O documento discute cuidados de enfermagem para pacientes em unidades de clínica médica e cirúrgica. Aborda o sistema nervoso central e periférico, doenças como acidente vascular cerebral e Mal de Parkinson. Detalha sinais e sintomas, fatores de risco, diagnóstico e tratamento destas condições.
O documento discute cuidados de enfermagem para pacientes em unidades de clínica médica e cirúrgica. Aborda o sistema nervoso central e periférico, doenças como acidente vascular cerebral e Mal de Parkinson. Detalha sinais e sintomas, fatores de risco, diagnóstico e tratamento destas condições.
O documento discute cuidados de enfermagem para pacientes em unidades de clínica médica e cirúrgica. Aborda o sistema nervoso central e periférico, doenças como acidente vascular cerebral e Mal de Parkinson. Detalha sinais e sintomas, fatores de risco, diagnóstico e tratamento destas condições.
Unidades de Clínica Médica • As unidades de Clínica Médica existem para tratar de pacientes em condições recuperáveis clinicamente. Também visam a oferecer medidas de conforto para minimizar a dor quando a doença já se encontra em estágio avançado ou irreversível. • Doentes que apresentam algum comprometimento, ainda que mínimo, das funções vitais precisam de assistência qualificada, que é prestada por profissionais treinados para atuar na prevenção de complicações ou agir com eficácia em situações de urgência e/ou emergência Sistema Nervoso • O Sistema nervoso é constituído, principalmente pelo tecido nervoso, e esta dividido em: • Sistema Nervoso Central (SNC) • Sistema Nervoso Periférico (SNP) • O sistema nervoso regula e controla diversas funções do organismo. O conhecimento das estruturas do sistema nervoso central e periférico é fundamental para a compreensão dos quadros clínicos resultantes de processos patológicos e lesões que podem acometê-lo. • O Sistema Nervoso realiza três funções gerais: • Sensitiva, Motora e Integradrora. • Este sistema tem como funções reconhecer o estímulo, sua intensidade, e promover impulsos através da sinapse. • Os neurônios são células nervosas especializadas que desempenham o papel de condutores dos impulsos nervosos. Portanto são as unidades básicas que processam as informações e estímulos no corpo humano. • Já os neurotransmissores são moléculas ou substâncias químicas produzidas pelos neurônios, com a função de biossinalização e por meio delas, é possível enviar informações a outras células . • Os hormônios são substâncias químicas produzidas no organismo por glândulas do sistema do sistema endócrino ou por neurônios especializados. • O cérebro é composto de áreas funcionais muito específicas, portanto, uma lesão no cérebro ou no sistema nervoso pode causar dados irreversíveis. • O SNC coordena todos os processos físicos e intelectuais. • O SNP é responsável pela transmissão dos estímulos do corpo para o cérebro e vice-versa; compreende também as fibras motoras e sensitivas dos nervos espinais e cranianos, bem como os gânglios formados por acumulo de corpos celulares, que permitirão a condução do impulso nervoso da periferia para o encéfalo e medula espinal. • A principal função do SNC é a de processar a informação que chega até produzir uma resposta motora apropriada. Estes estímulos são recebidos e transmitidos através dos nervos sensitivos e motores. Doenças relacionadas ao Sistema Nervoso • Acidente Vascular Encefálico (AVE). • As doenças cerebrovasculares estão entre as principais causas de morte em todo o mundo, no Brasil, representam a terceira causa morte, sendo o AVE a sua principal manifestação. O Acidente Vascular Encefálico apresenta uma alta taxa de mortalidade, e em caso de sobrevivência pode resultar em incapacidade permanente. • O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma condição clínica caracterizada pelo comprometimento súbito da função cerebral causado por inúmeras alterações histopatológicas que envolvem um ou vários vasos sanguíneos intracranianos ou extracranianos. • A maioria das ocorrências são causadas por uma baixo fluxo sanguíneo cerebral (isquemia) e uma incidência menor por hemorragias, tanto intraparaquimentosas como subaracnóideas. Os principais vasos do sistema arterial cerebral são: • Artérias Carótidas direita e esquerda; artérias vertebrais direita e esquerda. Temos, ainda, os seguintes vasos: • Artéria carótida externa (ACE), artéria carótida interna (ACI), artérias dos sistemas vértebro basilar, polígono de Willis, artéria cerebral anterior, artéria recorrente de heubner, artéria coroidiana anterior, artéria cerebral média, artéria cerebral posterior e artéria cerebral superior. • O acidente vascular encefálico, popularmente conhecido como “derrame”, é resultante da insuficiência do suprimento sanguíneo a uma determinada área do cérebro. Pode ocorrer devido a um processo de evolução crônica de endurecimento da parede da artéria (arteriosclerose ou ateroclerose). • O episódio agudo ocorre quando o fluxo sanguíneo até as células cerebrais é interrompido por trombose, embolia, hemorragia ou espasmo. • A trombose tem relação com a arteriosclerose, aterosclerose e hipertensão arterial. • A embolia cebrebral geralmente é decorrente de doenças cardíacas, arritmias, valulopatias (doenças das válvulas cardíacas). • A hemorragia cerebral está relacionada à hipertensão; é um quadro mais grave, com evolução rápida, alterações súbitas de consciência, evoluindo para o coma e levando a morte em alguns casos. Classificação dos tipos de acidente vascular: • Acidente Vascular Encefálico Isquêmico (AVEI) É o transtorno clínico causado pela falta de sangue em uma área do cérebro. • Sinais Sintomas: • Fraqueza ou adormecimento (parestesia). • Em apenas um lado do corpo (hemiplegia). • Dificuldade para falar (dislalia). • E/ou entender coisas simples, engolir, andar e enxergar, tontura, perda da força da musculatura do rosto, fazendo que a boca fique torta (desvio de rima), causando dor de cabeça (cefaléia) intensa e perda da coordenação motora. • Ataque Isquêmico Transitório (AIT) • É um evento vascular ou um problema da vascularização cerebral, e que também é conhecido como “princípio de AVE”, na verdade o AIT não é um princípio, mais, sim um AVE propriamente dito, e que demora ou dura pouco, retornado ao normal em um curto período de tempo (de minutos a horas). Um AIT é resolvido geralmente em questão de minutos, e apresenta exames de imagem normais, ou seja sem lesões aparentes decorrentes dele. Sinais Sintomas (AIT) • Os sinais/sintomas são muitos semelhantes a um AVEI, como: • Fraqueza de uma lado do corpo (hemiplegia), perturbações visuais e fala arrastada, contudo são temporários, duram alguns minutos ou horas e depois desaparecem completamente dentro de 24horas. Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico (AVEH) • É aquele que ocorre quando uma vaso se rompe dentro do cérebro, causando extravasamento de sangue e inchaço (edema) naquela região em que houve o sangramento. • Sinais e Sintomas: • Forma súbita, e é muito freqüente dor de cabeça (cefaléia súbita) intensa. • Mal súbito • Convulsões • Desvio de rima • Dislalia • Disatria (distúrbio da articulação da fala) • Hemiplegia • Parestesia • Sonolência excessiva (torpor) • Desmaio ou até mesmo o coma Acidente Vascular Encefálico Isquêmico e Hemorrágico
Ausência de Oxigênio Hemorragia
Ruptura do Trombo Vaso
Derrame Isquêmico Derrame Hemorrágico
Fatores de Risco • Hipertensão Arterial; • Infarto agudo do Miocárdio (IAM); • Ateroma (como principal fator de risco); Ateroma (formação composta de gordura, cálcio e células inflamatórias localizadas na parede das artérias, que pode estreitar a passagem do sangue • História Familiar e idade; • Associados á Hipertensão Arterial; • Diabetes; • Obesidade; • Tabagismo; • Colesterol Alto (Hipercolesterolemia); • Cardiopatias; • Sedentarismo; • Estresse; • Alcoolismo; Manifestações Clínicas • Déficit Neurológico Súbito; • Disatrias; • Diplopia; • Desequilíbrio; • Perda de tônus postural e da consciência; • Parestesia; • Paresia; • Hemiplegia; • Etc; Diagnóstico • Os exames realizados para confirmação e classificação do AVE são: angiografia cerebral, tomografia computadorizada, ressonância magnética de crânio, a cintilografia e o Dopller ultrassônico de carótidas. • Estes exames tem por finalidade definir o tipo do AVE, a extensão e a localização da lesão, bem como favorecer o tratamento, se este será clínico e/ou cirúrgico. • A existência de distúrbios motores de um lado do corpo reflete em lesão do lado oposto do cérebro. Tratamento Cuidados de Enfermagem • Manter a higiene adequada do paciente. • Realizar mudança de decúbito no leito (2/2h) e colocar o paciente sentado em poltrona. • Proteger as proeminências ósseas. • Fazer a hidratação corporal. • Manter as roupas de camas secas e sem cisalhamentos (dobraduras). • Estimular e anotar aceitação da dieta e a ingesta hídrica. • Manter a cabeceira do leito elevada para evitar broncoaspiração. • Oferecer suporte emocional, orientando os acompanhantes não deixarem o paciente sozinho. • Prevenir acidentes, pois em decorrência da recente incapacidade motora é recomendável que os objetos de uso pessoal sejam colocados ao alcance do paciente e do lado não afetado. • Realizar exercícios ativos e passivos. • Aplicar estratégias de comunicação. • Controlar parâmetros Vitais (FC, Oximetro de pulso e PA). • É necessário observar, comunicar e anotar alterações do nível de consciência (Glasgow), balanço hídrico, observar e anotar queixas álgicas, realizar mudanças de decúbito, auxiliar no cuidado e higiene íntima e alimentação, observar padrão respiratório, vias aéreas (sialorréia e êmese), alterações das pupilas , além de preparar e administrar os medicamentos corretamente. Doença ou Mal de Parkinson • É uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva, causada por uma diminuição intensa da produção do neurotransmissor dopamina (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas). Este neurotransmissor ajuda na realização de movimentos voluntários do corpo de forma automática, graças a presença desta substância no cérebro. • Na falta desta substância, particularmente em uma pequena região encefálica chamada de “substância negra”, o controle motor do indivíduo é perdido, ocasionando os sinais sintomas característicos desta doença. • Com o envelhecimento, todos os indíviduos saudáveis apresentam morte progressiva das células nervosas que produzem a dopamina. • Algumas pessoas entretanto, perdem essas células e conseqüentemente, diminuem muito seus níveis de dopamina em um ritmo muito acelerado, manifestando os sinais sintomas da doença. • Não se sabe exatamente por quais Fatores motivos ocorre essa de risco perda progressiva e exagerada das células nervosas (processo de degeneração). • Discuti-se que mais de um fator deve estar associado desencadeando a doença, e esses fatores podem ser genéticos ou ambientais. • Ela é uma doença com altos índices hereditários, trata-se casos com início precoce (abaixo dos 40 anos de idade) • Destacam-se, também, os fatores ambientais, como contaminação por agentes tóxicos, como agrotóxicos e resíduos químicos, por exemplo. Manifestações Clínicas • Este distúrbio neurológico progressivo afeta principalmente os centros cerebrais pelo controle e regulação dos movimentos. • É uma condição clínica que se desenvolve a partir dos 50 anos de idade, tornando-se o segundo distúrbio neurológico mais comum em idosos. • Tem como característica principal a bradicinesia (lentidão dos movimentos). • E ainda pode se manifesta por meio de tremores em repouso, movimentos involuntários e contração ou rigidez muscular. • Pode se observar também uma diminuição do fluxo cerebral, o que acarreta a demência. • A face também pode ser afetada e torna- se pouco expressiva, podendo ser comparada a uma máscara, devido a uma limitação da musculatura facial. • A fala apresenta um tom monótono e lento, com palavras mal articuladas (disatria); há excesso de saliva, em decorrência da falta de deglutição espontânea. • Há perdas de reflexos posturais; a cabeça fica inclinada para a frente, e a marcha, prejudicada. A perda do equilíbrio pode ocasionar quedas freqüentes. • Basicamente o quadro clínico é caracterizado por quatro sinais principais: • Tremores • Acinesia ou bradicinesia (lentidão e diminuição dos movimentos voluntários). • Rigidez Muscular (enrijecimento dos músculos, principalmente no nível das articulações). • Diminuição da mobilidade e instabilidade postural ( dificuldades relacionadas ao equilíbrio, com quedas freqüentes). Diagnóstico • Para o diagnóstico não é necessário que todos os elementos estejam presentes, bastando apenas dois dos três primeiros citados (tremores, acinesia, bradicinesia). • O conjunto dos sinais e sintomas são chamados de síndrome “Parkinsoniana” ou Parkinsonismo, porém vale ressaltar que esta síndromes citadas não é necessariamente a Doença de Parkinson, uma causa importante do parkinsonismo secundário é o uso de determinados medicamentos ( como o uso de alguns medicamentos usados para vertigens, tonturas e doenças psiquiátricas e alguns medicamentos anti- hipertensivos). É muito importante identificar esses casos é que os sintomas são potencialmente reversíveis com a interrupção dos fatores desencadeantes (medicamentos). Tratamento • O tratamento baseia-se em facilitar a transmissão da dopamina e inclui drogas anti-histamínicos (Cetirizina, Difenidramina etc...), que têm discreto efeito sedativo e podem auxiliar na diminuição dos tremores. • Drogas anticolinérgicas são eficazes para o controle dos tremores e rigidez, e a Levodopa é o mais eficaz para o tratamento da doença de Parkinson. • Também existem técnicas cirúrgicas para atenuar alguns dos sintomas da doença de Parkinson (Para implantar o marca-passo, o paciente é submetido a uma cirurgia. Eletrodos são colocados no cérebro e ligados ao marca-passo, que fica sob a pele na altura da clavícula. Eles são ligados por um fio, chamado de extensão, também sob a pele. • Esse conjunto irá realizar a chamada estimulação elétrica profunda cerebral, que irá interferir nos sinais que causam os sintomas motores do Mal de Parkinson. Com a melhora dos sintomas, o paciente pode diminuir ou até largar as medicações e, assim, ficar livre dos efeitos colaterais, que chegam a incluir delírio e alucinações. • Medicamentoso; • Fisioterapia; • Fonoaudiologia; • Suporte Psicológico e Nutricional;
Os objetivos destes tratamentos é diminuir o
prejuízo funcional deste paciente acometido pelo Parkinson para que ele tenha uma vidas independente, com qualidade por muitos anos. Cuidados de Enfermagem • Orientar a realização de exercícios para aumentar a força muscular, melhorar a coordenação, a destreza e diminuir a rigidez muscular. • Incentivar a ingesta hídrica e a dieta à base de fibras para reduzir os problemas como constipação, decorrentes da debilidade da musculatura intestinal. • Atentar para o risco de aspiração brônquica, devido a diminuição do reflexo de tosse. • Realizar o controle de peso semanalmente para avaliar se alimentação tem sido suficiente. • Orientar a pessoa para se alimentar em posição ereta, sendo a dieta de consistência semi-sólidas, e os líquidos mais espessos. • Estimular o autocuidado. • Manter espaços livres para deambulação. • Colocar grades na cama e adaptar um acessório para que o mesmo consiga se levantar da cama (como amarrando lençóis). • Encorajar o paciente a participar de atividades recreativas e sociais, como medida de combate a Depressão. Doença ou Mal de Parkinson • A Doença de Alzheimer (DA), também conhecida como ‘Mal de Alzheimer’ ou ‘Demência Senil de Alzheimer’, envolve o declínio progressivo em áreas responsáveis pela percepção e o conhecimento, refletindo em prejuízos para a memória, a capacidade de julgamento, o afeto e a intelectualidade, motivando a desorganização da personalidade e a incapacidade de exercer as atividades diárias (AVD’S). • É uma enfermidade incurável que se agrava ao longo do tempo, porém pode e se deve ser tratada. Prevalece a incidência em pessoas idosas (mais comumente em mulheres). • Não se sabe porque a doença de Alzheimer ocorre, mais são conhecidas algumas lesões cerebrais características dessa doença. As duas principais são: as placas senis decorrentes do depósito da proteína beta- amilóide, anormalmente produzida e os emaranhados neurofibrilares, frutos da hiperfosforilação da proteína ‘tau’. • Outra alteração observada é a redução do número das células nervosas (neurônios) e das ligações entre elas (sinapses), com redução progressiva do volume cerebral. • A Doença de Alzheimer atinge primeiramente o hipocampo, a estrutura cerebral responsável pelo processamento da memória, e com o tempo vai progredindo para as outras áreas do cérebro, causando a morte das células, especificamente os neurônios. Fatores de Risco Muitos estudiosos acreditam que, ao longo dos anos, algumas condições ou doenças podem contribuir para a DA. Atualmente, os fatores mais estudados que ocorrem para contribuir para que ocorram alterações no cérebro que levam a DA são: • Idade; • Genética e hereditariedade; • Gênero feminino; • E o traumatismo crânio encefálico; • Além desses, também são considerados o estilo de vida e nível educacional; • A ocorrência de doenças cardiovasculares, diabetes, depressão e obesidade. Manifestações Clínicas • Perda de Memória (principalmente para informações recentes, geralmente esquece onde deixou os objetos); • Falta de organização (a pessoa passa a colocar objetos em lugares inadequados, por exemplo as chaves dentro da geladeira); • Perda de Habilidade (principalmente para realizar tarefas que antes vazia com facilidade, como cozinhar, fazer reparos, jogar cartas, lidar com dinheiro, fazer compras e etc.); • Falta de cuidado com a higiene (a pessoa passa a descuidar da aparência e da higiene pessoal); • Alterações grave de personalidade (a pessoa passa a ser desconfiada, agressiva, amedrontada ou apática); • Apresenta súbitas mudanças de humor; • Demonstração de comportamento estranhos (tirar comida da boca e jogar embaixo da mesa); • Perda de noção do tempo e lugar (desorientação quanto ao dia, mês e ano, além de dificuldades para encontrar o caminho de volta para casa); • Problemas com linguagem (vocabulário empobrecido, dificuldades para encontrar palavras, dificuldade para acompanhar uma conversa); • Falta de pensamento abstrato (incapacidade para resolver problemas, planejar ações, calcular finanças e seguir instruções); • Faz julgamentos equivocados e toma decisões erradas (desconfia que estejam lhe roubando objetos, que o conjugue trai, veste-se inadequadamente em relação ao clima e ocasião); Diagnóstico • O diagnóstico do mal de Alzheimer pode ser feito clinicamente ou através de biópsia cerebral (raríssimos casos). O diagnóstico clínico tem os seguintes critérios: • Demência atestada pelo exame clínico e por testes padronizados, como o mini-mental; • Déficit em duas ou mais áreas cognitivas (memória, linguagem, raciocínio, concentração, juízo, pensamento, etc.); • Déficits cognitivos com piora progressiva; • Início depois dos 40 anos e antes dos 90 anos de idade; • Não apresentar outra doença neurológica ou sistêmica que cause déficits cognitivos. • Os critérios acima conseguem identificar corretamente a doença de Alzheimer em até 90% dos casos. • O diagnóstico definitivo da doença de Alzheimer é confirmado através de biópsia do tecido cerebral, sendo por isso raramente realizado. • Análises de sangue e exames de imagens (tomografia computadorizada, ressonância magnética) auxiliam no despiste de outras causas de demência, mas não são capazes de estabelecer o diagnóstico de doença de Alzheimer. • Em caso de suspeita de Doença de Alzheimer (você ou um familiar/amigo), um médico (preferencialmente um geriatra) deverá ser consultado. • Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, se este é realmente seu diagnóstico, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, caso a caso. Mini Exame do Estado Mental (MEEM) • É o teste mais utilizado para avaliar a função cognitiva por ser rápido (em torno de 10 minutos), de fácil aplicação, não requerendo material específico. Deve ser utilizado como instrumento de rastreamento não substituindo uma avaliação mais detalhada, pois, apesar de avaliar vários domínios (orientação espacial, temporal, memória imediata e de evocação, cálculo, linguagem-nomeação, repetição, compreensão, escrita e cópia de desenho), não serve como teste diagnóstico, mas sim pra indicar funções que precisam ser investigadas. É um dos poucos testes validados e adaptados para a população brasileira. Tratamento • O tratamento para o Alzheimer é feito para controlar os sintomas e retardar o agravamento da degeneração cerebral provocada pela doença e inclui o uso de remédios, como Donepezila, Rivastigmina ou Memantina, por exemplo, indicados pelo geriatra, neurologista ou psiquiatra. • Além do uso de remédios, é importante fazer terapias que melhoram a independência e o raciocínio, com terapia ocupacional, fisioterapia, atividades físicas, além de dar preferência a uma alimentação mediterrânea, equilibrada e rica em vitamina C, E e ômega 3, que têm ação antioxidante e protetora cerebral. • A escolha do melhor tratamento e as opções de medicamentos são indicadas pelo médico após avaliação e identificação das necessidades de cada paciente. Cuidados de Enfermagem • As ações de enfermagem estão diretamente relacionadas ao grau de demência e dependência que o indivíduo apresenta. • O profissional deve ficar atento para as alterações do pensamento, criar mecanismos que ativem a memória, mantendo uma conversa simples e agradável e se possível, proporcionar maneiras de orientá-lo em relação ao tempo com a utilização de calendários e relógios. Esclerose Múltipla • A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica e autoimune- ou seja, as células de defesa atacam o sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares. O termo esclerose significa ‘cicatriz’. Embora a causa da doença ainda seja desconhecida, essa patologia tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, o que tem possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes acometidos por tal patologia. • Geralmente a EM acomete jovens, em especial mulheres, de 20 a 40 anos. • Na esclerose múltipla, as células de defesa atacam a bainha de mielina, uma capa de gordura que envolve os prolongamentos dos neurônios e permite uma propagação mais rápida dos impulsos nervosos que saem e chegam ao cérebro. • Como consequência do ataque, a bainha fica inflamada, os impulsos se dispersam e a pessoa perde o controle dos movimentos, tornando-se incapaz de executar ações simples. • O corpo, por um motivo qualquer, produz anticorpos contra a própria mielina, isso ocasiona a inflamação e a lesão da mesma. • É uma doença caracterizada por zonas isoladas de desmielinização nos nervos do olho, no cérebro e na medula espinal. Fatores de risco • Idade; • Gênero; • Fator Genético; • Localização Geográfica; (é mais comum em países dos hemisfério norte como Europa, Canadá, norte do EUA, ou no extremo Sul como Austrália e Nova Zelândia) • Doenças autoimunes predispõem à ocorrência, como diabetes tipo 1, doença da tireóide. • Baixos níveis de Vitamina D no sangue (dados clínicos de grandes estudos recentes indicam que esta alteração pode contribuir nas crises e desenvolvimento da doença). Manifestações Clínicas • Os surtos (desmielinização) ocorrem a partir do surgimento de um novo sintoma neurológico ou piora significativa de um sintoma “antigo”, com duração mínima de 24 horas. Para ser considerado um novo surto é necessário que ocorra um intervalo mínimo de 30 dias entre eles - caso contrário, considera-se o sintoma “dentro” do mesmo surto em andamento.
• O quadro clínico de cada surto é variável e pode associar-se
a mais de um sintoma. Alguns pacientes apresentam piora dos sintomas na ocorrência de febre ou infecções, frio extremo, calor, fadiga, exercício físico, desidratação, variações hormonais e estresse emocional – no geral são situações transitórias. Atenção especial às infecções, pois agravam o quadro clínico do paciente desencadeando sintomas que podem ser considerados “falso ou pseudo- surto”. • A primeira forma de esclerose múltipla chamada surto- remissão ou remitente-recorrente (EMRR) engloba cerca de 85% dos casos. Ele é caracterizada pela ocorrência dos surtos e melhora após o tratamento (ou espontaneamente). Geralmente ocorre nos primeiros anos da doença com recuperação completa e sem sequelas. Os surtos duram dias ou semanas. Em média os surtos se repetem uma vez por ano caso não inicie o tratamento adequado.
• Em um prazo de 10 anos aproximadamente, metade
desses pacientes evoluirá para a segunda forma da doença, conhecida como secundariamente progressiva (EMSP). Nesta etapa os pacientes não se recuperam mais plenamente dos surtos e acumulam sequelas. Eles têm, por exemplo, uma perda visual definitiva ou maior dificuldade para andar, o que pode levar à necessidade de auxílio para mobilidade ou locomoção, como apoio de bengala ou cadeira de rodas. • Nos 10% dos casos restantes ocorre a chamada forma progressiva primária (EMPP). Nela há gradativa piora das funções – sem ter necessariamente surtos. E 5% dos pacientes apresentam a quarta forma doa doença, mais rápida e agressiva, chamada progressiva com surtos (EMPS). Nesta quarta forma estão combinados a progressão paralela do processo desmielinizante e comprometimento mais precoce dos axônios. Diagnóstico • Para o diagnóstico da esclerose múltipla são utilizados os Critérios de McDonald de 2017, que considera vários aspectos clínicos e de imagem, associado a analise do líquor com a pesquisa de biomarcadores específicos.
• O médico solicitará o exame de coleta de líquor (LCR: líquido
cefalorraquidiano) – líquido extraído por uma punção na coluna lombar, que em alguns casos ajudará a confirmar o diagnóstico.
• Existem outros testes e exames complementares que podem ser
solicitados para diferenciar as doenças com sintomas semelhantes ou confirmar o diagnóstico.
• Diagnosticar a doença precocemente faz toda a diferença. Quanto
mais cedo o tratamento é iniciado, maior a chance de modificar a longo prazo o curso natural da esclerose múltipla – reduzindo o número de surtos, lesões e seqüelas neurológicas. Tratamento • Atualmente há diversos medicamentos que auxiliam no tratamento dos pacientes, como imunomoduladores e imunossupressores, incluindo as novas drogas orais e os anticorpos monoclonais, medicamentos mais eficazes, e em situações especiais indica-se o transplante autólogo de células tronco hematopoiéticas. O objetivo é combater o surgimento de lesões no sistema nervoso central, a ocorrência de surtos, o acúmulo de seqüelas e também a progressão das dificuldades neurológicas. • No momento do surto, os corticosteróides em altas doses proporcionam uma recuperação mais rápida ao paciente, mas , em casos mais graves pode ser usada a plasmaférese (técnica de filtração do plasma para retirar anticorpos). • Além dos tratamentos específicos para evitar o surgimento de lesões e dos surtos, também utiliza-se vários medicamentos para alivio de sintomas como fadiga, descontrole esfincteriano e da rigidez muscular chamada de espasticidade. A decisão para o melhor tratamento a seguir deve ser tomada pelo seu médico em conjunto com você e a sua família.
• É fundamental o tratamento multidisciplinar!
Associado ao tratamento farmacológico especifico deve acontecer a reabilitação global, abrangendo as suas necessidades, como: fisioterapia, fonoterapia, terapia ocupacional, neuropsicologia e apoio psicológico. Cuidados de Enfermagem • Promover alívio dos sintomas e proporcionar apoio contínuo; • Prevenir r tratar a espasticidade muscular por meio de exercícios musculares diariamente; • Incentivar o paciente a repousar em decúbito ventral; • Estimular o paciente a realizar caminhadas e fazer exercícios de relaxamento muscular; • Utilizar apoio para deambular, SN. • Observar o funcionamento da bexiga e do intestino prevenindo distúrbios e incontinência; • Treinar o paciente para as AVD’s; • Auxiliar o paciente nos períodos de exacerbação dos sintomas da doença e o portador de alterações ópticas e da fala; Arritmias Cardíacas
Limitar O Tempo De Abertura Do Ryr2 Evita A Hiperatividade Neuronal Relacionada À Doença De Alzheimer E A Perda De Memória, Mas Não O Acúmulo De Β-Amilóide