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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

ÀS AFECÇÕES NEUROLÓGICAS
PROF. JANINE FIGUEIREDO
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO OU CEREBRAL (AVC)

• O acidente vascular cerebral ou encefálico, popularmente conhecido


como “derrame”, é o resultado da insuficiência do suprimento
sanguíneo a uma determinada área do cérebro.
• Ocorre devido a um processo de evolução crônica de endurecimento
da parede da artéria, relacionado à arteriosclerose.
• O episódio agudo do AVC acontece quando há interrupção do fluxo
sanguíneo às células cerebrais por trombose, embolia, hemorragia
ou espasmo.
CAUSAS

• Trombose cerebral: formação de um


coágulo dentro dos vasos cerebrais, tendo
como causa principal a aterosclerose (o
fluxo sanguíneo passa muito lento pelos
vasos propiciando a formação dos
coágulos).
CAUSAS

• Embolia cerebral: quando um coágulo ou


outro material formado em outra parte do
corpo, principalmente coração esquerdo
e pulmão, é levado ao cérebro pela
corrente sanguínea.
CAUSAS

• Isquemia cerebral: causados pela


irrigação insuficiente de áreas do cérebro
em decorrência da formação de placas
de ateroma (aterosclerose).

• Hemorragia cerebral: as principais causas podem ser: traumatismo de crânio


(TCE); rotura de aneurismas (malformações arteriovenosas cerebrais
congênitas); rotura vascular (devido hipertensão e aterosclerose que aos
poucos vai degenerando a parede dos vasos); tumores cerebrais;
Fatores Predisponentes

• Hipertensão arterial.
• Doenças cardíacas: arritmias, ICC.
• Diabetes: acelera os processos ateroscleróticos.
• Uso de anticoncepcionais orais: é agravado se a mulher ainda fizer uso de
fumo, sofrer de hipertensão e tiver idade acima de 35 anos.
• Hipotensão arterial: choque hipovolêmico, cirurgias, uso de medicamentos.
• Uso de drogas, principalmente entre adolescentes e adultos jovens.
• Alimentação: muita gordura animal (aumenta o colesterol).
• Obesidade.
Sinais e Sintomas
• As manifestações clínicas irão depender da
localização da lesão e das dimensões da área
isquêmica.

• Déficit motor: afetam os neurônios motores,


perdendo o controle voluntário de um lado do
corpo, levando à hemiplegia (se a lesão for no
hemisfério cerebral direito, a hemiplegia irá
aparecer no lado esquerdo).
• Déficit de comunicação: resultado da paralisia
da musculatura vocal, levando a disartria ou
afasia.
• Distúrbios da percepção: perda da metade do campo visual,
diplopia, visão noturna prejudicada.
• Comprometimento da atividade mental: perda da memória,
dificuldade de aprendizagem, dificuldade de compreensão, dificuldade
de orientação e falta de motivação.
• Distúrbios psicológicos: hostilidade, frustração, ressentimento, falta
de cooperação, medo, depressão e isolamento.
• Disfunção vesical: a incontinência pode ser
transitória e ser resultado da confusão
mental, perda da capacidade de
comunicação, comprometimento sensitivo
quanto ao enchimento da bexiga, perda do
controle do esfíncter.
• Com o tempo, o tônus muscular vesical
aumenta e o controle do esfíncter torna-se
possível. A persistência da incontinência
urinária e fecal pode indicar lesão
neurológica extensa.
Tratamento

• A fase aguda do AVC pode durar de 48 a 72 horas, e


o prognóstico irá depender do nível de consciência
que o paciente irá apresentar após o AVC.

• Uso de diuréticos para diminuir o edema cerebral.


• Anticoagulantes para profilaxia de trombose.
• Hipotensores para manter a pressão no nível normal.
Cuidados de Enfermagem

• Manter os cuidados de enfermagem aos pacientes inconscientes se for


o caso (prestados na UTI):
• Avaliar constantemente o nível de consciência: abertura ocular,
resposta verbal, movimentos de acordo com o comando verbal e
examinar as pupilas (diâmetro, formato e reação à luz).
• Observar a frequência e o padrão respiratório.
• Manter as vias aéreas livres de secreção, pela aspiração sempre que
necessário.
• Proporcionar oxigenioterapia de acordo com a prescrição.
• Manter o material necessário para intubação oro traqueal de
emergência.
• Verificar continuamente os sinais vitais à procura de alterações.
Cuidados de Enfermagem

• Passar sonda nasogástrica de acordo com a prescrição e todos os


cuidados em relação a este procedimento.
• Manter controle da diurese. passar uma sonda vesical de demora,
conforme prescrição.
• Fazer balanço hídrico, principalmente na fase aguda.
• Observar as eliminações intestinais – diarreia ou incontinência.
• Fazer mudança de decúbito contínua (3/3h).
• Manter cama com grades para prevenir queda durante uma crise
convulsiva.
• Promover estímulos sensitivos: conversar com o paciente, tentar
despertá-lo, explicar todos os procedimentos que irá fazer.
Observação: quando o paciente está
inconsciente, os cuidados serão
administrados em uma unidade de
tratamento intensivo, preferencialmente.
Quando entrar para a fase crônica, os
cuidados poderão ser feitos na unidade do
paciente. É importante que a enfermagem
esteja sempre atenta para todas as
complicações, e fazer o melhor para o
paciente e sua família.

Isto irá determinar o processo de reabilitação domiciliar.


TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO (TCE)
É o traumatismo (fratura), resultante dos acidentes de trânsito ou quedas acidentais.
Sinais e sintomas:
• Dependem do local e da intensidade da lesão, mas caracteriza-se por
distúrbios do nível de consciência.
• Confusão mental
• Início súbito de déficit neurológico
• Anormalidades nos diâmetros pupilares
• Alterações nos SSVV
• Alterações visuais e auditivas
• Cefaleia, vertigens e
distúrbios de movimento
• Convulsão
Diagnóstico

• Exame físico e neurológico


• Tomografia computadorizada (TC)
TRATAMENTO
Frequentemente o TCE ocorre junto com o
traumatismo cervical: Imobilização cervical no
ato do acidente
• Com o derrame cerebral e o edema, acontece
o entumecimento aumentando a pressão
intracraniana (PIC).

• Oxigenioterapia

• Administração de manitol EV para reduzir o


edema.

• Tratamento geral para as convulsões.


Cuidados de Enfermagem

• Manter vias aéreas permeáveis e com oxigenação adequada.


• Verificar SSVV de h/h.
• Fazer cateterismo vesical

• Se o paciente estiver em coma, OS CUIDADOS SERÃO MAIS


INTENSIVOS.

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