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EM
ENFERMAGEM
PROFª ENFª TÁZIA MIRELE
COMPLICAÇÕES DO SISTEMA NERVOSO
Coma superficial:
✓Reflexo de deglutição presente;
✓O individuo não mantém contato verbal;
✓Comprometimento das respostas motoras;
✓Reage a estímulos dolorosos profundos.
Coma profundo:
✓Reflexo da sucção e tosse ausente;
✓Não reage a estímulos dolorosos profundos;
✓O paciente pode apresentar postura de irreversível ou morte
encefálica (nesta situação outros órgãos apresentam sinal de
falência).
✓Dilatação da pupila;
✓Hipotermia;
✓Ausência de respiração;
✓Ausência de respostas a estímulos.
DIAGNÓSTICO
A Escala de Glasgow é útil para classificar a resposta de um paciente a
estímulos, (se for um caso de coma induzido, ou seja, por sedação,
utiliza-se a Escala de Ramsay).
Os exames com finalidade de detectar atividades cerebrais são:
✓Eletroencefalograma: registrar as atividades elétricas encefálicas,
que se apresentam em forma de onda;
✓Arteriografia cerebral: introdução de contraste em uma artéria para
visualização da circulação intracraniana;
✓Dopller transcraniano: visualizar a circulação na região das
carótidas e encéfalo.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
✓Realizar a higiene corporal;
✓Manter paciente aquecido;
✓Mudança de decúbito;
✓Grades do leito levantadas;
✓Monitorização hemodinâmica;
✓Aspirar secreções;
✓Monitorar os sinais vitais;
✓Manter via venosa permeável;
✓Monitorar fluxo urinário e eliminações intestinais.
✓Hipertensão intracraniana: Na presença de tumor, o aumento do
líquor no interior dos ventrículos (áreas responsáveis por dois terços da
produção de LCE), hematomas subdurais, infecções virais ou
bacterianas, entre outros fatores, são responsáveis pela elevação da
PIC (Pressão Intracraniana). O aumento da PIC ocorre sempre que há
alteração de volume do encéfalo, do sangue ou do LCR. Porém, essa
alteração seria compensada com a redução dos outros elementos, ou
seja, o sangue e o LCR funcionariam como elementos tampão, já que
não é possível a redução da massa encefálica. Contudo, quando essa
capacidade de ajuste é ultrapassada e ocorre aumento do volume
intracraniano, é estabelecida a ocorrência de hipertensão intracraniana.
Vale considerar que a hipertensão intracraniana é a principal causa de
morte nas vítimas de TCE que chegam ao hospital.
SINAIS E SINTOMAS
✓Cefaleias generalizadas, com frequência diária, de intensidade
variável e acompanhadas de náuseas;
✓Vômitos;
✓Obscurecimento transitório da visão;
✓Diplopia (visão dupla);
✓Zumbido intracraniano pulsátil;
✓Papiledema bilateral;
✓Sonolência e/ou irritabilidade.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
✓A manipulação desse paciente deve ser cuidadosa, para evitar
desnivelamento da cabeça e retirada acidental do cateter, esse
procedimento deve ser feito preferencialmente por três pessoas,
ficando uma delas responsável pela posição da cabeça e fixação
do cateter.
✓Atenção especial deve ser dada a pacientes com tubos ou cânulas
traqueais, nesses casos, deve-se evitar fixações que comprimam
as veias jugulares, pois a compressão dessas veias resultam num
aumento da PIC. No caso do tubo orotraqueal o dispositivo de
fixação pode ser passado acima das orelhas.
✓Inspecionar a área do cateter ventricular;
✓Aplicação da escala de Glasgow;
✓Decúbito elevado à cabeceira do paciente a 30º e cabeça em
posição neutra;
✓Manter vias aéreas pérvias;
✓Monitorar sinais vitais;
✓Manutenção de grades elevadas;
✓Prevenção de lesões por pressão;
✓Suporte nutricional adequado;
✓Controlar o equilíbrio hídrico;
✓Evitar o aumento da pressão intratorácica ou abdominal (tosse,
esforços, evacuações).
✓Epilepsia: As epilepsias são um complexo de sintomas de vários
distúrbios da função cerebral caracterizados por episódios curtos de
inconsciência, que podem ou não estar associados a convulsões,
fenômenos sensitivos, comportamento irregular ou à combinação dos
três. Acredita-se que o problema básico seja causado por um distúrbio
elétrico nas células nervosas em uma parte do cérebro, o que faz com
que elas produzam descargas elétricas anormais, recorrentes e
descontroladas.
As crises caracterizam por:
✓Abalos tônicos: contração hipertônica muscular permanente,
imobilizando as articulações.
✓Clônicos: alternância de contração e relaxamento musculares em
sucessão rápida, determinando deslocamento de diferentes partes
do corpo.
✓Tônico-clônicos: mistos.
Na maioria dos casos a causa de epilepsia é desconhecida, mas as
crises podem ser desencadeadas por:
✓Hiperpirexia;
✓Infecção do SNC;
✓Distúrbios metabólicos;
✓Intoxicações;
✓Hipóxia cerebral;
✓Massas intracranianas;
✓TCE.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
As manifestações clínicas variam de acordo com a área cerebral
envolvida. Elas foram classificadas em:
✓Convulsões Parciais Simples: pode ocorrer apenas contração de
um dedo ou da boca, fala incompreensível, tontura, alteração dos
órgãos dos sentidos, o paciente permanece consciente.
✓Convulsões Parciais Complexas: geralmente ocorre perda da
consciência acompanhada de contrações parciais.
✓Convulsões Generalizadas: ocorre contração tônico-clônica
generalizada, mordedura da língua, incontinência urinária e fecal.
Cessados os movimentos convulsivos, ocorrem relaxamento e
estado de sonolência.
DIAGNÓSTICO