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Classificação
Há, basicamente, duas causas do AVC:
Ruptura de um vaso cerebral, causando hemorragia. Isto pode ocorrer devido a
hipertensão arterial, arteriosclerose ou debilidade congênita da parede do vaso.
Dizemos que é um ACIDENTE VASCULAR HEMORRÁGICO.
Isquemia cerebral decorrente da obstrução de uma artéria por um trombo ou um
êmbolo. Dizemos que é um ACIDENTE VASCULAR ISQUÊMICO.
Causa
Os distúrbios encefálicos têm diversas causas, porém, em geral, ocorrem por
hipertensão arterial, malformações arteriovenosas, aneurismas, traumatismos, tumores e
diabetes. A presença desses distúrbios pode levar a um dos seguintes eventos:
1. Trombose: pela presença de coágulo no interior de um vaso sanguíneo do
pescoço e/ou encéfalo;
2. Embolia: coagulo ou outro material levado ao encéfalo a partir de outra região
do corpo;
3. Estenose de uma artéria que vasculariza o encéfalo;
4. Hemorragia: pela ruptura de um vaso sanguíneo encefálico com sangramento ou
formação de hematoma, causando compressão no tecido cerebral;
5. Espasmo arterial cerebral: pela isquemia de um vaso encefálico.
Diagnóstico
Tratamento
ANEURISMA CEREBRAL
Aneurisma cerebral é uma dilatação anormal de uma artéria cerebral que pode levar à r
da mesma no local enfraquecido e dilatado.
Nos indivíduos que têm aneurisma cerebral há a ruptura desta irregularidade da artéria cere
"vazamento" de sangue para um espaço virtual que existe no cérebro chamado de "espaço subaracnóide".
A ruptura inicial de um aneurisma cerebral leva à morte quase um terço dos pacientes. Alguns pac
apresentam dois ou mais episódios de hemorragia do aneurisma cerebral. Em cada uma das hemorragias
de morte vai se somando.
A ruptura do aneurisma pode ocorrer durante toda a vida, mas é mais frequente entre a quarta e
década de vida.
Muitas pessoas nascem com aneurisma cerebrais, os chamados aneurismas congênitos os quais, ao
da vida, podem aumentar e romper.
Existem fatores de risco como parentesco de sangue próximo ao de alguém que
já teve aneurisma, principalmente irmãos.
Mulheres têm maior probabilidade de desenvolver aneurismas cerebrais.
Em torno de 20% dos pacientes com aneurisma cerebral apresentam mais do que
um aneurisma
Outros fatores de risco são: hipertensão arterial, dislipidemias (alteração do
colesterol e triglicerídeos), doenças do colágeno, diabetes e fumo.
Quadro Clínico
O sintoma mais comum é cefaléia de grande intensidade acompanhada de
vômitos, convulsões e perda de consciência. Alguns pacientes desenvolvem ptose
palpebral (queda súbita da pálpebra) acompanhado de cefaléia. Outros, perda
progressiva da visão por comprometimento do nervo óptico por compressão do
aneurisma.
Com o decorrer das horas a dor de cabeça pode evoluir para uma dor importante
na nuca e levar a "rigidez de nuca" que é comum na meningite, ou dor nas costas e
pernas. Isso ocorre por que o sangue escorre da cabeça para a coluna e "irrita" as raízes
nervosas provocando dor nas costas.
Pacientes que não rompem o aneurisma cerebral podem ter sintomas de
isquemias cerebrais de repetição, pois pode haver formação de pequenos coágulos
dentro do saco aneurismático levando a liberação dos mesmos para a corrente sangüínea
e "entupindo" pequenas artérias.
Diagnóstico
Tratamento
O tratamento dos aneurismas não rotos deve ser avaliado, pois o risco anual da
ruptura de um aneurisma é de 1,25 %, ou seja, o paciente pode escolher um momento
adequado para o seu tratamento junto com seu médico.
Já os aneurismas rotos apresentam-se como uma urgência médica devendo ser
tratados com máxima brevidade. Até o início da década de 90 o tratamento era feito
exclusivamente através da cirurgia, que consiste em abertura do crânio e bloqueio do
aneurisma com clipes (grampos) metálicos.
Nem todos os pacientes podem ser tratados com cirurgia. Dependendo do estado
de saúde do paciente e do local a ser alcançado, uma intervenção cirúrgica poderá ser
perigosa.
A partir da metade da década de 90, foi desenvolvido um método denominado
embolização por cateter que consiste em introduzir um cateter na artéria da virilha e
através do cateter, que é levado até ao aneurisma, promover o bloqueio do aneurisma
com inserção de micro molas de platina. Há casos em que a estrutura vascular do
paciente não permite a passagem do cateter. Nesses casos, não existe alternativa a não
ser o tratamento cirúrgico.