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ASSISTÊNCIA DE

ENFERMAGEM NA PARADA
CARDIO RESPIRATÓRIA

Por: Enfª. Ana Paula S. Cruz


Parada Respiratória
• É a supressão súbita dos movimentos
respiratórios, podendo ser acompanhado
ou não de parada cardíaca.
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
Adulto - 15 a 20 MRPM
Criança - 20 a 25 MRPM
Bebês - 30 a 40 MRPM

FATORES QUE POSSIBILITAM UMA BOA


RESPIRAÇÃO
Adequada concentração de Oxigênio no ar
inspirado;
Passagens de ar desimpedidas;
Ação muscular rítmica ativa dos músculos
respiratórios;
Circulação adequada de sangue.
Diagnóstico
• Ausência de movimentos respiratórios;
• Cianose (cor azul arroxeada dos lábios,
unhas, não obrigatória);
• Dilatação das pupilas (não obrigatória);
• Inconsciência.
Causas da Parada Respiratória
• Afogamento
• Soterramento
• Choque elétrico
• Intoxicação
• Traumas
• Engasgamento (corpo estranho)
Objetivos da assistência
respiratória
• Assegurar uma via aérea permeável,
fornecer oxigênio suplementar e instituir
ventilação com pressão positiva, quando a
respiração espontânea for inadequada ou
ausente.
MÉTODOS PARA RESTABELECER A RESPIRAÇÃO

Boca / máscara

Boca a boca Utilizando o Ambú


OB STRUÇÃ O
RESPIR ATÓR
MANEIRAS IA
DE OCORRER
Relaxamento muscular Presença de Corpo
(Língua); Estranho.
PROCESSOS DE LIBERAÇÃO
Por relaxamento muscular;

Por presença de corpo estranho;


Seqüência do atendimento
• Elevação do queixo - Os dedos de uma das
mãos são colocados abaixo do queixo, o qual é
suavemente tracionado para cima, elevando-o
anteriormente. O polegar da mesma mão
deprime o lábio inferior para abrir a boca. O
polegar pode também ser colocado atrás dos
incisivos inferiores, enquanto simultaneamente o
queixo e suavemente levantado. Se a respiração
boca a boca é necessária, as narinas são
fechadas com o polegar e o indicador da outra
mão;
• Tração da mandíbula - Localizam-se os
ângulos da mandíbula e traciona-se a
mandíbula para frente. Se os lábios se
fecham o inferior pode ser retraído com o
polegar. Se a respiração boca a boca é
necessária, devemos fechar as narinas,
colocando a bochecha contra elas,
obstruindo-as.
• Respiração boca a boca - Tomadas às
medidas anteriores colocar a boca com
firmeza sobre a boca da vítima. Assoprar
para dentro da boca da vítima até notar
que o seu peito está se mobilizando. A
seguir, deixar a vítima expirar livremente.
Devemos repetir este procedimento de 15
a 20 vezes por minuto.
• Respiração boca-nariz - Colocar a boca
sobre o nariz e feche a boca da vítima.
Em crianças podemos colocar a boca
sobre o nariz e a tomando o cuidado de
não expirar com excessiva pressão.
Parada Cardíaca
• O Coração para de bombear o sangue
para o organismo que, desta forma, deixa
de transportar oxigênio para os tecidos.
Diagnóstico
• Ausência de pulso (radial, femural e
carotídeo);
• Pele fria, azulada ou pálida;
• Parada respiratória (freqüente, mas não
obrigatória);
• Inconsciência;
• Dilatação das pupilas (freqüente, mas não
obrigatória);
• Na duvida, proceda como se fosse.
Seqüência de atendimento
1- Coloque a vitima deitada de costas sobre
uma superfície dura;
2- Coloque suas mãos sobrepostas no terço
inferior do esterno;
3- Faça compressão sobre o esterno, de
encontro à coluna;
O local da massagem cardíaca
externa é achada colocando a
mão dois dedos acima do
Apêndice Xifóide.
TÓRAX

Osso Esterno

Apêndice Xifóide

Bordas das costelas


As mãos devem ser sobrepostas,
dedos entrelaçados e somente uma
das mãos em contato com o osso
esterno.
As compressões fazem com que o
sangue circule, substituindo assim
o trabalho que seria feito pelo
coração.
• Posição das mãos do reanimador.
Atendimento
• Devemos fazer 30 compressões torácicas
para 2 insuflações pulmonares, num ritmo
de 100 compressões por minuto,
contando em voz alta: "e um, e dois, e
três, e 4, e 5, e 6, e ..., ventila!, ventila!",
portanto se a equipe trabalhar
adequadamente, pelo menos 04 ciclos
deve-se completar a cabo de cada minuto
de RCP.
Reanimação Cardiorespiratória
• As manobras têm o objetivo de manter o
fluxo de sangue oxigenado aos órgãos
vitais, principalmente o cérebro.
• A intervenção na parada respiratória deve
ser agressiva para evitar a ocorrência da
parada cardíaca.
• A RCR é dividida em suporte básico e
SAV (Suporte avançado de vida).
• O suporte básico de vida inclui a abertura
das vias aéreas, a respiração artificial
(ventilação pulmonar) e a circulação
artificial (compressão torácica), este
procedimento não requer equipamentos
sofisticados, mas sim, destreza e rapidez
na execução das manobras.
• O SAV implica no aperfeiçoamento das
técnicas utilizadas no suporte básico na
obtenção de via de acesso vascular, na
administração de fluidos e medicamentos,
na monitorização cardíaca e no emprego
da desfibrilação.
Material necessário em uma PCR
• Ambú com
máscara;
• Cânula de guedell
de diferentes
tamanhos;
• Laringoscópio com
lâminas de
diferentes
tamanhos;
• Laringoscópio não
convencionais;
• Laringoscópio com ponta articulada
• Laringoscópio com cabo articulado
• Laringoscópios
Ópticos;
• Pinça magill;
• Fio guia;
• Tubo endotraqueal
com cuff e sem
cuff, de diferentes
numerações.
Material especial
• Compressor torácico
(tábua rígida);
• Ventilador;
• Monitor cardíaco;
• Desfibrilador.
• Ventilação com
ambú
• QUANTIDADE DE OXIGÊNIO FORNECIDO NO
BOCA-A-BOCA-16%
• ABRA VIAS AÉREAS - ENCHA SEUS PULMÕES -
PINCE AS NARINAS - SELE COM A BOCA
• INSUFLE POR 2 SEGUNDOS (10 A 12 POR
MINUTO-1 A CADA 4-5 SEG) ATÉ OBSERVAR O
TORAX ELEVAR-SE (700 A 1000 ML)
• RISCO: DISTENSÃO GÁSTRICA
• NA PRIMEIRA VEZ, DÊ DUAS INSUFLADAS
• AUMENTE O2 SE POSSÍVEL
• USE AMBU SE POSSÍVEL
• O PONTO DE COMPRESSÃO ESTÁ NA REGIÃO DO ESTERNO,
DEIXANDO LIVRE DOIS DEDOS ACIMA DA JUNÇÃO DAS ÚLTIMAS
COSTELAS
• COMPRIMA O TORAX 4-5 CM (60-80MMHG)
• A SEGUIR, ALIVIE A MÃO TOTALMENTE SEM PERDER CONTATO
• REPITA 100 X POR MINUTO
• INTERCALE COM A RESPIRAÇÃO: 15 X 2 (1 OU 2 SOCORRISTAS)
COMPRESSÃO TORÁCICA
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA E RCP

VERIFICANDO A CONSCIÊNCIA ABRINDO VIAS AÉREAS VERIFICANDO A RESPIRAÇÃO


VER-OUVIR-SENTIR

VERIFICANDO A RESPIRAÇÃO INSUFLANDO 2 X VERIFICANDO SINAIS DE


CIRCULAÇÃO: RESPIRAÇÃO-
VER-OUVIR-SENTIR
PULSO-TOSSE-MOVIMENTOS

15
X APÓS 4
CICLOS
2
VERIFICANDO SINAIS DE
2 DEDOS ACIMA 2 INSUFLAÇÕES
CIRCULAÇÃO: RESPIRAÇÃO-
DO AP. XIFOIDE 15 COMPRESSÕES PULSO-TOSSE-MOVIMENTOS
Complicações
Fratura de costela.
Raramente fratura de esterno.
Pneumotórax
Hemotórax
Contusões pulmonares
Lacerações do fígado e baço
Embolia gordurosa
Situações que se autorizam à
interrupção das manobras de
ressuscitação:

• Quando há ausência do
restabelecimento cardiocirculatório,
usualmente, após 30 minutos de RCR,
exceto na hipotermia;
• Devem ser considerados outros fatores
e/ou situações para esta decisão,
preditiva de sucesso na RCR, ou seja:
• Antecedentes e historia previa,
• Causa da parada, mecanismo de parada,
• Local de ocorrência, tempo dos sintomas,
tempo de ressuscitação pré-hospitalar.
Situações em que não há
indicação para inicio de manobras
RCR:

• Nas condições de doenças irreversíveis;


• Na condição em que existam evidentes
sinais de deteriorização dos órgãos,
caracterizando morte biológica.
Cuidados pós-parada cardíaca
• Após a reanimação, o paciente necessita
de uma observação continua e rigorosa,
principalmente em relação às funções
cardíaca, renal e cerebral.
• Estes pacientes devem ser mantidos de
preferência em UTI.
Dúvidas?

Perguntas?

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