Processo de enfermagem ao adulto com distúrbios
neurológicos
Hipertensão Intracraniana
 Pressão intracraniana normal é de 0 a 10
mmHg, sendo 15 mmHg o limite superior a
normalidade
 Espaço limitado para expansão dentro do
crânio deixa a PIC sensível as alterações do
volume de sangue e LCR.
 Quando há um aumento de sangue o LCR é
desviado ou absorvido, quando há aumento de
LCR o volume sanguíneo fica diminuído, a
fim de ajustar a PIC.
 Causas comuns: aumento da PIT, postura, PA
e níveis de O2 e CO2.
 Fisiopatologia
 Pode ser causada por traumatismo
 Efeito secundário de tumores cerebrais,
hemorragia subaraquinoidea e encefalopatias
toxicam e virais.
 Resposta cerebral ao aumento da PIC
 Resposta de cushing: fluxo sanguíneo cerebral
diminuído significativamente.
 Manifestações Clínicas
 Alteração súbita do paciente
 Agitação (sem causa aparente)
 Confusão
 Sonolência aumentada
 Torpor
 Coma e decorticação (flexão anormal de
MMSS e extensão de MMII)
 Pupilas dilatadas e fixas e respiração
comprometida ou nula.
Acidente Vascular cerebral
AVC isquêmico
 Perda súbita da função cerebral devido ao
rompimento de um vaso sanguíneo.
 Fisiopatologia
 Ruptura do fluxo sanguíneo por conta de uma
obstrução de um vaso.
 Inicia uma cascata isquêmica
 Manifestações clínicas:
 Depende da localização da lesão
 Dormência ou fraqueza da face, braço, perna,
especialmente de um lado só do corpo.
 Confusão mental ou alteração do estado
mental
 Dificuldade de falar ou de compreender a fala
 Distúrbios visuais
 Dificuldade de caminhar, tonturas ou perda de
equilíbrio ou da coordenação.
 Cefaleia intensa súbita
 Hemiolegia ou hemiparesia
 Perda da comunicação
 Disartria
 Afasia
 Apraxia
 Tratamento clínico:
 Terapia trombolítica
 Tratamento dos déficits secundários
 Manutenção da respiração e oxigenação
suplementar
 Endarterectomia carotídea
Processo de Enfermagem
Diagnóstico: Mobilidade física prejudicada,
relacionada a hemiparesia, perda de equilíbrio e da
coordenação, espasticidade e lesão cerebral.
Meta: Mobilidade melhorada
Prescrição:
 Posicionar o paciente corretamente
 Prevenir neuropatias compressivas
 Aplicar tala no membro afetado para evitar
flexão e manter posicionamento correto
durante a noite.
 Estabelecer um programa de exercícios
 Estimular a reabilitação
 Tocar decúbito de 2 em 2 horas.
AVC hemorrágico
 Causado por hemorragia intracreniana ou
subaracnóidea.
 Geralmente tem consequências mais graves e
uma fase de recuperação mais longa do que no
AVCI
Fisiopatologia:
 Hemorragia intracerebral
 Comum em pacientes hipertensos e com
aterosclerose cerebral
 Uso de anticoagulantes, anfetaminas e
drogas ilícitas.
 Ruptura dos vasos sanguíneos, causando
hemorragia.
 Aneurisma intracraniano
 Dilatação das paredes da artéria cerebral,
que se desenvolve em consequência da
fraqueza da parede arterial
 Geralmente ocorrem nas bifurcações das
grandes artérias do circulo de Willis
 Aneurismas múltiplos são comuns
 Malformações arteriovenosas
 Anormalidade no desenvolvimento
embrionário
 Ausencia de leito capilar sobrecarrega as
veias e artérias, levando a ruptura.
 MAV é principal causa de AVCH em
jovens.
 Hemorragia subaracnóidea
 Resultado de MAV, aneurisma, trauma ou
hipertensão
 Manifestações clínicas:
 Cefaleia intensa
 Mesmos déficits neurológicos do AVCI
 Quando aneurisma rompe: cefaleia súbita,
dor e rigidez na parte de trás do pescoço.
 Zumbidos, tonturas e hemiparesia.
Processo de enfermagem
Diagnóstico: Perfusão tissular cerebral ineficaz
relacionada com sangramento e vaso espasmo.
Meta: Perfusão cerebral melhorada
Prescrições:
 Monitorar rigorosamente a deterioração
neurológica
 Fazer fluxograma neurológico
 Aferir sinais vitais a cada hora
 Monitorar estado respiratório
Lesões Cranioencefálicas
Inclui lesão ao couro cabeludo, crânio ou cérebro
Varia de uma concussão leve, a um coma e morte.
 Fisiopatologia:
 Lesão primária
 Dano inicial do cérebro, que resulta de um
evento traumático.
 Contusões, lacerações e vasos rompidos.
 Lesão secundária:
 Evolui durante horas e dias seguintes após
a lesão inicial
 Resulta da administração inadequada de
nutrientes e oxigênio para as células
 Manifestações clínicas:
 Dor persistente no local da lesão
 Hemorragia nasal ou na orelha
 Otorreia de LCR

 Cuidados de enfermagem:
 Manter perfusão e oxigenação adequadas
 Prevenir complicações de alterações
sensoriais
 Estimular reabilitação
Lesão na medula
Pode causar paraplegia ou tetraplegia
Fatores de risco: Homem, jovem, em uso de
drogas licita e ilícitas.
 Plagias geralmente bilaterais, de membros
superiores e/ou inferiores
 Hipoestesia ou anestesia
 Disfunção de intestino e bexiga
 Espasmos
 Alteração da função sexual, sensibilidade
sexual e fertilidade.
 Dificuldade ou insuficiência respiratória -
Incapacidade de tossir.

 Fisiopatologia:
 Concussão transitória
 Paciente se recupera completamente
 Contusão, laceração e compressão da
substancia da medula espinal.
 Transecção completa da medula
 Paciente fica paralisado abaixo do nível da
lesão.
 Vertebras mais envolvidas: C5 a C7, T12 e L1.
 São mais sucetiveis pois existe uma maior
amplitude de mobilidade na coluna nessas
áreas.

 Manifestações clínicas:

 Dependem do tipo e do nível da lesão

 Lesão Incompleta:
 Paralisia sensorial e motora, com perda das
funções musculares voluntárias e
involuntárias (perda de tônus vesical e
intestinal).
 Lesão completa:
 Perda total das funções sensoriais e
motoras abaixo do nível da lesão.