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Parada

Cardiorespiratória - PCR
Prof. Tatiana Ramos
O QUE É?
Definição

 Parada cardiorrespiratória (PCR) é um colapso hemodinâmico em que o coração


perde sua capacidade de promover débito cardíaco (DC) pela incompetência na
ejeção de sangue para a pequena e a grande circulação, provocando deficiência
de oxigenação tissular
 A parada cardiorrespiratória, principal emergência clínica, requer agilidade em
sua identificação, bem como na instituição de manobras de reanimação
cardiopulmonar, buscando o retorno da circulação espontânea e o mínimo de
sequelas à vítima
 Portanto, são necessárias a construção de conhecimentos e capacitações
permanentes da equipe, buscando melhorias no atendimento à vítima de PCR e
nos cuidados após a PCR, conforme as diretrizes internacionais do atendimento
cardiovascular de emergência
 A deficiência de oxigenação tissular decorrente da PCR precisa ser revertida
rapidamente, pois a morte celular e tecidual é proporcional ao tempo do colapso.
 Esse evento pode gerar danos irreversíveis e, muitas vezes, provocar a morte
 O tempo envolvido na constatação e no atendimento da PCR é fator essencial e
uma variável importante
 A avaliação do paciente para constatação da condição não deve levar mais do que
10 segundos
 Estima-se que, a cada minuto sem atendimento, a vítima perca aproximadamente
10% da chance de sobrevida
 Assim, profissionais de saúde e pessoas leigas devem estar capacitados para
reconhecer a iminência ou o estado de PCR no indivíduo, em razão da gravidade do
evento
Causas reversíveis:
Etiologia e Diagnósticos
 A PCR pode ter etiologia:
 Primária (decorrente de disfunção cardíaca) ou 
 Secundária (decorrente de evento extracardíaco)

Na maioria dos casos em adultos, a etiologia é cardiológica, entretanto não se pode ignorar os
casos provenientes da deterioração de outros sistemas. Frequentemente, são identificadas
quatro modalidades de PCR, a saber:

• taquicardia ventricular sem pulso (TVSP);


• fibrilação ventricular (FV);
• assistolia;
• atividade elétrica sem pulso (AESP).

O diagnóstico da PCR é clínico e pode ser complementado por


eletrocardiograma (ECG)
Sinais Clínicos

 Em adultos, a PCR envolve inconsciência, ausência de pulso nas grandes


artérias (pulsos centrais - ausência de pulso carotídeo no adulto e criança e
braquial no bebê) e respiração agônica (gasping) ou apneia, cianose.
 Quadros de PCR podem evoluir para disfunção de múltiplos órgãos, cuja
gravidade depende de fatores como:
• estado de saúde pregresso;
• natureza da doença precipitante;
• duração do insulto isquêmico.
Ritmos:

 Fibrilação Ventricular (FV): Nesta arritmia o traçado eletrocardiográfico apresenta-se


ondulante, assimétrico e de amplitude variável. Deve-se ter o cuidado de não confundir

CHOCÁVEL!
interferência elétrica com fibrilação ventricular. A constatação de fibrilação ventricular
prioriza a desfibrilação antes de qualquer outra conduta.
Ritmos:

 Taquicardia Ventricular (TVSP): Ritmo taquicárdico com complexos QRS alargados e


aberrantes, mas com morfologia e frequência regulares

CHOCÁVEL!
Ritmos:

 Assistolia: Ausência total de atividade elétrica do coração. Não pode ser confundida
com desconexão de um eletrodo ou ondas fibrilatórias finas perpendiculares à linha

NÃO
que une dois eletrodos.
 Assistolia : protocolo da linha reta - Verificar cabos

CHOCÁVEL!
Ritmos:

 Atividade Elétrica sem Pulso (AESP): Nesta situação, embora não se detectem pulsos,
encontra-se no monitor uma atividade elétrica organizada, geralmente com complexos

NÃO
largos e bizarros. Apesar do mau prognóstico, algumas causas (hipoxemia,
hipovolemia severa, pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco, hipotermia,
embolia pulmonar, hipercalemia, intoxicação por medicamentos —tricíclicos, digital,
betabloqueadores, bloqueadores de canal de cálcio e vagotinismo), quando corrigidas,
podem tornar o quadro reversível

CHOCÁVEL!
Ressuscitação ou Reanimação
Cardiopulmonar – RCP
 A reanimação cardiopulmonar (RCP) envolve procedimentos que visam garantir
fluxo sanguíneo para o córtex cerebral e o miocárdio, a fim de preservar a
integridade desses órgãos, prevenir lesões isquêmicas e reduzir os índices de
incapacitações, morbidade e mortalidade.
 O objetivo principal da RCP é o retorno da circulação espontânea (RCE),
recuperação neurológica significativa e preservação da função dos órgãos vitais
Diretrizes para Reanimação cardiopulmonar e
atendimento cardiovascular de emergência

 A American Heart Association (AHA) e o International Liaison Committee on


Resuscitation (Ilcor) atualizavam suas guidelines a cada cinco anos, a partir das
melhores evidências científicas, publicando novas diretrizes para a RCP e o
atendimento cardiovascular de emergência (ACE), a fim de melhorar a qualidade
do atendimento prestado às vítimas
 As ações de RCP que aumentam as chances de sobrevivência das vítimas em
risco de morte por PCR são denominadas cadeias de sobrevivência do adulto.
Elas são seguidas pelo suporte básico de vida (SBV) e pelo suporte avançado de
vida (SAV).
 Em 2015, a AHA recomendou o uso de cadeias distintas para o atendimento
às PCRs intra-hospitalar (PCRIH) e extra-hospitalar (PCREH), considerando a
assistência de pessoas leigas no ambiente extra-hospitalar.
 Em 2020 é incluído o sexto elo na cadeia: RECUPERAÇÃO
Pediatria
Cadeia de sobrevivência

 A cadeia de sobrevivência é um conjunto de procedimentos


que visa salvar pessoas que sofreram uma parada
cardiorrespiratória (PCR). O objetivo desse processo é
aumentar a eficiência do socorro prestado às vítimas desse
problema

 A cadeia de sobrevivência foi desenvolvida após muitos


estudos, experiências e análise de dados. Dessa forma, os
profissionais podem ter um norte para executar esses
procedimentos com a maior eficiência possível.
Extra Hospitalar:
PRIMEIRO ELO: Acionamento do serviço
médico de emergência
 Avaliar se alguém está inconsciente ou não deve ser feito de forma rápida. Por exemplo, se você
observa uma pessoa fragilizada, deitada num lugar público ou possivelmente ferida, é preciso tocar
no ombro dela e perguntar: “Você está bem?”. Além de fazer isso, veja como proceder nessa
situação:
• Tenha certeza que a situação é segura antes de abordar a pessoa. Depois disso, peça ajuda para
alguém próximo;
• Acione o serviço médico (SAMU 192);
• Confirme se o indivíduo ainda está respirando ou não. Para fazer isso, verifique se o tórax se
movimenta entre 5 e 10 segundos;
• Verifique o pulso juntamente com a respiração, se o pulso não for sentido dentro de 10 segundos,
tente reanimar o indivíduo fazendo compressões torácicas;
• Caso haja pulsação, comece a ventilação de resgate, administrando 1 a cada 5 ou 6 segundos. A
pulsação deve ser verificada a cada dois minutos.
 Vale lembrar que é possível acionar o resgate pelo celular, sem precisar sair de perto da vítima.
SEGUNDO ELO: RCP imediata de alta qualidade

 Ao receber o pedido de socorro, o atendente do serviço de emergência deve orientar


o socorrista designado para o serviço. Em outras palavras, é como se a RCP
(reanimação cardiorrespiratória) fosse feita pelo telefone.

 Ao receber as orientações, o socorrista deve iniciar várias compressões torácicas.


Depois disso, ele terá que fazer as ventilações de resgate (C-A-B em vez de A-B-C).
Após fazer as ventilações, ele terá que fazer RCP com 30 compressões torácicas
seguidas por duas respirações.
TERCEIRO ELO: Desfibrilação
 Apesar dos avanços recentes, menos de 40% dos adultos recebem RCP iniciada por leigos e menos de 12%
têm um DEA aplicado antes da chegada ao departamento de emergência de um hospital. Quanto maior
for o tempo sem a oferta de suporte básico de vida adequado à vítima, menor será a chance de reversão
da PCR e pior será o prognóstico neurológico observado após o retorno à circulação espontânea
 O processo de desfibrilação deve ser feito entre três e cinco minutos após a PCR e aumenta em 70% as
chances da vítima sobreviver. Por conta disso, o paciente deve ter acesso ao Desfibrilador Externo
Automático (DEA) o mais rápido possível.

 Cada minuto de atraso diminui a probabilidade de sucesso da RCP de 10% a 12%. Por conta disso, as
comunidades que têm grupos com tendência a PCR devem ter programas públicos de acesso à
desfibrilação.

 Se a vítima estiver sem pulsação, o socorrista deve analisar se o DEA possui ritmo chocável assim que
pegar na máquina. Por meio das compressões, a RCP deve ser iniciada imediatamente após cada choque.

 O DEA deve ser utilizado antes da chegada do Suporte Avançado e a sugestão é que o primeiro choque
aconteça em até três minutos após a PCR.
QUARTO ELO: Ressuscitação avançada

 É um dos elos mais importantes da cadeia de sobrevivência. Como nem sempre a


desfibrilação é suficiente, o Serviço Médico Avançado é muito útil para salvar a
vítima

 Por meio da intubação endotraqueal, a chegada desse Serviço Médico permite uma
ventilação mais eficaz. Além disso, também é possível melhorar a circulação por
meio da administração de fármacos

 Esse processo deve ser iniciado ainda na fase pré-hospitalar e a sequência dele tem
que ser feita no hospital, pois isso permite que as vítimas de PCR sejam
estabilizadas
QUINTO ELO: Cuidados pós PCR

 Nesse procedimento, a vítima passará por uma avaliação para identificar e tratar a
causa da PCR. Ademais, ela também será internada para cuidados intensivos

 Após a circulação espontânea do paciente retornar, provavelmente suas vias aéreas


voltarão ao normal. Em alguns casos, talvez seja preciso instalar uma cânula
orofaríngea e ofertar oxigênio com uma máscara não reinalante de alto fluxo. A
outra opção para ofertar oxigênio é implementar uma via aérea avançada

 A ventilação contínua da pressão arterial também deve ser garantida, juntamente


com a oximetria e a monitorização eletrocardiográfica. Depois disso, é preciso
encaminhar a vítima à unidade de suporte avançado (UTI/Unidade Coronariana/
Serviço de Hemodinâmica)
SEXTO ELO: RECUPERAÇÃO

 A jornada pela reabilitação e recuperação se inicia e o planejamento aqui será


tudo.
 Avaliação multidisciplinar, de fonoaudiologia, neurologia, cardiologia, fisioterapia,
terapia ocupacional, psicologia/psiquiatria, serviço social – todas devem ser
disponibilizadas após a alta médica.
Intra Hospitalar:
Vigiar + Solicitar Ajuda + CABD
C –Circulação
A –Vias Aéreas
B –Ventilação
D –Desfibrilação
“Cuidados Pós PCR”
Recuperação
PRIMEIRO ELO: Reconhecimento e
prevenção precoce
 As ocorrências de PCR nos ambientes hospitalares podem variar muito quanto à localização e incidência. Mais da metade
desses casos acontecem devido à insuficiência respiratória ou choque hipovolêmico. Normalmente, grande parte desses
eventos traz mudanças na situação fisiológica do paciente, como taquipnéia (respiração acelerada), taquicardia e hipotensão.
Essa situação acontece muito nas enfermarias gerais, onde os pacientes são monitorados com menos frequência. Para evitar
esse problema, é preciso monitorar manualmente os sinais do paciente, sempre de forma constante.

 A demora em avaliar o paciente pode aumentar as chances dele ter complicações, pois o problema pode não ser percebido
a tempo de salvá-lo.

 Um dos métodos para evitar a demora na percepção da piora do paciente é o aumento da monitorização eletrônica de
pacientes de alto risco. Para que isso aconteça, é preciso fazer um eletrocardiograma tradicional (ECG).

 Além do ECG, o paciente pode ser avaliado por meio de telemetria, novos sensores de frequência cardíaca e respiratória ou
simplesmente aumentando a vigilância clínica.

 Outro método para avaliar a situação clínica de uma pessoa é a Escala de Modified Early Warning Score (MEWS). Essa escala
serve para identificar sinais precoces de deterioração clínica.
 A MEWS consiste em um sistema de atribuição de pontos para parâmetros vitais. Quanto mais longe os parâmetros estiverem do
normal, maior a pontuação da escala. A MEWS analisa o tempo de cinco minutos entre o acionamento e o atendimento médico.
SEGUNDO ELO: Acionamento do
serviço médico de emergência
 Ao notar que a vítima não responde aos estímulos, é preciso chamar ajuda
imediatamente. Ou seja, é preciso acionar o serviço médico de emergência, pois eles
possuem carrinho de emergência, desfibrilador e sistema de ventilação.

 Vale lembrar que, quando uma PCR é identificada, o processo de reanimação deve
ser feito imediatamente.
TERCEIRO ELO: RCP de alta qualidade

 Os processos de RCP imediata e de alta qualidade aumentam as chances de salvar


o paciente em 400%. Nos adultos, a maioria das causas de PCR tem a ver com
problemas cardíacos. Por conta disso, as Compressões Torácicas Externas (CTE)
devem acontecer imediatamente, sempre acompanhadas de um sistema de
ventilação.
 Para que as compressões sejam feitas, o paciente deve ser posicionado em decúbito
dorsal (posição supina), numa superfície rígida e plana. Dentro de um hospital, as
compressões não devem ser feitas com o paciente deitado no colchão. É preciso
posicionar o dorso dele na prancha rígida que fica no carro de emergência.
QUARTO ELO: Desfibrilação

 A “Desfibrilação precoce” é quarta etapa da cadeia de sobrevivência intra-hospitalar.


Se ela for feita de três a cinco minutos após a PCR, a taxa de sobrevivência da
vítima pode ir para 70%
QUINTO ELO: Cuidados pós PCR

 Nesse procedimento, a vítima passará por uma avaliação para identificar e tratar a
causa da PCR. Ademais, ela também será internada para cuidados intensivos

 Após a circulação espontânea do paciente retornar, provavelmente suas vias aéreas


voltarão ao normal. Em alguns casos, talvez seja preciso instalar uma cânula
orofaríngea e ofertar oxigênio com uma máscara não reinalante de alto fluxo. A
outra opção para ofertar oxigênio é implementar uma via aérea avançada

 A ventilação contínua da pressão arterial também deve ser garantida, juntamente


com a oximetria e a monitorização eletrocardiográfica. Depois disso, é preciso
encaminhar a vítima à unidade de suporte avançado (UTI/Unidade Coronariana/
Serviço de Hemodinâmica)
SEXTO ELO: RECUPERAÇÃO

 A jornada pela reabilitação e recuperação se inicia e o planejamento aqui será


tudo.
 Avaliação multidisciplinar, de fonoaudiologia, neurologia, cardiologia, fisioterapia,
terapia ocupacional, psicologia/psiquiatria, serviço social – todas devem ser
disponibilizadas após a alta médica.
Características de uma RCP de
qualidade:
 Comprimir o tórax com frequência e profundidade adequadas, permitir que o tórax retorne totalmente ao
seu local após cada compressão, interromper as compressões o mínimo possível e evitar ventilação
excessiva
 A recomendação é que a velocidade das compressões torácicas seja de 100 a 120 por minuto. Em adultos,
é recomendado que a profundidade das compressões torácicas seja de, pelo menos, 2 polegadas (5 cm),
mas não superior a 2,4 polegadas (6 cm)
 O profissional deve ficar próximo ao ombro da vítima, com as mãos sobrepostas, dedos entrelaçados e
braços esticados num ângulo de 90º em relação ao tórax do paciente.
 Usar a escada auxiliar que fica na beira do leito do paciente é crucial. Dessa forma, o profissional poderá se
posicionar da maneira correta.
 A parte hipotênar da mão do profissional tem que se posicionar sobre o esterno, que fica no centro do tórax
que será comprimido, especificamente na metade inferior do esterno, gerando uma referência para uma
linha imaginária intermamilar.
 Os cotovelos do profissional não podem ficar flexionados. Assim, os braços ficarão retos e a força de cada
compressão aplicada virá da movimentação do tronco do profissional. Dessa forma, a compressão será
mais eficiente.
 A cada dois minutos, devem ser feitas pausas para avaliar o retorno da circulação espontânea. Ademais,
durante esses intervalos (que não podem ultrapassar 10 segundos), o profissional que está nas
compressões deve ser trocado.
Características de uma RCP de
qualidade:
 Para que as vias aéreas sejam permeabilizadas, é preciso elevar a cabeça da vítima pela
hiperextensão do pescoço. Caso haja suspeita de lesão medular, é preciso realizar a
imobilização manual da coluna cervical.
 Para fazer a ventilação com Bolsa-valva-máscara, o ideal é ter um fluxo de oxigênio de 12 a 15
litros por minuto. Isso garante o movimento visível do tórax em cada ventilação de resgate.
 A máscara deve estar acoplada na face, utilizando a “Técnica C e E”, onde os dedos polegar e
indicador formam um “C” e pressionam a máscara e os outros dedos ficam em forma de “E”. Isso
traciona a mandíbula da vítima e não
 permite que o ar escape durante as ventilações. Isso deve acontecer pressionando rapidamente,
em um segundo, todo o centro da bolsa para cada ventilação.
 Para que a ventilação seja efetiva, o profissional deve se posicionar no plano superior da vítima,
ou seja, na cabeceira do leito. Se possível, um profissional deve acoplar a máscara enquanto
outro pressiona a bolsa. Com isso, as chances de falhas nas ventilações de resgate diminuem
bastante.
 A “Relação 30/2” se baseia na realização de 30 CTE’s seguidas de duas ventilações de resgate.
Esse procedimento deve acontecer por dois minutos e, ao final, a resposta da vítima às
manobras de RCP deve ser analisada.
Suporte Básico de vida:

 Constatada a PCR, o mnemônico CAB pode ser utilizado para descrever as etapas
simplificadas do atendimento em SBV: 
• C — circulação com compressões torácicas (30 compressões);
• A — abertura de vias aéreas (VAs);
• B — boa ventilação (administração de duas ventilações após 30 compressões torácicas);
• D — desfibrilação o mais rápido possível, quando indicada.

 No ambiente extra-hospitalar, pacientes que não possuem VA avançada (tubo


orotraqueal [TOT] ou traqueostomia) podem ser submetidos a compressões contínuas
e ventilações com bolsa–válvula–máscara (VBVMs) a cada seis segundos, sem sincronia
alguma com as compressões torácicas, desde que o procedimento seja feito por
socorristas treinados.
Suporte Avançado de vida:

 O SAV engloba recursos adicionais, como:

• monitoração cardíaca;
• uso de fármacos;
• desfibrilação;
• equipamentos especiais para ventilação;
• marca-passo;
• cuidados pós-PCR, depois do RCE.
 O SBV é fundamental para a efetividade do SAV. Pacientes que
apresentam PCR e são prontamente atendidos com medidas eficazes
de SBV têm mais chances de sobrevida sem sequelas com as ações do SAV. As
medidas invasivas não produzem o efeito desejado se o paciente não for
previamente reanimado de maneira adequada.
 O sucesso das intervenções de SAV depende do reconhecimento precoce
da PCR e do uso de tratamentos de SBV. O cuidado após a RCP é cada vez mais
reconhecido como fator crítico no resultado de pacientes que atingem
o RCE após a PCR
 No SAV, é fundamental o diagnóstico do ritmo da PCR para a instituição das
medidas terapêuticas adequadas a cada ritmo.
A partir da correta execução
do SBV até o momento do
atendimento em que o paciente
apresenta ventilação e circulação
artificial pela compressão torácica
cardíaca externa, deve-se seguir
o algoritmo circular do SAV, de
acordo com a modalidade de PCR.
AÇÕES DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO ATENDIMENTO À PARADA
CARDIORRESPIRATÓRIA
 É fundamental que o atendimento de uma situação de emergência, como a PCR,
seja conduzido por um líder. Durante o atendimento de SBV com a presença do
enfermeiro, esse profissional se apresenta como líder, assumindo a condução das
manobras e a supervisão da atuação dos demais profissionais. Em situações
de SAV, a liderança passa a ser compartilhada entre o médico e o enfermeiro.
Esses profissionais coordenam a equipe e gerenciam a assistência prestada ao
paciente. Isso não se aplica somente à equipe de enfermagem, mas também aos
outros membros que integram a equipe multidisciplinar.
 Durante o esforço de RCP, a equipe multidisciplinar atua em conjunto para
prestar cuidados coordenados ao paciente. O trabalho em equipe ajuda a
garantir que as várias necessidades do indivíduo sejam atendidas ao longo desse
esforço.
 Na linha evolutiva do atendimento primário à PCR, as ações dos membros 1 e 2
devem ser desempenhadas por profissionais com habilidades e conhecimentos
mais desenvolvidos (enfermeiro e médico). As ações do membro 3 podem ser
realizadas por profissional de nível médio.
 Na linha evolutiva do atendimento secundário à PCR, as manobras são
consideradas de SAV. É preciso intensificar a atuação do enfermeiro e do
médico, por características de habilidade e conhecimento profissional. Em alguns
serviços de saúde, o fisioterapeuta está presente e auxilia as manobras de
obtenção e permeabilização das VAs e a manutenção da boa ventilação.
Medicamentos utilizados na PCR

 Adrenalina:
 Utilizada em todos os casos de PCR.
 Seu efeito vasoconstritor periférico intenso aumenta a pressão na aorta,melhorando o
fluxo coronariano e cerebral.
 A dose recomendada é de 1mg IV repetida a cada 3 ou 5 min
 Após infusão - bolus de 20 ml de solução salina e, se possível elevar o membro!
Medicamentos utilizados na PCR

 Amiodarona:
 Antiarrítmicos - está indicada numa série de arritmias, tanto ventriculares como
supraventriculares.
 Na PCR a dose é de 300 mg IV bolus e, se necessário, outra dose de 150 mg.
 Nas arritmias, uma infusão rápida de 150 mg em 10 min pode ser repetida a cada 10
min, ou uma infusão lenta de 360 mg em 6 horas. A dose máxima nas
 24 horas é de 2,2 gr. É recomendada uma infusão de manutenção na dose de 540mg IV,
em 18 horas (diluição de SG 5%).
Medicamentos utilizados na PCR
 Magnésio (sulfato de magnésio):
 A sua deficiência está associada a arritmias cardíacas, sintomas de ICC e morte súbita.
 Sua correção deve ser realizada em pacientes com FV ou T V refratárias e recorrentes.
 A dose utilizada é de 1 a 2 gramas diluídos em 100 ml de SG 5% e administrado em até
60 minutos.
 Pode ser feito em bolus na PCR nos casos de FV/TV refratária aos choques e aos outros
antiarrítmicos
Medicamentos utilizados na PCR

 Magnésio (sulfato de magnésio):


 A sua deficiência está associada a arritmias cardíacas, sintomas de ICC e morte súbita.
 Sua correção deve ser realizada em pacientes com FV ou T V refratárias e recorrentes.
 A dose utilizada é de 1 a 2 gramas diluídos em 100 ml de SG 5% e administrado em até
60 minutos.
 Pode ser feito em bolus na PCR nos casos de FV/TV refratária aos choques e aos outros
antiarrítmicos
Medicamentos utilizados na PCR

 Bicarbonato de Sódio:
 Não há indicação formal para o seu uso em PCR. Pelo contrário, efeitos colaterais têm
sido apontados com o uso dessa substância. Como durante a
 PCR a acidose é láctica e dependente da ausência de ventilação, o restabelecimento
desta costuma ser suficiente para corrigir o equilíbrio ácido- básico
OBRIGADA!
Recados:

 Prova será dia: 05 de ABRIL


 Prova teórica e prática
 Conteúdo: aulas do dias:
 08.02
 15.02
 01.03
 08.03
 15.03
 Trabalho em grupo – apresentados no dia 10.05
 Serão 8 grupos – TODOS alunos devem estar presentes no dia da apresentação
 Os temas serão:
1. Urgência e Emergência em trauma automobilístico
2. Urgência e Emergência em desastres climáticos
3. Urgência e Emergência em Obstetrícia
4. Urgência e Emergência em Neonatal
5. Urgência e Emergência em Pediatria
6. Urgência e Emergência Cardiovascular
7. Urgência e Emergência cutâneas (queimaduras, incêndio)
8. Urgência e Emergência de intoxicações

Orientações para o trabalho:


 O grupo deverá apresentar para a turma sobre o tema escolhido e trazer um caso clínico para discussão com a turma
 Todos do grupo devem participar da apresentação
 Deve entregar um trabalho escrito, pode ser enviado no email tatirs1993@gmail.com até 10.05
o No trabalho deve ter: Introdução, discussão, conclusão e caso clínico.

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