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CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

TRAUMACRÂNIOENCEFÁLICO
(TCE)

Docente: Márcia Mara


ANATOMIA DO CRÂNIO
 Cúpula do crânio ou calvaria: Parte
superior do crânio. É atravessada
por Quatro Suturas (articulações
que permitem mínima mobilidade
aos ossos do crânio):
 1 – Sutura Coronal ou Bregmática:
entre os ossos frontal e parietais
 2 – Sutura Sagital: entre os dois
parietais (linha sagital mediana)
 3 – Sutura Lambdoide: entre os
parietais e o occipital
 4 – Sutura Escamosa: entre o
parietal e o temporal
ANATOMIA
Meninges:
São membranas
conjuntivas do sistema,
classificadas em três:
dura-máter,
aracnoide e
piamáter.
ANATOMIA

 O líquido cefalorraquidiano
(LCR), é um fluído corporal
estéril, incolor, encontrado
no espaço subaracnóideo no
cérebro e medula espinhal
(entre as meninges
aracnoide e pia-máter).
 Atua como um amortecedor
para o córtex cerebral e a
medula espinhal.
ANATOMIA

Cerebelo
O cerebelo difere
fundamentalmente
do
cérebro porque
funciona sempre em
nível involuntário e
inconsciente,
sendo sua função
exclusivamente
motora (equilíbrio e
coordenação).
ANATOMIA
TRONCO CEREBRAL
Bulbo
Mesencéfalo e Ponte
Contém os centros
Contém o sistema de cardiorrespiratórios.
ativação reticular
responsável pelo
nível de consciência.
Bulbo: Contém os
centros
cardiorrespiratórios.
DEFINIÇÃO
 TCE é definindo como uma agressão ao cérebro,
crânio, e couro cabeludo, causada por força física
externa que pode produzir um estado diminuído
ou alterado de consciência, resultando em
comprometimento das habilidades cognitivas ou
físicas de forma temporária ou permanente,
podendo provocar comprometimento funcional
total ou parcial.
TIPOS DE LESÃO
Lesão primária Lesão Secundária
Ocorre no momento do Evolui durante horas e dias
impacto, podendo ser após a lesão inicial e é
causada por insultos resultado da interaçãode
diretos ao parênquima fatores intra e extracerebrais,
cerebral(lesão
os quais podem gerar anóxia,
pentrante) ou resultado
do movimento de isquemia, dano irreversível e
aceleração e morte celular após o trauma
desacelaração e inicial
impacto do encéfalo
contra a calota
craniana.
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS TCE
Podem ocorrer: 1.Efeito de massa e Aumento
 Hipotensão da PIC
 Alterações na
Pressão intracraniana encontrada na
glicemia caixa craniana e reflete a relação entre
 hipercapnia o volume do crânio, o cérebro, o LCR e
o sangue.
 Hipóxia, Valor normal: 5 a15 mmHg
HIC 20 mmHg
 Distúrbios
hidroeletrolíticos 2. Hipóxia
Causada pela oxigenação inadequada do
cérebro lesionado em consequência de
insuficiência ventilatória ou circulatória
pelo efeito de massa.
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS TCE
3.Diminuição do Fluxo 4.Mecanismos Celulares
sanguíneo

Causa uma oxigenação insuficiente Mecanismo celulares incluindo


insuficiência de energia, inflamação e
do cérebro e reduz a liberação de
cascatas “suicidas”, que podem ser
substrato (por exemplo, glicose) ao
desencadeadas ao nível celular e
cérebro lesionado e resulta em
podem levar à morte celular chamada
insuficiência de substrato.
apoptose.
DOUTRINA DE MONRO-KELLIE
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS TCE
 Aumento da pressão intracraniana;
 Sintomas: cefaléia, náuseas e vômitos;

 Herniações;

 Tríade de Cushing (hipertensão arterial,


bradicardia e alteração no ritmo respiratório).

Uma tríade de sintomas que podem ser um sinal do aumento


de hipertensão intracraniana-HIC.
É composta por: Hipertensão ,Bradicardia , Bradipnéia.
Pressão de perfusão cerebral(PPC): Corresponde à pressão
necessária à circulação de sangue, à manutenção do fluxo
sanguíneo e do suprimento de oxigênio e glicose às
exigentes células cerebrais.
PPC: PAM - PIC
PPC normal:70 a 80 mmHg.

Pressão Arterial Média


PAM: PAS+ 2X PAD
__________________
3

PAM normal: 85 a 95 mmHg


TIPOS DE LESÃO CRANIANAS
HEMATOMA EXTRADURAL (HED)

 Períodos de Inconsciência
 Intercalado com lucidez

 Sonolência e coma

 Apresenta forma biconvexa


TIPOS DE LESÃO CRANIANAS
HEMATOMA SUBDURAL (HSD)

 Sangramento na dura-máter
 Hematomas devem ser tratados cirurgicamente
quando >10mm
 Idosos e pacientes que utilizam anticoagulantes
são de risco
TIPOS DE LESÃO CRANIANAS
HEMATOMA ARACNÓIDE (HSA)

 Sangramento na aracnóide
 Irritação meníngea com cefaleia, rigidez do
pescoço e perda da consciência transitória
DERIVAÇÃO VENTRICULAR EXTERNA-DVE
DERIVAÇÃO VENTRICULAR EXTERNA-DVE
 sistema fechado de
drenagem usado em
procedimento
neurocirúrgico.
 Utilizada no tratamento e
acompanhamento dos
casos de Hipertensão
Intracraniana, drenagem
liquórica e tratamentos
de Hemorragias.
DERIVAÇÃO VENTRICULAR EXTERNA-DVE
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
 Manter decúbito de 30º ( ou conforme
orientação equipe de neurocirurgia;
 Zerar o cateter de DVE no conduto auditivo externo;
 Desprezar a bolsa coletora quando atingir 2/3 de
sua capacidade.
 Anotar débito, aspecto e cor da drenagem de líquor,
a cada duas horas ou a cada uma hora, quando
instabilidade.
 Notificar quando alterações no débito.
TIPOS DE LESÃO CRANIANAS
FRATURAS DO CRÂNIO

 São observadas na calota craniana, base do


crânio ou nos ossos da face;
 Fraturas de base do crânio, apresentam: otorréia
ou otorragia; rinorréia ou rinorragia.
 Sinal de battle( equimose retroauricular);
 Ollhos de guaxinim (equimose periorbital).
TIPOS DE LESÃO CRANIANAS
FRATURAS DO CRÂNIO

Sinal de Battle Olho de Guaxinim


CUIDADOS DE ENFERMAGEM
 Aplicar ECG, avaliar pupila;
 Elevar cabeceira 30-45º;
 Manter pescoço reto;
 Verificar sinais vitais;
 Evitar hipotensão(<90mmHg);
 Controlar hipertensão;
 Evitar hipóxia, manter via aérea pérvia e oxigenação
adequada;
 Realizar monitorização contínua e balanço hídrico;
 Auxiliar em procedimentos, como: sondagem gástrica
e vesical;
 Auxiliar e acompanhar nos exames laboratoriais e
radiológicos;
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
AVALIAÇÃO DAS PUPILAS

Suspender a pálpebra do paciente


Avaliar reatividade a luz Direcionar um feixe de luz aos olhos
Avaliar a resposta ao estímulo

SCORE PARA AVALIAÇÃO DA PUPILA


2 Inexiste: nenhuma pupila reage a luz
1 Parcial: apenas uma pupila reage a luz
0 Completa: as duas reage a luz
VAMOS PRATICAR
CASO 01
 Cliente, 23 anos, sexo masculino, vitima de
capotamento de carro, encontra-se sonolento,
eupneico, confuso. Ao exame : apresenta abertura
ocular espontânea, reage a voz e localiza dor.
 Qual a escala de glasgow e classificação do TCE?
VAMOS PRATICAR
CASO 02
 Cliente, 35 anos, sexo feminino, vitima de
atropelamento, encontra-se desacordada, reage
apenas aos estímulos dolorosos, gemente e
apresenta movimento de flexão dos membros
superiores anormal.
 Qual a escala de glasgow e classificação do TCE?
VAMOS PRATICAR
CASO 03
 Cliente, 60 anos, sexo masculino, vitima de queda
de 15m de altura, encontra-se acordado,
orientado, com desconforto respiratório
moderado. Relata perda sensitiva e motora da
região do tórax até os pés.
 Qual a escala de glasgow e classificação do TCE?
VAMOS PRATICAR
CASO 04
 Cliente, 15 anos, sexo masculino, vitima de
agressão física, encontra-se com nível de
consciência rebaixado, bradipnéico, e com
taquifisgmia, apresenta equimose associado a
edema importante na região periorbitária, sem
resposta verbal e apresenta movimento de
extensão anormal nos membros superiores.
 Qual a escala de glasgow e classificação do TCE?
VAMOS PRATICAR
CASO 05
 Cliente, 20 anos, sexo feminino, gestante de 37
semanas, vitima de capotamento, encontra-se
com nível de consciência alterado, com
desconforto respiratório, reage a dor, gemente,
apresenta movimento de retirada ao ser tocada.
 Qual a escala de glasgow e classificação do TCE?
OBRIGADO.

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