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ANGINA PECTORIS
uma síndrome caracterizada por dor ou por uma sensação de
opressão na região anterior do tórax, que surge como
consequência de um fluxo sanguíneo coronariano insuficiente ou
de um suprimento inadequado de oxigênio ao tecido miocárdio.
Em geral é causada pela aterosclerose associada a uma
obstrução de uma artéria coronariana importante. Pode ainda
ser secundária ao aparecimento de estenose ou insuficiência
aórtica grave, hipertireoidismo, anemia, aortite e taquicardia.
Manifestação clínica:
Os sintomas de angina manifestam-se através de uma dor de intensidade
variável localizada atrás da parte média ou terço superior do externo, sentida
profundamente, no tórax.
O paciente pode colocar a mão fechada sobre o local da dor. Normalmente
esta dor se irradia para o pescoço, os ombros, ou as extremidades superiores,
mais frequentemente no lado esquerdo.
Uma sensação de fraqueza nos braços, punhos e mãos e mesmo de morte
iminente, acompanhada de apreensão intensa, pode ser experimentada pelo
paciente.
Cada crise costuma ter duração inferior a três minutos, mas pode perdurar
por cinco a quinze minutos, quando o paciente se encontra em repouso. Os
fatores que podem desencadear a dor são: esforço físico exagerado, ingestão
de refeição pesada, emoções fortes, excitação, exposição ao frio.
Diagnóstico a avaliação diagnóstica é feita através da observação das manifestações clínicas,
do teste de nitroglicerina com resposta positiva, ou seja, quando há melhora da dor com
administração de comprimidos de nitroglicerina, Faz parte da classe dos medicamentos
vasodilatadores, possuindo ação antianginosa, atua reduzindo o consumo cardíaco de
oxigênio, secundário à redução da pré e pós carga cardíaca; redistribuindo o fluxo
coronariano em direção a áreas isquêmicas através de artérias colaterais e alívio dos
espasmos coronarianos. por via sublingual, e através do ECG e do teste de esforço.
Tratamento as primeiras 48 horas após o infarto são as mais críticas e requerem vigilância
constante, pois a zona do infarto pode aumentar progressivamente e o risco de choque
cardiogênico e fibrilação ventricular é elevado.
O tratamento objetiva detectar e tratar as arritmias, aliviar o choque e a dor, proporcionar
repouso ao miocárdio, evitar possíveis complicações e interromper a evolução da
arteriosclerose, que é basicamente responsável pelo IM.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Os cuidados a serem prestados ao portador de IAM deverão ser individualizados e, assim sendo, serão prescritos pelo
Enfermeiro. Entretanto, alguns integram a rotina e são apresentados a seguir:
a) Cuidados imediatos: proporcionar ambiente calmo e repousante; verificar sinais vitais de 30 em 30 minutos.
Se o paciente estiver sob monitorização, ficar atento aos sinais de alarme; fazer punção venosa em vaso
calibroso; fazer oxigenação e massagem cardíaca, em casos de urgência, e solicitar a presença do plantonista;
anotar diurese de hora em hora; prestar cuidados higiênicos, no leito; estimular respiração profunda; mudar de
decúbito de duas em duas horas; fazer exercícios passivos com os membros inferiores; manter vigilância
constante, anotar as alterações e solicitar imediatamente a presença do médico e/ou enfermeiro, nas situações
de risco.
b) Convalescença: (Convalescença é um período que o organismo precisa para se recuperar de uma cirurgia ou
de alguma enfermidade. Indica que o paciente está em recuperação após um procedimento médico).Auxiliar o
paciente a se levantar do leito e a deambular quando não houver contraindicação; evitar expor o paciente a
atividades que desencadeiem dispneia ou cansaço excessivo; não expor o paciente a extremos de frio ou calor;
orientar os familiares a evitarem conversas excessivas e assuntos desagradáveis; oferecer dieta leve,
hipossódica e hipolipídica; não oferecer líquidos gelados, pois desencadeiam arritmias; atentar para alterações
na prescrição de enfermagem.
ENDOCARDITE é uma camada tecidual que reveste as cavidades do coração, recobrindo os folhetos de suas válvulas. A
inflamação dessa camada dá-se a denominação de endocardite, inflamação das estruturas internas do coração. Se for causada
por um agente infeccioso como uma bactéria ou fungo, chamamos de endocardite infecciosa. A endocardite acomete
principalmente as válvulas cardíacas. Dentre as doenças que afetam o endocárdio, desencadeando um quadro inflamatório.
A endocardite infecciosa é uma doença grave, causada por micro-organismos que invadem a corrente
sanguínea e se instalam em áreas danificadas do revestimento interno do coração (endocárdio), em válvulas
cardíacas defeituosas ou com próteses instaladas e nas grandes artérias.
Embora num número bem menor de casos a infecção possa ser provocada também pela entrada de fungos
e vírus no organismo, a grande maioria ocorre, quando bactérias de virulência variada, presentes em outras
regiões do corpo, conseguem penetrar na corrente sanguínea (episódio conhecido por bacteremia), e se
fixam no coração. Daí o nome endocardite bacteriana pelo qual a doença também é classificada.
A endocardite não infecciosa, também chamada de endocardite trombótica não infecciosa, é uma doença
de baixa incidência, provocada pela formação de vegetações únicas ou múltiplas, mas não infectadas, nas
válvulas cardíacas e no endocárdio adjacente, como manifestação secundária de diferentes problemas de
saúde. Por exemplo: doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico (endocardite de Libman
Sacks), febre reumática, traumas físicos, câncer de pulmão, estômago e pâncreas, tuberculose, pneumonia,
entre outras, são ocorrências capazes de produzir lesões nas válvulas do coração desses pacientes, lesões
que favorecem a formação de trombos e podem afetar órgãos à distância.
Tanto na endocardite infecciosa como na não infecciosa, trombos podem
soltar-se dessas vegetações e, carregados pela corrente sanguínea,
obstruir artérias à distância.
Manifestações clínicas:
Os sinais e sintomas irão se manifestar de acordo com o tipo de infecção, o grau da lesão
miocárdica e a capacidade de regeneração do coração. Podem ser observados sintomas
como: fadiga e dispneia, palpitações, dor e desconforto torácicos, febre e sinais de
insuficiência cardíaca congestiva.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Proporcionar ambiente calmo e livre de stress; proporcionar repouso rigoroso no leito;
verificar sinais vitais em intervalos de 6/6 horas ou conforme a prescrição; mudar de
decúbito de 2/2 horas; prestar cuidados higiênicos no leito, atentando para não cansar o
paciente; orientar e supervisionar a respiração profunda; realizar exercícios passivos e
ativos nos membros inferiores; administrar a medicação prescrita, observando o
aparecimento de sintomas tóxicos do medicamento; relatar as alterações ocorridas com o
paciente; executar suas atividades com habilidade e segurança, atentando para as
ansiedades do paciente; dar atenção às queixas do paciente, tentando aliviá-las
imediatamente, sempre que possível; solicitar a presença do enfermeiro, sempre que
necessário.
PERICARDITE O pericárdio é um saco membranoso que envolve o coração. A
pericardite é a inflamação dessa membrana e tem como causas a febre
reumática, infecções por vírus e bactérias, traumatismos torácicos, cirurgias
cardíacas, infecções respiratórias e renais e, ainda, pode ocorrer como
complicação do infarto do miocárdio.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Verificar sinais vitais de 6/6 horas; encorajar o paciente a permanece em repouso, quando apresentar dor
torácica e/ou febre; observar e relatar se o paciente se queixar de dor durante a mudança de decúbito;
orientar e supervisionar a respiração profunda, exceto nos casos em que esta atividade desencadeie dor
torácica grave; executar exercícios passivos e atividades nos membros inferiores; estar atento às alterações
ocorridas com o paciente e relatá-las no prontuário; administrar a medicação prescrita observando o
aparecimento de sintomas de toxicidade; solicitar a presença do enfermeiro quando necessário.
INSUFICIENCIA CARDIACA CONGESTIVA se dá quando o coração torna-se incapaz de
bombear uma quantidade adequada de sangue que possa satisfazer as necessidades de
oxigênio e nutrientes dos tecidos. A insuficiência cardíaca congestiva é determinada pela
congestão circulatória decorrente da diminuição da contratilidade miocárdica. Como
consequência, o débito cardíaco torna-se insuficiente para manter adequado o fluxo de
sangue ao organismo. Este processo acaba por produzir retenção hídrica e de sódio e
aumento da pressão auricular esquerda, que vai resultar em congestão vascular.
Essa patologia pode ter como causas a hipertensão arterial, a arteriosclerose, infarto do
miocárdio, a miocardite, endocardite reumática, a insuficiência aórtica, a hipervolemia, a
anemia, a deficiência alimentar prolongada e a insuficiência renal. Inicialmente pode atingir
apenas um lado do coração, direito ou esquerdo, mas torna-se global, posteriormente.
Se ocorrer do lado esquerdo, será insuficiência cardíaca esquerda. O coração perde a força
contrátil necessária para impulsionar o sangue que chega dos pulmões para o organismo, e a
tendência é acumular este sangue nos espaços pulmonares, o que provocará um edema
pulmonar. Se, por outro lado, esta deficiência se der do lado direito - lCD, fatalmente
acontecerá dilatação do ventrículo direito e oxigenação diminuída do sangue. O sangue
tenderá a retornar para os locais de origem causando acúmulo de líquidos nos órgãos
responsáveis pela circulação.
Manifestações clínicas:
Na fase inicial da doença pode ocorrer insuficiência ventricular direita ou esquerda, passando a apresentar-se uma
combinação de sintomas com a falência dos dois ventrículos.
I - Na insuficiência cardíaca esquerda - ICE - as manifestações são: dispnéia de esforço, respiração superficial, dispnéia
noturna, ortopneia, tosse e fadiga, insônia, taquicardia, inquietação.
II - Na insuficiência cardíaca direita - lCD - os sinais e sintomas são a elevação da pressão e a congestão de veias e capilares
sistêmicos, com edema nos tornozelos, que aumenta no final do dia e diminui com o repouso e a elevação dos membros.
Outras manifestações são a congestão hepática, a dilatação das veias do pescoço, a anorexia e náuseas, a nictúria e
fraqueza.
a) Fase pré-hipertensiva: ocorre elevação da pressão arterial para níveis de 200 mmHg para
sístole e 100 mmHg para diástole, juntamente com cefaleia, vertigem, insônia,
irritabilidade e hemorragia nasal;
b) Fase moderadamente grave: elevação dos níveis pressóricos para sístole acima de 200
mmHg e diástole acima de 100 mmHg, podendo aparecer sintomas como convulsão,
cefaleia occipital intensa e edema pulmonar;
c) Fase maligna: pode ocorrer elevação muito rápida da pressão arterial com danos graves
aos órgãos vitais: verifica-se acidente vascular encefálico — AVE, cefaleia, convulsões,
diminuição da visão, hemorragia ocular, náuseas e vômitos.
Diagnóstico: é determinado mediante exame físico e anamnese
minuciosa e verificação da pressão arterial a intervalos regulares.
Os estudos laboratoriais incluem o hemograma, Rx tórax e ECO.
c)Arteriosclerose: é manifestada por esclerose arteriolar difusa, com espessamento endotelial e fibromuscular das paredes
das arteríolas.
Etiologia:
Acredita-se haver uma predisposição hereditária para a arteriosclerose. Entre os fatores de
risco incluem-se a idade, o sexo e a raça. Verifica-se maior incidência entre os homens de
cor branca, na faixa etária de 35 a 44 anos.
Tensão emocional, hipertensão, obesidade, diabetes mellitus, inatividade física e o fumo
são também, fatores considerados de risco para a arteriosclerose.
Manifestações clínicas:
A sintomatologia específica, bem como os sinais de aterosclerose estão na dependência do
órgão ou tecido afetado, podendo ocorrer as doenças cardíacas (IM e
Angina Pectoris) e doença cerebrovascular.
Tratamento uma vez que a arteriosclerose e a aterosclerose podem afetar diferentes partes
do organismo; o tratamento processar-se-á onde ocorrer a afecção principal.
Deve-se, ainda, atentar para a redução dos fatores de risco, já descritos, enfatizando-se a
importância do autocuidado.