pulmões
1.200 ML
(VR) após uma expiração forçada máxima.
va
CAPACIDADES PULMONARES
do Mari
Quantidade total de ar que pode ser mobilizado entre a
Capacidade Vital
inspiração máxima e a expiração máxima. 4.600 ML
(CV)
CV = VRI + VC + VRE CV = 3.000 + 500 + 1.100 CV = 4.600
@fisioconcurseiroaprovado 08
Fisioterapia Respiratória
Algumas considerações importantes
fisioconc
@
Resistência das vias Grau de dificuldade que o fluxo de ar tem para se movimentar
aéreas através das vias aéreas.
ur
i
Novell
Impedância
deforma-se e altera seu volume. seiroapro
Ao receber o fluxo de ar pelas vias aéreas, o pulmão infla,
Controle da respiração
a
an
Centro pneumotáxico
Controla a frequência e a profundidade da respiração.
@fisioconcurseiroaprovado 09
Fisioterapia Respiratória
Semiologia do sistema Respiratório
(avaliação respiratória)
Anamnese
isioconc
hospitalar, pois é através dela que coletamos informações cruciais para nos guiar
@f
na elaboração de um bom plano terapêutico individualizado;
Ela apresenta um breve resumo sobre o paciente, obtido por meio de
informações médicas e com a avaliação feita pelo fisioterapeuta;
ur
i
Identificação
seiroapro
Nome completo, idade, gênero, etnia, nacionalidade, naturalidade,
estado civil, ocupação e endereço atual, além do diagnóstico e da
razão do encaminhamento.
desse sintoma.
va
História da doença
do Mari
Abrange uma descrição detalhada dos aspectos relevantes da
queixa principal e consiste nos sintomas que mais incomodam o
atual (HDA) paciente. É importante perguntar sobre o inicio dos sintomas,
quando agrava, quando melhora, entre outros...
Histórico
Medicamentos atuais prescritos por receita médica. Alergias a
Medicamentoso
medicamentos também devem ser anotadas.
(HM)
Histórico Familiar
Doenças graves sofridas por familiares próximos do paciente.
(HF)
@fisioconcurseiroaprovado 10
Fisioterapia Respiratória
Histórico Social A ocupação atual e passada do paciente. Além disso, aqui deve ser
(HS) abrangido os hábitos de vida, como tabagismo e etilismo.
Alguns dos principais sintomas que podem ser relatados pelo paciente na anamnese
são:
Dispneia (falta de ar): Percepção subjetiva do aumento do trabalho respiratório,
gerando uma sensação desagradável de dificuldade ou incapacidade física para
manter uma função respiratória correta. A dispneia pode se classificar de acordo
isioconc
com a escala da dispneia modificada - Medical Research Council (MRC), que a
f
correlaciona com a atividade física:
Grau 0
Grau 1
@ Dispneia somente aos exercícios intensos
ur
i
Novell
seiroapro
parar para respirar andando normalmente no plano
Parar para respirar após caminhar uma quadra (90 ou 120 metros) ou após
Grau 3
poucos minutos no plano
@fisioconcurseiroaprovado 11
Fisioterapia Respiratória
Podemos classificar a tosse das seguintes formas:
Seca Não apresenta secreção, causando apenas irritação nas vias respiratórias.
isioconc
Produtiva ou
agressão feita na mucosa brônquica. Ao analisar a expectoração é importante
f
úmida
saber a quantidade, a coloração, a viscosidade e o odor.
3. Eficiência
@
ur
i
O paciente apresenta uma tosse fraca, sem força necessária para proteger suas
Ineficaz
vias aéreas.
@fisioconcurseiroaprovado 12
Fisioterapia Respiratória
Hemoptise franca Eliminação de sangue vivo Mesmas situações da anterior
Espessa (aderente) Mais grossa, adere no material, ou nas paredes do recipiente de aspiração.
isioconc
Obs.: A viscosidade encontra-se aumentada nos casos de infecção do trato
f
respiratório, seja ela bacteriana, micobacteriana ou fúngica. As infecções virais
@
normalmente não aumentam a viscosidade de forma tão marcante;
Obs.: Odor: se for fétido (fedido), considerar infecção anaeróbica típica de processos
supurativos do pulmão ou abscessos pulmonares.
ur
i
Novell
Dor torácica: As causas são inúmeras. Pode ser originada de uma afecção
seiroapro
cardíaca, da parede torácica (sistema musculoesquelético e neurológico), do
esôfago, de estruturas extratorácicas e da pleura parietal. O parênquima pulmonar
não é inervado, apenas a pleura parietal. Portanto, a dor derivada de um
acometimento pulmonar se origina na pleura parietal.
Inspeção Estática
@fisioconcurseiroaprovado 13
Fisioterapia Respiratória
Pele (principalmente a coloração)
- cicatrizes, incisões, escaras e edemas
fisioconcNível de consciência
ur
i
Novell
seiroapro
Espontânea 4
Ao estímulo sonoro 3
Abertura Ocular
Ao estímulo de pressão 2
Nenhuma 1
Orientada 5
Confusa 4
Resposta verbal Verbaliza palavras soltas 3
a
Obedece comandos 6
Pacientes não
va Localiza estímulos 5
sedados do Mari
Resposta Motora
Flexão normal (retirada)
Flexão anormal (decorticação)
Extensão anormal (descerebração)
4
3
2
Nenhuma 1
Interpretação
Inexistente - 2 pontos
Unilateral - 1 ponto
Bilateral 0
@fisioconcurseiroaprovado 14
Fisioterapia Respiratória
Escala RASS ou Escala de Agitação-Sedação de Richmond
(Richmond Agitation Sedation Scale)
isioconc
0 Alerta e calmo Alerta e calmo
f
Adormecido, facilmente despertado, mantém
-1 Sonolento
@
contato visual por mais de 10"
ur
i
Novell
Pontuação zero refere-se ao doente alerta, sem aparente agitação ou sedação. Níveis
inferiores a zero significam algum grau de sedação, níveis superiores significam que
an
Pontuação Descrição
Interpretação
@fisioconcurseiroaprovado 15
Fisioterapia Respiratória
Nível de suporte ventilatório
isioconc
ajustados, além da interface utilizada.
VMI @f
Paciente está em ventilação mecânica invasiva, através de um
tubo orotraqueal ou traqueostomia. É importante anotar o modo,
ur
i
Biotipo do paciente
seiroapro
Ângulo de Charpy maior que 90º. Baixa
Brevelíneo
estatura
a
va
Ângulo de Charpy menor que 90º. Alta
Longilíneo
do Mari
estatura
Tipos de tórax
@fisioconcurseiroaprovado 16
Fisioterapia Respiratória
Também chamado de peito de pombo.
Caracterizado pela presença de uma
Pectus carinatum proeminência na região esternal. Pode ser
(cariniforme) congênito ou adquirido e, quando
adquirido, ocorre principalmente em
decorrência de um raquitismo.
Além desses, temos ainda os tipos: chato/plano, com gibosidade, escoliótico e cifótico.
isioconc
Presença de drenos, sondas, bolsas coletoras e cateter central;
alterações posturais;
@f
Presença de hipotrofia, atrofias, hipertrofias, retrações musculares e
ur
i
expansibilidade e tiragens.
va
do Mari
Frequência respiratória (FR)
A contagem é feita pelo número de movimentos torácicos e/ou abdominais observados
durante um minuto.
Amplitude respiratória
@fisioconcurseiroaprovado 17
Fisioterapia Respiratória
Tipo ou padrão respiratório
É caracterizado pela região que mais se expande durante a respiração
Paradoxal
fisioconc
Patológico. Movimento oposto ao considerado normal
@ Ritmo Respiratório
ur
i
Novell
seiroapro
1:2. A modificação dessa sincronia gera os ritmos patológicos, são eles:
@fisioconcurseiroaprovado 18
Fisioterapia Respiratória
Respiração suspirosa
Presença de movimentos respiratórios de amplitude normais,
intercalados com suspiros. É característico de alterações de
humor, como ansiedade.
Tiragens e expansibilidade
Durante a inspiração ou condições de normalidade, os espaços intercostais deprimem-se
isioconc
ligeiramente. Se ocorrer obstrução brônquica, o parênquima correspondente àquele
@f
brônquio entra em colapso e a pressão negativa daquela área fica ainda mais negativa,
provocando assim a retração dos espaços intercostais (tiragem). A tiragem pode ser
difusa ou localizada (supraclavicular, infraclavicular, intercostal, subcostal).
ur
Tiragens indicam sofrimento respiratório e existência de dificuldade na expansibilidade
i
Novell
torácica.
va
Tiragem subcostal do Mari
Retração da musculatura logo abaixo das
costelas.
Outros achados
@fisioconcurseiroaprovado 19
Fisioterapia Respiratória
Palpação
isioconc
(2) expansibilidade e
(3) frêmito toracovocal.
@f
ur
Sensibilidade
i
Novell
seiroapro
É feita com as mãos espalmadas, realizando movimentos circulares e estímulos dolorosos
no paciente.
Expansibilidade
a
an
Frêmito toracovocal
@fisioconcurseiroaprovado 20
Fisioterapia Respiratória
Percussão
isioconc
Alterações no tecido pulmonar ou na cavidade pleural podem gerar macicez ou
hipersonoridade.
f
@ realizar?
Como
ur
i
Novell
Com o dedo médio da mão não dominante, deve- se apoiar na região em que
seiroapro
se quer percutir; com o dedo médio da mão dominante, deve-se realizar
batidas (geralmente duas) de intensidade média ou moderadamente forte
sobre o dedo médio repousado. O movimento da mão que percute é de flexão
e extensão do punho. Deve-se percutir comparativamente e
simetricamente as várias regiões do tórax.
a
an
va
do Mari
Achados
@fisioconcurseiroaprovado 21
Fisioterapia Respiratória
Ausculta pulmonar
isioconc
normais até sons anormais, chamados de ruídos adventícios.
@f
ur
i
Novell
seiroapro
Diafragma
(essa parte que toca o paciente)
va
do Mari Pontos
Sequência
@fisioconcurseiroaprovado 22
Fisioterapia Respiratória
Sons NORMAIS
isioconc
Som brônquico
Pode ser auscultado na região onde se projetam os brônquios de
f
maior calibre, na face anterior do tórax, próximo ao esterno.
@
Produzido pela turbulência normal do ar circulante ao se chocar
ur
i
@fisioconcurseiroaprovado 23
Fisioterapia Respiratória
Sons ANORMAIS (Ruídos adventícios)
Descontínuos: Representados pelos estertores, ruídos audíveis na inspiração ou expiração,
superpondo-se aos sons respiratórios normais. Podem ser crepitantes (finos) ou
subcrepitantes (grossos).
Contínuos: Representados pelos roncos, sibilos e estridor e tendem a apresentar-se ao
longo de todo ciclo respiratório.
Descontínuos;
Ocorrem no final da inspiração, têm frequência alta (agudos), e
duração curta;
Não se modificam com a tosse ou com a posição do paciente;
isioconc
Predominam mais na base pulmonar;
Estertores Finos
f
Podem ser comparados ao som produzido pelo atrito dos fios de
(crepitantes)
@
cabelo ou ao se fechar ou abrir um fecho tipo velcro;
São produzidos pela abertura sequencial das vias respiratórias
anteriormente fechadas, devido à pressão exercida pela presença de
ur
i
Descontínuos;
seiroapro
São audíveis durante o início da inspiração e durante toda a
expiração e tem frequência menor (mais graves) e maior duração
Estertores que os finos;
grossos Sofrem alteração com a tosse e com a posição do paciente;
a
Contínuos;
Sons agudos, de alta frequência, semelhante a um miado de gato;
Originam-se de vibrações das paredes brônquicas e do conteúdo
gasoso quando existe um estreitamento desses ductos (redução da luz
brônquica em caso de secreção espessa, edema da parede dos
bronquíolos, espasmo da parede das pequenas vias aéreas e
Sibilos
compressão dinâmica difusa);
Pode aparecer tanto na inspiração quando na expiração
(predomina na expiração);
Habitualmente referidos pelo paciente como “chiado” ou
“chiadeira”;
Exemplos: Asma, bronquiectasia, DPOC e traqueobronquite aguda.
Contínuos;
Roncos
Sons graves, ou seja, de baixa frequência;
@fisioconcurseiroaprovado 24
Fisioterapia Respiratória
Podem ser ouvidos tanto na inspiração quanto na expiração, porém
predominam na inspiração;
Sua origem se dá pela presença de secreção espessa que adere às
paredes dos brônquios de grande calibre, reduzindo suas luzes;
Roncos Assim como os sibilos, os roncos também tem origem pelas
(continuação) vibrações das paredes brônquicas e do conteúdo gasoso quando
existe um estreitamento desses ductos, seja por espasmo ou edema
de parede ou até mesmo secreção aderida a ela;
Exemplos: asma brônquica, bronquites, bronquiectasias e
obstruções localizadas.
isioconc
Contínuo;
f
Ocorre devido à obstrução parcial de laringe e tranqueia, é um
@
Estridor som bastante intensificado na respiração forçada;
Exemplos: Coqueluche, edema de glote ou câncer da laringe
apresentam esse tipo de som.
ur
i
Novell
seiroapro
Descontínuo
Origina-se devido a um atrito da pleura visceral com a pleura
parietal, podendo ocorrer devido à presença de um processo
inflamatório nessa região;
É um som irregular e intensificado durante a inspiração, mais
Atrito pleural audível em região axilar inferior;
O som lembra um estalido ou “som de couro”, podendo ser
a
Ressonância
Ocorre na atelectasia, espessamento pleural e nos derrames pleurais.
vocal diminuída
@fisioconcurseiroaprovado 25
Fisioterapia Respiratória
Avaliação da Função pulmonar
isioconc
Espirometria
@f
A espirometria é a medida de função pulmonar mais utilizada. Ela permite
medir o volume de ar inspirado e expirado e os fluxos respiratórios, sendo
ur
i
Novell
seiroapro
A espirometria é um teste que auxilia na prevenção e permite o diagnóstico e a
quantificação dos distúrbios ventilatórios, devendo ser parte integrante da
avaliação de pacientes com sintomas respiratórios ou doença respiratória
conhecida;
O indivíduo é instruído a inspirar e expirar até ao máximo através de um
espirômetro;
a
an
Realização do exame
va
do Mari
O indivíduo deve repousar de 5 a 10 minutos antes do teste;
O procedimento deve ser descrito cuidadosamente, com ênfase na necessidade de evitar
vazamentos em torno da peça bucal e da necessidade de inspiração máxima seguida de
expiração rápida e sustentada até que o observador ordene a interrupção;
O técnico deve demonstrar o procedimento usando um tubete;
Durante o exame o paciente deve estar na posição sentada;
O uso de clipe nasal é recomendado sempre;
A inspiração até a CPT antes da expiração forçada não deve ser muito rápida. A pausa
pós-inspiratória não deve exceder 3 segundos;
O indivíduo deve ser estimulado vigorosamente para que o esforço seja “explosivo” no
início da manobra. Durante a expiração o técnico deve observar o indivíduo e estimular
positivamente para que o esforço seja mantido pelo tempo necessário;
O procedimento é repetido pelo menos três vezes, para garantir que seus resultados
sejam consistentes.
@fisioconcurseiroaprovado 26
Fisioterapia Respiratória
Caso haja evidências de um distúrbio respiratório, o médico pode partir para uma 2°
etapa do exame, na qual administra um broncodilatador, para abrir os pulmões;
O paciente espera cerca de 15 minutos, antes de repetir todo o procedimento. Em
seguida, o médico compara os resultados das duas medições, para verificar se o
broncodilatador ajudou a aumentar o fluxo de ar.
isioconc
previsto. O resultado é considerado normal se sua pontuação for 80% ou mais do valor
previsto;
@f
A espirometria mede principalmente os seguintes fatores :
Capacidade vital forçada expiratória (CVF): volume máximo de ar exalado com
esforço, após uma inspiração máxima;
ur
i
Novell
seiroapro
Relação VEF1 / CVF: Descreve a proporção de ar exalado no 1º segundo.
Se existe obstrução nas vias aéreas, a quantidade de ar que o paciente consegue soprar
rapidamente dos pulmões será reduzida. Isso se traduz em uma menor relação VEF1 e
VEF1 / CVF.
Existem dois principais tipos de distúrbios que causam problemas com a entrada e saída
de ar dos pulmões e que o médico pode detectar com esse exame:
a
Distúrbio ventilatório obstrutivo: Quando o ar tem problemas para sair dos pulmões
an
devido à resistência das vias aéreas, causando uma diminuição do fluxo de ar;
Distúrbio ventilatório restritivo: Quando o tecido pulmonar e / ou os músculos do
va
do Mari
peito não conseguem expandir o suficiente, criando problemas com o fluxo de ar,
principalmente devido a menores volumes pulmonares.
CPT
Normal ou aumentada Reduzida
(não medido na espirometria)
@fisioconcurseiroaprovado 27
Fisioterapia Respiratória
Classificação da gravidade dos distúrbios ventilatórios obstrutivos
CVF VEF1
Classificação VEF1/CVF%
(%) (%)
isioconc
LI = Limite inferior
@f
Gráficos - para gravar
ur
i
Novell
seiroapro
a
an
va
do Mari
Administração de Broncodilatador
O broncodilatador (BD - salbutamol ou fenoterol) deve ser administrado a todos os
pacientes que realizam espirometria pela primeira vez, nos casos de doença obstrutiva;
Após a administração, espera-se pelo menos 15 minutos para repetir a prova;
Após nova espirometria é feito a comparação. A resposta ao BD é usualmente avaliada
por variações do VEF1 e da CVF, sendo considerada significativa, se houver um
incremento de 12% em relação ao valor basal inicial e um aumento em valor absoluto de
200ml.
@fisioconcurseiroaprovado 28
Fisioterapia Respiratória
Pletismografia
isioconc
é uma cabine totalmente fechada na qual o paciente permanece sentado durante a
@f
realização do exame, sendo orientado a “soprar” em um bocal;
Através dele, conseguimos determinar:
Os volumes pulmonares,
ur
i
@fisioconcurseiroaprovado 29
Fisioterapia Respiratória
Cálculo do VC: Utilizar a equação: VC = VM/FR;
Cálculo da CVL: Realizar uma inspiração máxima e, em seguida, expirar
lentamente através do ventilômetro, sem fazer esforço, até a capacidade
residual;
Cálculo do índice de Tobin (índice de respiração superficial): FR/VC (em
litros).
Valores de normalidade:
VC: 05 a 08 ml/kg
VM: 05 a 06 L/min
FR: 12 a 20 ipm
CVL: em média 65 a 75 mL/Kg
isioconc
Índice de Tobin: > 105 : ( não indicado ) 86% falência no desmame
f
< 85: indicado
@
ur
i
Manovacuometria
Novell
seiroapro
A manovacuometria, também conhecida como pressões respiratórias
máximas, é uma técnica utilizada para mensurar as pressões respiratórias
estáticas máximas (PImáx e PEmáx) por meio de um equipamento, denominado
manovacuômetro;
É um método não invasivo que pode ser utilizado em pacientes em ventilação
a
@fisioconcurseiroaprovado 30
Fisioterapia Respiratória
É ideal posicionar o paciente sentado e colocar o clipe nasal;
Para avaliar a PImáx: Solicitar que o paciente realize uma expiração total
(até atingir o volume residual) e, a seguir, uma inspiração forçada através do
bocal ou máscara do aparelho;
Para avaliar a PEmáx: O paciente deve realizar uma inspiração profunda até
a capacidade pulmonar total e, em seguida, uma expiração forçada através do
manovacuômetro.
Repetir o procedimento por três vezes para mensuração do maior valor.
isioconc
PImáx:
f
Mulheres: -0,46 x idade + 74,25
@
Homens: -1,24 x idade + 232,37
PEmáx:
Mulheres: -0,68 x idade + 119,35
ur
i
seiroapro
Resultado:
FRAQUEZA MUSCULAR: Pimáx: -40 a –75cmH2O
a
@fisioconcurseiroaprovado 31
Fisioterapia Respiratória
Realização do exame
Paciente sentado, com as fossas nasais ocluidas com um clipe nasal;
Pedir para o paciente inspirar profundamente e, em seguida, realizar uma expiração,
no aparelho, de forma mais rápida e forte possível (3 repetições);
O pico de fluxo expiratório máximo é mensurado em L/min;
Comparando os resultados, é selecionado o maior dos 3 e comparado ao índice normal
do Peak Flow (considera altura e sexo do paciente).
fisioconc
@
ur
i
Novell
seiroapro
Fonte: Adaptado de PACK Brasil Adulto: Kit de cuidados em Atenção primária - Ferramenta de manejo
a
va
Interpretação dos resultados
do Mari
Faixa de normalidade do pico de fluxo expiratório (PFE):
Homens: 500 - 700 litros/minuto;
Mulheres: 380 - 500 litros/minuto.
@fisioconcurseiroaprovado 32
Fisioterapia Respiratória
Oximetria de pulso
isioconc
oxigênio;
@f
Se o nível de oxigênio está baixo em ar ambiente, pode ser solicitado oxigênio
suplementar (extra), através da oxigenoterapia. O oxímetro pode ajudar a avaliar
quanto de oxigênio é preciso para manter uma boa funcionalidade;
ur
i
Novell
(pulso);
Esta técnica permite então a estimativa da saturação do oxigênio (SaO2) através da
an
análise da absorção da luz pela hemoglobina durante sua passagem pelo leito capilar.
va
do Mari
@fisioconcurseiroaprovado 33
Fisioterapia Respiratória
Gasometria Arterial
fisioconc
Parâmetros avaliados
@
PH: Potencial hidrogeniônico de uma solução. Ele é determinado pela concentração
de íons de hidrogênio (H+) e serve para medir o grau de acidez, neutralidade ou
alcalinidade de determinada solução;
ur
i
Novell
seiroapro
HCO3–: Bicarbonato. Substância tampão que mantém o pH sérico;
BE: “Base excess”. Excesso de base;
SatO2: Saturação do oxigênio no sangue.
a
O nosso corpo está em constante homeostase. Quando falamos dos distúrbios ácido-base
an
@fisioconcurseiroaprovado 34
Fisioterapia Respiratória
Como interpretar uma gaso?
Primeiro passo:
Devemos saber primeiramente os valores que são considerados normais. E o que significa
quando esses valores estão alterados. Segue o esquema abaixo:
Referência
Acidose PH Alcalose
< 7,35 (7,35 - 7,45) > 7,45
isioconc
Hipoxemia PaO2 Hiperoxemia
< 80
HCO3-
> 100
Alcalose metabólica
< 22 (22 - 26) > 26
ur
i
Novell
Segundo passo:
an
Devemos agora observar o PH, para analisar se ele está normal, diminuído ou aumentado.
Assim, se o PH estiver entre 7,35 e 7,45, está dentro da sua normalidade;
va
do Mari
Se estiver abaixo de 7,35 estamos diante de uma acidose, pois o sangue está mais
ácido, contendo uma maior quantidade de H+;
E se o PH estiver acima de 7,45, estamos diante de uma alcalose, pois o sangue está
mais básico, contendo uma menor quantidade de H+.
Terceiro passo:
Após identificar uma alteração no PH, devemos analisar se essa alteração foi causada por
um distúrbio respiratório (pulmão) ou metabólico (rim). Por isso, verificamos dois
parâmetros: O PaCO2 e o HCO3-:
PCO2: Quando existe uma alteração neste parâmetro, o distúrbio é de origem
respiratória.
1. PaCO2 : Se a PCO2 estiver maior que 45, o paciente está hipoventilando,
acumulando CO2 (hipercapnia), fazendo com que o PH reduza. Causando então uma
acidose respiratória;
2. PaCO2 : Se a PCO2 estiver menor que 35, o paciente está hiperventilando, ou seja,
eliminando muito CO2 (hipocapnia), fazendo com que o PH aumente, causando então
uma alcalose respiratória;
HCO3-: Alteração no bicarbonato, significa que o distúrbio é de origem metabólica:
@fisioconcurseiroaprovado 35
Fisioterapia Respiratória
1. HCO3- : Quando o BIC estiver maior que 26, o PH também aumenta, gerando uma
alcalose metabólica;
2. HCO3- : Quando o BIC estiver menor que 22, o PH também reduz, gerando uma
acidose metabólica.
PRESTE ATENÇÃO: Quando os dois parâmetros estão alterados, o distúrbio é misto.
isioconc
Alcalose respiratória Normal
Acidose metabólica
@f Normal
ur
i
Novell
Acidose mista
Quarto passo:
Identificar se está ocorrendo alguma compensação
an
O nosso corpo está em constante homeostase. Sempre que algo interfere nesse equilíbrio
va
é natural que haja algum tipo de compensação. Quando falamos dos distúrbios ácido-base
do Mari
estamos falando de uma homeostase de pulmão e rim. Quando o pH sanguíneo é alterado
pela descompensação de um é natural que o organismo use o outro para compensar.
Compensações feitas pelo pulmão tendem a ser rápidas, enquanto o rim pode levar até
dias para compensar o desequilíbrio;
Quando o PH está alterado devido uma alteração do PaCO2, porém o HCO3- está
alterado também tentando modificar o PH, temos um distúrbio respiratório, tentando ser
compensando pelos rins (pela parte metabólica). Exemplo:
PH = 7,21 (acidose) PaCO2= 74 (hipercapnia) HCO3- = 37 (tentativa de aumentar o PH -
compensação metabólica). Assim, temos uma acidose respiratória tentando ser
compensada por uma alcalose metabólica.
Quando o PH encontra-se normal, porém existe alteração dos parâmetros, quer dizer
que o distúrbio já foi compensado.
Mas o que
significa cada Vem comigo
distúrbio? e entenda!
@fisioconcurseiroaprovado 36
Fisioterapia Respiratória
Distúrbios Interpretação
fisioconc
Ocorre uma queda do HCO3 na gasometria e, consequentemente,
@
redução do pH (acidose).
Acidose metabólica
A resposta compensatória deve ser uma hiperventilação a fim de
reduzir o CO2, elevando o PH.
ur
i
Novell
seiroapro
elevação do pH (alcalose).
Alcalose metabólica
A resposta compensatória deve ser uma hipoventilação a fim de
reter o CO2 e reduzir o PH.
Resumindo...
a
Distúrbios Compensação
an
Acidose respiratória
(PH PaCO2 )
va HCO3- (afim de o PH)
do Mari
Alcalose respiratória
(PH PaCO2 )
HCO3- (afim de o PH)
Acidose metabólica
(PH HCO3- )
PaCO2 (afim de o PH)
Alcalose metabólica
(PH HCO3- )
PaCO2 (afim de o PH)
Nossa, agora eu
entendi
gasometria!
@fisioconcurseiroaprovado 37
Fisioterapia Respiratória
Exames complementares
Hemograma
fisioconc
@
O hemograma completo é o exame de sangue que avalia as células que
compõem o sangue, como os leucócitos (glóbulos brancos), as hemácias
ur
i
seiroapro
pode nos mostrar possíveis alterações, podendo indicar anemia, inflamações,
infecções, e doenças;
Além de identificar possíveis doenças, o hemograma é útil para acompanhar
doenças crônicas que podem cursar com anemia, como insuficiência renal, artrite
reumatoide, insuficiência cardíaca ou doenças pulmonares, por exemplo.
a
an
@fisioconcurseiroaprovado 38
Fisioterapia Respiratória
São fragmentos de células que são muito importantes, por
serem responsáveis pelo início do processo de coagulação. Seu
valor normal vai de 150.000 a 450.000/mm3.
Plaquetograma plaquetas = Trombocitose - Podem causar coágulos e
- Plaquetas trombos sanguíneos, com risco de trombose e embolia
pulmonar.
plaquetas = Plaquetopenia - Aumenta o risco de
sangramento (hemorragia).
Exames de imagem
fisioconc
Os exames de imagem servem para auxiliar no diagnóstico médico de
@
alterações respiratórias e doenças pulmonares, além de serem utilizados também
para acompanhamento de uma doença pré-existente;
Os principais exames de imagem são: Radiografia de tórax (raio-x) e tomografia
ur
i
Novell
Radiografia de tórax
seiroapro
A Radiografia é um dos exames complementares mais utilizado, por ser simples,
rápida, e de baixo custo. Costuma ser o exame complementar de escolha para a avaliação
inicial e monitoramento de:
a
Radiotransparente
Radiopaco
@fisioconcurseiroaprovado 39
Fisioterapia Respiratória
Principais alterações:
Opacidade homogênea,
causando redução da
transparência pulmonar;
Derrame Pleural
Apagamento (obliteração) do
seio costofrênico;
Sinal de parábola.
Áreas de hipotransparência
(opacidades), classicamente
chamadas de condensação
Pneumonia (PAC)
isioconc
pulmonar, ou consolidação;
f
Infiltrado intersticiais;
@
Broncograma aéreo.
Hipertransparência, associada
ur
i
principalmente na periferia,
seiroapro
indicando que o espaço pleural
está preenchido por ar;
Em casos graves, pode ter
desvio de traqueia para o lado
Pneumotórax
contralateral à lesão;
Pneumotórax hipertensivo:
aumento dos espaços
a
intercostais, desvio
an
contralateral do mediastino e
rebaixamento
va da cúpula
do Mari
diafragmática ipsilateral.
@fisioconcurseiroaprovado 40
Fisioterapia Respiratória
Presença de cavitações;
Alargamento mediastinal e
aumento dos hilos pulmonares;
Infiltrado retículo-nodular
Tuberculose
difuso;
Consolidações e áreas de
escavação;
Padrão miliar.
isioconc
Sinais radiológicos mais encontrados
Sinal do
broncograma @f
Opacidades alveolares, associadas a brônquios fisiológicos pérvios,
com conteúdo aéreo. Geralmente é associado com uma
consolidação.
aéreo
ur
i
seiroapro
Há uma formação de um S invertido, uma porção côncava e uma
convexa. Comumente, é associado com uma atelectasia.
Normalmente, vemos esse padrão em tumores do lobo superior do
Sinal do S de
pulmão. O sinal demonstra uma massa peri-hilar comprimindo
Golden
brônquios do lobo superior, formando a porção côncava da opacidade
(aspecto de S invertido) e a porção convexa representa a atelectasia
pós-obstrutiva entrando em colapso.
a
an
@fisioconcurseiroaprovado 41
Fisioterapia Respiratória
Tomografia computadorizada de tórax
Tomografia de tórax ou TC de tórax é um exame de diagnóstico por imagem, como um
raio-x, porém com múltiplos detectores para melhor visualizar a parte interna do corpo.
Avalia órgãos internos, ossos, partes moles e vasos, com detalhamento muito maior que
um raio-x tradicional;
A tomo de tórax pode demonstrar as seguintes doenças pulmonares:
Tumores de pulmão;
Pneumonia;
Tuberculose;
Bronquiectasias e fibrose cística;
Inflamações e doenças da pleura;
isioconc
Doenças pulmonares intersticiais e fibrose pulmonar;
f
Alterações congênitas (de nascimento).
@
Entre outras.
A angiotomografia do tórax (AngioTC do tórax) é feita com o uso do contraste iodado
para avaliar os vasos (artérias ou veias), sendo indicada nas seguintes situações:
ur
i
@fisioconcurseiroaprovado 42
Fisioterapia Respiratória
Teste de caminhada de 6 minutos (TC6)
isioconc
SpO2 são aferidos antes e depois do teste. A altura, peso corporal e calculo do
@f
Índice de Massa Corpórea (IMC), deverá ser comparado com os valores de
referência por idade. Esses itens deverão ser anotados em uma ficha do TC6;
É utilizado um cronômetro durante o teste;
ur
i
Novell
Fal
tam
min só 2
uto
s
30m
@fisioconcurseiroaprovado 43
Fisioterapia Respiratória
Timed up and go (TUG)
isioconc
segundos, o qual parece ser um melhor preditivo na população Brasileira;
@f
Os Guidelines do National Institute of Clinical Evidence (RAWLINS, CULYER,
2004) indica a avaliação em 4 categorias:
1. Até 10 segundos – Desempenho normal para adultos saudáveis. Baixo risco
ur
i
de quedas;
Novell
va
do Mari
@fisioconcurseiroaprovado 44
Fisioterapia Respiratória
Pontuação:
> 16 segundos para pacientes com Doença de Parkinson;
> 12 segundos para pacientes com AVC;
> 10 segundos para pacientes jovens com distúrbios vestibulares;
> 15 segundos para pacientes idosos com distúrbios vestibulares.
Dados normativos para idosos:
Entre 60 - 69 anos: tempo de 11,4 segundos;
Entre 70 - 79 anos: tempo de 12,6 segundos;
Entre 80 - 89 anos: tempo de 14,8 segundos.
isioconc
Medical Research Council (MRC)
@f
O MRC é um instrumento efetivo na avaliação de força muscular periférica em
pacientes críticos;
ur
i
Novell
seiroapro
muscular normal);
A medida é realizada através da avaliação bilateral de 3 movimentos de
membros superiores (abdução de ombro, flexão de cotovelo e extensão de punho)
e 3 movimentos de membros inferiores (flexão de quadril, extensão de joelho e
dorsiflexão de tornozelo), sendo o escore total de 0 a 60 pontos;
O escore do MRC pode sugerir a presença de fraqueza muscular quando o
a
va
do Mari
Escore do Medical Research Council (MRC)
@fisioconcurseiroaprovado 45
Fisioterapia Respiratória
Escala de Mobilidade de UTI (EMU) ou ICU Mobility Scale (IMS)
fisioconc
@
ur
i
Novell
seiroapro
a
an
va
do Mari
Anotações
@fisioconcurseiroaprovado 46
Fisioterapia Respiratória
Escala de Estado Funcional em UTI
(FSS-ICU - Functional Status Score for the ICU)
isioconc
Caminhar.
f
Cada uma das tarefas é avaliada com uso de uma escala ordinal de 8 pontos que
@
varia de zero (totalmente incapaz de realizar) até 7 (independência completa), com
escore máximo 35, onde quanto mais elevado, maior integridade física e
independência.
ur
i
Novell
seiroapro
a
an
va
do Mari
No
qu ssa, l
er eg
sob ia en al! M
t
sis re as ende as eu
tem d r
a r oenç agora
esp a
ira s do
tór
io..
.
Então vem comigo!
@fisioconcurseiroaprovado 47
Fisioterapia Respiratória
Fisiopatologia aplicada a pneumologia
no adulto
isioconc
As doenças pulmonares são divididas em obstrutivas e restritivas baseadas no
f
padrão de espirometria e de sintomatologia.
@
Obstrutivas Restritivas
ur
i
Novell
@fisioconcurseiroaprovado 48
Fisioterapia Respiratória
1. Doenças da pleura
Derrame Pleural
isioconc
redução da expansão pulmonar no lado afetado, ausência de murmúrio vesicular
f
e macicez à percussão;
@
O diagnóstico é realizado por meio de radiografia.
ur
i
Insuficiência cardíaca;
Pneumonia;
seiroapro
Exsudatos: Rico em proteínas, debris
celular e leucócitos. Ocorrem em
neoplasias e infecções;
Neoplasias (principalmente em idosos); Transudatos: Pobre em proteínas. É
Tuberculose (geralmente é unilateral e uma complicação da insuficiência
em indivíduo jovem). cardíaca grave e outros estados
a
congestivos.
an
va
Tipos do Mari Quadro clínico
A tríade clássica do derrame pleural é
Empiema (piotórax): Presença de pús composta por:
Hemotórax: Presença de sangue Tosse seca;
Quilotorax: Presença de linfa Dor torácica e
Dispneia
Exame físico
Inspeção: Abaulamentos, desvio contralateral do mediastino e alargamento dos
espaços intercostais;
Palpação: Redução do frêmito torácico-vocal;
Percussão: Macicez;
Ausculta pulmonar: Murmúrio vesicular se encontra reduzido à ausculta. Pode haver
sopro pleurítico.
@fisioconcurseiroaprovado 49
Fisioterapia Respiratória
Diagnóstico
É baseado em exames de imagem, a fim de caracterizar a extensão do derrame pleural, e
também na determinação da causa que pode ser feita através da toracocentese.
Na radiografia de tórax, é observado uma opacidade do hemitórax acometido e o sinal do
menisco. A tomografia computadorizada pode ser útil em alguns casos.
Para a determinação da causa do derrame pleural, é fundamental verificar se trata-se de
um exsudato ou transudato.
Tratamento
O tratamento vai depender da causa base (procurar o que causou o derrame pleural);
isioconc
O exame de escolha para retirada do líquido é a Toracocentese de alívio (também
f
pode ser diagnóstica);
@
Medicações para aliviar a dor também podem ser administradas, além de fisioterapia
respiratória e posicionamento.
ur
i
Novell
seiroapro
a
an
Pneumotórax
va
do Mari
O pneumotórax é definido como a presença de ar no espaço pleural;
O ar pode entrar nesse espaço devido a uma lesão pulmonar que causa uma
ruptura na pleura visceral, levando à saída de ar para a cavidade pleural. Também
pode ocorrer por meio de uma ruptura na parede torácica, seja por trauma ou por
outros motivos, sendo chamado de pneumotórax aberto;
Classificação Ar no espaço
pleural
@fisioconcurseiroaprovado 50
Fisioterapia Respiratória
O tabagismo aumenta muito os riscos de aparecimento de pneumotórax
espontâneo primário.
Quadro clínico
Os achados clínicos do pneumotórax espontâneo costumam se iniciar de maneira súbita e
com o paciente em repouso:
Dor torácica: De forte intensidade, localizada no hemitórax acometido e do tipo
pleurítica, portanto, piora à inspiração e tosse.
Dispneia: De variada intensidade, de acordo com o tamanho do pneumotórax, com a
velocidade do acúmulo do ar, com o grau de colapso pulmonar e com a reserva
cardiopulmonar do paciente.
No pneumotórax secundário, os sintomas costumam ser mais intensos. A maioria
isioconc
apresenta :
Dispneia;
Pode apresentar cianose e
Hipotensão @f
ur
Os principais sinais e sintomas de pneumotórax hipertensivo incluem:
i
Novell
seiroapro
120bpm, extremidades frias com tempo de reenchimento capilar prolongado,
turgência venosa jugular, e hipotensão.
va Exame físico
do Mari
Pneumotórax espontâneo primário:
Diminuição ou abolição do murmúrio vesicular e do frêmito tóraco-vocal.
Expansibilidade torácica diminuída no hemitórax acometido, com timpanismo à
percussão.
Nos casos de pneumotórax secundário o exame físico perde parte de sua utilidade pois os
achados já estão usualmente presentes, sendo difícil estabelecer uma suspeita clínica
com base nos mesmos.
Diagnóstico Tratamento
O diagnóstico é baseado na história e
exame físico, e confirmado com a O tratamento do pneumotórax é muito
utilização de métodos de imagem. variado e depende de vários fatores.
A radiografia do tórax mostra a presença Podem ser tomadas condutas desde
de faixa de ar entre a parede torácica e/ou tratamentos mais conservadores, como a
diafragma e a pleura visceral. A observação domiciliar, uso de medicação
tomografia computadorizada de tórax para dor e conforto, até a toracotomia
pode ser útil em situações clínicas com ressecção pulmonar e pleurectomia.
especiais.
@fisioconcurseiroaprovado 51
Fisioterapia Respiratória
2. Doenças do Parênquima Pulmonar
Sarcoidose
isioconc
O diagnóstico da sarcoidose é feito por exclusão, após descartar outras causas
@f
de doença granulomatosa. A decisão de iniciar o tratamento com corticosteroide
depende dos sintomas, comprometimento funcional, envolvimento de órgãos
importantes e progressão da doença.
ur
i
Novell
Quadro clínico
seiroapro
Os sintomas podem variar dependendo do perfil genético do paciente, sua etnia e a
gravidade da doença. Alguns pacientes apresentam uma síndrome clínica característica
chamada síndrome de Löfgren, que inclui:
Adenopatias hilares bilaterais;
Eritema nodoso;
Febre e
a
Artralgia.
an
Complicações
Em muitos casos, a doença aparece por um breve período e desaparece, porém, em
algumas pessoas, ela pode ser crônica, podendo gerar consequências graves:
Pulmões: Se não tratada pode gerar cicatrizes permanentes (fibrose pulmonar),
dificultando a respiração, podendo também provocar hipertensão pulmonar;
Olhos: A inflamação pode afetar praticamente qualquer parte do olho e pode causar
danos à retina, podendo também, eventualmente, causar cegueira;
Rins: Pode levar ao surgimento de pedras nos rins e deteriorar a função renal;
Coração: A sarcoidose cardíaca resulta em granulomas no coração que podem
interromper o ritmo cardíaco, fluxo sanguíneo e função cardiovascular normal. Em
casos raros, a doença pode ser fatal;
Sistema nervoso: A possível inflamação nos nervos faciais, por exemplo, pode
causar paralisia facial, entre outros problemas.
@fisioconcurseiroaprovado 52
Fisioterapia Respiratória
Tratamento
Não existe cura definitiva para a sarcoidose;
O prognóstico da doença é bastante variável. Muitos casos são leves e desaparecem
naturalmente. Para algumas pessoas, a doença piora lentamente com o tempo,
causando danos irreversíveis nos órgãos;
É muito importante que o diagnóstico seja feito rápido, para instituir um tratamento
adequado com o objetivo de retardar ou evitar a progressão da doença;
No tratamento pode ser utilizado medicações a depender do quadro clínico do
paciente, reabilitação pulmonar e fisioterapia.
3. Doenças Infecciosas
fisioconc
@ Pneumonia
ur
i
pulmonar ao nível das vias aéreas inferiores, causado pela invasão de agentes
microbiológicos nos espaços aéreos;
Pode ser classificada de acordo com o local de surgimento:
seiroapro
Pneumonia adquirida na comunidade (PAC) – O indivíduo é acometido fora
do ambiente hospitalar ou com surgimento do quadro nas primeiras 48 horas
de admissão;
a
Fisiopatologia
A infecção do parênquima pulmonar por bactérias ou vírus podem ser transmitidos
de pessoa para pessoa, através de gotículas ou por outros mecanismos como a
microaspiração, disseminação hematogênica de foco infeccioso ou macroaspiração;
Quando os pulmões são expostos a microrganismos que conseguem alcançar o trato
respiratório inferior, o próprio organismo ativa mecanismos imunológicos para
expulsar esses patógenos. O desenvolvimento da pneumonia acontece quando há o
desenvolvimento e a colonização desses microrganismos nas vias aéreas inferiores, a
nível alveolar, ativando os mecanismos de defesa do hospedeiro, que levam a uma
inflamação e ao consequente dano do parênquima pulmonar.
@fisioconcurseiroaprovado 53
Fisioterapia Respiratória
Quadro clínico
As manifestações típicas são o aparecimento agudo ou subagudo de:
Febre;
Taquicardia;
Calafrios e/ou sudorese;
Tosse, que pode ser seca ou produtiva com escarro variável;
Dor torácica e
Dispneia.
Alguns pacientes podem apresentar sintomas gastrointestinais, como náuseas,
vômitos e diarreia. Pode ocorrer também, fadiga, cefaleia, mialgias e artralgias.
Exame físico
fisioconc Diagnóstico
@
Uso de musculatura acessória;
O diagnóstico é clinico e embasado em
uma tríade composta por: anamnese,
ur
Aumento da frequência respiratória
i
(taquipneia);
sugestivo, onde geralmente utiliza-se a
Frêmito toracovocal aumentado;
Macicez ou submacicez durante a
percussão do tórax;
seiroapro
radiografia de tórax.
Os pacientes apresentam infiltrados
intersticiais, e sinais de consolidação
Ausculta: Presença de estertores,
lobar (opacidades).
sopros brônquicos e, ás vezes, atrito
Exames de sangue também podem
pleural.
auxiliar.
a
an
va Tratamento
do Mari
Sem conhecimento da etiologia da pneumonia antes do tratamento, o esquema
terapêutico inicial é empírico para cobrir os patógenos mais prováveis;
Dependendo do quadro do paciente e gravidade, pode ser necessário uso de
oxigenoterapia, ventilação mecânica (nos casos que evolui para insuficiência
respiratória), aspiração de vias aéreas e fisioterapia respiratória.
Tuberculose
@fisioconcurseiroaprovado 54
Fisioterapia Respiratória
Transmissão
A transmissão da tuberculose acontece por via respiratória, pela eliminação de
aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com tuberculose ativa
(pulmonar ou laríngea), sem tratamento e a inalação de aerossóis por um indivíduo
suscetível;
Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente, e em
geral, após 15 dias, o risco de transmissão da doença é bastante reduzido.
isioconc
Tosse (3 semanas ou podem ser utilizados os seguintes exames:
f
mais); Teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB)
@
Febre vespertina; ou baciloscopia;
Sudorese noturna; Cultura;
Emagrecimento; Teste de Sensibilidade aos fármacos.
ur
i
Tratamento
a
4. Doenças Obstrutivas
@fisioconcurseiroaprovado 55
Fisioterapia Respiratória
Obs.: Essa definição da GOLD contém duas diferenças de DPOC e asma:
1. Obstrução persistente do fluxo aéreo (na asma a obstrução é variável);
2. Anormalidades alveolares (na asma as alterações tendem a se restringir a via
aérea).
isioconc
e exterior, porém, outros fatores ambientais e do próprio paciente também podem
contribuir;
@f
O fator de risco genético mais relevante para a DPOC é a deficiência de α1-
antitripsina, porém, existem outras variantes genéticas que associadas à redução da
ur
i
Quadro clínico
Pacientes com DPOC podem apresentar:
seiroapro
Dispneia;
Sibilos (chiado no peito);
Aperto no peito;
a
Fadiga;
Limitação de atividades e
an
Fisiopatologia
A exposição inalatória crônica provoca uma resposta inflamatória nas vias
respiratórias e nos alvéolos, causando estreitamento e obstrução das vias
respiratórias, além de hipersecreção de muco, espasmo brônquico, fibrose
peribrônquica e destruição das pequenas vias respiratórias. A maior resistência das
vias respiratórias aumenta o trabalho respiratório. A força expiratória depende, em
grande parte, da elasticidade pulmonar, que está diminuída na DPOC. Trata-se do
fenômeno do aprisionamento de ar (hiperinsuflação), que promove um aumento do
volume residual, da capacidade residual funcional e da capacidade pulmonar total. Este
aprisionamento ocorre por causa da degradação da elastina alveolar por proteases. A
elastina é um componente responsável por resistir à insuflação, auxiliando o esforço
expiratório. Os espaços alveolares dilatados às vezes se fundem em bolhas, definidas
como espaços aéreos ≥ 1 cm de diâmetro. As bolhas podem estar totalmente vazias ou
ter filamentos de tecido pulmonar que as atravessam em áreas de enfisema localmente
e, ocasionalmente, ocupam todo o hemitórax.
@fisioconcurseiroaprovado 56
Fisioterapia Respiratória
Diagnóstico
A presença de limitação do fluxo aéreo não totalmente reversível (VEF1/CVF < 0,7
pós-broncodilatação) medida por espirometria confirma o diagnóstico de DPOC;
Alguns indivíduos podem apresentar lesões pulmonares estruturais (Enfisema) e/ou
isioconc
anormalidades fisiológicas (incluindo VEF1 baixo-normal, aprisionamento de gases,
@f
hiperinsuflação, capacidade de difusão pulmonar reduzida e/ou declínio rápido do
VEF1) sem obstrução do fluxo aéreo (VEF1/CVF ≥ 0,7 após broncodilatação). Esses
indivíduos são classificados como ‘Pré-DPOC’, correndo o risco de desenvolverem
ur
i
Classificação seiroapro
De acordo com GOLD 2023, podemos classificar a DPOC da seguinte forma:
Alto risco
≥ 2 exacerbações moderadas ou ≥ 1 hospitalização E
no último ano
Baixo risco
0 ou 1 exacerbação moderada, sem internação A B
hospitalar no último ano
@fisioconcurseiroaprovado 57
Fisioterapia Respiratória
Fenótipos
Enfisematoso Bronquítico
fisioconc
@
ur
i
seiroapro
Tratamento
No manejo da DPOC deve-se aliviar os sintomas, prevenir ou retardar a evolução
da doença, e tratar exacerbações e as eventuais complicações.
a
Para de fumar;
Uso de broncodilatadores;
va
do Mari
VNI (Ventilação não invasiva);
Fisioterapia.
Asma
@fisioconcurseiroaprovado 58
Fisioterapia Respiratória
Fisiopatologia
A principal característica fisiopatogênica da asma é a inflamação brônquica,
resultante de um amplo e complexo espectro de interações entre células inflamatórias,
mediadores e células estruturais das vias aéreas;
A resposta inflamatória alérgica é iniciada pela interação de alérgenos ambientais
com algumas células que têm como função apresentá-los ao sistema imunológico,
produzindo então citocinas responsáveis pelo início e manutenção do processo
inflamatório;
Vários mediadores inflamatórios são liberados, e através deles, as células causam
lesões e alterações na integridade epitelial, anormalidades no controle neural
autonômico e no tônus da via aérea, alterações na permeabilidade vascular,
hipersecreção de muco, mudanças na função mucociliar e aumento da reatividade do
isioconc
músculo liso da via aérea;
@f
ur
i
Novell
seiroapro
a
an
Quadro clínico
va
Os principais sintomas apresentados são:
Dispneia;
Tosse;
do Mari
Sibilância e
Aperto no peito.
Diagnóstico
O diagnóstico da asma é fundamentado pela presença de sintomas característicos,
sendo confirmada pela demonstração de limitação variável ao fluxo de ar, sendo a
espirometria o método de escolha;
São indicativos de asma: Obstrução das vias aéreas caracterizada por redução do
volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1 ) para abaixo de 80% do
previsto e da sua relação com a capacidade vital forçada para abaixo de 75% em adultos
e de 86% em crianças; obstrução ao fluxo aéreo, que desaparece ou melhora
significativamente após o uso de broncodilatador (aumento do VEF1 de 7% em relação
ao valor previsto e de 200 mL em valor absoluto, após inalação de beta-2 agonista de
curta duração); aumentos no VEF1 superiores a 20% e excedendo a 250 ml de modo
espontâneo no decorrer do tempo ou após intervenção com medicação controladora.
@fisioconcurseiroaprovado 59
Fisioterapia Respiratória
Classificação da gravidade
fisioconc
@
ur
i
Novell
seiroapro
Fonte: IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma, J Bras Pneumol. 2006;32(Supl 7):S 447-S 474
a
Tratamento
an
va
O objetivo do tratamento da asma é melhorar a qualidade de vida, obtida pelo
do Mari
controle dos sintomas, prevenção das exacerbações e melhora ou estabilização da
função pulmonar;
O tratamento deve incluir, medidas não farmacológicas (educativas, controle de
fatores desencadeantes/agravantes), e farmacoterapia, conforme indicado para cada
grupo de gravidade;
A base do tratamento medicamentoso da asma persistente é o uso continuado de
corticosteroides inalatórios associado a medicamentos de alívio com efeito
broncodilatador;
A fisioterapia também faz parte do tratamento, através de exercícios respiratórios,
fortalecimento respiratório e melhora da condicionamento físico.
@fisioconcurseiroaprovado 60
Fisioterapia Respiratória
5. Doenças Supurativas
Bronquiectasia
fisioconc
vias brônquicas maiores não obstruídas, o que acaba levando à sua dilatação;
@
A persistência do processo inflamatório, somada à reparação e fibrose,
acabam tornando definitivas as dilatações, levando a manifestações clínicas,
como:
ur
i
Novell
Tosse;
seiroapro
Expectoração purulenta e
Hemoptises.
Esses sintomas refletem a facilidade de retenção de secreções nas vias
brônquicas dilatadas e a ocorrência de infecções secundárias, além do surgimento
de uma circulação intensa nas paredes dos brônquios dilatados.
a
Etiologias
an
va
Adquiridas: Pós infecciosas (sendo pós tuberculose, muito comum no Brasil),
do Mari
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), imunodeficiências secundárias,
doenças sistêmicas, pneumonite inflamatória e processos obstrutivos;
Congênitas: Fibrose cística, deficiência de alfa 1– antitripsina, discinesia ciliar
primária, síndrome de Young, defeitos anatômicos da árvore brônquica e sequestro
pulmonar;
Idiopáticas: Todas aquelas causas que não se enquadram perfeitamente nem na
adquirida nem na congênita.
baqueteamento
Quadro clínico
O quadro clínico é caracterizado pela presença de sintomas respiratórios
persistentes, como tosse e expectoração purulenta, que geralmente iniciam na
infância ou juventude, podendo perdurar por muitos anos;
Em alguns casos, pode haver o surgimento de hipocratismo digital/baqueteamento
digital (alargamento e curvatura anormal das pontas dos dedos);
Pneumonias de repetição são frequentes em pacientes com bronquiectasias;
Também é comum apresentar dispneia, rinossinusite, hemoptise e pleurisia
recorrente.
@fisioconcurseiroaprovado 61
Fisioterapia Respiratória
Diagnóstico
O diagnóstico se dá através da análise do quadro clínico do paciente e exames de
imagem;
Na ausculta pulmonar podemos observar estertores, roncos ou sibilos, devido ao
estreitamento da passagem de ar, seja pelo muco, ou pela fibrose;
A tomografia computadorizada (TC) consegue demonstrar a presença de pequenas
dilatações, com aumento da secção transversa de brônquios com paredes espessadas.
Tratamento
Quando a doença é difusa, o tratamento é conservador, feito por meio da
isioconc
administração de antibióticos e da realização de exercícios fisioterapêuticos. Além
@f
dos antibióticos, existem outros fármacos que podem ser utilizados, como os
mucolíticos e os broncodilatadores.
ur
i
Novell
tecido pulmonar
traqueia via aérea
pequena seiroapro
Via aérea saudável
pulmão
direito
a
an
muco
Bronquiectasia
va
do Mari
via aérea
dilatada
6. Doenças Vasculares
Edema Pulmonar
@fisioconcurseiroaprovado 62
Fisioterapia Respiratória
Tipos
Existem dois tipos diferentes de edema pulmonar:
Edema pulmonar cardiogênico (também denominado hidrostático ou
hemodinâmico): Quando a pressão capilar pulmonar excede a pressão padrão
normal, aumentando a filtração transcapilar, de modo a ocorrer normalmente em
casos em que há má aderência e uso incorreto de medicação, elevada ingestão
hídrica, síndromes coronarianas agudas, miocardites agudas, emergências
hipertensivas, taquiarritimias e miocardiopatias crônicas (como as isquêmicas,
hipertensivas ou valvares);
Edema pulmonar não cardiogênico: Costumam ocorrer alterações na
permeabilidade alveolocapilar, permitindo rápido extravasamento de líquido para o
alvéolo e para o interstício, acontecendo em situações que envolvam: liberação de
isioconc
endotoxinas pela membrana externa de bactérias Gram negativa, embolia pulmonar,
@f
síndrome do desconforto respiratório agudo, anafilaxia, acidente ofídico,
manipulação das vias aéreas por pressão negativa, edema agudo neurogênico, pré-
expansão pós-pneumotórax, exposição a altas altitudes e infecções virais.
ur
i
Novell
Quadro clínico
Os pacientes podem apresentar os seguintes sintomas:
Dispneia (ortopneia e dispneia paroxística noturna);
seiroapro
Tosse seca ou produtiva (expectoração espumosa e às vezes sanguinolenta);
Cianose;
Má perfusão periférica;
a
Hipoxemia;
an
Diagnóstico
O diagnóstico do EAP é clínico, e a etiologia deve ser investigada através de exames
complementares;
Gasometria arterial - Importante para quantificar a hipoxemia e a hipercapnia;
Radiografia de tórax - Pode mostrar aumento das câmaras cardíacas, sinais de
congestão pulmonar ou de processos infecciosos. Pode aparecer o sinal de “asa de
borboleta”;
Eletrocardiograma (ECG) - Pode ser útil na definição da etiologia, principalmente
no diagnóstico de arritmias;
Ecocardiograma - Muito útil na determinação da etiologia, especialmente na
avaliação de cardiopatias valvares e congênitas;
BNP (peptídeo natriurético cerebral) é um exame que ajuda a diferenciação entre
a dispneia de origem cardiogênica e não cardiogênica.
@fisioconcurseiroaprovado 63
Fisioterapia Respiratória
Tratamento
É importante estar ciente de que o paciente com EAP precisa ter suas vias aéreas
avaliadas e ser monitorado com frequência. O tratamento é basicamente
medicamentoso e conta com a suplementação de oxigênio para corrigir a hipoxemia;
A ventilação não invasiva (VNI) é um dos pilares no tratamento do EAP, pois
aumenta a pressão positiva. A VNI evita em grande parte das vezes a intubação. Porém,
se o paciente não tolerar ou não houver melhora do quadro, não deve se postergar uma
intubação;
A terapia diurética imediata (como a furosemida) também faz parte do tratamento;
É indicado também a terapia vasodilatadora precoce.
fisioconc
Tromboembolismo pulmonar (TEP)
@
O tromboembolismo pulmonar (TEP), também chamado de embolia
ur
i
Novell
seiroapro
pode ser causada por qualquer partícula, seja ela líquida, sólida ou gasosa (trombo,
tumor, ar ou gordura), originada em outra parte do corpo;
O TEP costuma ser uma complicação aguda da Trombose Venosa Profunda
(TVP) ou um dos espectros do Tromboembolismo Venoso (TEV), onde trombos
originados em veias profundas de membros inferiores se deslocam pela veia cava,
indo em direção ao coração (primeiro pelo átrio direito e depois ventrículo direito),
a
va Fatores de risco
do Mari
Os fatores de risco do TEP podem ser Hereditários ou Adquiridos. E todos esses
fatores servem tanto para TEP quanto para TVP e estão intimamente ligados com a
fisiopatologia da doença: formação de trombos. As situações que propiciam a formação
desses trombos já foram descritas há anos e compõem a Tríade de Virchow:
Estase sanguínea (diminuição do fluxo sanguíneo): O sangue não está circulando
como deveria, podendo levar a formação de coágulos;
Hipercoagulabilidade (modificação da coagulação): O sangue pode ficar mais
propenso a coagular, devido a alterações na cascata da coagulação;
Lesão Endotelial (lesão na parede dos vasos sanguíneos): Essas lesões podem
facilitar a formação de coágulos, principalmente se houver estase sanguínea e
alterações na coagulação.
Ou seja, para pensar nos fatores de risco é só pensar em doenças, acometimentos e
condições que gerem algum de um dos três pontos da Tríade de Virchow;
Os principais fatores de risco para o tromboembolismo venoso são:
Trauma não cirúrgico e cirúrgico;
Idade maior que 40 anos;
Tromboembolismo venoso prévio;
Imobilização;
@fisioconcurseiroaprovado 64
Fisioterapia Respiratória
Fatores de risco
Doença maligna;
Insuficiência cardíaca;
Infarto do miocárdio;
Paralisia de membros inferiores;
Veias varicosas;
Parto;
Doença pulmonar obstrutiva crônica;
Obesidade;
Tabagismo;
Gestação, uso de anticoncepcional oral e terapia de reposição hormonal;
Trombofilias.
fisioconc
Quadro clínico
@
O quadro clínico é inespecífico, variando muito a gravidade do caso. Geralmente
ocorre um evento súbito, sendo a dispneia o principal sintoma e a taquipneia o
ur
i
principal sinal.
Novell
Alguns dos sintomas e sinais que o paciente com TEP pode apresentar são:
Dispneia (em repouso);
Dor pleurítica;
Dor na perna;
seiroapro
Edema assimétrico de MMII;
Tosse seca;
Dor torácica;
a
Ortopneia;
an
Taquipneia;
Taquicardia;
Tontura;
va
Dor abdominal; do Mari
Estertores na ausculta pulmonar;
Febre;
Hemoptise;
Sudorese;
Alteração no nível de consciência;
Turgência jugular;
Choque obstrutivo.
@fisioconcurseiroaprovado 65
Fisioterapia Respiratória
Diagnóstico
O diagnóstico é feito através da observação dos sinais e sintomas caraterísticos da
doença e dos fatores de riscos associados, além da determinação da probabilidade
clínica pré-teste do paciente realmente ter tromboembolismo pulmonar, através do
escore de Wells:
fisioconc
@
ur
i
Novell
seiroapro
Ao calcular a probabilidade, o paciente será classificado em baixo, moderado ou alto
risco. Essa classificação guia a conduta diagnóstica:
Os casos de baixa probabilidade de TEP segundo o Escore de Wells devem ser
rastreados através de D-dímero (produto de degradação da fibrina). Já os pacientes
a
com alta probabilidade de TEP o D-dímero não irá excluir a suspeita independente
do seu resultado. Resultados positivos corroboram a suspeita. Deve ser utilizado
an
@fisioconcurseiroaprovado 66
Fisioterapia Respiratória
Tratamento
O paciente com suspeita de TEP sempre deve ser mantido em sala de emergência,
monitorado e supervisionado, sendo assegurado, suporte hemodinâmico e
respiratório, conforme a clínica do paciente:
SUPORTE HEMODINÂMICO: Como o TEP pode causar disfunção de ventrículo
direito, causando diminuição do débito cardíaco, deve-se ficar atento com a
hipotensão. As medidas que devem ser tomadas são: reposição de cristalóide, droga
vasoativa (norepinefrina e dobutamina) e, em pacientes refratários a essas medidas
pode ser utilizado ECMO;
SUPORTE RESPIRATÓRIO: Oxigenoterapia se a saturação for menor que 90%.
ANTICOAGULAÇÃO: Anticoagulação plena, sendo as duas opções mais usadas:
1. Heparina de baixo peso molecular e
isioconc
2. Heparina não fracionada.
@f
Fisioterapia motora não é indicada na fase inicial da doença, pois nesse momento o
paciente deve-se manter em repouso no leito. Assim, podemos realizar fisioterapia
respiratória e gerenciar o uso da oxigenoterapia ou quando o paciente está intubado,
ur
gerenciar os parâmetros do ventilador mecânico.
i
Novell
seiroapro
Hipertensão Arterial Pulmonar
A hipertensão arterial pulmonar (HAP) é uma condição clínica que cursa com
a
Quadro clínico
Os sintomas são inespecíficos, mas em geral, o paciente se queixa de:
Dispneia progressiva;
Fadiga crônica, cursando com pré-síncope ou síncope;
Letargia;
Palpitações;
Dor torácica ao esforço, podendo ser pela dilatação do tronco da artéria pulmonar
ou até mesmo isquemia do ventrículo direito;
Tosse, rouquidão e hemoptise podem estar presentes, por compressão do ramo
esquerdo do nervo laríngeo.
@fisioconcurseiroaprovado 67
Fisioterapia Respiratória
Exame físico
No exame físico, podemos encontrar:
Hiperfonese de segunda bulha no foco pulmonar;
Sopro sistólico ou diastólico (indicando insuficiência pulmonar);
Terceira e quarta bulha podem estar presentes;
Edema de membros inferiores (MMII) e
Cianose de extremidades.
Esses achados podem estar obscurecidos pela doença de base, como no caso da
DPOC, em que o diâmetro anteroposterior do tórax está aumentado.
isioconc
Diagnóstico
@f
O diagnostico se dá por suspeita clínica, com base no quadro clínico, onde
analisamos a dispneia aos esforços associada a síncope. Além disso, é realizado uma
uma investigação, podendo incluir os seguintes exames: radiografia de tórax;
ur
i
Tratamento
an
7. Insuficiência Respiratória
Insuficiência Respiratória
@fisioconcurseiroaprovado 68
Fisioterapia Respiratória
A insuficiência respiratória aguda (IRA) é a dificuldade do sistema respiratório
de conservar a oxigenação e ventilação, levando a uma falha do suprimento das
demandas metabólicas do organismo. Ela é classificada pela gasometria arterial
em dois tipos:
Tipo I –hipoxêmica, PaO2 baixa com PaCO2 normal ou
Tipo II –hipercápnica, PaO2 baixa com PaCO2 elevada.
Quadro clínico
As manifestações clínicas da insuficiência respiratória podem variar em
intensidade, porém, os sintomas mais apresentados por esses pacientes são:
isioconc
Dispneia;
Taquipneia;
Taquicardia; @f
Desconforto respiratório, com uso de musculatura acessória;
ur
Sudorese;
i
Novell
Agitação e ansiedade;
seiroapro
Cianose;
Alterações no nível de consciência.
Quando o paciente está com hipercapnia pode apresentar sonolência progressiva e
desorientação.
a
Diagnóstico
an
Tratamento
A finalidade do tratamento é dar o suporte respiratório que o paciente necessita,
assim como tratar as causas como inflamação ou infecções;
Os tratamento que podem ser realizados nesses casos são:
Oxigenoterapia: É administrado oxigênio suplementar se acaso a SpO2 estiver
abaixo do valor considerado normal;
VNI (ventilação não invasiva): Para melhorar o desconforto respiratório e corrigir a
hipercapnia;
Ventilação mecânica: Se o paciente mesmo após o uso da VNI e oxigenoterapia
manter quadro de desconforto, é necessário prosseguir com a intubação
orotraqueal e conectar o paciente no ventilador mecânico invasivo;
Fisioterapia respiratória;
@fisioconcurseiroaprovado 69
Fisioterapia Respiratória
Medicamentos a critério médico;
Traqueotomia: É um orifício que se faz na traqueia quando a insuficiência
respiratória é muito grave. Por este orifício será fornecido o oxigênio necessário.
isioconc
difuso e, fisiopatologicamente, pelo desenvolvimento de edema pulmonar não
capilar pulmonar;
@f
cardiogênico devido ao aumento da permeabilidade da membrana alvéolo-
ur
i
seiroapro
Fatores de risco
Entre os fatores de risco da SDRA, destacam-se:
Pneumonias,
a
Fisiopatologia
Resumo: Ocorre um insulto agudo. Este insulto inflamatório atrai os macrófagos e
aumenta a permeabilidade vascular, o que culmina em uma inundação alveolar. Este
edema gera destruição alveolar e quebra do surfactante (responsável pela redução da
tensão superficial da água dentro do alvéolo, impedindo o colapso do mesmo). Dessa
forma, os alvéolos colabam levando à hipoxemia.
@fisioconcurseiroaprovado 70
Fisioterapia Respiratória
Diagnóstico
O diagnóstico da SDRA é realizado por meio do quadro clínico, achados de exames
laboratoriais e de imagem, exclusão de edema cardiogênico e outras causas
alternativas de insuficiência respiratória hipoxêmica aguda e da presença de infiltrados
bilaterais;
Para facilitar o diagnóstico, em 2012 criou-se os Critérios de Berlim. Nele, o
paciente é considerado portador de SDRA se apresentar todos os critérios;
Os Critérios de Berlim para SDRA foram desenvolvidos para definir e classificar a
doença. Além de diagnosticar a condição, o critério é capaz de classificar o quadro em
leve, moderada ou grave.
isioconc
Critérios de Berlim
Tempo
@f
Início em até 1 semana a partir de lesão conhecida ou de
sintomas respiratórios novos ou que se agravam.
Imagem de
ur
Opacidades bilaterais – não completamente explicadas por
i
Novell
Origem do
edema
seiroapro
Insuficiência respiratória não totalmente explicada por falência
cardíaca ou sobrecarga de volume.
va
do MariTratamento
Alguns pontos importantes a saber, que vão auxiliar no tratamento da SDRA são:
A maioria dos pacientes com SDRA evoluem para necessidade de ventilação
mecânica invasiva. Como grande parte do pulmão está colapsada e o volume
corrente é pequeno, é necessário que se efetue uma ventilação de forma a proteger
os alvéolos de barotrauma e reduzir a lesão pulmonar (ventilação protetora),
utilizando volumes correntes mais baixos (até 6ml/Kg), mantendo a pressão de
platô ≤ 30 cmH2O e driving pressure (pressão de distensão) ≤ 15 cmH2O;
Pode ser utilizado a posição PRONA (decúbito ventral). Essa posição é benéfica,
pois a área mais bem perfundida (a posterior) passa a ser também bem ventilada,
melhorando a relação V/Q e reduzindo a hipoxemia. A indicação para esse
posicionamento é quando a relação PaO2/FiO2 é menor que 150;
Terapia Farmacológica: Pacientes com PaO2/ FiO2 < 120 se beneficiam do uso do
bloqueador neuromuscular. Além disso, pode-se utilizar corticoide (controverso) e
recomendar balanço hídrico negativo (diurético).
“Deus não teria dado a você a capacidade de sonhar, sem também lhe
dar a capacidade de realizar seus sonhos.”
@fisioconcurseiroaprovado 71
Fisioterapia Respiratória
8. Doenças Neoplásicas
Câncer de Pulmão
fisioconc
computadorizada (TC) e confirmado por biópsia;
@
A prevenção do câncer de pulmão está fortemente ligada à cessação do
tabagismo e à redução da exposição a outros fatores de risco, como o amianto;
Dependendo da fase da doença, o tratamento requer cirurgia, quimioterapia
ur
i
Novell
e/ou radioterapia.
seiroapro
O câncer de pulmão é classificado em 2 categorias principais:
momento do diagnóstico;
Câncer pulmonar de células não pequenas (CPCNP), cerca de 85% dos
va
do Mari
casos: O comportamento clínico é mais variável e depende do tipo
histológico, mas cerca de 40% dos pacientes terão doença metastática fora
do tórax no momento do diagnóstico.
@fisioconcurseiroaprovado 72
Fisioterapia Respiratória
Resumão
fisioconc
@
ur
i
Novell
seiroapro
a
an
va
do Mari
Anotações
@fisioconcurseiroaprovado 73
Fisioterapia Respiratória
Recursos fisioterapêuticos aplicados à
pneumologia
Exercícios respiratórios
isioconc
Melhorar a dispneia;
f
Participar na mobilização das secreções e liberação das vias aéreas;
@
Melhorar a expansão tóraco-pulmonar;
Melhorar a ventilação pulmonar;
ur
Aumentar a complacência pulmonar;
i
Novell
@fisioconcurseiroaprovado 74
Fisioterapia Respiratória
Soluços inspiratórios Paciente realiza inspirações curtas e sucessivas, sem
apneia pós inspiratória, até completar a máxima capacidade
inspiratória e a capacidade pulmonar total, sendo a última
inspiração realizada pela boca e a expiração totalmente
oral. Apesar de existirem poucos estudos que comprovem a
eficácia deste exercício, Cuello et al. (1982) demonstraram
inspirações
curtas que é possível reexpandir zonas basais, aumentando a
sem pausa CRF e o VRI, promovendo dilatação brônquica e
diminuindo o infiltrado intersticial.
isioconc
então realizar-se a expiração oral tranquila. O motivo da
inspira o
máximo e
prende por
alguns
@f
apnéia pós- inspiratória é para que se possa obter uma
melhor distribuição do ar inspirado, a fim de melhorar
trocas gasosas. Esta técnica exige um esforço grande, por
segundos
isso ela deve ser utilizada somente naqueles que possam
ur
i
Novell
suportá-la.
2 - inspira
tudo e solta
1° fase: Inspiração nasal suave e profunda, seguida de
an
mais um
pouco expiração de uma pequena quantidade de ar;
3 - inspira 2° fase: Volta a inspirar profundamente e expira novamente
va
tudo e solta
tudo do Mari
uma pequena quantidade de ar;
3° fase: Volta a inspirar profundamente e expira
completamente.
@fisioconcurseiroaprovado 75
Fisioterapia Respiratória
Técnicas manuais e recursos instrumentais
isioconc
Expiratório (AFE) fluxo expiratório e apoio abdominal. O principal objetivo da AFE é
f
aumentar o fluxo aéreo expiratório na traqueia e nos primeiros troncos
@
Mão de Mão brônquicos em alta velocidade (AFE rápida) ou nos brônquios mais
apoio ativa
profundos, gerando um fluxo e volume pulmonar baixos para permitir a
eliminação das secreções mais distais (AFE lenta). Seu princípio
ur
i
seiroapro
periféricos em direção aos proximais. A mão torácica é ativa (comprime
durante a expiração) e a mão abdominal é passiva (apoio).
Expiração lenta total É definida como uma técnica ativa-passiva ou ativa, em que o paciente é
com a glote aberta posicionado em decúbito lateral com o lado afetado para baixo,
conhecido como decúbito infralateral, e realiza expirações lentas da
em infralateral
a
Técnica de É uma técnica que combina uma ou duas expirações forçadas (huffs)
expiração forçada cujo volume de ar determina a mobilização da secreção, com períodos
(TEF) de respiração diafragmática. Os huffs são realizados pela contração
energética dos músculos expiratórios, especialmente os abdominais.
Essa técnica tem se mostrado eficaz na depuração de secreção de
pacientes com afecções respiratórias agudas e crônicas, além de ser um
recurso utilizado em outras técnicas à fluxo, como no ciclo ativo da
respiração (CAR). Pode ser realizada de forma ativa ou passivamente
pelo fisio, por meio de pressão manual toracoabdominal.
@fisioconcurseiroaprovado 76
Fisioterapia Respiratória
Drenagem autógena A técnica de DA é baseada nos princípios da fisiologia respiratória,
(DA) utilizando o fluxo expiratório como força ativa para mobilizar o muco,
sendo uma combinação de controle respiratório com respiração a vários
volumes pulmonares. É uma técnica de higiene brônquica ativa
realizada pelo próprio paciente em posição sentada.
1° fase (fase do "descolar"): Respiração em baixos volumes pulmonares,
utilizada para mobilizar o muco periférico;
2° fase (fase de "coletar" o muco): Obtida através de um período de
respiração a volume corrente;
3° fase (fase do "eliminar"): Se faz pela respiração a volumes
pulmonares mais altos quando se promove a expectoração das
secreções de vias aéreas centrais. A tosse é desencorajada até que a
última fase do ciclo se complete.
isioconc
A DA foi modificada mediante alegação de desconforto quando volumes
@f
baixos pulmonares são utilizados. Na DA modificada (DAM) o paciente
respira em volume corrente e realiza uma apneia de 2 a 3 segundos ao
final de cada inspiração.
ur
i
Novell
seiroapro
inspiratório
controlado (EDIC) em supralateral, na qual é realizado inspirações lentas e prolongadas,
com apneia de 3 a 5 segundos, para que seja provocada uma insuflação
regional e mobilizando a região para promover ao máximo a sua
abertura. Esta técnica pode ser associada muitas vezes com o uso de um
inspirômetro de incentivo, pois visa estimular o paciente a realizar
inspirações profundas transmitindo um feedback visual do esforço. A
a
@fisioconcurseiroaprovado 77
Fisioterapia Respiratória
Contra-indicações: pós-operatórios imediatos, edema pulmonar,
insuficiência cardíaca congestiva, embolia pulmonar, hemoptise ativa,
Drenagem postural cirurgia medular recente ou lesão medular aguda, pressão intracraniana
(continuação) maior que 20mmHg, hemorragia ativa com instabilidade hemodinâmica,
derrames pleurais volumosos, infarto do miocárdio e sempre que o
paciente referir intolerância à posição.
Segmento apical anterior Segmento apical posterior Segmentos anteriores Língula esquerda Segmentos anteriores (lobos Segmento lateral direito
(lobos superiores) inferiores)
fisioconc
Segmento posterior direito Segmento posterior
esquerdo
@ Lobo médio direito Segmento lateral esquerdo Segmentos posteriores Segmentos superiores
ur
i
Incentivadores
va
Os inspiratórios (também chamados de Espirômetros de
respiratórios do Mari
incentivo), mais conhecidos são: Respiron, CliniFLO, Coach,
Voldyne, Threshold IMT, e Power Breathe.
Os expiratórios mais conhecidos são: Shaker, Acapella, Threshold
Respiron PEP e EMST 150.
CliniFLO Existem 3 tipos de incentivadores:
Coach Incentivadores respiratórios à fluxo: Irão trabalhar com a oferta de
Voldyne fluxo de ar no sistema respiratório, favorecendo expansão de suas
Threshold IMT estruturas, aumento e melhor controle do fluxo de ar, mas não
Power Breathe possibilitam ganho efetivo nos volumes pulmonares e nem em força
Shaker/flutter da musculatura respiratória. Dentre esses, os espirômetros de
incentivo (inspiratórios) a fluxo não possuem marcador de volume,
Acapella
mas somente escalas numéricas indicando o fluxo inspiratório que
Threshold PEP
deve ser desenvolvido durante a realização das inspirações. Ex.:
EMST 150
Respiron, CliniFLO (Inspiratórios) e Shaker/flutter (Expiratório);
Incentivadores respiratórios à pressão: Funcionam com o objetivo
de ganho de força muscular inspiratória e expiratória.
Tecnicamente, somente os aparelhos orientados à pressão são os
que permitem um real e efetivo ganho em força muscular
respiratória. Ex.: Threshold IMT, Power Breathe, Acapella,
Threshold PEP, EMST 150);
@fisioconcurseiroaprovado 78
Fisioterapia Respiratória
Incentivadores respiratórios à volume: São aqueles em que um
Incentivadores volume predeterminado deve ser atingido e irão justamente
respiratórios favorecer ganho em volumes inspiratórios ou expiratórios. Os
(continuação) Espirômetros de incentivo (inspiratórios) a volume têm indicadores
da qualidade do fluxo inspiratório acoplados. Ex.: Voldyne e Coach.
isioconc
efeitos de oscilações orais de alta frequência (OOAF). Possui um formato
f
de cachimbo com uma bola metálica repousando sobre um cone e recoberta
@
por uma tampa perfurada em formato circular. O peso da bola sobre o cone
funciona como o resistor, que gera um determinado valor de PEP (entre 10
– 25 cmH2O). A pressão oscilatória ocasionada através das vibrações
ur
i
seiroapro
brônquios de maior calibre, onde podem ser eliminadas por meio da tosse ou
da técnica de expiração forçada.
do Mari
muco das vias aéreas, movendo-o para brônquios maiores, para ser
expectorado; e a PEP permite que o ar passe por trás das secreções que
obstruem as vias aéreas, impulsionando o muco para brônquios maiores,
onde pode ser eliminado através da tosse ou do huff.
Obs.: Até o momento, não existe estudos científicos que comprovem a sua
eficácia.
@fisioconcurseiroaprovado 79
Fisioterapia Respiratória
Voldyne É um espirômetro de incentivo à volume. Sua função é abrir os sacos aéreos
dos pulmões após cirurgias, facilitando a respiração e esvaziando esses
órgãos. Se usado corretamente, o dispositivo pode acelerar o período de
recuperação, além de reduzir o risco de pneumonia e outros problemas
respiratórios.
Threshold IMT Esse dispositivo de carga linear pressórica, possui uma válvula calibrada
por mola que fornece uma carga constante e pré-determinada com
resistência máxima de 41 cmH2O. É utilizado para o treinamento dos
músculos inspiratórios. Para promover um tempo e um efeito máximo no
treinamento, o tempo inspiratório e a frequência respiratória devem ser
monitorados. O treinamento deve ser realizado 2 a 3 x/dia a uma intensidade
de 30 a 40% da Pimax.
fisioconc
É um treinador muscular inspiratório (TMI), indicado para aumentar
Power Breathe
@
força e resistência dos músculos inspiratórios, podendo ser utilizado em
conjunto com a reabilitação cardiopulmonar.
Neste aparelho é aplicado uma carga resistiva de fluxo variável que é
ur
fornecida por uma válvula controlada eletronicamente que permite altas
i
Novell
seiroapro
por meio do fluxo registrado pelo aparelho em cada incursão. Durante o
treinamento, é possível registrar a pressão média, os volumes e fluxos
gerados pelo paciente, facilitando a progressão e o monitoramento do
treinamento.
contra uma resistência, cria-se uma pressão expiratória positiva (PEP), para
manter a via aérea aberta.
va
do Mari
Obs.: Diferente do Threshold IMT que é utilizado para treinamento dos
músculos inspiratórios, o Threshold PEP (pressão positiva expiratória) é
utilizado para treinamento expiratório, pois gera uma pressão durante a
EXPIRAÇÃO.
Bom, entendi!
Esses são os incentivadores respiratórios.
Continuando a falar sobre os recursos
instrumentais da fisioterapia, sei que existem
vários outros dispositivos, mas gostaria de saber
um pouco sobre alguns, pode ser?
@fisioconcurseiroaprovado 80
Fisioterapia Respiratória
É um aparelho prático e portátil utilizado para terapia de pressão
TheraPEP positiva expiratória. É composto por um bocal (ou máscara), um
(terapia com orifício removível para monitorar a pressão, uma válvula de resistência,
um mostrador para ajuste da resistência expiratória, uma válvula
pressão positiva)
inspiratória antirrefluxo e um indicador de pressão expiratória. Seu
objetivo é auxiliar na mobilização de secreções brônquicas. O
TheraPEP proporciona um atraso na fase expiratória durante o ciclo
respiratório normal, mantendo o volume pulmonar elevado durante a
expiração prolongada e prevenindo o colapso das vias aéreas.
O paciente é instruído a inspirar normalmente e expirar de forma
ativa no bocal, sem forçar, seguindo o padrão respiratório de 1:3. O
paciente deve manter uma pressão expiratória constante entre 10 e 20
cmH2O, mantendo o indicador azul entre as linhas do seu TheraPEP
isioconc
(realizar de 10 a 15 repetições), após isso, remover o bocal e realizar 3
@f
huffs. Repetir todo o ciclo de 4 a 6 vezes, respeitando o tempo máximo
de terapia de 20 minutos.
ur
RPPI A Respiração por Pressão Positiva Intermitente (RPPI) é qualquer
i
Novell
(respiração por recurso que gere uma pressão positiva na fase inspiratória, a um
paciente respirando espontaneamente, por meio de uma máscara ou
pressão positiva
intermitente) seiroapro
bocal. É considerado um método de suporte ventilatório passivo
utilizado para reduzir o trabalho respiratório tentando retomar a
função pulmonar normal, e prevenir a fadiga da musculatura
respiratória, uma vez que diminui o trabalho ventilatório e o índice de
dispneia, melhora as trocas gasosas pelo recrutamento de alvéolos
hipoventilados, melhora os volumes e capacidades pulmonares, assim
a
@fisioconcurseiroaprovado 81
Fisioterapia Respiratória
Hiperinsuflação A técnica de hiperinsuflação manual (HM) é um recurso que serve
manual para melhorar a oxigenação pré e pós-aspiração traqueal, mobilizar o
excesso de secreção brônquica e reexpandir áreas pulmonares
(Bag-Squezing)
colapsadas. É utilizada principalmente em pacientes em VMI, que
apresentam quadros hipersecretivos. Consiste na desconexão do
paciente do ventilador seguido de insuflação pulmonar com um
ressuscitador manual (ambú) aplicando-se volume de ar maior do que o
volume corrente utilizado. Frequentemente, realiza-se inspiração lenta e
profunda, seguida de pausa inspiratória e uma rápida liberação. Esse
procedimento promoverá o aumento do fluxo expiratório e gerará um
fluxo turbulento que se assemelha ao mecanismo de tosse, deslocando
as secreções para vias aéreas superiores, onde serão mais facilmente
eliminadas.
fisioconc
@ Aspiração Traqueal
ur
i
Novell
seiroapro
Aspiração traqueal é a aplicação de sucção ao trato respiratório com a
finalidade de remover as secreções das vias aéreas superiores e inferiores,
secreções pulmonares traqueobrônquicas, sangue e vômitos, com a finalidade de
manter as vias aéreas permeáveis, prevenir infecções e promover trocas gasosas;
É muito utilizada em pacientes na UTI, sendo considerada um procedimento
invasivo, bastante irritante e desconfortável para os pacientes;
a
@fisioconcurseiroaprovado 82
Fisioterapia Respiratória
A aspiração deve ser realizada nos seguintes casos:
4. Quando há diminuição no volume corrente durante a ventilação com pressão e/ou queda
na saturação de oxigênio (SatO2);
Obs.: O critério mais utilizado pelos profissionais de saúde para realizar o procedimento é a
secreção audível e visível no tubo endotraqueal.
fisioconc
NÃO realize a instilação de soro fisiológico de rotina antes da aspiração!
@
Nenhum estudo demonstrou efeitos positivos dessa instilação, ou seja, o soro não
consegue fluidificar as secreções!
ur
i
@fisioconcurseiroaprovado 83
Fisioterapia Respiratória
O sistema de aspiração FECHADO, deve ser reservado para:
isioconc
associada a ventilação (PAV), mortalidade, tempo de UTI, tempo de VM, PaCO2, PaO2,
@f
pressão arterial média, frequência cardíaca e remoção de secreção no uso do sistema
aberto (SAA) e sistema fechado (SFA). Porém, houve sempre diminuição de SpO2 e dos
volumes pulmonares com o uso do sistema ABERTO; e custos maiores na maioria dos
ur
i
seiroapro
Portanto, o SFA parece aumentar o risco de colonização, mas traz as vantagens de não
diminuir os volumes pulmonares e não acarretar queda de saturação especialmente
em pacientes com insuficiência respiratória grave e em uso de níveis mais altos de
pressão expiratória final positiva (PEEP).
a
an
va
do Mari
@fisioconcurseiroaprovado 84
Fisioterapia Respiratória
Oxigenoterapia
isioconc
O O2 é um fármaco e, portanto, causa efeitos deletérios importantes se mal-
@f
administrado. Por esse motivo, deve ser prescrito na dose adequada;
A causa mais frequente para sua utilização é a insuficiência respiratória
aguda (IRpA), em que há impossibilidade do sistema respiratório manter os
ur
i
carbônico (PaCO2 );
seiroapro
Para a American Association for Respiratory Care, a oxigenoterapia é indicada,
principalmente, na presença de:
PaO2 < 60 mmHg ou SpO2 < 90%, em ar ambiente, e/ou
SpO2 < 88% durante o exercício ou sono, em pacientes com doenças
cardiorrespiratórias.
a
an
@fisioconcurseiroaprovado 85
Fisioterapia Respiratória
Métodos de administração de O2
Fornece oxigênio com fluxo menor Oferece altos fluxos de gás com
que a demanda do paciente, ou uma FiO2 fixa (garantida);
seja, o fluxo inspiratório do Assim, esse sistema fornece O2 em
paciente normalmente se sobrepõe fluxos iguais ou superiores ao
isioconc
ao fluxo ofertado pelo sistema; fluxo inspiratório do paciente, ou
FiO2 é variável. @f
O O2 ofertado se dilui com o ar
ambiente e consequentemente a
seja, o fluxo ofertado é maior do
que a demanda do paciente.
ur
i
Novell
Dispositivos:
va
do Mari
Então agora iremos falar um pouco sobre cada um desses dispositivos:
@fisioconcurseiroaprovado 86
Fisioterapia Respiratória
É um dispositivo de baixo fluxo que fornece uma fração inspirada de
Máscara simples
oxigênio (FiO2) variável, dependendo da demanda inspiratória do
paciente. À medida que a demanda inspiratória aumenta, o ar
ambiente é arrastado e a FiO2 é diluída;
Fornece concentrações de O2 entre 40 e 60%,
aproximadamente;
A concentração pode ser alterada aumentando ou diminuindo o
fluxo de O2;
Seu fluxo varia de 5 a 10L/min, sendo que valores menores que
5L/min podem causar maior resistência à respiração, podendo
ter a possibilidade de reinalação de CO2;
Vantagem: Favorece melhor umidificação das vias aéreas;
isioconc
Desvantagens: Pode ocorrer retenção de CO2, aspiração e
f
dificuldade de falar e se alimentar.
Máscara de
reinalação parcial
@
ur
É um dispositivo de baixo fluxo, que fornece uma FiO2 variável.
i
Novell
seiroapro
Utiliza fluxos de 10 a 15 L/min;
Possui bolsa reservatória de oxigênio;
NÃO possui válvulas;
As vantagens e desvantagens são basicamente as mesmas da
máscara simples.
a
an
@fisioconcurseiroaprovado 87
Fisioterapia Respiratória
Sistemas de Alto fluxo
isioconc
velocidade mas de baixa vazão que ao atravessar um
f
compartimento em contato com a atmosfera arrasta o ar ambiente
@
gerando um fluxo de alta vazão de mistura do gás de arraste e ar
ambiente.
ur
i
Azul 24% 3
Amarela seiroapro
28% 6
Branca 31% 8
Verde 35% 12
Obs.: Dependendo do
Vermelha ou rosa 40% 15
a
@fisioconcurseiroaprovado 88
Fisioterapia Respiratória
Fornecimento de Oxigênio Suplementar:
Taxas de Fluxo e Porcentagem de Oxigênio Fornecido
1 L/min 24%
Cânula nasal
2 L/min 28%
(1 - 5 litros)
3 L/min 32%
(24 - 40% de O2)
4 L/min 36%
5 L/min 40%
* alguns autores dizem que vai até 6
isioconc
* 6 L/min *44%
@
Máscara Simples
f 5 L/min
6 L/min
40%
45%
7 L/min 50%
ur
i
(5/6 - 10 litros)
Novell
8 L/min 55%
(40 - 60/65% de O2)
seiroapro
9 L/min 60%
10 Lmin %60/65
10 L/min 60-80%
11 L/min 70-80%
Máscara de não reinalação
12 L/min 80-90%
(10 - 15 litros)
13 L/min 85-95%
a
15 L/min 90-100%
va
do Mari 3 L/min
6 L/min
24 % (azul)
28 % (amarela)
Máscara Venturi
8 L/min 31 % (branca)
(24 - 50% de O2)
12 L/min 35 % (verde)
* Valores exatos
15 L/min 40 % (vermelha)
15 L/min 50 % (laranja)
Preste atenção!
Lembre-se de que os valores dos sistemas de baixo fluxo são aproximados, e
a FiO2 real pode variar dependendo de vários fatores, incluindo o ajuste da
máscara no rosto do paciente, o padrão respiratório do paciente e outros
fatores individuais. Além disso, os valores aproximados variam de acordo com
os autores.
@fisioconcurseiroaprovado 89
Fisioterapia Respiratória
Toxicidade da Oxigenoterapia
isioconc
Lesão Pulmonar: O excesso de O2 (hiperóxia) pode levar a danos nos tecidos
f
pulmonares, podendo contribuir para a inflamação e lesão dos pulmões,
@
resultando em condições como a síndrome do desconforto respiratório agudo
(SDRA). Pode causar também atelectasia;
Redução do Fluxo Sanguíneo Pulmonar: O excesso de O2 também pode
ur
i
Novell
O que é narcose?
Narcose por dióxido de carbono ocorre quando há um acúmulo
excessivo de dióxido de carbono (CO2) no corpo (hipercapnia),
muitas vezes devido a problemas respiratórios, como em pacientes
com DPOC, podendo gerar sintomas como sonolência, confusão
mental, cefaleia e, em casos graves, até mesmo coma.
@fisioconcurseiroaprovado 90
Fisioterapia Respiratória
Importante
Em casos de DPOC, o oxigênio em excesso pode ser prejudicial por várias razões:
fisioconc
em uma diminuição no estímulo respiratório, podendo levar à retenção de CO2,
@
conhecida como hipercapnia. A hipercapnia pode piorar a acidose respiratória e ter
efeitos adversos, especialmente em pacientes com DPOC;
Depressão Respiratória: Em alguns casos, a administração excessiva de oxigênio
ur
i
exalar CO2. Isso é particularmente problemático para pacientes com DPOC, que já
têm dificuldade em eliminar adequadamente o CO2.
seiroapro
O "efeito Haldane" é um fenômeno observado,
onde a afinidade da hemoglobina pelo dióxido de
a
oxigênio presente.
va Em termos simples, esse efeito descreve a
do Mari
tendência da hemoglobina a se ligar mais
fortemente ao CO2 quando não está ligada ao
oxigênio. Em outras palavras, quando a
hemoglobina está menos saturada com oxigênio,
ela tem uma maior afinidade pelo CO2.
Você sabe o que é Isso tem implicações importantes para o transporte
efeito haldane? de gases no sangue. Nos pulmões, onde o oxigênio é
abundante, a hemoglobina tende a se saturar com
oxigênio, o que diminui sua afinidade pelo CO2.
Isso facilita a liberação do CO2 para ser expirado
pelos pulmões. Por outro lado, nos tecidos
periféricos, onde o oxigênio é consumido, a
hemoglobina tem menor saturação de oxigênio e,
portanto, maior afinidade pelo CO2, facilitando a
captação do CO2 gerado pelo metabolismo celular.
O efeito Haldane é uma parte crucial do equilíbrio
ácido-base no corpo e é um dos mecanismos que
contribuem para o transporte eficiente de oxigênio e
dióxido de carbono pelo sistema circulatório.
@fisioconcurseiroaprovado 91
Fisioterapia Respiratória
Ventilação Não-invasiva (VNI)
isioconc
benefícios comprovados e o baixo risco de complicações tornaram o uso de VNI
f
uma rotina frequente nos pacientes com insuficiência respiratória em muitos
@
contextos.
ur
i
Quando utilizar?
Novell
seiroapro
Quando não existir contraindicações, os pacientes que apresentam incapacidade
de manter ventilação espontânea:
Volume minuto > 4 l/min,
PaCO2 < 50 mmHg e
pH > 7,25.
Devem iniciar uso de VNI com dois níveis de pressão, com a pressão inspiratória
a
Quando parar?
O uso de VNI deve ser monitorado de meia hora a 2 horas. Para ser considerado
sucesso, deve ser observado:
Diminuição da frequência respiratória;
Aumento do volume corrente (VC);
Melhora do nível de consciência;
Diminuição ou cessação de uso de musculatura acessória;
Aumento da PaO2 e/ou SpO2 e diminuição da PaCO2 sem distensão abdominal
significativa.
Quando não há sucesso, recomenda-se imediata IOT e VMI. Espera-se sucesso
na população hipercápnica em 75% dos casos, e nos hipoxêmicos em cerca de 50%.
@fisioconcurseiroaprovado 92
Fisioterapia Respiratória
Indicações e recomendações das Diretrizes de VM -2013
Deve ser utilizada (BIPAP com EPAP 5-10 e IPAP até 15 cmH2O e/ou
isioconc
Edema agudo de pulmão
CPAP de 5 a 10 cmH20) visando diminuir a necessidade de intubação e
cardiogênico
f
mortalidade hospitalar.
Síndrome do @
Pode ser utilizada, especialmente nos casos de SARA leve, com os
cuidados de se observar as metas de sucesso de meia hora a 2 horas. No
ur
i
agudo Evitar utilizar na SARA grave, devido à alta taxa de falência respiratória
seiroapro
(SDRA) e necessidade de IOT, especialmente em pacientes com PaO2/FIO2 <
140.
Pós-extubação
do Mari
hospitalar na população de pacientes DPOC hipercápnicos.
Deve ser utilizada imediatamente após a extubação nos pacientes de
risco, para evitar Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e reintubação
(ação profilática).
Evitar o uso da VNI após novo quadro de insuficiência respiratória
instalada (ação curativa).
@fisioconcurseiroaprovado 93
Fisioterapia Respiratória
Contra-indicações
Nunca!
fisioconc Depende!
@
ur
i
Novell
seiroapro
Pacientes em risco de falha de extubação
a
an
va
do Mari
@fisioconcurseiroaprovado 94
Fisioterapia Respiratória
Score HACOR
isioconc
A falha na VNI indica necessidade de intubação e ventilação mecânica invasiva.
Escala HACOR @f
ur
i
seiroapro
≤ 120 0
Frequência cardíaca
≥ 121 1
≥ 7,35 0
7,30 - 7,34 2
pH Fisio
7,25 - 7,29 3
< 7,25 4
15 0
a
13 - 14 2
Glasgow
11 - 12 5
an
≤ 10 10
va
≥ 201 0
PaO2/FiO2
do Mari
176 - 200
151 - 175
126 - 150
2
3
4
101 - 125 5
≤ 100 6
≤ 30 0
31 - 35 1
Frequência respiratória 36 - 40 2
41 - 45 3
≥ 46 4
MODOS ventilatórios
Pressão positiva contínua nas vias aéreas. EAP cardiogênico, PO de Cirurgia Abdominal e
CPAP
Ventilação espontânea. Apneia do Sono Leve/Moderada.
@fisioconcurseiroaprovado 95
Fisioterapia Respiratória
Interfaces
Máscaras nasais
Menor risco de aspiração;
Vazamento oral;
Facilita expectoração;
Despressurização oral;
Menor claustrofobia;
Irritação nasal;
Permite a fala e a alimentação;
Limitação em pacientes com obstrução nasal e
isioconc
Fácil de manusear e
Ressecamento oral.
f
Menor espaço morto.
Máscaras faciais
(oro-nasais) @
Menor vazamento oral;
Maior chance de úlcera de pressão nasal;
Maior claustrofobia;
ur
i
seiroapro
(total-face)
Mais confortável para uso prolongado;
Maior espaço morto;
Fácil de ajustar;
Não deve ser utilizada associada à aerossolterapia;
Menor risco de lesão cutânea facial e
Maior risco de aspiração.
Mínimo vazamento.
a
an
do Mari
Mais confortável para uso prolongado;
Risco de asfixia com mau funcionamento do
ventilador;
Não pode ser utilizada associada a aerossolterapia;
Não oferece risco de lesão cutânea
Alto ruído interno e maior sensação de pressão no
facial.
ouvido;
Necessidade de pressões mais altas para
compensação do espaço morto e
Pode haver lesão cutânea nas axilas.
@fisioconcurseiroaprovado 96
Fisioterapia Respiratória
Ventilação Mecânica Invasiva (VMI)
isioconc
A VM se faz através da utilização de aparelhos (ventilador mecânico) que,
f
intermitentemente, insuflam as vias respiratórias com volumes de ar (volume
@
corrente). O movimento do gás para dentro dos pulmões ocorre devido à geração
de um gradiente de pressão entre as vias aéreas superiores e o alvéolo.
ur
i
Novell
Objetivos da VM
seiroapro
Manter trocas gasosas, ou seja, corrigir hipoxemia e acidose respiratória associada
à hipercapnia;
Aliviar o trabalho da musculatura respiratória que, em situações agudas de alta
demanda metabólica, está elevado;
Reverter ou evitar a fadiga da musculatura respiratória;
a
@fisioconcurseiroaprovado 97
Fisioterapia Respiratória
Parâmetros que podem indicar a necessidade de suporte ventilatório
fisioconc
@
ur
i
Novell
@fisioconcurseiroaprovado 98
Fisioterapia Respiratória
Quantidade de oxigênio que será ofertado ao paciente. Varia de
21 % (ar ambiente) até 100%. O valor ideal é o mínimo possível
para manter uma SpO2 satisfatória (dependendo da doença de
base). Lembre-se sempre que oxigênio em excesso causa lesão.
Fração inspirada de Obs.: Cuidado ao oferecer 100% de O2, pois isso pode causar a
oxigênio (FiO2) atelectasia por absorção, que significa que uma parte do
pulmão entra em colapso porque o nitrogênio é removido dos
SpO2 entre 93 - 97% sacos de ar pulmonares quando uma alta concentração de
oxigênio é fornecida. Esse colapso pode comprometer a
capacidade do pulmão de funcionar adequadamente.
isioconc
Pressão positiva Pressão que fica ao final da expiração, resistindo o
expiratória final
(PEEP)
@f
esvaziamento total do pulmão, evitando assim o seu
colabamento (evitando que ele se feche totalmente). Pode ser
titulada.
PEEP inicial: 3-5 cmH2O
ur
i
Novell
seiroapro
para que o ventilador reaja e dispare um ciclo.
Pode ser por pressão (negativa) ou por fluxo (positiva).
Você ajusta a sensibilidade determinando o quão fácil ou o quão
difícil será para o paciente provocar a reação no ventilador.
Sensibilidade
Ex.: Sensibilidade à pressão de 0,5cmH2O é mais sensível (mais
(trigger)
fácil para o paciente) comparado com uma sensibilidade à
a
-2cmH2O +2L/min ocorre com sensibilidade à fluxo, sendo que uma sensibilidade de
1L/min é mais sensível (mais fácil) do que 2L/min (menos
va
do Mari
sensível - mais difícil).
@fisioconcurseiroaprovado 99
Fisioterapia Respiratória
É a relação que existe entre as fases da respiração (inspiração e
expiração), sendo que o normal é que expiração seja mais longa
e a inspiração mais curta. Normalmente a relação I:E é de 1:2 (a
Relação insp./exp. cada um tempo de insp., temos dois tempos de exp.). Esse valor
(I:E) varia conforme a patologia, por exemplo na DPOC, que é uma
doença obstrutiva, devemos manter a relação com o tempo
1:2 ou 1:3 expiratório mais longo (1:3, 1:4...), para evitar o aprisionamento
de ar e auto-PEEP, permitindo assim, um esvaziamento efetivo.
isioconc
volume específico de ar aos pulmões do paciente.
@f
Pressão sobre os alvéolos ao final da inspiração, obtido por meio
de uma pausa inspiratória. A pausa permite que o ar se
distribua uniformemente nos alvéolos e atinja uma pressão
ur
i
Novell
Pressão de platô
(Pplatô)
seiroapro
que é a capacidade dos pulmões de se expandirem em resposta à
pressão inspiratória. Uma pressão de platô elevada pode indicar
rigidez pulmonar, resistência nas vias aéreas ou outros
problemas que podem comprometer a eficácia da ventilação.
Até 30cmH2O
Manter a pressão de platô dentro de limites seguros (até
30cmH2O) é fundamental para prevenir danos pulmonares,
a
@fisioconcurseiroaprovado 100
Fisioterapia Respiratória
Ciclo ventilatório
fisioconc
@
ur
i
Novell
seiroapro
a
an
1 - Fase inspiratória
do Mari
insuflação pulmonar, conforme as propriedades
elásticas e resistivas do sistema respiratório.
Válvula inspiratória aberta.
@fisioconcurseiroaprovado 101
Fisioterapia Respiratória
Modos ventilatórios
fisioconc
Disparo: Tempo Ciclagem: Volume Limitado: Fluxo
++ sedado
@ Ventilação Controlada a Pressão
ur
i
Novell
PCV seiroapro
pulmonar e na resistência das vias aéreas. (o profissional
determina uma pressão máxima para atingir o volume ideal).
Assisto-controlada
Valores programados pelo profissional:
Pressão insp. (PI/PC) + FR + Relação I:E + PEEP + FiO2 + Sens.
a
@fisioconcurseiroaprovado 102
Fisioterapia Respiratória
OBS.: Se acaso o paciente participar dos ciclos respiratórios durante o modo VCV ou PCV, o
disparo irá ocorrer por fluxo ou pressão, de acordo com a sensibilidade ajustada.
Modalidades ventilatórias
isioconc
determinada, porém, se o ventilador perceber um esforço do
f
Assisto-controlada paciente, este permitirá que um novo ciclo ventilatório
@
(A/C) aconteça, mas com os parâmetros ajustados pelo operador, ou
seja, ele permite que o paciente interfira na ventilação, de
acordo com o nível de sensibilidade ajustada.
ur
i
Novell
seiroapro
no processo respiratório, podendo iniciar suas próprias
respirações de forma espontânea, enquanto o ventilador
Assistido/espontânea oferece suporte. Esses modos são projetados para permitir
que o paciente participe ativamente da ventilação, sendo úteis
em situações em que o objetivo é facilitar a transição do
suporte ventilatório para a respiração espontânea
a
an
va
do Mari
Assincronias paciente-ventilador
@fisioconcurseiroaprovado 103
Fisioterapia Respiratória
Assincronias de disparo
isioconc
de 70- 85% da auto-PEEP;
respiratória, depressão
f
Em PSV, pode tentar reduzir a
do comando neural,
@
pressão ou aumentar a % do
auto-PEEP ou tempo
critério de ciclagem;
inspiratório mecânico Em PCV pode tentar reduzir o
ur
i
O ventilador é disparado
Auto-disparo
sem esforço do paciente.
Pode ocorrer por ajuste
excessivamente sensível Após descartar ou corrigir os
do ventilador, por vazamentos ou condensado no
vazamento no sistema, circuito, deve-se reduzir
presença de condensado progressivamente a
no circuito gerando sensibilidade o suficiente para
alterações no fluxo, que auto-disparos desapareçam
detecção dos batimentos (deixar menos sensível - mais
cardíacos e de grandes difícil).
variações da pressão
torácica pela ejeção do
volume sistólico.
@fisioconcurseiroaprovado 104
Fisioterapia Respiratória
Disparo reverso É uma forma de duplo
disparo, onde o esforço
Aumentar o tempo
muscular inspiratório do
inspiratório (em VCV e PCV) e,
paciente resulta de
no modo PSV, aumentar o
mecanismos reflexos
tempo inspiratório, diminuindo a
desencadeados por
porcentagem de ciclagem do
insuflação mecânica com
pico de fluxo.
respiração controlada
pelo ventilador. Há
empilhamento de
volumes correntes.
f is iocon
@ c
Assincronias de fluxo
ur
i
Novell
do Mari
ocorrer em casos de mau
ajuste dos parâmetros do
Ajuste da velocidade com
que a pressão limite é
ventilador, obstrução das alcançada nas vias aéreas
vias aéreas, ou outras (“rise time” - tempo de subida
condições que afetem a ou ascensão ou aumentando
entrega eficiente de ar. o valor de pressão
controlada).
@fisioconcurseiroaprovado 105
Fisioterapia Respiratória
Assincronias de ciclagem
isioconc
paciente, ou seja, o conforme os esforços do
@f tempo inspiratório
mecânico do ventilador é
paciente;
Caso ocorra em PCV,
pode-se aumentar o tempo
menor que o tempo
ur
i
PC;
seiroapro
Em PSV, pode-se tentar
aumentar o nível de pressão
ou reduzir a % do critério de
ciclagem.
Ciclagem tardia
a
@fisioconcurseiroaprovado 106
Fisioterapia Respiratória
Considerações e conceitos importantes
isioconc
Teste de respiração espontânea (TRE)
@f
É o método de interrupção da ventilação mecânica, estando entre os mais eficazes para
o desmame. Pode ser realizado das seguintes formas:
Tubo T: Permitindo que o paciente ventile espontaneamente através do tubo
ur
i
Novell
endotraqueal, conectado a uma peça em forma de “T”, com uma fonte de oxigênio;
Em VM: Recebendo pressão positiva contínua em vias aéreas (CPAP) de 5 cmH2O,
seiroapro
ou com ventilação com pressão de suporte (PSV) de 5 - 7 cmH2O.
Extubação e decanulação
@fisioconcurseiroaprovado 107
Fisioterapia Respiratória
TRE - Algumas considerações
isioconc
Cartão Branco positivo e pico de fluxo maior que 60 lpm) e pouca secreção
@f
(sem necessidade de aspiração a cada 1 ou 2 horas);
Avaliação da permeabilidade das vias aéreas: Testar a permeabilidade das
vias aéreas em pacientes de maior risco para estridor laríngeo e obstrução das
ur
i
vias aéreas (ventilação prolongada, trauma), podendo ser feito pelo método
Novell
seiroapro
do balão da prótese para o teste, a fim de evitar entrada de material indesejado
nas Vias Aéreas Inferiores de forma iatrogênica.
1. Antes de realizar o teste, realize aspiração das secreções traqueais e orais e ajuste o
ventilador para o modo assisto-controlado em VCV;
2. Com o balonete inflado, registre o volume corrente inspiratório e expiratório, observando
se eles são similares;
3. Desinsufle o balonete;
4. Registre o volume corrente expirado (VCe) durante seis ciclos respiratórios, observe que
o VCe irá atingir um platô após poucos ciclos;
5. Se o VCe for menor que o VCi (programado) em mais de 10% .
Em pacientes de alto risco para estridor laríngeo e edema laríngeo, avaliados pelo
teste de permeabilidade (“cuff leak test”), pode haver benefício com o uso preventivo
de corticoide.
@fisioconcurseiroaprovado 108
Fisioterapia Respiratória
Uso da VNI na retirada da VM
isioconc
naqueles que não passaram hipercápnicos. exceto em grupos cirúrgicos
f
no TRE, desde que sob que desenvolvam falência
@
adequada condição clínica. respiratória no pós-
operatório.
ur
i
Novell
@fisioconcurseiroaprovado 109
Fisioterapia Respiratória
Como conduzir o paciente com falência de desmame
Paciente que não passou no primeiro TRE, deverá ser reconduzido para um
suporte ventilatório que lhe dê conforto e trocas gasosas adequadas durante 24h
para poder repetir o TRE;
Procurar identificar as causas da falha!
isioconc
e tratando as causas da falência e assim que possível reiniciando o processo de
f
retirada (exceção: pode-se tentar VNI curativa no paciente cirúrgico).
@ Tipos de desmame
ur
i
Novell
Conclusão do
Término do processo
desmame após mais Desmame não
Pacientes que nunca de desmame em 1 dia
de 1 dia, mas em finalizado em 7 dias
vivenciaram qualquer após a 1° tentativa
menos de 1 semana após a 1° tentativa
tentativa de (interrupção bem-
após a 1° tentativa (interrupção bem-
interrupção da VM. sucedida ou morte
(interrupção bem- sucedida ou morte).
precoce).
sucedida ou óbito).
@fisioconcurseiroaprovado 110
Fisioterapia Respiratória
Cálculos importantes para VM
PaO2 = 65
Índice de Horowitz PaO2
FiO2 = 35%
(Relação PaO2/FiO2) FiO2 65/0,35 = 185
isioconc
índice de Tobin
f
< 105 = sucesso no desmame 20/0,35 = 57,14
@ VC VC exp = 500
ur
i
(Cest) PEEP = 15
Normal = 50 a 100ml/CmH2O
seiroapro
Obs.: Pplatô - PEEP = driving pressure
500 / 10 = 50
VC = 450
Complacência dinâmica VC Ppico = 25
(Cdin) (Ppico – PEEP) PEEP = 12
a
450 / 13 = 34,61
an
va (Ppico - Pplatô)
Ppico = 40
Resistência das vias aéreas
(Rva)
do Mari V (fluxo)
Pplatô = 30
V = 1 L/s
Normal = 2 - 4 cmH2O L/s
alguns falam de 4 - 8 cmH2O L/s 10 / 1 = 10L/S
FR = 24
Volume minuto (Vmin) FR x VT VT = 360
24 X 360 = 8.6 L/min
Homem de 1,82 =
50 + 0,91 (182 -
Homens: 50 + 0,91 (altura em cm – 152,4) 152,4)
Peso predito (peso ideal)
Mulheres: 45,5+ 0,91 (altura/cm – 152,4) 50 + 0,91 (29,6)
50 + 26,936
76,93 Kg
Pplatô = 24
Driving pressure ou Pplatô - PEEPtotal
PEEP = 10
pressão de distensão PEEP total = (peep + auto-peep)
ΔP = 14
@fisioconcurseiroaprovado 111
Fisioterapia Respiratória
Parâmetros da VM na PCR
MODO VCV
FiO2 100%
PEEP 0cmH2O
fisioconc
@
Frequência respiratória 10 irpm
ur
i
Sensibilidade
dificuldade para o ventilador disparar .
Alarme de pressão
seiroapro
60 cmH2O
a
va
Para finalizar esse capítulo sobre Ventilação mecânica, vamos falar um pouco
do Mari
sobre como estimar a altura do paciente através do comprimento da ulna;
Em que situações? Se por acaso você se deparar com um paciente admitido já
em ventilação mecânica, onde a informação de sua altura é desconhecida, você
poderá realizar essa mensuração para conseguir então calcular o peso predito
(peso ideal) do paciente, e consequentemente ajustar a VM de forma protetora.
1° Passo
@fisioconcurseiroaprovado 112
Fisioterapia Respiratória
Registrar a idade do paciente e o sexo do mesmo.
> 65 anos
2° Passo
< 65 anos
3° Passo fisioconc
@
ur
i
Novell
seiroapro
a
an
va
Exemplo
do Mari
Paciente do sexo feminino, de 68 anos, com comprimento de
ulna de 26,5 cm
@fisioconcurseiroaprovado 113
Fisioterapia Respiratória
Mapa mental - Resumão de ventilação mecânica
fisioconc
@
ur
i
Novell
seiroapro
a
an
va
do Mari
@fisioconcurseiroaprovado 114
Fisioterapia Respiratória
Mobilização precoce
isioconc
repouso no leito devido à sedação e imobilidade, somada a outros fatores como
f
sepse, disglicemias, internação prolongada, uso de corticosteroides,
@
benzodiazepínicos e bloqueadores musculares. Tudo isso pode levar as
repercussões osteomusculares transitórias ou permanentes que afetam a
funcionalidade. Além disso, pode aumentar o risco do desenvolvimento de doença
ur
i
Novell
de que um paciente está muito doente para sair da cama está sendo substituída
va
progressivamente pela ideia de que o paciente está muito doente para se permitir
do Mari
ficar na cama. Dessa forma, mesmo os pacientes em VMI são capazes de realizar a
terapia de mobilização precoce;
Na última década, houve aumento das evidências dos benefícios da fisioterapia
precoce em pacientes críticos, a partir das primeiras 48 horas da instituição da
ventilação mecânica (VM);
Os benefícios da mobilização incluem:
Melhora da função respiratória;
Redução dos efeitos adversos da imobilidade;
Melhora do nível de consciência;
Aumento da independência funcional;
Melhora da aptidão cardiovascular;
Aumento do bem-estar psicológico;
Diminuição do tempo de recuperação do paciente e
Menor tempo de ventilação mecânica e internamento hospitalar.
Apesar dos efeitos benéficos relacionados à mobilização precoce em pacientes
internados em UTI, é importante avaliar alguns fatores de segurança antes da
realização dessas atividades nesse ambiente.
@fisioconcurseiroaprovado 115
Fisioterapia Respiratória
Imobilismo e fraqueza muscular adquirida na UTI
fisioconc
@
ur
i
Novell
seiroapro
A fraqueza muscular adquirida na UTI é uma síndrome generalizada que acomete os membros e se
desenvolve enquanto o paciente está gravemente doente e quando não há outra explicação para essa
fraqueza que não seja unicamente secundária à doença crítica.
a
an
@fisioconcurseiroaprovado 116
Fisioterapia Respiratória
Critérios de segurança para mobilização precoce
isioconc
FiO2 > 60% com PaO2 < 70mmHg;
PEEP > 8–10cmH2O;
@f
SpO2 < 85% ou queda de 10% do valor basal em repouso;
Frequência respiratória (FR) > 35irpm;
Temperatura > 38–39ºC;
ur
i
Hipoglicemia;
Quadro hemorrágico agudo e/ou não identificado;
an
Fonte: Esperidião Elias Aquim, et al. Diretrizes Brasileiras de Mobilização Precoce em Unidade de Terapia Intensiva.
Brazilian Guidelines for Early Mobilization in Intensive Care Unit. Rev Bras Ter Intensiva. 2019;31(4):434-443.
@fisioconcurseiroaprovado 117
Fisioterapia Respiratória
Critérios de segurança para mobilização em sistema de cores
fisioconc
@
ur
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Novell
seiroapro
a
an
va
do Mari
@fisioconcurseiroaprovado 118
Fisioterapia Respiratória
Contra-indicações para mobilização precoce
isioconc
Segundo as Diretrizes Brasileiras de Mobilização Precoce em Unidade de
f
Terapia Intensiva. Brazilian Guidelines for Early Mobilization in Intensive Care
@
Unit, de 2019, a mobilização precoce está contraindicada para pacientes, com:
Doenças terminais;
Hipertensão arterial sistólica > 170mmHg;
ur
i
Novell
@fisioconcurseiroaprovado 119
Fisioterapia Respiratória
PROTOCOLO DE MOBILIZAÇÃO DE MORRIS E COLABORADORES
isioconc
internação hospitalar.
@f
O protocolo constitui-se de quatro níveis:
Nível 1 (pacientes inconscientes ou não responsivos):
Mobilização passiva de membros inferiores (MMII) e superiores
ur
i
(MMSS) três vezes ao dia, com, pelo menos, cinco repetições para cada
Novell
articulação;
seiroapro
Nível 2 (pacientes alertas e conscientes):
Realizar os exercícios do nível 1;
Exercícios ativo-assistidos, ativos e resistidos (de acordo com a força
muscular medida pela Escala do Medical Research Council – MRC);
Posição sentada com apoio (no leito) por, pelo menos, 20 minutos (3
vezes/dia).
Obs.: Se o paciente não se apresentasse alerta o suficiente, apenas os
a
@fisioconcurseiroaprovado 120
Fisioterapia Respiratória
PROTOCOLO DE MOBILIZAÇÃO DE SCHWEICKERT E COLABORADORES
isioconc
Realizar mobilização passiva (10 repetições) de MMSS e MMII (ombro,
f
cotovelo, punho, dedos, quadril, joelho e tornozelo) em movimentos de flexo-
@
extensão;
Mudanças de decúbito.
Obs.: Em caso de sedação profunda ou uso de bloqueadores
ur
i
seiroapro
Nível 2 (pacientes restritos ao leito): Nesse estágio, os pacientes estavam
alertas, restritos ao leito e não possuíam controle de tronco sem apoio:
Exercícios passivos, ativos e resistidos de acordo com a capacidade do
paciente em relação às principais articulações (10 repetições): ombro,
cotovelo, punho, dedos, quadril, joelho e tornozelo. O principal movimento
realizado foi o de flexo-extensão;
Exercícios de rolar na cama;
a
@fisioconcurseiroaprovado 121
Fisioterapia Respiratória
Por mais que além desses dois estudos, existam diversos outros protocolos,
podemos resumir os exercícios mais utilizados na UTI e enfermaria:
Mobilização passiva;
Mobilização ativa e ativo-assistida;
Exercícios isométricos;
Exercícios resistidos;
Exercícios de transferências;
Exercícios à beira leito (sedestação beira leito), com controle de tronco;
Treino de ortastatismo;
Exercícios em ortostatismo;
isioconc
Sedestação fora do leito;
f
Marcha estacionária;
@
Deambulação com ou sem apoio;
Cicloergometria;
Estimulação elétrica neuromuscular (NMES, do inglês neuromuscular electrical
ur
i
stimulation)
Novell
seiroapro
a
an
va
do Mari
@fisioconcurseiroaprovado 122
Fisioterapia Respiratória
fisioconc
@
ur
i
Novell
seiroapro
a
an
va
do Mari
@fisioconcurseiroaprovado 123
Fisioterapia Respiratória
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