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CEFEP – Centro Integrado de Ensino Regular e Profissionalizante

Curso: Técnico em Enfermagem


Disciplina: Clínica médica I
Professor: Paulo Roberto
Alunas: Geovana Sousa; Nayane Ferreira; Nubia Raquel

SEMINÁRIO: AFECÇÕES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

ELESBÃO VELOSO
2024
AFECÇÕES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

O coração é um órgão muscular


localizado no centro do tórax. O coração é um
órgão do sistema cardiovascular com dois
átrios e dois ventrículos. Possui um formato de
uma cone revestido com o ápice voltando para
e apresenta volume aproximadamente de uma
mão, pesa cerca de 300g. As suas principais
funções são: bombear o sangue para os
pulmões para que ele possa receber oxigênio.
O sangue que circulou nesse sistema distribuía oxigênio e nutrientes para os tecidos
do corpo retirando produtos residuais dióxido de carbono.

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA


É uma doença crônica em que o coração não bombeia o sangue como deveria, ou seja
um distúrbio em que o coração não consegue suprir as necessidades do corpo, causando
redução do fluxo sanguíneo e refluxo (congestão) de sangue nas veias dos pulmões e ou
outras alterações que podem debilitar ou enrijecer ainda mais o coração.

A insuficiência cardíaca se desenvolve


a ação de contração ou a ação de relaxamento
do coração é inadequado normalmente devido
a fraqueza ou rigidez do músculo cardíaco.
Muitos problemas que afetam o coração
podem causar insuficiência cardíaca.

Sintomas:
A maioria das pessoas não apresenta sintomas inicialmente ao longo de dias e meses.
Pode haver acúmulo de líquido nos pulmões e abdome ou nas pernas. Normalmente os
médicos suspeitam de insuficiência cardíaca com base nos sintomas, se preciso são feitos
exames como ecocardiograma para avaliar a função cardíaca.
Tipos de insuficiência cardíaca:
Fração de ejeção (FE): Que é a porcentagem do sangue bombeando para fora do coração a
cada batimento e é a medida de como o coração está bombeando.
Na insuficiência cardíaca com fração ejeção reduzida (ICFER - Às vezes chamada de
insuficiência cardíaca sistólica) O coração se contrai com menos força e bombeia para fora
uma porcentagem menor do sangue do que retorna a ele como resultado, mas permanece no
coração então acumula-se nos pulmões.
Insuficiência cardíaca com fração ejeção preservada (ICFEP - Às vezes chamada de
insuficiência cardíaca diastólica) o coração se torna enrijecido e não relaxa normalmente
após sua contração o que prejudica a sua capacidade de se encher de sangue.

Causas da insuficiência cardíaca:


Qualquer distúrbio que afete o coração pode levar à insuficiência cardíaca. Como por
exemplo: hipertensão arterial, arteriosclerose, infarto do miocárdio.

Cuidados da enfermagem:
Monitorizar a ingesta e a excreta a cada 2 horas;
Manter a posição de Fowler para facilitar a respiração;
Monitorizar a resposta ao tratamento diurético;
Avaliar a distensão venosa jugular, edema periférico;
Administrar dieta hipossódica; entre outros.

Tratamento:
Muito pode ser feito para tornar a atividade física mais confortável, para melhorar a
qualidade de vida e para prolongar a vida do paciente. No entanto, não existe uma cura para a
maioria das pessoas com insuficiência cardíaca. Os médicos abordam a terapia através de três
ângulos: tratamento da causa subjacente, remoção dos fatores que contribuem para o
agravamento da insuficiência cardíaca e tratamento da insuficiência cardíaca em si. O uso de
Digitálicos é uma alternativa no tratamento.
ANGINA

A angina é uma dor no peito temporária ou sensação de


pressão que ocorre quando o músculo cardíaco não está
recebendo oxigênio suficiente. O indivíduo com Angina
costuma sentir desconforto ou pressão baixa do esterno
normalmente ocorre em resposta ao esforço e é aliviado
durante o repouso.

Causas:
Doença arterial coronariana: aterosclerose;
Distúrbios circulatórios: estenose aórtica, hipotensão;
Distúrbios sanguíneos: anemia, hipoxemia e policitemia.

Sintomas:
A isquemia do miocárdio provoca ataques de DOR de gravidade variável, até a dor
agonizante com sensação de morte iminente. sensação de aperto, queimação esmagamento,
enforcamento “gases” e outros. A duração é normalmente de 5 minutos podendo durar de 15
a 20 minutos caso de raiva extrema. Outros sintomas: dispnéia, palidez, sudorese, tonturas,
palpitações e distúrbios digestivos (náuseas, vômitos).

Tratamento:
O tratamento é iniciado com medidas para se evitar a doença arterial coronariana,
retardar sua progressão ou revertê-la através do tratamento das causas conhecidas (fatores de
risco). Os principais fatores de risco, como a hipertensão arterial e os elevados níveis de
colesterol, são tratados imediatamente. O tabagismo é o fator de risco evitável mais
importante da doença arterial coronariana.

Assistência de enfermagem:
Avaliar as características da dor no peito e sintomas associados;
Avaliar a respiração, a pressão sanguínea e frequência cardíaca em cada episódio de dor
torácica;
Fazer um ECG, cada vez que a dor torácica surgir, para evidenciar infarto posterior;
Monitorizar a resposta ao tratamento medicamentoso e outros.
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

É o estreitamento de uma artéria


coronária pela aterosclerose ou pela
obstrução total de uma coronária.
Também conhecida como ataque
cardíaco.
É um processo de morte do tecido Necrose de parte do músculo por falta de oxigênio.
Pode ocorrer em diversas partes do coração e isso dependerá de qual artéria foi obstruída. Em
casos raros o infarto pode acontecer por contração da artéria, interrompendo o fluxo
sanguíneo.

Tratamentos cirúrgicos:
Revascularização do miocárdio: Durante a
cirurgia um vaso sanguíneo, que pode ser a
veia safena (da perna), a artéria radial (do
braço) e/ou as artérias mamárias (direita ou
esquerda) são implantadas no coração,
formando uma ponte para normalizar o fluxo
sanguíneo. O número de pontes pode variar de
1 a 5, dependendo da necessidade do paciente.

Cateterismo: Para ver o local da obstrução, é inserido um cateter (tubo com um visor) que
identifica até onde o sangue ainda chega dentro da artéria. Identificada a área obstruída,
coloca-se um fio através do cateter. Há um balão vazio nesse fio, que é inflado no local de
bloqueio, esmagando as placas que provocaram o entupimento. Além de esmagar a placa de
obstrução, o balão, quando cheio, monta o stent. Depois de instalado o stent, o fio é retirado
junto com o tubo do cateter que lhe deu passagem. As chances de sucesso da angioplastia
com stent chegam a 98%.

Assistência de enfermagem :
Proporcionar um ambiente adequado para o repouso físico e mental;
Fornecer oxigênio e administrar opiáceos (analgésico e sedativo) e
ansiolíticos prescritos para alívio da dor e diminuição da ansiedade;
Prevenir complicações, observando sinais vitais, estado de consciência, alimentação
adequada, eliminação urinária e intestinal e administração de trombolíticos prescritos;
Atuar na reabilitação, fornecendo informações para que o cliente possa dar continuidade ao
uso dos medicamentos, controlarem os fatores de risco, facilitando, assim, o ajuste
interpessoal, minimizando seus medos e ansiedades;

ATEROSCLEROSE
É uma doença que acomete as artérias causando obstrução ou bloqueio do fluxo
sanguíneo para os órgãos vitais como o coração e cérebro. As artérias são obstruídas ou
bloqueadas por depósito de gorduras denominadas placas ateromatosas.

O colesterol elevado no sangue é uma das principais


causas do acúmulo de gorduras nas paredes arteriais
provocando seu entupimento,

Tratamento:
Devem ser eliminados os fatores de risco como os níveis sanguíneos elevados do
colesterol, Hipertensão Arterial, tabagismo e obesidade. E deve ser recomendado a prática de
atividades físicas diariamente.
ARRITMIAS CARDÍACAS:

As arritmias são distúrbios da frequência e do ritmo cardíacos causados por alterações


no sistema de condução do coração. Podem ocorrer em pessoas com o coração normal ou
ainda como resposta a outras doenças, distúrbios eletrolíticos ou intoxicação medicamentosa.
Dentro das arritmias existem as taquicardias: Quando o ritmo é acelerado e as
bradicardias: quando a cadência é lenta demais. A frequência cardíaca normal varia de
acordo com a idade quanto menor a idade, maior a frequência. No adulto, pode oscilar entre
60 a 100 batimentos por minuto (bpm).

Sintomas:
Dor no peito;
Palpitações;
Falta de ar;
Desmaio;
Alteração do pulso e do eletrocardiograma (ECG);
Hipotensão;
Insuficiência cardíaca;
Choque.

Tratamento:
O tratamento medicamentoso é feito com antiarrítmicos, cardioversão elétrica e implantação
de marca-passo.

Algumas das ações de enfermagem devem estar voltadas para:


Transmitir segurança à pessoa que apresenta arritmia, estabelecendo diálogo, possibilitando à
mesma expor seus sentimentos de impotência e insegurança, a fim de diminuir sua ansiedade;
Proporcionar sono e repouso adequados, garantindo ambiente livre de ruídos;
Monitorizar sinais vitais;
Oferecer oxigênio, se necessário, para reduzir a hipóxia causada pela arritmia;
Observar os cuidados com a administração de antiarrítmico (verificação de pulso antes e após
a dosagem prescrita);
DOENÇAS INFECCIOSAS DO CORAÇÃO:

ENDOCARDITE:
é uma camada tecidual que reveste as
cavidades do coração, recobrindo os
folhetos de suas válvulas.

Causas:
Podem estar relacionadas algumas intervenções: (extrações dentárias); odontológicas,
no sistema geniturinário (colocação e retirada de sondas), no sistema gastrointestinal
(endoscopia digestiva alta); e no sistema respiratório (intubação orotraqueal). As pessoas
mais susceptíveis são os idosos, com baixa imunidade, as portadoras de cateteres e próteses
valvulares e as viciadas em drogas endovenosas.

Sintomas:
São agrupados de acordo com a sua origem, ou seja, decorrentes de infecção sistêmica
(febre, calafrios, mal-estar geral, fadiga, fraqueza, anorexia);
Relacionada à lesão intravascular (dispnéia, dor torácica, extremidades frias e úmidas,
petéquias e hemorragias na forma de chama de vela); Característicos de reação imunológica
(dor nas articulações, hematúria, entre outros).

Tratamento:
O tratamento visa combater o microrganismo com o uso de antibioticoterapia e fazer a
correção cirúrgica da válvula lesada. Para controlar a função cardíaca, é necessário avaliar o
pulso, observar sinais de fadiga, dispneia e inquietação. À medida que a pessoa melhorar,
deve ser iniciado um programa de atividade física progressiva, o que requer controle da
pressão arterial, pulso e a observação de vertigem e de fraqueza.

Cuidados de Enfermagem:
Controlar sinais vitais;
Verificar temperatura a intervalos de 6/6 horas;
Realizar a punção venosa de vaso calibroso;
Anotar a data da introdução da agulha na punção venosa;
Manter observação e vigilância constante das alterações ocorridas com o paciente;
Em situação de urgência solicitar a presença do enfermeiro e/ou médico;
Proporcionar conforto e repouso ao paciente.

MIOCARDITE
É uma inflamação da parede
miocárdica, resultante de um processo
infeccioso de origem viral (caxumba,
gripe, rubéola), parasitária (Doença de
Chagas), radiativa (radioterapia) ou por
agentes tóxicos (chumbo) e outras
drogas (lítio, cocaína).

Sintomas:
Fadiga, dispnéia, palpitações, dor torácica e arritmias, podendo até ocorrer ausência
de sintomas.

Tratamento:
A terapêutica reside em promover conforto e repouso, no leito, no tratamento da
insuficiência cardíaca, pelo uso de digitais e diuréticos e na administração de antitérmicos,
antiinflamatórios e antibióticos.

Cuidados de Enfermagem:
Proporcionar ambiente calmo e livre de stress;
Proporcionar repouso rigoroso no leito; Verificar sinais vitais em intervalos de 6/6 horas ou
conforme a prescrição; Mudar de decúbito de 2/2 horas;
Prestar cuidados higiênicos no leito, atentando para não cansar o paciente;
Orientar e supervisionar a respiração profunda;
Realizar exercícios passivos e ativos nos membros inferiores;
Administrar a medicação prescrita, observando o aparecimento de sintomas tóxicos do
medicamento;
HIPERTENSÃO
É caracterizado pelo aumento da
pressão arterial acima de 130x80 mmHG. O
que pode influenciar no bom funcionamento
do coração. Essa situação pode acontecer
devido ao envelhecimento, falta de exercício e
aumento de peso ou consumo excessivo de sal.

Sintomas:
O aumento da pressão arterial normalmente não causa sintomas, mas em casos pode
ser percebido por meio de alguns: tontura, dor de cabeça, alterações na visão e dor no peito.

Tratamento:
Pode ser necessário o uso de medicamentos, além de uma dieta pobre de sal.

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