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Cardiorespiratória - PCR
Prof. Tatiana Ramos
O QUE É?
Definição
Na maioria dos casos em adultos, a etiologia é cardiológica, entretanto não se pode ignorar os
casos provenientes da deterioração de outros sistemas. Frequentemente, são identificadas
quatro modalidades de PCR, a saber:
CHOCÁVEL!
interferência elétrica com fibrilação ventricular. A constatação de fibrilação ventricular
prioriza a desfibrilação antes de qualquer outra conduta.
Ritmos:
CHOCÁVEL!
Ritmos:
Assistolia: Ausência total de atividade elétrica do coração. Não pode ser confundida
com desconexão de um eletrodo ou ondas fibrilatórias finas perpendiculares à linha
NÃO
que une dois eletrodos.
Assistolia : protocolo da linha reta - Verificar cabos
CHOCÁVEL!
Ritmos:
Atividade Elétrica sem Pulso (AESP): Nesta situação, embora não se detectem pulsos,
encontra-se no monitor uma atividade elétrica organizada, geralmente com complexos
NÃO
largos e bizarros. Apesar do mau prognóstico, algumas causas (hipoxemia,
hipovolemia severa, pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco, hipotermia,
embolia pulmonar, hipercalemia, intoxicação por medicamentos —tricíclicos, digital,
betabloqueadores, bloqueadores de canal de cálcio e vagotinismo), quando corrigidas,
podem tornar o quadro reversível
CHOCÁVEL!
Ressuscitação ou Reanimação
Cardiopulmonar – RCP
A reanimação cardiopulmonar (RCP) envolve procedimentos que visam garantir
fluxo sanguíneo para o córtex cerebral e o miocárdio, a fim de preservar a
integridade desses órgãos, prevenir lesões isquêmicas e reduzir os índices de
incapacitações, morbidade e mortalidade.
O objetivo principal da RCP é o retorno da circulação espontânea (RCE),
recuperação neurológica significativa e preservação da função dos órgãos vitais
Diretrizes para Reanimação cardiopulmonar e
atendimento cardiovascular de emergência
Cada minuto de atraso diminui a probabilidade de sucesso da RCP de 10% a 12%. Por conta disso, as
comunidades que têm grupos com tendência a PCR devem ter programas públicos de acesso à
desfibrilação.
Se a vítima estiver sem pulsação, o socorrista deve analisar se o DEA possui ritmo chocável assim que
pegar na máquina. Por meio das compressões, a RCP deve ser iniciada imediatamente após cada choque.
O DEA deve ser utilizado antes da chegada do Suporte Avançado e a sugestão é que o primeiro choque
aconteça em até três minutos após a PCR.
QUARTO ELO: Ressuscitação avançada
Por meio da intubação endotraqueal, a chegada desse Serviço Médico permite uma
ventilação mais eficaz. Além disso, também é possível melhorar a circulação por
meio da administração de fármacos
Esse processo deve ser iniciado ainda na fase pré-hospitalar e a sequência dele tem
que ser feita no hospital, pois isso permite que as vítimas de PCR sejam
estabilizadas
QUINTO ELO: Cuidados pós PCR
Nesse procedimento, a vítima passará por uma avaliação para identificar e tratar a
causa da PCR. Ademais, ela também será internada para cuidados intensivos
A demora em avaliar o paciente pode aumentar as chances dele ter complicações, pois o problema pode não ser percebido
a tempo de salvá-lo.
Um dos métodos para evitar a demora na percepção da piora do paciente é o aumento da monitorização eletrônica de
pacientes de alto risco. Para que isso aconteça, é preciso fazer um eletrocardiograma tradicional (ECG).
Além do ECG, o paciente pode ser avaliado por meio de telemetria, novos sensores de frequência cardíaca e respiratória ou
simplesmente aumentando a vigilância clínica.
Outro método para avaliar a situação clínica de uma pessoa é a Escala de Modified Early Warning Score (MEWS). Essa escala
serve para identificar sinais precoces de deterioração clínica.
A MEWS consiste em um sistema de atribuição de pontos para parâmetros vitais. Quanto mais longe os parâmetros estiverem do
normal, maior a pontuação da escala. A MEWS analisa o tempo de cinco minutos entre o acionamento e o atendimento médico.
SEGUNDO ELO: Acionamento do
serviço médico de emergência
Ao notar que a vítima não responde aos estímulos, é preciso chamar ajuda
imediatamente. Ou seja, é preciso acionar o serviço médico de emergência, pois eles
possuem carrinho de emergência, desfibrilador e sistema de ventilação.
Vale lembrar que, quando uma PCR é identificada, o processo de reanimação deve
ser feito imediatamente.
TERCEIRO ELO: RCP de alta qualidade
Nesse procedimento, a vítima passará por uma avaliação para identificar e tratar a
causa da PCR. Ademais, ela também será internada para cuidados intensivos
Constatada a PCR, o mnemônico CAB pode ser utilizado para descrever as etapas
simplificadas do atendimento em SBV:
• C — circulação com compressões torácicas (30 compressões);
• A — abertura de vias aéreas (VAs);
• B — boa ventilação (administração de duas ventilações após 30 compressões torácicas);
• D — desfibrilação o mais rápido possível, quando indicada.
• monitoração cardíaca;
• uso de fármacos;
• desfibrilação;
• equipamentos especiais para ventilação;
• marca-passo;
• cuidados pós-PCR, depois do RCE.
O SBV é fundamental para a efetividade do SAV. Pacientes que
apresentam PCR e são prontamente atendidos com medidas eficazes
de SBV têm mais chances de sobrevida sem sequelas com as ações do SAV. As
medidas invasivas não produzem o efeito desejado se o paciente não for
previamente reanimado de maneira adequada.
O sucesso das intervenções de SAV depende do reconhecimento precoce
da PCR e do uso de tratamentos de SBV. O cuidado após a RCP é cada vez mais
reconhecido como fator crítico no resultado de pacientes que atingem
o RCE após a PCR
No SAV, é fundamental o diagnóstico do ritmo da PCR para a instituição das
medidas terapêuticas adequadas a cada ritmo.
A partir da correta execução
do SBV até o momento do
atendimento em que o paciente
apresenta ventilação e circulação
artificial pela compressão torácica
cardíaca externa, deve-se seguir
o algoritmo circular do SAV, de
acordo com a modalidade de PCR.
AÇÕES DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO ATENDIMENTO À PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
É fundamental que o atendimento de uma situação de emergência, como a PCR,
seja conduzido por um líder. Durante o atendimento de SBV com a presença do
enfermeiro, esse profissional se apresenta como líder, assumindo a condução das
manobras e a supervisão da atuação dos demais profissionais. Em situações
de SAV, a liderança passa a ser compartilhada entre o médico e o enfermeiro.
Esses profissionais coordenam a equipe e gerenciam a assistência prestada ao
paciente. Isso não se aplica somente à equipe de enfermagem, mas também aos
outros membros que integram a equipe multidisciplinar.
Durante o esforço de RCP, a equipe multidisciplinar atua em conjunto para
prestar cuidados coordenados ao paciente. O trabalho em equipe ajuda a
garantir que as várias necessidades do indivíduo sejam atendidas ao longo desse
esforço.
Na linha evolutiva do atendimento primário à PCR, as ações dos membros 1 e 2
devem ser desempenhadas por profissionais com habilidades e conhecimentos
mais desenvolvidos (enfermeiro e médico). As ações do membro 3 podem ser
realizadas por profissional de nível médio.
Na linha evolutiva do atendimento secundário à PCR, as manobras são
consideradas de SAV. É preciso intensificar a atuação do enfermeiro e do
médico, por características de habilidade e conhecimento profissional. Em alguns
serviços de saúde, o fisioterapeuta está presente e auxilia as manobras de
obtenção e permeabilização das VAs e a manutenção da boa ventilação.
Medicamentos utilizados na PCR
Adrenalina:
Utilizada em todos os casos de PCR.
Seu efeito vasoconstritor periférico intenso aumenta a pressão na aorta,melhorando o
fluxo coronariano e cerebral.
A dose recomendada é de 1mg IV repetida a cada 3 ou 5 min
Após infusão - bolus de 20 ml de solução salina e, se possível elevar o membro!
Medicamentos utilizados na PCR
Amiodarona:
Antiarrítmicos - está indicada numa série de arritmias, tanto ventriculares como
supraventriculares.
Na PCR a dose é de 300 mg IV bolus e, se necessário, outra dose de 150 mg.
Nas arritmias, uma infusão rápida de 150 mg em 10 min pode ser repetida a cada 10
min, ou uma infusão lenta de 360 mg em 6 horas. A dose máxima nas
24 horas é de 2,2 gr. É recomendada uma infusão de manutenção na dose de 540mg IV,
em 18 horas (diluição de SG 5%).
Medicamentos utilizados na PCR
Magnésio (sulfato de magnésio):
A sua deficiência está associada a arritmias cardíacas, sintomas de ICC e morte súbita.
Sua correção deve ser realizada em pacientes com FV ou T V refratárias e recorrentes.
A dose utilizada é de 1 a 2 gramas diluídos em 100 ml de SG 5% e administrado em até
60 minutos.
Pode ser feito em bolus na PCR nos casos de FV/TV refratária aos choques e aos outros
antiarrítmicos
Medicamentos utilizados na PCR
Bicarbonato de Sódio:
Não há indicação formal para o seu uso em PCR. Pelo contrário, efeitos colaterais têm
sido apontados com o uso dessa substância. Como durante a
PCR a acidose é láctica e dependente da ausência de ventilação, o restabelecimento
desta costuma ser suficiente para corrigir o equilíbrio ácido- básico
OBRIGADA!
Recados: