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Assistência de Enfermagem

ao paciente com
AVCI e AVCH
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico-AVCI
Acidente Vascular Cerebral
Hemorrágico- AVCH
Acidente Vascular Cerebral
 Conhecido popularmente como "derrame
cerebral", o Acidente Vascular Cerebral
(designado pela sigla AVC pelos médicos) é
a terceira causa de morte em vários países
do mundo e a principal causa de
incapacitação física e mental.
 Um AVC é uma patologia associada a
alterações nos vasos do cérebro.
Acidente Vascular Cerebral
 Estas alterações são de 2 tipos: isquêmicas e
hemorrágicas.
 As primeiras implicam uma redução no fluxo
sanguíneo cerebral. Esse fluxo é importante
porque permite transportar para o cérebro
oxigênio e nutrientes essenciais ao
funcionamento das células que o constituem. Se
esse fluxo é reduzido ou interrompido, as
células cerebrais deixam de receber esses
elementos essenciais e acabam por morrer.
Acidente Vascular Cerebral
 As alterações hemorrágicas correspondem a
alterações da permeabilidade dos vasos
sanguíneos cerebrais ou mesmo a ruptura
dos mesmos. Assim, há saída de sangue
desses vasos provocando a formação de um
aglomerado de sangue que comprime as
estruturas cerebrais, alterando o seu
funcionamento.
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico

 É uma perda súbita da função cerebral


decorrente da desorganização do suprimento
sanguíneo a uma parte do cérebro.
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico
 Este tipo de AVCs é provocado
por isquemias- a perda de oxigênio e
nutrientes das células cerebrais resultando
da obstrução de um vaso sanguíneo.
 A isquemia leva ao infarto- morte das células
cerebrais, que são depois substituídas por
um líquido.
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico
 Os coágulos sanguíneos provocam isquemia
e infarto de duas formas:

 Embolia- um coágulo que se forma numa


parte qualquer do corpo, que se desprende
ou quebra, e se desloca, percorrendo os
vasos sanguíneos até ficar preso num ponto
mais estreito de uma artéria cerebral.
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico
 Estes coágulos formam-se mais freqüentemente
no coração após um infarto do miocárdio, por
alterações no ritmo cardíaco (arritmias) ou por
doenças nas válvulas cardíacas.
 Um AVC provocado por uma embolia tem o
nome de AVC embólico.
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico
 Trombose- é a formação de um coágulo de
sangue (também conhecido como trombo) dentro
de um vaso sanguíneo no cérebro, geralmente
sobre uma placa de gordura (acumulação de
colesterol nas paredes das artérias, conhecido
como processo de arteriosclerose).
 Isto leva à obstrução total ou parcial do vaso. Os
locais mais frequentes para estas ocorrências
são as artérias carótidas e cerebrais. Um AVC
provocado por uma trombose tem o nome
de AVC trombótico.
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico
Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico
 A isquemia pode ser definitiva ou temporária.
Quando o sangue volta a circular após um
curto período de isquemia e o paciente não
apresenta seqüelas, diz-se que ocorreu um
Acidente Isquêmico Transitório (AIT).
 Um AIT pode ser um indicativo de que, no
futuro, pode ocorrer uma isquemia
permanente.
Fisiopatologia
 A trombose acontece quando uma artéria por
qualquer razão vai ficando cada vez mais
estreita e acaba por se ocluir (a razão mais
freqüente é a aterosclerose).
 A embolia acontece quando algo que circula
na corrente sanguínea chega a uma artéria
com menor calibre e a oclui (mais
freqüentemente trata-se de coágulos de
sangue que se formam nas artérias fora do
cérebro ou no coração).
Manifestações Clínicas
 Déficit neurológico
 Dormência ou fraqueza da face, do braço ou da
perna, especialmente de um lado do corpo;
 Confusão mental ou alteração do estado mental;
 Dificuldade de falar ou de compreender a fala;
 Distúrbios visuais;
 Dificuldade de caminhar, tonteiras ou perda do
equilíbrio ou da coordenação;
 Cefaléia intensa súbita
Fatores de riscos
 Idade
 patologia cardíaca
 diabetes mellitus
 Aterosclerose
 Heredietariedade
 contraceptivos orais
 antecedentes de acidentes isquêmicos transitórios (AIT)
 dislipidemia
 sedentarismo, elevada taxa de colesterol e
predisposição genética (Sullivan, 1993; Weimar, Ziegler,
Konig, Diener; Leys, Hénon, Mackowiak-Cordoliani,
Pasquier, 2005).
Prevenção
 Uso de aspirina em doses baixas
 Tratar a hipertensão, hiperglicemia e parar
de fumar.
 Ingerir uma dieta de baixo teor de gorduras e
de colesterol.
 Aumentar o exercício.
 Paciente com fibrilação atrial o uso de
warfarin (Anticoagulante).
Tratamento médico
 Uso de anti-hipertensivos, diuréticos, trombolíticos.
 Elevação da cabeceira do leito para promover a
drenagem venosa e fazer baixar a PIC aumentada.
 Intubação por um tubo endotraqueal para
estabelecer um via aérea permeável, se necessário.
 Monitorização hemodinâmica.
 Avaliação neurológica para determinar se o
acidente vascular cerebral está evoluindo ou se
estão ocorrendo outras complicações
agudas(convulsões, sangramento por
anticoagulação ou bradicardia induzida pela
medicação).
Prevenção cirúrgica de AVCI
 ENDARTERECTOMIA CAROTÍDEA: é a
remoção de uma placa aterosclerótica ou trombo
da artéria carótida, para a prevenção de AVC em
paciente com doença oclusiva das artérias
cerebrais extracranianas.
Diagnóstico de Enfermagem
 Mobilidade física prejudicada relacionada à
hemiparesia, perda da coordenação e do
equilíbrio, espasticidade e lesão cerebral.
 Dor aguda (ombro doloroso) relacionada à
hemiplegia e ao desuso.
 Déficit do autocuidado (tomar banho, cuidar
da higiene, usar o banheiro, vestir-se,
arrumar-se e alimentar-se)relacionados às
sequelas do acidente vascular cerebral.
Diagnóstico de Enfermagem
 Sensopercepção alterada relacionada à
alteração da recepção, transmissão e/ ou
integração sensorial.
 Deglutição prejudicada relacionada sequela
do AVCI.
 Incontinência urinária total relacionada à
bexiga flácida, instabilidade, confusão mental
ou dificuldade de comunicação.
 Processos de pensamento alterados
relacionados à lesão cerebral, confusão
mental ou incapacidade de obedecer a
instrução.
Diagnóstico de Enfermagem
 Risco para integridade da pele prejudicada
relacionada hemiparesia, hemiplegia ou
imobilidade diminuída.
 Processos familiares disfuncionais
relacionados à doença catastrófica e a carga
da provisão de cuidados.
 Disfunção sexual relacionada aos déficits
neurológicos ou ao medo do insucesso.
Prescrições de enfermagem
• Realizar lavagem diariamente ao redor da uretra e
meato uretral.
• Atentar para os cuidado na fixação do coletor urinário
para não prejudicar o suprimento sangüíneo do pênis.
• Observar presença de reações alérgicas ou lesões na
região peniana.
• Proporcionar melhor e maior cuidado ao paciente
afásico.
• Buscar meios pelo qual ele possa entender suas
necessidades.
• Identificar um método por meio do qual a pessoa possa
comunicar as necessidades básicas.
Prescrições de enfermagem
• Identificar fatores que promovem a comunicação.
• Promover a continuidade do atendimento para
reduzir a frustração.
• Fazer um plano de cuidado individualizado para
cada paciente.
• Tentar envolver a família no auxilio ao paciente
• Passar segurança para o paciente, conversar,
explicar o que será feito com ele, quando for fazer
algum procedimento.
• Atentar para não gritar e nem falar alto.
Prescrições de enfermagem
 Manter o paciente sobre colchão caixa de ovos.
 Realizar higiene corporal diariamente ou sempre que
necessário enxugando rigorosamente e sem atritos na
pele;
 Avaliar pele e proeminências ósseas observando
coloração e textura diariamente;
 Movimentar os membros do paciente sempre que possível,
prevenindo a atrofia por desuso;
 Verificar diariamente se o paciente apresenta fecaloma;
 Orientar com o fisioterapeuta ou terapeuta se há
possibilidade de fazer alguma exercício aeróbico regular
para aumentar a função respiratória e prevenir
complicações.
Prescrições de enfermagem
 Discutir com o fisioterapeuta exercícios para trabalho das
articulações e musculatura evitando atrofia articular e muscular e
trombose com amputações.
 Manter os calcanhares do paciente afastados do leito, colocando
um acolchoamento sob as pernas.
 Observar integridade da pele a cada plantão.
 Hidratação da pele com óleos ou hidratante e massagem de
conforto para ativar a circulação 3x/dia.
 Mudança de decúbito de 2 em 2 horas.
 Trocar fralda geriátrica sempre que necessário, evitando
umidade prolongada, e possível lesão e infecção de pele e
genitália.
Prescrições de enfermagem
 Observar constantemente a pele do paciente e sua
integridade.
 Proporcionar apoio à manutenção das habilidades
sociais básicas e a redução do isolamento social.
 Diminuir o comportamento problemático.
 Auxiliar a família e os membros da comunidade na
compreensão e no apoio.
 Buscar incentivo primeiramente na família, nos
amigos.
 Interagir com o paciente, conversar e ouvir
atentamente.
Acidente Vascular Cerebral
Hemorrágico - AVCH
Ocorre devido à ruptura de um vaso
sanguíneo, ou quando a pressão no vaso faz
com que ele se rompa devido à hipertensão.
A hemorragia pode ser intracerebral ou
subaracnóide. Em ambos os casos, a falta de
suprimento sanguíneo causa infarto na área
suprida pelo vaso e as células morrem
(Cohen, 2001).
Hemorragia Intracerebral:
 Ruptura espontânea de
pequenos vasos é
responsável por 80% dos
acidentes cerebrais
hemorrágicos e é
causada principalmente
por uma hipertensão não-
controlada.
 Hemorragia subaracnóide: Decorre da
ruptura de um aneurisma (um
enfraquecimento na parede arterial)
intracraniano em cerca de metade dos
casos.
Aneurisma intracraniano
Manifestações Clínicas
 Vômitos
 Alteração precoce e súbita no nível da consciência
 Pode haver dor e rigidez da parte posterior do
pescoço (rigidez da nuca) e da coluna devido a
irritação miníngea.
 Distúrbios visuais (perda da visão, diplopia,ptose)
 Zumbidos, tonteiras e hemiparasia
 Coma e morte
Prevenção
 Controle da hipertensão especialmente em pessoas
com mais de 55 anos.
 Dieta rica em peixe, cálcio e potássio
 Controlar os factores de risco acima descritos
 Seguir os conselhos do seu médico, especialmente
no caso de ser hipertenso, diabético ou ter
problemas de coração.
 Exercício físico regular de intensidade moderada
pelo menos 3 vezes por semana
Tratamento médico
 Repouso no leito com sedação para impedir
a agitação e o estresses.
 Tratamento cirúrgico para aneurisma não
rompido.
 Analgesia (Codeína, Acetominofeno) para
dores de cabeça e no pescoço.
 Déficits Neurológicos dos
Acidentes Vasculares Cerebrais:
Manifestações e Implicações de
Enfermagem
 Perda da visão periférica
Manifestação: Dificuldade em enxergar à noite.
 Não-percepção de objetos ou de bordas de
objetos
Implicações de Enfermagem:
1. Colocar os objetos no centro do campo
visual intacto do paciente.
2. Encorajar o uso de uma bengala ou outro
objeto para identificar objetos na periferia
do campo visual.
3. A capacidade de dirigir veículos vai ter que
ser avaliada.
 Diplopia
Manifestação:
 Visão dupla;
Implicações de Enfermagem:
 Explicar ao paciente a localização de um
objeto colocando-o próximo ao paciente.
 Colocar consistentemente na mesma
localização os itens para o cuidado do
paciente.
Déficits Motores:

 Hemiparesia
Manifestação:
 Fraqueza da face, do braço e da perna do mesmo
lado (devido a uma lesão no hemisfério oposto
Implicações de Enfermagem
1. Colocar os objetos ao alcance do paciente do lado
não-afetado.
2. Instruir o paciente a se exercitar e a aumentar a
força do lado não-afetado.
 Hemiplegia
Manifestação:
 Paralisia da face, do braço e da perna do mesmo
lado (devido a uma lesão no hemisfério oposto).
Implicações de Enfermagem
1. Encorajar o paciente a fazer exercícios da
amplitude de movimento do lado afetado.
2. Proporcionar imobilização, quando necessário,
para o lado afetado.
3. Manter o alinhamento do corpo numa posição
funcional.
4. Exercitar o membro não-afetado para aumentar a
mobilidade, a força e o uso.
Ataxia
Manifestação:
 Marcha cambaleante e instável.
 Incapaz de manter os pés juntos; precisa de uma
base ampla para ficar de pé.
Implicações de Enfermagem:
1. Apoiar o paciente durante a fase de deambulação
inicial.
2. Fornecer dispositivo de apoios para a
deambulação (andador, bengala).
3. Instruir o paciente a não caminhar sem assistência
ou sem um dispositivo de apoio.
 Disartria
Manifestação:
 Dificuldade de formar palavras
Implicações de Enfermagem:
1. Oferecer ao paciente métodos alternativos
de comunicação.
2. Dar ao paciente tempo suficiente para
responder à comunicação verbal.
3. Dar apoio ao paciente e a seus familiares
para aliviar a frustração relacionada à
dificuldade de comunicação.
 Disfagia
Manifestação:
 Dificuldade de deglutição
Implicações de Enfermagem:
1. Testar os reflexos faríngeos do paciente
antes de oferecer alimentos sólidos ou
líquidos.
2. Ajudar o paciente nas refeições.
3. Colocar o alimento do lado não-afetado da
boca.
4. Dar tempo bastante para ele comer.
Déficits Sensoriais
 Parestesias (ocorrem do lado oposto ao da lesão)
Manifestação:
Dormência e formigamento da extremidade.

Implicações de Enfermagem:
1. Instruir o paciente de que a sensação pode estar
alterada.
2. Proporcionar amplitude de movimento às áreas
afetadas e aplicar dispositivos corretivos quando
necessário.
Déficits Verbais
 Afasia expressiva
Manifestações
Incapaz de formar palavras que sejam
compreensíveis; pode ser capaz de falar dando
respostas de uma única palavra.
Implicação de enfermagem
1. Encorajar o paciente a repetir sons no alfabeto.
2. Explorar a capacidade de escrever do paciente
como um meio alternativo de comunicação.
Déficts emocionais
Manifestações
 Perda do autocontrole
 Diminuição da tolerância a situações estressantes
 Depressão
 Medo, hostilidade e raiva
 Sentimentos de isolamento
Implicação de enfermagem
1. Dar apoio ao paciente durante explosões
incontroláveis.
2. Controlar as situações estressantes, se possível.
3. Proporcionar um ambiente seguro.
 Diagnósticos de enfermagem
ALTO RISCO PARA LESÃO RELACIONADO A
DÉFICITS NO CAMPO VISUAL, MOTOR, OU
PERCEPTIVO
 Agir para reduzir risco ambientais.
 Instruir o paciente a usar campainha para pedir ajuda.
 Manter a cama na posição baixa com todas as laterais erguidas.
 Manter desobstruídos os caminhos até o banheiro.
 Propiciar iluminação à noite.
 Assegurar que o interruptor de luz esteja acessível próximo a cama.
 Investigar diariamente as extremidades na busca de lesões não
detectadas.
 Manter os pés quentes e secos e a pele macia mediante o uso de loção
hidratante.
 Orientar o paciente a usar sapatos com sola antiderrapante.
 Eliminar tapetes soltos, aglomerados de objetos e lixos, bem como
assoalho muito encerado.
 Instalar barras de apoio no banheiro.
 Proporcionar corrimão em escadas e corredores.
INCONTINÊNCIA FUNCIONAL RELACIONADA A
INCAPACIDADE OU DIFICULDADE PARA CHEGAR AO
VASO SANITÁRIO SECUNDÁRIO A MOBILIDADE DIMINUÍDA
OU A FALTA DE MOTIVAÇÃO

 Verificar o ambiente quanto a barreiras ao acesso


do paciente ao banheiro.
 Proporcionar corrimãos e assentos mais alto do
vaso sanitário se necessário.
 Encorajar o paciente a usar pijamas ou roupas
simples.
 Oferecer lembretes para ir ao vaso sanitário a cada
duas horas após as refeições e antes de deitar-se.
 Elogiar o sucesso e as boas tentativas.
 Manter a hidratação ideal (2.000 à 2.500ml/dia).
 Minimizar a ingestão de café, chá, colas e suco de
grapefruit.
DEGLUTIÇÃO PREJUDICADA RELACIONADA A PARALISIA
OU PARESIA MUSCULAR SECUNDÁRIA A DANOS AOS
NEURÔNIOS MOTORES SUPERIORES

 Planejar as refeições para quando o paciente


estiver bem descansado.
 Assegurar que o equipamento confiável para
aspiração esteja ao alcance durante as
refeições.
 Interromper a alimentação se o paciente
estiver cansado.
 Estabelecer uma meta de ingestão de
líquidos.
Comunicação verbal prejudicada relacionada a
efeitos de danos ao hemisfério esquerdo sobre a
linguagem e a fala.

 Colaborar com o fonoaudiólogo para aliviar o


paciente e criar uma estratégia.
 Escutar com atenção.
 Repetir a mensagem de volta ao paciente para
assegurar a compreensão.
 Obter sua atenção antes de falar, chamá-lo pelo
nome.
 Encorajar ao paciente a partilhar frustrações e
validar suas expressões não-verbais.
 Usar palavras simples e as mesmas palavras de
forma consistente para cada tarefa.
REFLEXÃO
Enquanto isso, no Hospital Santa Maria...
- Bom dia, é da recepção? Eu gostaria de falar com
alguém que me desse informações sobre os
pacientes. Queria saber se certa pessoa está
melhor ou piorou...
- Qual e o nome do paciente?
- Chama-se Maria Isabel e está no quarto 302.
- Um momentinho, vou transferir a ligação para o
setor de enfermagem...
- Bom dia, sou a enfermeira Lourdes. O que deseja?
-Gostaria de saber as condições clínicas da
paciente Maria Isabel do quarto 302, por
favor!
- Um minuto, vou localizar o médico de
plantão.
- Aqui é o Dr. Carlos plantonista. Em que
posso ajudar?
- Olá, doutor. Precisaria que alguém me
informasse sobre a saúde de Maria Isabel
que está internada há três semanas no
quarto 302.
- Ok, minha senhora, vou consultar o
prontuário da paciente... Um instante
só! Hummm, aqui está: ela se
alimentou bem hoje, a pressão arterial
e pulso estão estáveis, responde bem
à medicação prescrita e vai ser retirada
do monitor cardíaco até amanhã.
Continuando bem, o médico
responsável assinará alta em três
dias.
- Ahhhh, Graças a Deus! São notícias
maravilhosas! Que alegria!
Pelo seu entusiasmo, deve ser
alguém muito próximo, certamente da
família?
- Não, sou a própria Maria Isabel,
telefonando aqui do 302!
- É que todo mundo entra e sai do
quarto e ninguém me diz coisa
nenhuma!...

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