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MÓDULO II – ENFERMAGEM EM UTI E ONCOLOGIA

Monitorização Hemodinâmica

Docente: Victória Alves


Bacharel em Enfermagem –UNINASSAU BELÉM
Especialista em Enfermagem em UTI - FACEMINAS
MONITOR CARDÍACO
Tipos de Monitorização
NÃO-INVASIVA INVASIVA

 ECG
 PNI (pressão arterial)  PVC (pressão arterial)
 FR  Capnografia
 Oximetria de pulso  Swan-ganz...
 Temperatura
MONITORIZAÇÃO DA
SATUROMETRIA
OXÍMETRO
 Equipamento que determina a saturação de oxigênio
da hemoglobina arterial (SpO2).
 Os dados coletados são aferidos em porcentagem.
OXIMETRIA DE PULSO

 É um método não invasivo, prático e facilmente


disponível para avaliar a saturação parcial de oxigênio
nos tecidos.
 Afere de forma contínua o percentual de hemoglobina do
sangue que está saturada de oxigênio.
 O valor normal de SpO² é de 95 a 100%.
 É feita com monitores comuns de monitor
bancada, multiparâmetro, ou com oxímetro portátil
de dedo; medida
 intermitente(descontínua)
Por sua disponibilidadetemesido
importância,
considerada como 6º
sua
sinal vital;
 A monitorização deve ser intermitente e a leitura é feita após
3 minutos de estabilização.
Como regra geral o objetivo é
manter a SpO2 em torno
95%,
de mas esse valor de
referência para
é
normais. Os níveis
adultos
variam de
acordo com a idade do pct e
tipo de doença.
Fatores que interferem nos valores de SpO²
 PCR;
 Choque ou em outros estados de baixa perfusão;
 Sepse;
 Hipotermia;
 Uso de drogas vasoconstrictoras;
 Anemia;
 Esmalte na unha.
DESSATURAÇÃ
O
 Situação em que há queda da oxigenação do sangue e
tecidos;
 Saturação começa a ficar abaixo de 95%.
MONITORIZAÇÃO
CARDÍACA
MONITORIZAÇÃO CARDÍACA
 A eletrocardiografia contínua é a mais frequentemente usada
em pcts em estado grave ou potencialmente instáveis,
sobretudo pcts com problemas cardíacos, suspeita de isquemia
miocárdica ou risco de evoluir com arritmias ou PCR;
 Atenção!! A monitorização não substitui a necessidade do
ECG convencional de 12 derivações para diagnóstico e
acompanhamento de cardiopatas.
MONITORIZAÇÃO CARDÍACA
 Deve ser realizada ininterruptamente em todos os
pacientes internados em unidades de terapia intensiva;
 Ela nos fornece dados contínuos de frequência
cardíaca e presença de arritmias cardíacas;
 A pele deve ser limpa e seca, se necessário realizar tricotomia;
Posição dos eletrodos
 Existem diversas marcas de eletrodos adesivos descartáveis;

 Para usá-los basta remover a película adesiva que expõe


a parte que vai ser aderida à pele;
 Não existe uma padronização rígida da posição dos
eletrodos na monitorização contínua;
 Existem monitores com cabos de 3, 4 ou 5 eletrodos;
Posição dos eletrodos
 Ao escolher onde aderir cada eletrodo, preferir locais sobre
ossos, evitar massas musculares que causam mais
interferências;
 Evitar colocar eletrodo central sobre o esterno cuja área deve
ser preservada para compressões torácicas na reanimação;
 As posições são identificadas pela sigla em inglês do membro
mais próximo.
Posição dos
eletrodos
Posição dos eletrodos
1. Região Infraclavicular Direita
2. Região Infraclavicular Esquerda
3. Quarto espaço intercostal, no centro do esterno
4. Abaixo do tórax direito
5. Abaixo do Tórax esquerdo

- O padrão das cores dependem do monitor utilizado, porem a


maioria utiliza o padrão IEC
Os eletrodos
MONITORIZAÇÃO NÃO
INVASIVA DA
PRESSÃO ARTERIAL-
PNI
PNI
 Quando a PA precisa ser monitorada com maior frequência é
mais prático utilizar um monitor automático não invasivo que
afere a PA em intervalos programados através de um manguito
e braçadeira adequados com um tubo único ligado diretamente
ao monitor;
 A PA é aferida pelo método oscilométrico similar aos
medidores eletrônicos portáteis, o que exige que o pulso
arterial tenha uma amplitude suficiente para ser captada.
PNI
 Muito utilizado em pcts instáveis mas que não precisem de
monitorização invasiva;
 O manguito deverá ser colocado preferencialmente no braço,
mas quando os braços estão impedidos por acesso venoso,
lesões, mastectomia, etc. pode ser colocado na coxa ou perna,
desde que o manguito seja de tamanho adequado ao perímetro
do membro.
PNI
MONITORIZAÇÃO
HEMODINÂMICA
INVASIVA
 Quando a estabilidade hemodinâmica do cliente
fica
comprometida, há a necessidade de se ter
acesso aos
parâmetros vitais com procedimentos invasivos, como a
pressão venosa central, cateter de Swan-Ganz, etc.
Pressão Venosa Central (PVC)
 É a pressão aferida na veia cava próximo à entrada do átrio
direito através de um cateter central;
 É um parâmetro útil nos pcts graves para orientar a
necessidade de reposição de líquidos, monitorar a evolução de
choque ou insuficiência cardíaca;
 Seu uso pode evitar tanto que o pct fique hipovolêmico por
falta de infusão de volume, ou que receba excesso de volume.
Pressão Venosa Central (PVC)

 Indicação : toda situação em que ocorra alteração do volume


de líquido circulante como nas hemorragias, pós-operatório de
grandes cirurgias, doenças cardíacas, dentre outras;

 O valor normal de PVC é de 2 a 8mmHg.


POSICIONAMENTO DO
CATETER
CATETER DA ARTÉRIA
PULMONAR-SWAN GANZ
 Constitui um método rápido para obter informações
diagnósticas;
 Construído com material flexível em poliuretano que,
introduzido através de uma veia central de adequado calibre,
chega as estruturas cardíacas e pulmonares;
 É inserido para obter dados muito precisos e indicado na
terapêutica para o controle do estado hemodinâmico do
paciente crítico e, sobretudo, se está em estado de choque;
 É utilizado para detectar falhas cardíacas, monitorar a terapia
aplicada e avaliar o efeitos das drogas administradas.
Cateter de Artéria
Pulmonar
 O cateter de Swan Ganz tem como objetivo primário dar
informações quanto às características hemodinâmicas dos
estados de choque, bem como guiar a terapêutica;

 Sendo assim, as indicações devem ser bem selecionadas, pois


se trata de um procedimento invasivo, que naturalmente trará
riscos aos pacientes, e, portanto deve ser utilizada quando
corretamente indicada e com o intuito de fornecer dados
adicionais que poderão alterar condutas.
 O cateter de Swan Ganz serve ainda para a coleta de sangue
venoso misto, na artéria pulmonar, para análise oximétrica e
para medida do débito cardíaco pelo método de termodiluição,
onde se provoca a diferença de temperatura na corrente
sanguínea;
 Com o cateter posicionado, obtêm-se os seguintes parâmetros:
Pressão venosa central: Através da via proximal.
 Pressão de artéria pulmonar ocluída: Através da via distal.
MONITORIZAÇÃO DA
CAPNOGRAFIA

 Consiste na medida contínua da pressão parcial de CO2 na


saída da via aérea, conexão do tudo traqueal ou através de um
cateter que aspira amostras de ar do circuito do ventilador ou
de máscara facial;
CAPNÓGRAFO

 Equipamento utilizado para captar a saída do gás carbônico


(CO2) que ocorre a cada expiração do ar de nossos pulmões.
 É introduzido entre o tubo ventilatório do pct e o ventilador
mecânico, geralmente é utilizado em pacientes sob ventilação
artificial.
VENTILAÇÃO INVASIVA E NÃO
INVASIVA
 Invasiva quando o equipamento é conectado ao pct
por meio de tubo endotraqueal o traqueostomia;

 Não quando equipamento é conectado ao


invasiva pct
através de máscaras;
VNI
 Máscara de Venturi

 Cateter de O2 tipo óculos

 CPAP/BIPAP

 Máscara de nebulização contínua


CPA
P
 Suporte respiratório com pressão positiva contínua em vias
aéreas;
 É uma forma de suporte ventilatório com ou sem
oxigenoterapia associada que ajuda a manter abertas as vias
aéreas do pct com a sustentação de uma pressão positiva
durante a expiração;
 Pode ser feito com equipamentos específicos para CPAP ou
com ventiladores convencionais.
Principal indicação apneia
obstrutiva do sono no adulto e
doença da membrana mielina
em prematuros.
BIPA
P
 Termo adotado para aparelhos biníveis, que são geradores de
fluxo e fornecem 2 pressões de tratamento: pressão de inalação
mais elevada(IPAP), e pressão de exalação, mais baixa para
facilitar a expiração(EPAP);
 Oferece suporte a respiração de forma não invasiva, utilizando
máscaras nasal ou facial, para evitar a necessidade de
colocação de um tubo na garganta para ventilar o paciente.
TRAQUEOSTOMIA
 Procedimento cirúrgico em que é feita uma comunicação entre
a pele do pescoço e a traqueia por onde é inserida e fixada uma
cânula;
 Pode ser eletiva ou de urgência, temporária ou definitiva;

 Pcts são traqueostomizados para garantir uma via aérea segura


em casos de obstrução respiratória alta ou para ventilação
mecânica alta.
TRAQUEOSTOMIA
 Pela traqueostomia é possível suplementar O2, fazer
nebulização, aspirar secreções traqueobrônquicas ou ventilar
conectando a traqueostomia ao ventilador mecânico ou a uma
BVM(AMBU);
 Pcts exigem cuidados especiais de enfermagem, que incluem
fixação da traqueostomia, curativo da ferida cirúrgica, limpeza
da cânula, etc.
TRAQUEOSTOMIA
 O pct consegue verbalizar quando a cânula já permite alguma
passagem de ar entre a cânula e a traqueia;
 Nesse caso para o pct falar, oclui com o dedo a entrada
da cânula para forçar o ar passar pela laringe;
 Entretanto na traqueostomia recente o pct não
consegue verbalizar.
INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL
 Procedimento realizado pelo médico com assistência de
enfermagem;
 Geralmente é procedimento de urgência, exceto em situações
em que é feita de forma eletiva, como sedação para cirurgias;
 As principais indicações são a necessidade de ventilação
mecânica por IRA, coma com depressão respiratória,
queimadura envolvendo vias aéreas, etc.
VENTILADOR MECÂNICO
 Equipamento que conectado ao TOT ou traqueostomia,
permitem a entrada intermitente de um vol. determinado de
oxigênio e ar sob pressão positiva pelas vias aéreas até os
alvéolos.
DESMAME DE VENTILAÇÃO
MECÂNICA
 Processo de readaptação, cujo objetivo é que o pct reassuma a
ventilação espontânea sem necessitar do ventilador mecânico;

 Iniciado quando atendidas as exigências de


estabilidade clínica, hemodinâmica funcional respiratória e
gasométrica;
 Despertar matinal.
Escala de sedação Ramsey

A escala de Ramsay avalia


o grau de sedação em
pacientes de UTI com
escala de valores de 0 a 6.
Escala de sedação Ramsey
Escala de Coma de Gasglow

Avalia e calcula o nível de


consciência do paciente
Escala de Coma de Gasglow
Escala de Coma de Gasglow
- Varia de 1 a 15 pontos
- Avalia: Abertura Ocular; Resposta Verbal; Resposta Motora;
Reação Pupilar

RESULTADOS:

13- 15 12-09 <8


Leve Moderado Grave
OBRIGADA
REFERÊNCIAS

 SMELTZER, S. C; BARE, B. G. BRUNNER & SUDDARTH:


Tratado de Enfermagem Médico- Cirúrgica. 11 ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
 REYNALDO, G. O. Blackbook-Enfermagem. Belo
Horizonte: Blackbook Editora, 2016.

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