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TRANSTORNOS

ALIMENTARES
PROFº RAFAEL MACHADO
DISTÚRBIOS ALIMENTARES

 Distúrbios alimentares podem ser originados de hábitos alimentares que causam


danos à saúde como a redução extrema ou consumo em excesso de alimentos.
 Os distúrbios alimentares são comuns na adolescência e no começo da adulta.
Eles estão relacionados a uma série de consequências psicológicas,
como ansiedade e pressões sociais para o chamado ‘corpo perfeito’.
 De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Americana de Psiquiatria,
um por cento da população mundial – cerca de 70 milhões de pessoas – sofrem
com transtornos alimentares.
O QUE PODE CAUSAR OS
TRANSTORNOS?
 Culto excessivo ao corpo;
 Maus hábitos alimentares;
 Distorção da imagem corporal;
 Autoestima baixa;
 Sentimento de culpa;
 Questões hormonais;
 Distúrbios emocionais.
Tudo isso está ligado às seguintes condições: saúde psicológica, sociocultural,
biológica e genética.
TIPOS DE SINTOMAS DE
DISTÚRBIOS ALIMENTARES
 Anorexia Nervosa;
 Bulimia Nervosa;
 Transtorno de Compulsão Alimentar;
 Hipergafia;
 Ortorexia;
 Alotriofagia
 Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP);
 Vigorexia.
ANOREXIA NERVOSA

 Pacientes diagnosticados com anorexia nervosa se autoavaliam com excesso de


peso – ainda que estejam abaixo do peso ideal. Exercício físico exagerados, uso
indevido de laxantes, diuréticos, entre outros, fazem parte da rotina do portador de
anorexia nervosa.
SINTOMAS

 Peso corporal extremamente baixo (perda de massa e gordura);


 Restrição alimentar severa;
 Falta de vontade para manter um peso normal e saudável;
 Preocupação em não ganhar peso;
 Distorção da imagem corporal;
 No caso das mulheres, inibição do ciclo menstrual;
 Gastrite;
 Descamação e pele seca;
 Hipotermia;
 Anemia.
TRATAMENTO

 O primeiro passo é hidratar organismo. A Assistência de um bom psicólogo, um


nutricionista e terapias, além de medicamentos, faz parte das indicações de
tratamentos para a anorexia nervosa. A participação e apoio da família é
fundamental para um bom resultado.
BULIMIA NERVOSA

 Pessoas diagnosticadas com bulimia nervosa comem em grande quantidade.


Vômitos forçados, uso de laxantes e diuréticos, jejum e exercícios físicos
excessivos, está na rotina de quem é portador desse transtorno alimentar. Esses
comportamentos podem ocorrer em qualquer lugar e em várias vezes na semana e
ao dia.
 O que diferencia a bulimia da anorexia nervosa é que uma boa parte dos pacientes
conseguem preservar o peso que é considerado saudável pelo Índice de Massa
Corporal (IMC).
 Sentimentos de vergonha e desprazer está no comportamento do bulímico, por
isso a execução das práticos costumam ocorrer em segredo.
SINTOMAS

 Crônica inflamada e dor de garganta;


 Problemas nas glândulas salivares, como inchaço na região do pescoço e da
mandíbula;
 Erosão do esmalte dentário devido ao ácido do estômago, em decorrência dos
vômitos;
 Descomodidade intestinal e irritação devido ao abuso de laxante;
 Desidratação grave da purga de fluidos;
 Desequilíbrio de eletrólitos (níveis muito altos ou muito baixos de sódio, cálcio,
potássio, entre outros);
 Sangramento retal, quando utilizado laxantes
TRATAMENTO

 A participação da família também é indispensável. O paciente precisa sentir que


não está sozinho e que sua família não sente vergonha da situação e quer ajudá-lo
a sair dessa vitorioso. Os especialistas indicados são clínicos, psicólogos, 
psiquiatras e nutricionistas, além de terapias individuais de grupo ou com a
família. A terapia cognitivo comportamental costuma ser muito recomendada.
TRANSTRNO COMPULSIVO
ALIMENTAR PERIÓDICA (TCAP)
 Quando você sofre de transtorno da compulsão alimentar periódica, ingere
regularmente muita comida (compulsão alimentar) e sente falta de controle sobre
sua alimentação. Você pode comer rapidamente ou comer mais do que o
planejado, mesmo quando não estiver com fome, e pode continuar comendo
mesmo muito depois de estar desconfortavelmente satisfeito.
 Depois de uma farra, você pode se sentir culpado, enojado ou envergonhado por
seu comportamento e pela quantidade de comida ingerida. Mas você não tenta
compensar esse comportamento com exercícios excessivos ou purgação, como
uma pessoa com bulimia ou anorexia faria. O constrangimento pode levar a comer
sozinho para esconder sua compulsão.
 Uma nova rodada de compulsão alimentar geralmente ocorre pelo menos uma vez
por semana. Você pode ter peso normal, estar acima do peso ou ser obeso.
PRINCIPAIS SINTOMAS

 A pessoa come mais rápido do que o normal;


 Passa a comer quando não está com fome;
 Continua comendo mesmo quando já está saciado e após ter ingerido quantidades
maiores que o necessário;
 Come sozinha ou escondida das outras pessoas;
 Fica mais introvertida;
 Pode apresentar problemas afetivos e vício em jogos de azar e bingos;
 Sente-se triste ou culpada por comer demais
TRANSTORNO COMPULSIVO
ALIMENTAR
 O transtorno de compulsão alimentar acomete em torno de 3,5% das mulheres e
2% dos homens na população geralmente durante suas vidas. Diferentemente da 
bulimia nervosa, o transtorno de compulsão alimentar ocorre mais frequentemente
entre pessoas obesas e contribui para o consumo calórico excessivo; pode estar
presente em ≥ 30% das pessoas obesas em alguns programas de redução de peso.
Em comparação com pessoas com anorexia nervosa ou bulimia nervosa, aqueles
com transtorno de compulsão alimentar são mais velhos e têm mais chance de
serem homens.
SINTOMAS

 Durante um episódio compulsivo, as pessoas consomem uma quantidade de


alimentos muito maior do que a maioria das pessoas comeria em um período de
tempo semelhante sob circunstâncias similares. Durante e após um episódio
compulsivo, as pessoas se sentem como se tivessem perdido o controle. A
compulsão alimentar não é acompanhada de purgação (indução de vômitos, mau
uso de laxantes, diuréticos ou enemas), exercício excessivo ou jejum. A
compulsão alimentar é episódica; não envolve comer em excesso constantemente
(“lambiscar”).
 As pessoas com esse distúrbio ficam geralmente incomodadas com ele. Depressão
 leve a moderada e preocupação com a forma e peso corporal, ou ambos, são mais
comuns em pessoas obesas com transtorno de compulsão alimentar do que em
pessoas com peso similar sem compulsão alimentar.
DIFERENÇA ENTRE TCAP E TCP

 A diferença é que na compulsão (TCAP), os


episódios de “descontrole alimentar” não são seguidos de medidas
compensatórias (como o vômito ou uso de laxantes e diuréticos, entre outras
medidas) para combater a compulsão alimentar. A compulsão alimentar é um
distúrbio alimentar grave.
HIPERGAFIA

 De acordo com a OMS (Organização Nacional de Saúde), hipergafia consiste em


uma espécie de transtorno mental que precisa de tratamento psicológico urgente,
principalmente ao considerar os danos que a obesidade repentina causa à saúde. Está
relacionada a outros problemas psicológicos como bulimia, crise do pânico, entre
outros.
 Em termos práticos, as principais causas da hipergafia se relacionam diretamente
aos acontecimentos no passado, cujas sequelas psicológicas persistem por longo
tempo. Acontecimentos traumáticos, acidentes, grandes perdas de pessoas ou bens
materiais podem acarretar problemas do gênero.
 Outro ponto a ser considerado está nas pessoas que possuem propensão a serem
obesas, que quando deixam de se cuidarem podem ganhar peso de maneira rápida. A
perda de autoestima e da confiança ocorrem tanto antes como depois da obesidade.
SINTOMAS

 Na prática, o principal sintoma está no ganho de peso. Quando a pessoa começa a


engordar sem nenhum motivo explicado, há sinal de hipergafia, em principal se
existiram momentos traumáticos há pouco tempo. Depois de um grande problema,
se isolar do convívio social também é sinal do transtorno.
ORTOREXIA

 A ortorexia, também chamada de ortorexia nervosa, é um transtorno caracterizado


pela preocupação excessiva com a alimentação saudável, em que a pessoa
consome apenas alimentos puros, sem agrotóxicos, contaminantes ou produtos de
origem animal, além de também apenas consumir alimentos com baixo índice
glicêmico, baixo teor de gordura e açúcar. 
 Outra característica desta síndrome é a preocupação exagera com o modo de
preparo dos alimentos, tendo cuidados excessivos para não adicionar muito sal,
açúcar ou gordura.
 Essa preocupação excessiva com a alimentação saudável faz com que a dieta seja
muito restrita e pouco variada, levando à perda de peso e deficiências
nutricionais. 
SINTOMAS

 Sentimento de culpa e ansiedade quando se come algo que é considerado pouco


saudável;
 Restrições alimentares que aumentam ao longo do tempo;
 Exclusão absoluta de alimentos considerados impuros, como os que
contém corantes, conservantes, gorduras trans, açúcar e sal;
 Consumo apenas de produtos orgânicos, excluindo da dieta alimentos
transgênicos e com agrotóxicos;
 Exclusão de vários grupos de alimentos da dieta, principalmente carnes, leite e
derivados, gorduras e carboidratos.
ALOTRIOFAGIA

  É uma doença onde o paciente sente uma vontade irresistível de comer coisas que não
são comestíveis e que ele sabe que não deveria comer.
 Alguns pacientes diagnosticados com alotriofagia relataram, por exemplo, ter sentido
vontade de comer lascas de tinta de parede, tijolos, casca de ovos, torrões de terra,
madeira, pregos, cola, cabelos, unhas, sabão e até mesmo fezes de outros animais ou
cinzas de cigarro.
 Outros pacientes já sentem vontade de comer coisas incomuns, mas que são
inofensivas para seu organismo. É o caso de quem gosta de comer gelo, por exemplo.
 Geralmente, a alotriofagia acomete crianças ainda na idade da introdução alimentar,
mas pode acontecer até os seis anos de idade ou mais. Em adultos, a alotriofagia pode
ser um sintoma de que há alguma outra condição médica ou mesmo doença mental.
Por isso, é preciso observar com atenção. 
SINTOMAS

 Há somente um sintoma no rol de indicadores de alotriofagia: a vontade de comer


algo que não é comestível. 
 Para ser considerado um caso de alotriofagia e não de mera curiosidade, é preciso
que o comportamento aconteça por um mês ou mais e, no geral, em uma faixa
etária onde o paciente já entende que não se deve comer aquele determinado item.
 Os pacientes que chegarem de fato a comer materiais tóxicos ou nocivos ao corpo
humano (como produtos de limpeza, produtos químicos ou fezes e urina de outros
animais) podem apresentar sintomas de intoxicação, como vômitos, diarréia, dor
de estômago, salivação e mais. 
 Esses sintomas de intoxicação devem ser observados de imediato, no pronto
atendimento médico, e podem ajudar a descobrir que a alotriofagia está sendo
manifestada por aquele paciente.
VIGOREXIA

 É uma doença psicológica caracterizada pela preocupação constante em não ser


suficientemente musculoso. O transtorno também é chamado de Dismorfia Muscular e
Anorexia Nervosa Reversa. Os indivíduos acometidos com a vigorexia estão sempre
insatisfeitos com os seus corpos e passam a ter uma visão distorcida sobre as suas próprias
formas.
 Como consequência, o paciente adota hábitos cada vez mais extremos, como dietas
rigorosas, consumo de suplementos alimentares, uso de anabolizantes e a prática excessiva
de atividades físicas. Isso acaba desenvolvendo exageradamente alguns grupos musculares
e tirando a uniformidade da figura corporal.
 O indivíduo com vigorexia tende a se enxergar como alguém fraco e pequeno, quando, na
verdade, já tem músculos desenvolvidos em níveis acima da média da população. Tal
distorção da própria imagem muitas vezes faz com que essa pessoa deixe de sair em
público, por vergonha do seu corpo, ou use muitas camadas de roupas, mesmo quando faz
calor, para evitar a exposição. 
SINTOMAS

 distorção da imagem corporal;


 preocupação excessiva com a dieta e ingestão de proteínas;
 prática de exercícios físicos até sentir dor ou ter lesões musculares;
 críticas constantes ao próprio corpo;
 consumo excessivo de suplementos alimentares;
 uso de esteroides anabolizantes;
 alterações de humor;
 perda de compromissos ou obrigações sociais para não deixar de malhar ou não sair da dieta;
 insônia;
 aumento da frequência cardíaca mesmo quando em repouso;
 menor desempenho sexual;
 sentimento de inferioridade.

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