Você está na página 1de 6

Urgência e Emergência V

Traumatismo Cranioencefálico
 Principal causa de morte em jovens
 Causas mais frequentes:
Acidentes automobilísticos
Quedas
Agressões
Homicídios
Lobo frontal: comportamento, concentração
Lobo temporal: audição
Lobo occipital: visão

Fisiopatologia do TCE:
 Lesões primárias:
Ocorrem no momento do trauma
Se caracterizam por:
Proporcionais à intensidade do trauma
Difícil manuseio clinico ou cirúrgico

 Lesões secundárias:
Ocorrem a partir do momento do trauma
São dinâmicas e evolutivas (contínuas)
Devem ser evitadas, identificadas, tratadas precocemente

 Causas extracranianas: fora do cérebro e impactam em lesão cerebral


 Hipóxia:
Lesão cerebral irreversível, pode ocorrer em 4 a 6 minutos de anóxia cerebral
Confusão mental
 Hipercapnia:
Vasodilatação cerebral (aumenta a pressão intracraniana)
 Hemorragia externa e interna: redução da oferta sistêmica de O2
Paciente oxigenado
Não pode hiperventilar
Controlar o sangramento
Controle de temperatura
Controlar saturação de O2
Repouso, risco de queda
Via área artificial
Avaliar PA e FC
 Hipotensão: pode acarretar lesão encefálica grave
Redução da pressão perfusão cerebral (PPC) ideal acima de 60  redução do
fluxo sanguíneo cerebral (FSC)
PPC = PAM – PIC
 Hipoglicemia: na ausência de glicose, os neurônios isquêmicos podem sofrer
lesões definitivas.
Observação da glicemia
 Hiperglicemia: Causa coma (eleva com a liberação do cortisol).

 Causas intracranianas:
 Edema cerebral: ocorre no local da lesão primária.
Lesão dos neurônios – acúmulo de líquido intracelular dos neurônios danificados – mais
edema
 Hematomas intracerebrais: sangramento (comprime os tecidos cerebrais
adjacentes).
 Efeito de massa e hérnia:
1. Herniação uncal
2. Herniação de cíngulo
3. Herniação da amgdala
4. Herniação transcalvariana
5. Herniação central

Sintomas:
Dilatação ou lentidão na resposta pupilar a estímulo ipsilateral
Fraqueza contralateral
Decorticação
Deselebração
Alteração no padrão respiratório:
 Bradpneia
 Hiperpneia
 Taquipneia
 Biot Comuns no TCE moderado a grave
 Kusmaull
 Sheyne Stokes

 Aumento da Pressão intracraniana: componente parenquimatoso, liquórico e


vascular. Ideal em 15mmHg
Valores de referência:
PPC = 80 mmHg
PIC = 15 mmHg
PAM = 60 – 100 mmHg

Controle de PIC
 Cabeceira elevada
 Manter pescoço reto
 Fixação do tubo
 Manter paciente normotenso
 Controle de hipóxia
 Evitar procedimentos desnecessários que possam elevar PIC

Avaliação primária – TCE


Biomecânica: garantir a estabilização manual da coluna cervical
Via aérea: Garantir permeabilidade de via aérea
Respiração: Oferta de O2
Circulação: Monitorar a oximetria de pulso
Incapacidade: Avaliar precocemente por meio da escala de coma de Glasgow
Avaliar as pupilas (pulilas anisocóricas TCE)
Classificação do TCE:
TCE leve: 13 a 15 – não é necessário fazer a tomografia  vômito, síncope,
orientações e alta.
TCE moderado: 09 a 12 – é indicado tomografia e até 48hrs de observação do paciente
(mesmo sem achados na tomografia).
TCE grave: 03 a 08 – paciente não tem condições de manter via respiratória, deve ser
intubado (via aérea artificial)
 Avaliar a cada 15 minutos, no máximo

Condições específicas de trauma craniano:


 Fraturas de crânio:
 Lineares: cruzam ducto venoso causando sangramento, não tem significado
clínico.
 Afundamento de crânio: realizar inspeção e palpação.
 Fraturas de base de crânio:
Sinal de guaxinim e sinal de battle, LCR pelo nariz ou ouvido.
Não deve passar sonda nasoentérica, a sonda deve ser orogastrica
 Lesões faciais: compromete a via aérea, hemorragia, alterações do nível de
consciência, deslocamento de dentes, vômito.
 Fraturas mandibulares:
Má oclusão dos dentes
A palpação: degrau e crepitação
 Fratura nasal:
Equimose
Edema
Epistaxe
Palpação
Anormalidades ósseas

Lesões cerebrais:
 Concussão cerebral: sacudida no cérebro
Amnésia pós traumática
Olhar vago
Desorientação
Perda de coordenação
Respostas verbais e motoras retardadas
Confusão e incapacidade de concentração a atenção
Fala arrastada ou incoerente
Emoções inadequadas às circunstâncias
Déficits de memória

 Hematoma epidural:
Mais comum em idoso e criança
Impacto de baixa velocidade no osso temporal
Sintomas relacionados ao hematoma em expansão
Intervalo de lucidez
Compensação inicial com absorção de LCR
Tratamento: abertura do crânio
 Hematoma subdural: sangramento entre a dura mater e aracnóide
Atenção ao uso de anticoagulantes
 Contusões cerebrais: o cérebro é contundido, com possível hemorragia cerebral
 Hematoma intracerebral: comum em pacientes que tiveram aneurisma.

Tratamento:
 Via área pérvia
 Oferta de O2
 Controle de temperatura
 Controle glicêmico e hemodinâmico
 Avaliar sensorial e pupilar (escala de coma de Glasgow)

Diagnóstico de enfermagem:
Troca de gases prejudicada relacionada com o traumatismo cranioencefálico

Lesões de medula espinhal


 Concussão: Interrupção temporária das funções da medula espinhal distal à
lesão
Perdas da função sensitiva e motora
Flacidez, paralisia
Perda dos reflexos abaixo do nível da lesão
Tratamento: Reposição volêmica
 Compressão: pressão sobre a medula espinhal causada por inchaço que pode
resultar em isquemia do tecido.
 Laceração: o tecido da medula é cortado
 Transcecção completa de medula
 Transcecção incompleta: alguns tratos não são afetados e não há perda total.

Escala ASIA  Pesquisar

Manifestações clínicas:
 Dor no pescoço ou nas costas, dor ao mexer e ao repouso

Fratura exposta:
 Controlar hemorragia
 Curativo estéril (ostomielite)
 Imobilização
 Não reposicionar o osso
Fratura fechada:
 Dor, sensibilidade, hematoma, edema e crepitação
 Avaliar: pulso, cor da pele, função motora e sensorial distalmente ao local da
fratura.
 Imobilização

Luxações: separação de dois ossos de uma articulação (desarticulação)


Imobilização
Compressa fria
Entorse:
Lesão de ligamentos
Pode ocorrer lesão dos ligamentos parcial ou total
Compressa fria

Você também pode gostar