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Larissa Brasil

PCR: ritmos chocáveis e não chocáveis

Conceitos fundamentais:

→ A Parada cardiorrespiratória (PCR) é a MAIOR emergência existente na


medicina. Constituída pela falência circulatória e respiratória de um
paciente, levará ao óbito em pouco minutos caso nenhuma medida seja
tomada.

→ Fases da PCR:
• Fase elétrica: até 4 minutos do início da PCR, sendo o período ideal para
a desfibrilação.
• Fase circulatória: de 5 a 15 minutos do inicio da PCR, sendo necessário
dar ênfase nas compressões durante essa fase.
• Fase metabólica: inicia após 15 minutos do inicio da PCR, sendo
importante focar na hipotermia terapêutica, visando a baixa liberação de
citocinas inflamatórias.

→ Cadeia de sobrevivência:

Suporte Avançado de Vida:

→ Chegada do SME: avaliação sistematizada (C-A-B-D):


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• C (Circulação):
- Carrinho de parada:
✓ Tábua/ superfície rígida
✓ Desfibrilador: Quanto mais cedo a desfibrilação ocorre, quanto maior
a taxa de sobrevivência. Quando uma arritmia fatal está presente, CPR
pode fornecer uma pequena quantidade de fluxo de sangue para o
coração e o cérebro, mas não pode restaurar diretamente um ritmo
organizado. A probabilidade de restaurar um ritmo de perfusão é
optimizado com RCP imediata e desfibrilação.
O objetivo da desfibrilação é interromper um ritmo caótico e permitir
que o coração para retorne a atividade elétrica eficaz. A dose de
energia adequado é determinada pela concepção do desfibrilador-
monofásico (360 J) ou bifásico (200 J).
Desfibrilação precoce é o único tratamento de escolha para PCR
em fibrilação ventricular e taquicardia ventricular (FV/TV), sendo esses
os ritmos mais frequentes nos primeiros minutos das PCR no ambiente
extra-hospitalar.
OBS:Ritmos chocáveis: Fibrilação ventricular e taquicardia ventricular.
Ritmos não chocáveis: Assistolia e Atividade elétrica sem pulso
(AESP).

- Ritmos de PCR:
1. Fibrilação ventricular (FV):

FV é um rápido tremor das paredes ventriculares que os impede de


bombeamento. O movimento ventricular de VF não está sincronizado com
contrações atriais.
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2. Taquicardia Ventricular (TV):

TV é uma condição na qual os ventrículos se contraem mais do que 100


vezes por minuto.
QRS largo; ritmo regular; sem onda P.

3. Atividade elétrica sem pulso (AESP):


É definida como qualquer forma de onda sem pulso com a excepção de
FV, TV ou assistolia.
Hipovolemia e hipóxia são as duas causas mais comuns de PEA. Eles
também são os mais facilmente reversível e deve estar no topo de
qualquer diagnóstico diferencial.

4. Assistolia:

Assistolia é uma linha plana ECG. Pode haver movimento subtil de


distância da linha de base (que deriva da linha plana), mas não há
nenhuma atividade eléctrica cardíaca perceptível.
Sempre garantir que uma leitura de assistolia não é um erro técnico.
Certifique-se de que os cabos têm um bom contato com o indivíduo e se
estão devidamente conectados, alterar os ganhos (ganho é a quantidade
de energia que esse desfibrilador capta) e checar as derivações.
OBS: Protocolo CA (cabos)-GA (ganho) -Da (derivações).
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- Acesso venoso:
✓ Vias de acesso: O acesso periférico (tentar no máximo até 3x) é
preferido para administração de medicamentos e de fluido, a
menos que de acesso à linha central, já está disponível.
Acesso à linha central não é necessário durante a maioria
das tentativas de reanimação, pois pode causar interrupções no
CPR e complicações durante a inserção. Colocar uma linha
periférica não requer interrupção CPR.
Drogas e fluidos podem ser entregues de forma segura e
eficaz durante a reanimação por via IO se o acesso IV não está
disponível. IO acesso pode ser utilizado para todos os grupos
etários, pode ser colocada em menos do que um minuto, e tem uma
absorção mais previsível do que a rota de ET.
PROVA: Acesso periférico – Periférico em veia jugular externa –
intraósseo – Endotraqueal (somente em paciente entubado) – Acesso
central.

- Compressões de alta qualidade:


✓ Velocidade: 100-120 compressões/min
✓ 1 ciclo: 30 compressões – 2 ventilações
✓ Profundidade: 5 cm
✓ Permitir o retorno completo do tórax

• A (Airway – vias aéreas):


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- A causa mais comum de obstrução das vias aéreas é a queda da língua


devido à ausência de tônus muscular suficiente e também em decorrência de
um mecanismo tipo válvula pela pressão negativa criada nas vias aéreas pelo
esforço inspiratório. Manobras para reverter a queda da base de língua:

• Chin lift (elevação do mento): não deve ser utilizada em pacientes com
suspeita de lesão cervical.
• Jaw thrust (elevação da mandíbula).

- Considerar via aérea definitiva: Se a ventilação saco-máscara é adequada,


fornecedores podem diferir inserção de uma via aérea artificial. Os
profissionais de saúde devem tomar a decisão quanto à adequação de
colocar uma via aérea avançada durante o levantamento ACLS. O valor da
fixação das vias respiratórias deve ser equilibrado contra a necessidade de
minimizar a interrupção da perfusão que resulta em travar a RCP durante a
colocação das vias aéreas. Equipamento de vias aéreas de base inclui a via
aérea orofaríngea (OPA) e a via aérea da nasofaringe (NPA).
OBS: se o motivo da PCR foi uma hipóxia é mandatória a inserção de uma
via aérea avançada.
▪ Definitiva: tubo com balonete insuflado na traqueia, protegendo assim as
vias aéreas.
Ex: Intubação orotraqueal, intubação nasotraqueal, cricotireoideostomia
cirúrgica, traqueostomia (eletiva)
▪ Temporária: ausência de cuff na traqueia.
Ex: mascara laríngea, tubo esôfagotraqueal, cricotireoideostomia por
punção.
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• B (Respiração):
- Na parada cardíaca, administrar oxigênio a 100%. Manter saturação de O2
maior do que ou igual a 94 por cento, como medida por um oxímetro de pulso.
Use capnografia onda quantitativa quando possível (avaliar ventilação
eficaz). Se a leitura ETCO2 é inferior a 10 mmHg após 20 minutos de RCP
para um indivíduo entubado, então você pode considerar parar tentativas de
reanimação.
- Evitar ventilação excessiva.

• D (Diagnósticos pulmonares e drogas):


- Comece com a causa mais provável da detenção e, em seguida, avaliar as
causas menos prováveis. Tratar causas reversíveis e continuar PCR,
minimizando interrupções na perfusão é fundamental.

- Drogas: Uso de qualquer medicação ALCS deve ser feito dentro do seu
âmbito de prática e, após estudo aprofundado das ações e efeitos colaterais.
▪ Epinefrina: 1 mg/ml em frascos de 1 ml. Fazer 1 ml EV seguido de flush
ad de 20 ml com elevação do membro a cada 3-5 min.
▪ Amiodarona: FV / TV: 300 mg diluir em 20 a 30 ml, pode repetir 150
mg em 3 a 5 min.
▪ Sulfato de Mg (não usar em PCR e RCP): 10 e 50%. 1-2g (2-4 ml do frasco
de 50%) EV diluído em 10 ml de SG 5% em bolus.
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Organização da equipe:

→ O médico (líder) deve solicitar o carrinho de parada e a comunicação da


equipe deve ser feita em cadeia fechada, ou seja, toda vez que o líder
pedir algo, o realizador deve informar que fez.
→ A equipe é formada por:
• Líder; Quem comprime; Quem ventila; Quem monitoriza e encarregado
pelo desfibrilador; Quem pega o acesso venoso, prepara e administra as
drogas; Quem anota tempos e condutas.
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Conduta da PCR :

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