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IMPORTÂNCIA

A grande importância da anestesia é trazer inconsciência, analgesia,


esquecimento e também imobilidade do paciente. O monitoramento permite
que objetivos anestésicos sejam alcançados dando mais segurança no plano
anestésico e, também no procedimento que o animal deve passar.
Sendo que o período anestésico é dividido em três partes, obtém-se: Fase pré-
operatória: tem função de demonstrar a eficiência, grandeza de alterações que
possam vir trazer comprometimento de resposta à anestesia. Fase
transoperatória: se dá pelo aprofundamento do animal de forma ideal para o
procedimento que está sendo realizado. Fase pós-operatória: Garantia do
procedimento da anestesia, analgesia completa

ELETROCARDIOGRAMA
Ao receber um animal, logo na preparação cirúrgica ele já deve dar início na
avaliação do eletrocardiograma no momento pré-anestésico, com o objetivo de
localizar possíveis alterações que possam vir a intervir no uso de fármacos e
métodos que serão aplicados no paciente.
No decorrer do processo cirúrgico, a aplicação confere ao acompanhamento
mais próximo da condução elétrica do coração e a permissão da visualização
de possíveis alterações que sejam capazes de dar algum problema no fator de
risco anestésico.
Já no momento pós-cirúrgico, a monitoração preza visualizar arritmias
intermitentes ao longo do tempo e também captar alterações no traçado que
não aconteceram no trâmite da anestesia.
Um dos fatores principais da monitoração anestésica é a escolha do
equipamento. Em casos mais simples pode ser utilizado um monitor simples
ajustado para derivação II, o qual permite uma boa avaliação atrial, observando
corretamente a função elétrica ventricular e ainda a incidência de hipóxia e
isquemia do miocárdio, isso mediante a observância da amplitude da onda T,
em relação ao complexo QRS. Já a monitoração de sistemas multicanal, de
preferência os computadorizados, são de prevalência para monitorar pacientes
que apresentam cardiopatia, por exemplo arritmias e outras patologias
cardíacas.
Um dos achados mais comuns é a taquicardia sinusal durante a anestesia,
podendo ser compensatória à hipotensão grave, o que deveria ser percebida
de forma mais atenta por conta deste fator. Isso se deve por causa de
administração de drogas vagolíticas ou do uso de catecolaminas. A dispensa
do tratamento pode trazer arritmias que se não forem tratadas podem evoluir
para uma fibrilação e assistolia.
Um outro achado que pode ocorrer por vários motivos é a bradicardia. Dentre
eles, um é o uso de certas drogas que faz com que o tônus vagal aumente ou a
sensibilidade do coração a agentes que executam depressão direta cardíaca. A
fuga ao tratamento pode levar à assistolia súbita e também deve-se ficar atento
nos animais que foram anestesiados por um período longo que podem
desenvolver assim uma possível hipotermia podendo ter bradicardia refratária
onde levará à aplicação de anticolinérgicos.
Outro acontecido são os bloqueios atrioventriculares que geralmente ocorrem
com frequência durante a anestesia, principalmente naquelas quais se faz o
uso de agentes voláteis (Halotano). E então, neste caso, deve-se usar os
anticolinérgicos. A hipóxia quando percebida, deve ser corrigida de forma
imediata e a não visualização pode agravar os sintomas, e evoluir para uma
arritmia ventricular sustentada, assistolia e fibrilação.
E talvez uma das mais graves dentre as citadas é quando acontece a fibrilação
do músculo cardíaco. O médico anestesista deve estar preparado sempre, pois
a alteração não costuma vir precedida de outros sinais.

FREQUÊNCIA E RITMO CARDÍACO


Essa monitoração é para a identificação de eventos ocorrentes (arritmias,
bradicardias) que possam vir a uma certa evolução no processo de anestesia.
O anestesista deve conhecer bem o animal para fazer correções antes da
anestesia, se possível. Caso isso não seja possível, deve-se fazer o uso de
fármacos que não dê prejuízo ao animal, anestésicos que possam ser usados
em cardiopatias.
Durante a anestesia, o animal pode apresentar alterações cardíacas. Isso
sempre deve ser constatado pelo anestesista. Pode apresentar bloqueios
ventriculares, batimentos ventriculares de origem ectópica, por exemplo.
A maioria dos óbitos por acidentes anestésicos são diretamente ligados ao
coração, portanto sempre deve estar atento a essas situações.

ESTETOSCÓPIO
Mesmo sendo um dos métodos mais básicos para acompanhamento cardíaco,
pode ser visto também fazendo acompanhamento do ritmo cardíaco e sua
frequência.
Sempre que for fazer o uso, é necessário que já tenha um bom conhecimento
de fazer distinção de uma alteração a outra. Para isso, a recomendação é que
acompanhe com um traçado eletrocardiográfico. Desse modo, pode-se ter mais
segurança quando estiver apenas com o estetoscópio para auscultação.
Alguns achados facilmente apenas usando o estetoscópio são: hipofonese
advinda de fusão pericárdica ou sopros provenientes de disfunções
valveolares. Dificilmente encontradas, mas também detectáveis são fibrilação
atrial ou ventricular como sons de alta frequência e baixa intensidade.
Durante a cirurgia deve-se monitorar o paciente. Caso seja torácica, tem a
opção de usar o estetoscópio transesofágico podendo introduzir a sonda no
esôfago até que se tenha o som das bulhas.
Existe também um amplificador de áudio com alto-falante que o cirurgião
também pode escutar o coração e, caso seja apropriado, ele mesmo pode
interromper, caso seja necessário, o procedimento cirúrgico.

PRESSÃO ARTERIAL
O preciso conhecimento da pressão do paciente ainda interfere e auxilia na
decisão da técnica anestésica a ser utilizada e também possibilita determinar
comparações entre seus valores basais e os obtidos durante a anestesia. A
técnica de mensuração é dividida em direta e indireta.
MEDIDA DIRETA DA PRESSÃO ARTERIAL
A Medida Direta da Pressão Arterial atua com grande vantagem sobre o
método indireto, pois, os valores obtidos são mais fidedignos em todas as
pressões que foram mensuradas, mesmo que o paciente tenha severa
hipotensão. Este método também concede a obtenção contínua de valores,
acompanhamento do formato de onda, feito pela artéria pelo transdutor do
aparelho de medida. Neste método é exige-se uma maior invasão ao paciente,
já que é necessário que o animal seja canulado. É feita uma simples punção
em pacientes mais tranquilos por conta dos MPA, desde que o diâmetro do
vaso possibilite esta punção. Uma variação seria, caso não seja possível a
cutânea, ser realizada a canulação cirúrgica utilizando a menor incisão possível
no vaso escolhido. Logo após este passo deve-se proceder ao flush do cateter
com solução salina para evitar a coagulação e conectar a extremidade distal da
cânula.
MEDIDA INDIRETA DA PRESSÃO ARTERIAL
Para uso em pequenos animais é indicado o método de sistema Doppler que
consiste num monitor composto de cristais transdutores que são posicionados
sobre uma artéria. Este material faz com que produza um som do pulso
proporcionalmente ao fluxo sanguíneo. Feito isso, posiciona-se um manguito
inflável acima da articulação umerorrádio-ulnar, e então esse manguito é
inflado até que se ouça um ruído de pulso arterial onde solta-se devagar o ar
do interior do material inflável até ouvir novamente o som, ouvir até esse ponto
é considerada a pressão sistólica. Já a diastólica nem sempre é capaz de se
detectar devido a súbita mudança do som. Deve-se fazer sempre a tricotomia
do local para obter os mais fidedignos resultados.

OXIMETRIA
Representa a porcentagem de oxiemoglobulina saturada por oxigênio. A sua
importância se concretiza pelo fato de que não é normal que obtenhamos
sinais clínicos de cianose para presumir uma hipoxemia. Logo, caso haja
cianose aparece saturação de oxiemoglobulina de 60 a 70%.
A oximetria concede alto grau de percepção da hipoxemia e seu uso determina
redução imediata no índice de acidentes anestésicos com relação à hipóxia, e
é possível identificar a baixa na saturação antes mesmo que se note a cianose.
Os princípios da oximetria não invasiva consideram o fato de a hemoglobina
saturada com oxigênio manter luz de modo contrário da não saturada. Sendo
assim, os dispositivos de mensuração usam luz infravermelha, e do outro lado,
o aparelho recebe luz emitida que poderá então estar diminuída tanto pela
absorção dos tecidos que atravessou, quanto pelo fato de ter sido absorvida
pela oxiemoglobulina.
O processador interno do equipamento irá calcular mediante a luz emitida e
recebida, a proporção de moléculas saturadas. É possível colher estes
resultados posicionando este dispositivo em partes como língua, lábios
vaginais, prepúcio, mama e orelhas. O local mais utilizado em pequenos
animais é a língua quando o animal está imóvel.

FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
Fazer a contagem de movimentos respiratórios nas regiões do tórax e
abdômen podem dar ideia do quão a anestesia teve profundidade. Além disso,
este método é o mais comum.
Outra técnica para mensurar a frequência respiratória é da conexão do
paciente a monitores que fazem a permissão com que essa frequência seja lida
corretamente no parâmetro. Estes equipamentos normalmente exigem que o
animal seja intubado com o tubo endotraqueal ou que se faça o uso de
máscara para passagem do oxigênio e anestésico vaporizado.
A ventilometria é a medida de volumes envolvidos na expiração. Ela tem
função de identificação precocemente ocorrências da hipoventilação que
podem acometer até pacientes normais.
CAPNOMETRIA
Consiste em um método de caráter não invasivo para mensuração da
concentração alveolar de dióxido de carbono. Os valores são fornecidos em
mmHg pelos capnômetros, que mostram a concentração de CO2 ao final da
respiração, e os equipamentos produzem uma onda de formato característico
denominada capnograma.
Comumente, os sensores dos capnômetros são dispostos em linha com sonda
orotraqueal ou máscara vedada, mas também existem dispositivos coletores de
amostras das narinas e fazem as mensurações que são necessárias. Os
valores baixos de ETCO2 podem refletir em desconexão do circuito anestésico,
obstrução das vias aéreas e arritmia grave ou assistolia, estes podem também
indicar hiperventilação seguida de apneia.

CONCENTRAÇÃO ALVEOLAR MÍNIMA (CAM)


Usada para comparar anestésicos inalatórios. É a concentração de anestésicos
capaz de zerar movimentos em respostas a estímulos de dor em 50%. Ela se
dá pela quantidade menor de concentração alveolar mínima, sendo assim
quanto menor a dose utilizada na anestesia, maior será a potência do
anestésico inalatório.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A IMPORTÂNCIA DE MONITORAR DURANTE A CIRURGIA
<https://anestesiaveterinaria.weebly.com/importacircncia-da-monitorizaccedilatildeo.html >
acesso em 11/05/19
TRANQUILLI, William J.; THURMON, John C.; GRIMM, Kurt A. Anestesia e
Analgesia Veterinária. São Paulo: ROCA LTDA, 2013.
FANTONI, Denise Tabacchi; CORTOPASI, Silvia Renata Gaido. Anestesia em
Cães e Gatos. São Paulo: ROCA LTDA, 2010.
ANESTESIA VOLÁTIL E MONITORAÇÃO ANESTÉSICA
<https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/4779/1/sebenta_de_anestesiologia
%5B1%5D.pdf> acesso em 11/05/19

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