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Canoas/RS
2022
CLARISSE GISLAINE DE JESUS BARROS DA SILVA
Canoas/RS
2022
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 8
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................. 10
2.1 Pressão Intracraniana – Conceito .............................................................. 10
2.2 Hipertensão Intracraniana ......................................................................... 11
2.3 Procedimentos de paciente com sinais de HIC .......................................... 13
2.4 Intervenções da enfermagem..................................................................... 15
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 25
4 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 26
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1. INTRODUÇÃO
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Uma PIC acima de 20mm já é prejudicial ao paciente, lembrando que não pode
ficar muito tempo com a PIC neste valor. Existem as causas traumáticas e não traumá-
ticas, de acordo com a análise de (KOIZUMI, 1981)
Podendo acontecer por causas traumáticas como:
TCE – Traumatismo Craniano Encefálico (acidente, queda, tiro na cabeça)
AVC – Acidente Vascular Cerebral (Hemorrágico ou Isquêmico), os dois po-
dem evoluir para HIC
AVC isquêmico, este também pode resultar em HIC, dependendo da região
afetada, o cérebro pode fazer um processo inflamatório e criar edema devido
a isquemia e por meio deste edema, se inicia um processo de áreas de isque-
mia, podendo resultar em HIC, então é importante ressaltar que não é so-
mente o AVC hemorrágico que causa a HIC, apesar de não ser comum, mas
não se pode descartar.
Tumores cerebrais – também podem causar a HIC
Hidrocefalia, que apesar de ser mais comum em crianças, pode também se
desenvolver em adultos, especialmente quando tem uma inflamação das me-
ninges.
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De acordo com CAREGNATO (2020), a cabeça deve estar alinhada ao tórax, ele-
vando o decúbito a 30°, estabilizando assim o retorno venoso. Lembrando que quando
no momento em que observar qualquer alteração em um dos três componentes do cé-
rebro (o tecido cerebral, o líquor e sangue), conforme visto anteriormente, deverão ser
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É o ritmo cardíaco irregular ou lento, normalmente com menos de 60 batimentos por minuto. Nesse ritmo, o
coração não consegue bombear o sangue rico em oxigênio de forma suficiente para o seu corpo durante uma
atividade ou exercício físico. Disponível em: https://www.medtronic.com/br-pt/oqueebradicardia.
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instituídas medidas que baixem esta PIC e que, consequentemente, aumentem a PAM
– Pressão Arterial Média.
A pressão arterial média (PAM) é um dos parâmetros mais utilizados no coti-
diano da terapia intensiva, pois é indicado para a avaliação hemodinâmica,
principalmente nos pacientes que necessitam de controle da infusão de dro-
gas vasoativas em emergências hipertensivas, em estados de choque, no in-
tra e pós-operatórios de cirurgias de grande porte e em outras situações que
deverão ter um controle contínuo da pressão arterial. Além disso, a presença
de acesso arterial facilita a coleta de amostras sanguíneas para gasometria
e o lactato arterial. O valor normal da PAM em adultos varia entre 70 a 100
mmHg. Pode ser calculada da seguinte forma: PAM = (PAS+ 2x PAD)/3, em
que a PAS é a pressão arterial sistólica, e a PAD é a pressão arterial diastó-
lica. (CAREGNATO et al, 2020)
Monitorização do paciente
Na monitorização é importante ressaltar que é a observação da frequência cardí-
aca, frequência respiratória, o padrão respiratório que este paciente está fazendo, se
Cheyne-Stokes, Biot, Kussmaul, isto tudo vai diferencial no comprometimento neuroló-
gico (BROCHADO et al, 2016).
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Lembrando que com o cateter intraventricular, este pode gerar um risco maior de
infecções, porém se o paciente tem hidrocefalia, então compensa este risco-benefício.
De acordo com Giurgno (2003), no caso do paciente apresentar um edema cere-
bral difuso resultando num ventrículo muito fechado, então nesta situação se utilizará o
cateter de monitorização intraparenquimatoso.
Devido a estas situações, e de cada caso, o local da monitorização vai depender
muito da patologia que o paciente apresenta. Mas Giurgno (2003) acrescenta que se o
monitor de pressão intracraniana estiver alocado dentro do ventrículo uma das vanta-
gens é o cateter de Derivação Ventricular Externa, conforme figura 4:
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Este cateter, estará alocado no cérebro do paciente junto com o sensor de fibra
ótica, promovendo tanto o valor da PIC como a drenagem do liquor. Então é o a Deriva-
ção Ventricular Externa que pode estar acoplada ao monitor de PIC.
Batista (2021) aponta que pelo monitor da PIC que se faz o cálculo da Pressão
de Perfusão Cerebral - PPC .
Lembrando que a PPC indica o quanto este cérebro monitorizado está sendo per-
fundido, pois os fatores mais complexos da HIC são: diminuição da PPC, assim como o
fluxo sanguíneo cerebral, consequentemente este paciente vai apresentar uma hipóxia,
que significa, diminuição das taxas de oxigênio no ar, no sangue arterial ou nos tecidos,
o que pode levar à anóxia.
Conforme a (BBC News, 2018) “quando o corpo morre e o fluxo de sangue que
chega ao cérebro para, os neurônios - privados de oxigênio - tentam uma de suas últimas
saídas: acumular os recursos que sobraram”, analisa.
Então é extremamente necessário que se mantenha a PPC adequada, para que
isto seja possível, Réa-Neto (2014) aponta que este paciente esteja sendo monitorizado.
Lembrando que existem monitores mais simples que demonstram somente o valor da
PIC, assim como os mais avançados, que demonstram as ondas da PIC junto a tempe-
ratura.
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Nobrega (2019), aponto um outro movimento que requer muita atenção, na hora
do banho, na flexão de quadril pode aumentar a pressão abdominal e logo elevar a pres-
são intracraniana. Considerando também o esforço para evacuação, é outro movimento
que pode comprometer a PIC.
Então geralmente na prescrição desse tipo de paciente de vai ter algum emoli-
ente, incluindo uma dieta mais laxativa, isto quando esta dieta puder ser infundida, pra
evitar que este paciente faça qualquer tipo de esforço, ao evacuar. (NOBREGA, 2019)
De acordo com Batista (2021) esse tipo de paciente não pode ter hipoxemia,
sendo a baixa concentração de oxigênio no sangue, pois ao diminuir o oxigênio, diminu-
irá também para o cérebro.
Uma outra observação é que a PaCO2 não pode ser elevada, tem que haver uma
estabilidade entre 35 a 40 de PaCO2 para o paciente com hipertensão intracraniana
O gás carbônico provoca vasodilatação cerebral. Para cada mmHg diminu-
ído na paCO2, corresponde um decréscimo de 3% no FSC. As respostas às
alterações na paCO2 ocorrem de forma rápida, sendo atingido o ponto de
equilíbrio em poucos minutos. (BATISTA, 2021)
É importante lembrar que a aspiração traqueal deverá ser feita quando houver
sinais de secreção traqueal no tubo, ou uma ausculta com ronco, por exemplo. Mas toda
vez que for fazer aspiração traqueal o ideal é sempre comunicar o médico, devido a
sedação que se dará a mais para o paciente.
Novamente lembrando que este paciente não pode ficar com hipóxia, então se
fará a hiperventilação antes da aspiração.
A ventilação do paciente neurológico é um desafio e são poucos estudos con-
trolados que permitem conclusões sobre esse aspecto. Deve-se evitar lesão
pulmonar decorrente da ventilação, porém as técnicas utilizadas para tal são
conflitantes com as condições ventilatórias necessárias para uma ótima con-
dição cerebral. A PaCO2 e PaO2 têm grande importância no manejo da ven-
tilação. O aumento da PaCO2 e a redução da PaO2 causam aumento do fluxo
sanguíneo cerebral (FSC) e consequente agravamento da hipertensão intra-
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Ainda em sequência, Brochado (2016) indica um outro recurso que se pode utili-
zar é o sistema de aspiração fechado (Imagem UUUUUUUUUU) evitando desconecta-
lo do ventilador, diminuindo os riscos de hipóxia do paciente.
O paciente que estará sedado e com o cateter de PIC, ao ser aspirado é impor-
tante observar se a sedação está adequada, caso contrário, ele reagirá com tosse, po-
dendo causar a HIC (BROCHADO, 2016).
De acordo com Pivetta (2002), uma outra medida pode ser o que chamou de a
mistura que salva, que nada mais é um soro fisiológico hiperconcentrado onde ele vai
absorver a água diminuindo assim o edema cerebral
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Controle de Glicemia
De acordo com Mascarenhas (2013), este controle é importante pelo fato deste
paciente não poder apresentar a glicemia alta, pois esta também é um dos fatores que
geram a hipertensão intracraniana, aumentando o metabolismo cerebral, totalmente no-
civo para o controle da PIC, pois se busca diminuir este metabolismo, por isso deve-se
manter esta glicemia controlada.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
4. REFERÊNCIAS
BARROS, Thais Lucy dos Santos Barros; VILELA, Gustavo Henrique Frigieri. Uso da
metodologia de Kirkpatrick para capacitação em nova tecnologia de monitorização de
pressão intracraniana não invasiva para enfermeiro. Disponível em: https://www.bra-
zilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/10672. Acesso em outubro/2021.
BBC News, Brasil, 11 março 2018. Estudo pioneiro explica o que acontece com o
cérebro no exato momento em que morremos. Disponível em:
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-43366608. Acesso em janeiro/2022.
CAREGNATO, Rita C.A.; SOUZA, Emiliane N.S.; VIÉGAS, Karin. Manual de cuida-
dos de enfermagem em procedimentos de intensivismo. Editora da UFCSPA -
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GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 6a ed. São Paulo: Atlas,
2017.
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