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PROTOCOLOS PARA ATENDIMENTO DE

EMERGÊNCIAS. AVALIAÇÃO INICIAL DA


CENA E AVALIAÇÃO DA VITIMA.

Profª. Esp.: Lutigardy Estácio


ÁREAS DA EMERGÊNCIA
• Um ambiente de urgência e emergência é subdividido por áreas de
gravidade. Por convenção, existem 3 áreas principais:

 Área vermelha: encontra-se a sala de emergência, destinada ao


atendimento imediato de pacientes com risco de morte ou que necessitem
de procedimentos invasivos;
 Área amarela: encontram-se os pacientes já estabilizados na área
vermelha, porém que ainda precisam de cuidados especiais;
 Área verde: é composta pela sala de observação e, por isso, é a área em
que, geralmente, os pacientes passam mais tempo.
PROTOCOLOS

Protocolo do Ministério da Saúde

Protocolo de Manchester
SEGURANÇA (3S)
Importante: a avaliação de cena e a segurança da equipe, do profissional e
do paciente são primordiais no primeiro atendimento

1. Cena do acidente (Scene).


2. Segurança (Security): Segurança do socorrista, paramentação,
posicionamento da viatura, sinalização, isolamento, segurança da vítima e
curiosos,
3. Situação (Situation): O que aconteceu, qual o mecanismo do trauma
(cinemática), quantas vítimas e quais a idade, é necessário pedir reforço.
AVALIAÇÃO DA CENA
• PHTLS (Pre-Hospital Trauma Life Support): Aborda o cuidado com o
paciente no local do acidente.
• ATLS (Advanced Trauma Life Support): Trata o atendimento dentro do
ambiente hospitalar.

 Observar a cena buscando a identificação de riscos potenciais para si,


para o paciente e/ou outros envolvidos.
 Observar os mecanismos do trauma ou a natureza da doença do
paciente.
 Checar o número de vítimas e suas condições.
 Adotar o uso de equipamentos de proteção individual (EPI).
• TRAUMA: qualquer força externa que resulte em lesão que cause
alteração estrutural e/ou fisiológica no organismo.
• CINEMÁTICA DO TRAUMA: é o processo de avaliação da cena do
acidente para que, por meio dela, seja possível determinar as lesões
resultantes das forças e movimentos envolvidos, bem como estimar a
gravidade das mesmas.

• O QUE AVALIAR?
 Danos no veículo: quanto maior o dano, maior a gravidade das lesões.
 Distância de frenagem: quanto maior, menor foi o impacto da batida e menor a gravidade
das lesões.
 Posição das vítimas: vítima ejetada tem lesão mais grave que aquela que permanece
dentro do veículo, por exemplo.
 Uso de cinto de segurança: vítima que não fazia uso do cinto no momento do acidente
tende a ter mais lesões e mais graves.
AVALIAÇÃO DA VÍTIMA
• Socorrer por ordem de prioridade de gravidade das lesões, nunca
esquecendo que não se avança na sequência de avaliação se não
tivermos corrigido um problema anteriormente identificado.

EXAME PRIMÁRIO
• O objetivo do exame primário é detectar a existência de situações que
possam colocar em perigo imediato a vida da vítima, ou seja, situações de
compromisso das funções vitais.

 Avaliar o estado de consciência: Chamar o paciente tocando os ombros.


 Permeabilizar a via aérea: Desaperte a roupa em volta do pescoço, exponha o tórax e
proceda a abertura das vias aéreas.
 Detectar se tem respiração normal: VER se tem movimento no tórax, OUVIR se tem
ruídos de saída de ar pela boca ou nariz, SENTIR na sua face se há saída de ar pela boca
ou nariz.
Na ausência de respiração normal, deve iniciar de imediato manobras de
Suporte Básico de Vida.
Numa vítima consciente efetua a pesquisa de um pulso periférico, habitualmente o pulso
radial. Se o pulso periférico não for palpável deve pesquisar um pulso central. (Rápido ou
lento; Fino; Irregular)

 Detectar hemorragias externas graves: Após ter verificado se a vitima tem pulso,
observe-a como um todo e procure a existência de hemorragias externas graves. Controlar
imediatamente.
 Detectar sinais evidentes de choque: O choque é uma situação de falência circulatória
do organismo. Tem várias causas mas é sempre uma situação grave que pode conduzir
á morte. Além de eventuais sinais de hemorragias externas (que podem não existir), repare
para a face da vítima e procure sinais como: PALIDEZ E SUDORESE.
EXAME SECUNDÁRIO
• O objetivo é efetuar uma observação mais detalhada da vítima e
caracterizar os sinais vitais.

• OBSERVAÇÃO DA VÍTIMA: Interrogue a vítima na pesquisa de sinais e


sintomas. Pesquise, no sentido da cabeça para os membros inferiores,
alterações na pele ou outras situações tais como feridas, fraturas ou
outros traumatismos.
 NA FACE: tenha atenção às pupilas. Avalie a sua resposta à luz (presente
ou ausente), o tamanho (normais, dilatadas ou contraídas) e a simetria
(comparação dos tamanhos).
• CARACTERIZAÇÃO DOS SINAIS VITAIS: Avaliar a ventilação, o pulso e a
temperatura.

 VENTILAÇÃO: consta de um movimento inspiratório (entrada de ar para os


pulmões) e um movimento expiratório (saída de ar dos pulmões). Ciclo
Ventilatório. Avalia-se e regista-se:
  Frequência: CV/Min (FV normal no adulto é de 12 a 20).
  Amplitude: a forma como a caixa torácica se expande em cada CV.
Normal; Superficial; Profunda.
  Ritmo: indica se os CV se processam a intervalos regulares, isto é, se o
espaço de tempo que decorre entre cada ciclo é sempre igual ou não. Assim,
teremos ritmo: Regular; Irregular.

• DEVEM SER FEITAS SEM QUE O PACIENTE PERCEBA!


 PULSO: dá-nos indicações importantes sobre o funcionamento do coração e
sobre a circulação sanguínea. O pulso deve ser palpado num ponto onde uma
artéria é comprimida contra um osso ou um músculo. Avalia-se e regista-se:
  Frequência: frequência cardíaca é o número de pulsações por minuto (FC
normal em um adulto é de 60 a 90 P/Min).
  Amplitude: a forma como se sente a onda de sangue passar ao longo da
artéria. CHEIO/FINO.
 Ritmo: as pulsações se processam a intervalos de tempo iguais, podendo o
ritmo ser: Regular ou Irregular.
 TEMPERATURA: A medição da temperatura faz-se através de um
termómetro, seguindo as suas indicações de utilização. De acordo com os
valores encontrados:
 Temperatura elevada ou hipertermia: se o valor indicado pelo
termómetro é superior a 37,5ºC.
  Temperatura normal ou apirético: se o valor está entre os 35,0ºC e os
37,5ºC.
  Temperatura abaixo do normal ou hipotermia: se o valor da
temperatura é inferior a 35ºC.

 PELE: avaliar a pele em relação á coloração e a existência ou não de


humidade. Faz-se através da observação das zonas expostas, a face e as
mãos/pés. O exame da pele pode revelar uma coloração que vai da palidez
ao arroxeado, numa pele que pode estar seca ou suada.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

• Ocorre quando o coração para de bater e o indivíduo para de respirar.

• Pode ser gerada por diversas causas, desde problemas cardíacos


crônicos que evoluem para falência cardíaca até causas externas, como
uso de algumas drogas (lícitas e ilícitas). Existe uma técnica para auxiliar no
diagnóstico precoce, conhecida como os “5H e 5T”.

O protocolo se divide em:


• Suporte Básico de Vida (SBV): consiste em medidas básicas de
compressões torácicas manuais e ventilações de suporte.
• Suporte Avançado de Vida (SAV): inclui outras medidas, como suporte de
oxigênio, medicamentos e desfibrilação (choque).
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
• é um instrumento clínico que analisa o nível de consciência do paciente. É
muito usada em situações que apresentam risco de lesão cerebral aguda,
como em traumas encefálicos.
• Após avaliação e pontuação de todos os critérios, a fórmula aplicada é:
PF = AO [1 a 4] + RV [1 a 5] + RM [1 a 6] - RP [0 a 2]
• Grau de lesão de acordo com a pontuação:
Entre 13 e 15 – LEVE;
Entre 9 e 12 – MODERADA;
Entre 3 e 8 – GRAVE;
Menor que 3 – COMA;

ESCALA DE COMA DE GLASGOW ≤ 8 É INDICATIVO DE INTUBAÇÃO


OROTRAQUEAL!

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