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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA

HONOIZA RAVENNA DE ARAUJO PINHEIRO

AVC / PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA

TERESINA-PI
2021
1. Quais as manifestações iniciais habituais de um Ataque Isquêmico
Transitório?

No AIT, o que ocorre é uma obstrução ou entupimento momentâneo,


transitório, de algum vaso que irriga o cérebro. O vaso (artéria) leva o sangue,
oxigênio e glicose para sua correspondente região cerebral. Como no AIT,
naqueles minutos ou horas, o sangue não chega naquele local irrigado pelo
vaso entupido, aquela região deixa de fazer a sua função, e o paciente sente
os sintomas de acordo com a região e vaso (artéria) afetados. O mais comum é
ocorrerem sintomas simulando um derrame, ou AVC.  Geralmente a pessoa ou
familiar sabe exatamente em que horário começou, o que estava fazendo na
hora do início (exceto nos casos em o paciente tem o AVC ou AIT estando
sozinho, acorda com aquele sintoma, ou é encontrado desmaiado por
testemunhas).

Os principais sintomas de um AIT:

  Alteração súbita da fala, com dificuldade para completar as


palavras ou frases, ou começar a ter a fala enrolada;
  Alteração súbita da força num membro (braço ou perna) ou em
um lado do corpo (braço e perna do mesmo lado), ou nas pernas, com
fraqueza e diferença de força em relação ao lado normal;
  Alteração súbita da sensibilidade em um lado do corpo;
  Desvio da boca para um dos lados (a boca começa a “entortar”),
de início súbito;
  Alteração súbita e intensa do equilíbrio, com dificuldade de andar,
náuseas e vômitos junto ao sintoma do andar;
  Alteração visual de início súbito – pode ser uma visão embaçada,
tremida, visão dupla, visão ardendo de repente, perda ou embaçamento de um
dos lados da visão
  Sonolência de início súbito, com parada da fala;
  Dor de cabeça de início súbito e muito, muito forte.

 
2. Qual a diferença da apresentação clínica de uma PARALISIA FACIAL
causada por um "Acidente Vascular Cerebral" e por uma "Paralisia Facial
Periférica"? Qual a explicação anatomo-funcional dessa diferença?

Inicialmente, deve-se saber que a Paralisia Facial sendo mais conhecida


e comum a Paralisia de Bell, ocorre por uma inflamação de um dos nervos
faciais, responsáveis pelos movimentos do nosso rosto. Cada nervo sai do
crânio através de um canal ósseo que cruza o ouvido interno e médio de cada
lado até sair próximo ao ângulo da mandíbula e se distribuir para o rosto (testa,
olhos e boca principalmente). Portanto, quando a causa de uma paralisia no
rosto é um problema no nervo facial, todo o lado do rosto fica paralisado por
igual. Ou seja, há tanto dificuldade para enrugar a testa e fechar o olho quanto
para mexer a boca.
A Paralisia de Bell é o tipo mais comum de paralisia facial periférica. Já
no AVC, pode haver a chamada paralisia facial central. Nesse caso, há uma
lesão por falta de irrigação sanguínea na parte do cérebro responsável pela
movimentação do rosto. Clinicamente a paralisia facial manifestar-se-á apenas
como dificuldade de mexer a boca ou sorriso torto. A movimentação da testa e
fechar os olhos mantêm-se normais. Além disso, muito provavelmente outros
sintomas estarão associados: dormência ou fraqueza em braços ou pernas;
dificuldade de enxergar; alteração para andar ou equilibrar-se; confusão
mental; dificuldade de fala; etc. a uma explicação quanto a essa diferença que
apesar de não ser tão simples de entender podemos explicar assim, nosso
nervo facial de cada lado recebe ordem para mover a boca apenas de um dos
lados do cérebro, enquanto a ordem de mover a testa e fechar os olhos vem
dos dois lados do cérebro. Portanto, quando o AVC lesa a região do cérebro
responsável por mover o rosto de um dos lados, o outro lado do cérebro ainda
envia comandos para haver movimento da testa e olhos, logo, apenas a boca
fica paralisada. A Paralisia Facial é uma condição com bom prognóstico, Por
outro lado, o AVC é uma condição com risco de morte e sequelas graves,
portanto trata-se de uma emergência médica e a menor suspeita deve levar a
um pronto socorro imediatamente, por outro lado, o AVC é uma condição com
risco de morte e sequelas graves, portanto trata-se de uma emergência médica
e a menor suspeita deve levar a um pronto socorro imediatamente.
REFERENCIAS

Barros JN, Melo AM, Gomes ICD. Paralisia facial periférica: prognósticos.
Rev CEFAC. 2004‌.

Lazarini PR, Fernandes AMF. Anatomia do nervo facial. In: Lazarini PR,
Fouquet ML. Paralisia facial: Avaliação, tratamento e reabilitação. São Paulo:
Lovise, 2006. p. 1-10

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