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Deus cérebro 1

Deus cérebro 2

Como Aprende e Recorda


Deus cérebro 3 o cérebro?

Deus cérebro 4

15-10-2022 EQUIPA DA CLINIKAMENTE & MARGARIDA POCINHO


Apesar do rápido avanço científico, muito do
funcionamento do nosso cérebro, desenrola-se num
mistério fascinante de um emaranhado de redes de
neurónios, de diferentes tipos e subtipos de células,
axónios, dendrites, astrócitos, revelando-nos assim o
pensamento, a memória, os sonhos, as emoções e a
consciência.

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O cérebro está no comando e administra todas as nossas emoções e reações!

Todo o nosso corpo é comandado e regulado por esse órgão tão pequeno, porem PODEROSO

Com peso aproximado de 1 a 1,5Kg, aparência cinzenta e consistência parecida com polpa de abacate, é aqui que
se encontra a central elétrica da memória.
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As nossas emoções afetam nossas escolhas

O ser humano é guiado por duas forças: a busca pelo prazer e o medo da dor.
A consequência disso, é nossa tendência em optar por alimentos que estejam associados ao prazer, ao afeto,
alimentos que preencham aquela determinada necessidade emocional, e se não estivermos atentos, isso pode
causar não só o ganho de peso como também outros problemas relacionados a má alimentação. “É por isso que as
nossas emoções afetam tanto as nossas escolhas, inclusive alimentares.
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Se não estamos bem emocionalmente
vamos buscar alternativas que ajudem a melhorar aquela situação, e na grande maioria das vezes a opção escolhida é um prazer
imediato

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exemplo:

Você chega em casa após um dia cansativo, sem vontade nenhuma para cozinhar. Liga para uma determinada
empresa e pede um hambúrguer, coca-cola, batatas fritas e um gelado. Automaticamente, seu cérebro associa
esse ato a algo bom, como uma “recompensa”, sendo assim, da próxima vez que chegar em casa cansado, sua
mente pedirá automaticamente por aquela recompensa.
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dopamina e serotonina

São as nossas escolhas emocionais que levam a pessoa a entrar num ciclo vicioso de
dopamina e serotonina, atrelando imediatamente aquele alimento ao prazer. “Isto acontece
porque quando pensamos em determinado alimento, seja ele doce ou salgado (as nossas
escolhas mais comuns), temos uma descarga da dopamina, que é o prazer imediato, seguido
de uma descarga de serotonina, que EQUIPA
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é oDAprazer de recompensa”
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E por que o nosso cérebro entende isso
como “recompensa”?
Simples, pois quando encomendou o fast-food Ou seja, automaticamente o seu cérebro vai
quis mimar-se, compensar-se por aquele dia atrelar aquele processo a uma “recompensa”
difícil – mesmo que inconscientemente – a dor quando seus dias forem cansativos. Isso serve
e o cansaço, dão lugar a um prazer imediato para explicar aquele seu desejo enorme por
assim que começar a saborear, e isto acaba alimentos ricos em açúcar e sal.“ É por causa
por se tornar um hábito. desse ciclo de recompensa que as pessoas
criam hábitos de comer um doce após o
almoço, um chocolate quando se sentem
tristes, um croissant misto para aliviar o
stresse

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DOPAMINA

É graças a este “prazer” que o nosso cérebro cria uma imagem e associa aquilo a algo bom. O
grande problema, ocorre quando temos a queda da dopamina, pois, esse ciclo inicia
novamente, tornando algo incontrolável”,

Quando se identifica tal problema, a primeira coisa a ser feita para melhorar este cenário, é
analisar a situação pela qual o paciente quer determinado alimento, se é por necessidade física
ou se é emocional. Após essa identificação, é preciso desenvolver novos hábitos, os quais vão ter
o mesmo efeito de prazer causado pelo
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ciclo de dopamina e serotonina.
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8 passos para criar novos hábitos alimentares

1. Decida qual ciclo que prefere seguir: o do prazer da comida ou da vida saudável;
2. Tenha consciência sobre sua fome emocional; avalie o ato, mostrando os ganhos
imediatos e secundários de cada decisão;
3. Faça substituições saudáveis.
4. Aprenda a mudar sua relação com o alimento que o fez entrar nesse ciclo.
5. Ria! Rir ajuda a aumentar os níveis de dopamina. Veja filmes de comedia e divirta-se
mais.
6. Treine sua consciência alimentar.
7. Visualize sempre as recompensas imediatas e tardias de suas escolhas.
8. Se não estiver a conseguir, procure ajuda.

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serotonina
“NEUROTRANSMISSOR DA FELICIDADE”
Porque é importante manter os níveis de
serotonina sempre em equilíbrio?

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A serotonina é um
neurotransmissor.
Um neurotransmissor 
é conhecido como o
“mensageiro” do
sistema nervoso. 
Ou seja, a serotonina
atua fazendo a
comunicação entre as
células nervosas.
O que é a
serotonina?
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O que é a
serotonina?

A serotonina atua para


regular o sono, o apetite, a
temperatura do corpo, os
movimentos, e
principalmente coordenando
funções intelectuais
fundamentais. Substância
química é considerada pelos
médicos e especialistas,
como um estabilizador
natural do humor.

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Como a serotonina é produzida?

A serotonina é produzida a partir do


triptofano, um aminoácido essencial que
participa de diversas funções metabólicas
no organismo.

O triptofano é encontrado em diversos


alimentos e plantas, já que o organismo
não consegue produzi-lo. Já a serotonina
está presente no sistema digestivo e nas
plaquetas do sangue.

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Qual a função da serotonina no organismo humano?

 Regula o humor;
 Controla o apetite;
 Regula o sono;
 Aumenta ou diminui a libido;
 Regula a temperatura corporal;
 Reduz o nível de agressividade;
 Ajuda na coagulação sanguínea;
 Regula a náusea.

15-10-2022 EQUIPA DA CLINIKAMENTE & MARGARIDA POCINHO A serotonina atua no corpo por completo
Serotonina baixa: qual a causa?

 Alimentação inadequada
 rica em açúcar e farinhas processadas, por exemplo, altera a flora intestinal e prejudica a

digestão dos alimentos. Consequentemente, há menor absorção do triptofano, que é de

extrema importância na síntese da serotonina. 

 Stress
 Quando uma pessoa está ansiosa ou nervosa, há o aumento de cortisol, fazendo com que esta

hormona caia consideravelmente

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É um neurotransmissor que está relacionado com diversas funções do nosso organismo,
incluindo a sensação de prazer e o humor. Atua no sistema nervoso central dos mamíferos,
incluindo seres humanos. Esse neurotransmissor está relacionado com diferentes funções,
nas quais consta a regulação de algumas emoções, e é capaz de aliviar a dor.

A dopamina é sintetizada com base na tirosina, um aminoácido. A tirosina é obtida, em


grande parte, por meio da dieta, entretanto, uma porção é produzida no fígado.

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Neurónios Dopaminérgicos

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Pode-se dizer então que temos um cérebro criativo.

Através da nossa memória episódica, permite-


nos recordar acontecimentos positivos ou
negativos, relacionados com os eventos
autobiográficos como tempos, lugares,
alimentos e emoções associadas com estas
situações.

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O nosso cérebro apresenta mais duas
características interessantes:
• permite esquecer o que nos é doloroso
ou, simplesmente,
• não armazenar o que não nos interessa.

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Também encontramos pessoas cujas memórias são muito superiores à média. Diz-se que este tipo de
pessoas têm grande capacidade do sistema de armazenamento, ou então podem ter uma disfunção no
processo de trazer as recordações guardadas para o plano consciente.
Esta dita “Supermemória” ou “Hipermnesia” faz com que as pessoas não precisem de fazer
apontamentos, conseguem realizar grandes cálculos matemáticos e ainda conseguem indicar
qualquer data, especificar o dia da semana correspondente e o tinha feito nesse dia. No fundo estas
pessoas acabam por sofrer, porque mesmo que queiram não conseguem esquecer e tem dificuldade
em quebrar o ciclo a dopamina-serotonina

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Dito de outra forma, o individuo aprende sobre a

relação entre dois estímulos ou entre um estimulo e

um comportamento. Este processo pode ocorrer por

meio de dois tipos de condicionamento:

i z a ge m Condicionamento clássico
d
Apren
o c ia tiva
as s Condicionamento operante

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O individuo aprende sobre as propriedades de um
único estimulo. Como não ocorre associação, a
habituação e a sensibilização são as respostas de
i z a g e m
d
Apren estímulos, expostas repetidamente, que podem
c i a t i va
ã o a s so
n diminuir ou aumentar.

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Contudo, além destas aprendizagens individuais, existem outras
aprendizagens coletivas, com uma dimensão social, que nos
remete para a reconstrução do passado vivido e experimentado
por um determinado grupo, comunidade, ou sociedade.

Ex: Se recuarmos no tempo podemos encontrar recordações que


nos eram contadas pelos nossos pais ou avós.

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No entanto, com já referimos, o cérebro é capaz de
Consolidação
aprender diferentes tipos de informação durante
períodos muito variáveis. Estas diferenças permitem
Memória a curto Memória a longo efetuar uma classificação da aprendizagem e da
prazo prazo
memória em função do tempo em que se retém a
informação. Assim para que os acontecimentos
A memória de longo prazo é um retidos sejam transferidos da memória de curto
armazenamento durável com capacidade
aparentemente ilimitada, que pode durar prazo, para a memória de longo prazo, é necessário,
várias horas ou anos. Já a memória de curto
prazo permite-nos reter uma determinada
quantidade de informação durante um período
o chamado “processo de consolidação”.
curto de tempo.

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Porém é no Córtex Pré-Frontal que está associada a
nossa memória de trabalho, que no fundo está ligada à
memória de curto prazo. Uma lesão nesta região
provoca alterações na maioria das atividades
quotidianas, o que se traduz em dificuldades de
aprendizagem e de retenção de imagens de objetos,
listas de palavras ou de números, frases ou até mesmo
uma simples operação mental, programar uma resposta
motora (premir um botão), aderir corretamente a uma
terapia, ou até mesmo recorrer a estratégias
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mnemónicas.
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Para além das lesões, também são muitas as patologias que causam défice na
memória de trabalho:
 Síndromes dissexecutivas

 Esquizofrenia

 Perturbações por défice de atenção e hiperatividade

 Dislexia ou Discalculia

 Demências

 Também com a idade , observa-se uma deterioração, que se for revelante


clinicamente pode proceder uma perturbação degenerativa.

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Outro processo relacionado com a memória é o
esquecimento.

Esquecer é não só um aspeto inerente ao


funcionamento normal da memória, (até certo ponto)
mas também um objetivo desejável de diversas
ocasiões. Uma das perguntas cruciais é em que
medida esquecer significa “desaprender” ou
simplesmente “desvanecer” ou seja apagar
biologicamente.

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Como fatores de esquecimento podemos referir:

Falhas na codificação Falhas no armazenamento Falhas na recuperação

Quando, não Novas informações Problemas


estamos focados na tomam o lugar de neurológicos ou
fonte da informações mais traumas podem causar
informação. antigas. este tipo de falhas.

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Contudo para que possamos aprender e recordar algo,
antes precisamos de o percecionar. As sensações são
o ponto de partida, mas é a perceção que infere
significado biológico de cada sensação.

Este processo denomina-se “memória sensorial”


sendo que as sensações mais estudadas são a visual
(memória icónica) e a auditiva (memória ecoica).

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Memória visual

Define-se como a capacidade para reter


informação visual durante um curto período de
tempo. Esta transdução da informação física em
“sensações” produz-se nas células especializadas
da retina, chamadas “cones” e “bastonetes”, que
se ligam ao córtex visual primário através de
várias “estações” neurológicas.

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Memória visual

Após a primeira análise de informação


visual, é detetada a orientação do
estimulo, da textura, da cor etc. Esta
memória também chamada de
“icónica” está relacionada com a
persistência da estimulação neuronal,
nos fotorrecetores situados na retina.

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Memória auditiva.
Esta memória sensorial trabalha de maneira coordenada
com as memórias de curto e longo prazo. A memória
auditiva ou “ecoica” encarrega-se de reter a informação,
descriminar e reconhecer sons de todo o tipo, incluindo os
que compõem a fala. Tal como a visão, os estímulos
sonoros devem transformar-se em sinais elétricos, para
que possam ser processados pelo sistema nervoso e
posteriormente noutras áreas cerebrais. Estudos recentes
demonstraram que quando imaginamos música também
se ativam algumas áreas do cérebro relacionadas com a
linguagem.
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Na verdade, o conceito de aprendizagem refere-se a muitos tipos de memórias. Entre

elas podemos referenciar a memória “explicita” ou (declarativa) e a memória

“implícita” ou (não declarativa). Estes dois tipos de memória requerem que a

aprendizagem se produza em diferentes circuitos neuronais e em distintas regiões do

cérebro.

Em suma podemos imaginar como as emoções interagem com os processos

cognitivos. Daí é essencial gerir as emoções para que, além de não prejudicarem o

processo de aprendizagem, possam beneficia-lo.

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Porém estas memórias exercem uma influência mútua considerável. As
recordações ou aprendizagens não conscientes (implícitas) podem ser
moldadas e modificadas pela memória consciente (explicita) enquanto as
recordações explicitas podem incluir vários componentes de
aprendizagem e memória implícita.

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Resumindo

A memória explicita refere-se à informação


que é registada e recordada de forma
consciente.

É uma memória que se pode “declarar”,


verbalmente (quando contamos uma história,
ou explicamos algo que aprendemos), sendo
por isso descrita como memória declarativa

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A memória explicita aprende-se rapidamente, não
necessitamos de fazer muito esforço para nos lembrarmos
do que nos aconteceu, podemos recordar-nos mediante um
ato de evocação espontânea. Esta memória codifica ainda
dois tipos de informação: factos (memória semântica) que
está relacionada com os conhecimentos, o “saber” e a
“cultura” e eventos (memória episódica) ex: recordamos
que fomos ver um jogo de futebol.

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Memória Implícita

Esta aprendizagem conhecida também por hábitos ou


procedimentos, carateriza-se por ser inacessível à
recordação consciente, e porque basicamente se expressa
na execução, e não por palavras. Ou seja não se
“declara”. Permite-nos aprender hábitos cognitivos e
motores (andar de bicicleta, conduzir, tocar violino).
Estas aprendizagens são armazenadas em memórias de
procedimentos que são estáveis.

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Por isso o conceito de aprendizagem implícita,
refere-se a muitos tipos, mas todos têm a
característica comum de se encontrarem
preservados nos pacientes amnésicos. O que
explica que se armazenam em estruturas diferentes
de outras memórias.

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Assim sendo, o cérebro é sem dúvida, o órgão mais
complexo do corpo humano.

Possui a capacidade de processar e integrar


informação, regularizar e sincronizar as funções
orgânicas (digestão, batimentos cardíacos, respiração
etc) organizar o comportamento e produzir
propriedades como a consciência, o pensamento ou a
linguagem.

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Para poder levar a cabo todas estas funções, o cérebro

humano contém um número incrível de neurónios,

conectados através de um delicado entrelaçado de

feixes e conexões, conhecidas como sinapses, que

permitem a comunicação deslumbrante entre eles.

As suas funções mais básicas são receber informação

e transmiti-la, através de impulsos elétricos por

extensas redes de comunicação, por todo o sistema

nervoso.

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Estrutura do Neurónio

As dendrites são estruturas de entrada de


informação. Os axónios são estruturas de saída
que transportam a informação para outros
neurónios alvo, sob a forma de pequenas
correntes elétricas ou potenciais de ação.

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Segundo o autor, o neurónio modifica as conexões de curto ou de
longo alcance que tem com outros neurónios, pelo que cada célula é
diferente das restantes. Daí o autor refere que cada um de nós é
“escultor” dos nossos neurónios, dado que cada aprendizagem, cada
experiência, cada decisão que tomamos aperfeiçoa a sua forma.

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Também grande parte das perturbações
mentais estão associadas a mudanças mais
ou menos extensas e profundas das árvores
dendríticas e dos seus mapas sinápticos.

As diferenças entre estas células, pode ser


de causa genética e/ou ambiental.

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Poda
Sináptica

Todavia, durante a infância, produz-se uma


excessiva génese de neurónios e conexões,
ocorrendo depois uma poda sináptica para eliminar
as conexões que não são funcionais. Esta poda
também é acompanhada de uma morte neuronal
num processo contínuo que habitualmente dura até
à adolescência.

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O Cérebro Plástico

É evidente que, no que diz respeito à aprendizagem


e a memória , há ainda muito por descobrir .
Durante muito tempo, acreditou-se que o cérebro
adulto era uma estrutura estática e que não podia
modificar-se a partir de certa idade. Pensava-se que,
à medida que envelhecíamos, perdíamos neurónios
que nunca mais iriamos recuperar.

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Porém com o desenvolvimento de estudos científicos percebemos que o cérebro não é
estático, mas sim está sujeito a um processo contínuo de remodelação. Ou seja, o
número de neurónios altera-se, devido à perda de alguns e ao nascimento de outros,
embora tal não se verifique em todas as regiões do cérebro, modificando-se também o
número e a força das conexões neuronais.

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Contudo, todos os cérebros se remodelam em
pequena escala quando aprendemos. Para tal, o
nosso cérebro ativa uma série de mecanismos
moleculares e pode, inclusive, modificar a sua
microestrutura de forma mais ou menos
permanente.

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Assim este processo de neuroplasticidade não é mais
do que a capacidade plástica que possibilita a
adaptação contínua do cérebro a um ambiente em
mudança, através de modificações físicas, estruturais
e funcionais, que se produzem a nível microscópio
quando aprendemos, quando nos ocorre uma ideia,
ou quando recordamos algo.

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“O exercício mental facilita um maior desenvolvimento das estruturas nervosas
nas partes do cérebro em utilização. Assim, as conexões preexistentes entre
grupos de células poderiam ser reforçadas pela multiplicação de terminais
nervosas”

“Ramón Y Cajal”
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A vida toda a aprender
“Memória e história funcionam em dois registos radicalmente diferentes… a memória é
a recordação de um passado vivido ou imaginado. Por essa razão, a memória é sempre
transportada por grupos de seres vivos que experimentavam os factos ou julgam tê-lo
feito. A memória, por natureza, é efetiva, emotiva… inconsciente das suas sucessivas
transformações, vulnerável à manipulação , suscetível de permanecer latente durante
longos períodos e de bruscos despertares”

Pierre Nora (Entrevista em Nación, 15 de março de 2006)

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Como
aprende
[e recorda] o
cérebro?
Neurónio
• O cérebro consiste numa rede de
células discretas, os neurónios.

• As suas funções mais básicas são


receber informação e transmiti-la,
através de impulsos elétricos ao longo
de grandes redes de comunicação, por
todo o sistema nervoso.
Plasticidade Sináptica: Memória
Sináptica

A plasticidade sináptica é a
capacidade de as sinapses se
alterarem conforme os estímulos
que recebem, podendo fortalecer-
se ou enfraquecer.
Cérebro Plástico
É evidente que o momento de maior
plasticidade no cérebro se verifica durante a
sua construção. O seu desenvolvimento e o
seu funcionamento não são concebíeis sem
o contributo permanente do meio
envolvente, seja este o próprio organismo ou
o ambiente celular, ecológico e social em
que se desenvolve.
O que é a Aprendizagem?
É um processo pela qual as competências,
capacidades, conhecimentos, comportamentos ou
valores são adquiridos ou modificados como
resultado de estudo, experiência, formação,
raciocínio e observação.
Tipos de Aprendizagem

Associativa Não Associativa

Ocorre quando o organismo


estabelece relações entre Produz-se quando os
estímulos ou entre estímulos e organismos se habituam ,se
ações sensibilizam perante um
determinado estimulo
Memóri
a
Sem sensação não há perceção e sem perceção não há recordação
Memória Sensorial a curto prazo

Memória Visual Memória Auditiva


Memória Visual
Ex:
Quando estamos a
Capacidade para reter conduzir, a memória
informação durante um visual a curto prazo
curto período de tempo permite-nos reter os
textos das placas e
sinais de trânsito, ou
saber onde estão os
carros à nossa volta
depois de olhar pelo
retrovisor
Memória Auditiva
Encarrega se de reter a
informação auditiva
durante pelo menos 100 Ex:
milissegundos, o que • Lembrar-se do nome
nos permite reconhecer de alguém que
sons de todo o tipo, acabamos de
incluindo os que conhecer
compõem a fala, que • Repetir um número
podem manter se nesta de telefone que
memória de 2 a 4 acabam de dar-nos
segundos
Memória de longa duração

Memória Explícita Memória Implícita


É o que nos permite aprender hábitos
cognitivos e motores. Refere-se a
procedimentos ou hábitos.
Caracteriza-se por ser inacessível à
Memóri recordação consciente porque, se
a expressa na execução e não por
palavras.
explícita

Refere-se à informação que é Memória


registada e recorda-se de forma implícita
consciente. É uma memória que se
pode “declarar”, verbalmente ou por
escrito, sendo por isso também
chamada memória declarativa.
Mitos vs. Verdades

Memória de Peixe Memória de Elefante


Como é que o Cérebro aprende?
Conclusão
É evidente que, no que diz respeito à aprendizagem e à
memória, há ainda muito para descobrir, especialmente sobre
“como” e “porquê” se constrói uma aprendizagem ou porque
nos é mais fácil aprender umas coisas do que outras.

É de esperar que num futuro não muito distante possa


compreender-se aceitavelmente bem o processo e, sem
duvida, esse conhecimento ajudar-nos-á a melhorar a adesão
aos comportamentos de saúde desde que consigamos aplicar o
conhecimento neurobiológico.
A mente engana-nos
Desvios e erros cognitivos que todos
cometemos
Índice
1. O Cérebro
2. Erros de pensamento
3. Viéses cognitivos
4. Tipos de viéses
5. 10 principais viéses cognitivos
6. Como ultrapassar os viéses cognitivos
7. Conclusão
O Cérebro

O cérebro é um órgão muito importante para o
funcionamento do nosso corpo.


Está relacionado com a inteligência, linguagem, consciência,
memória, entre outros.


É "o computador mais incrível conhecido pela humanidade",


Segundo um estudo Norte Americano, pode ter uma
capacidade de armazenamento equivalente a 1.024
terabytes,


Toda a informação presente na Internet caberia na cabeça
de qualquer ser humano adulto.


Contudo isso não quer dizer que conseguiríamos memorizar
tudo, uma vez que os dados que conseguimos processar
são diferentes dos códigos binários dos computadores.
Erros do pensamento

São distorções cognitivas, ao seja pensamentos que não condizem com a
realidade.


São pensamentos que interpretam a realidade de uma forma distorcida.


Esses erros surgem automaticamente.


Acontecem porque tentamos encontrar explicações para as coisas, e muitas
delas por vezes são baseadas apenas numa evidência, que pode não
coincidir com a realidade.


Existem inúmeros erros de pensamento, chamados de viéses cognitivos.
Viéses cognitivos

O conceito de viés cognitivo foi introduzido pela primeira vez pelos
pesquisadores Amos Tversky e Daniel Kahneman em 1972.


Alguns dos viéses estão ligados à memória, outros podem estar
relacionados a problemas de atenção.


Outros fatores que também podem contribuir para a formação desses
viéses:


– Emoções


– Motivações individuais


– Limites à capacidade da mente de processar informações

Todos temos vieses cognitivos. Pode ser mais fácil identificar noutras pessoas, mas é importante
saber que eles também afetam o nosso pensamento.


Os viéses cognitivos podem ser causados ​por várias coisas diferentes, mas são esses atalhos
mentais, conhecidos como heurísticas, que geralmente desempenham um papel importante na
criação dos viéses.


Estes viéses podem levar a pensamentos distorcidos, mas não significa que sejam necessariamente
negativos.


Psicólogos acreditam que muitos deles servem a um propósito adaptativo: Que nos permitem tomar
decisões rapidamente, o que pode ser vital se estivermos numa situação perigosa ou ameaçadora.
Tipos de Viéses
Viés da Ancoragem 10 principais Viéses
Viés de Adesão Cognitivos
Viés da Pró-Escolha

Viés da confirmação

Viés de Positividade

Viés de Resultado

Viés de excesso de Confiança

Viés do Placebo

Viés de Informação

Viés Ponto Cego


Viés de Ancoragem

Falamos em ancoragem a partir do momento em que é difícil abandonar uma primeira
impressão.


Sujeito ao efeito de ancoragem, o nosso cérebro tende a confiar nas informações que
recebeu primeiro e será influenciado nas decisões que tomará a seguir.

Exemplo: Numa loja, o preço de um produto é 300 euros, mas nesse dia a “promoção” diz
antes 1000 euros, agora 300 euros. O fato de vermos uma diferença no preço leva-nos a
acreditar que o desconto vale a pena, porque o preço inicial é 1000 euros e passou para 300,
quando na verdade o preço mantém-se igual ao original.
Viés de Pró-escolha


É a tendência em justificar as nossas escolhas sem base científica.


Um exemplo clássico é aquele em que duas pessoas discutem por causa dos
seus clubes de futebol e utilizam argumentos baseados em ideias lógicas
para dizerem que o seu é melhor que o da outra pessoa. Quando na verdade
a pessoa é daquele clube porque provavelmente o pai ou o avó eram daquele
clube, ou vivenciaram uma época em que aquele clube esteve em alta e
decidiram pertencer a esse grupo. Está ligado a uma emoção.


Outro exemplo é comprarmos uma peça de roupa num impulso e de seguida
começamos a criar motivos para justificar essa compra, mesmo sabendo que
foi uma escolha com base na emoção do momento.
Viés de Adesão

É acreditar em algo porque a maioria do grupo ao qual pertencemos
também acredita.
 – “Todos sabem que é melhor assim, então é isso que eu também
acho ”.


O chamado Maria vai com as outras.

Exemplo: Estamos num ambiente cheio de pessoas e se comporta no padrão


que as pessoas estão se comportando, porque se todos fazem deve haver
uma boa razão.
Viés de confirmação


É o pensamento seletivo que confirma as respetivas crenças e ignora ou
desvaloriza qualquer ponto que as contradiga.


Ao dar mais peso para algo que suporta as nossas crenças alimentamos
os preconceitos.

Exemplo: Estamos a passar numa rua escura e encontramos um sujeito de


capuz e de mau aspeto num beco, a nossa crença é que aquele sujeito por
se apresentar daquela forma é um bandido.
Viés de Positividade


Conhecido como Síndrome de Poliana, ocorre quando somos muito
otimistas, como:
 - “Vai dar tudo certo”, “Eu consigo”, “ O bem sempre vence”, e assim
por diante.

Exemplo: Continuar a trabalhar num projeto, que várias vezes já nos provou
ser ineficiente ou sem futuro, mas continuamos porque acreditamos que
vamos conseguir.
Viés de Resultado


É a ilusão mental de julgar a qualidade de uma ação ou estratégia de
acordo com o resultado obtido.

Exemplo: Acreditamos que somos um excelente vendedor porque vendemos


uma casa por um preço maior do que o valor do mercado, mas na verdade só
conseguimos vender porque o comprador estava com urgência em comprar
uma casa.
Viés de Excesso de Confiança


Algumas pessoas são excessivamente confiantes nas suas
próprias habilidades, e isso faz com que assumam riscos
maiores no dia a dia.

Especialistas são mais propensos a este viés, visto que são
mais convictos que defendem a verdade.

Exemplo: Acreditamos que vamos receber a menção honrosa


de melhor aluno porque temos as melhores notas.
Viés Placebo


Quando a simples crença de que algo terá um efeito no nosso corpo é
causa do efeito.


Na medecina, os pacientes que recebem placebos com frequência
experimentam os mesmos efeitos psicológicos que aqueles que tomaram
medicamentos.

Exemplo: Acreditamos que tomar sumo de limão emagrece e acabamos


mesmo por emagrecer, mas na verdade é por consequência de outros
motivos.
Viés de Informação


É a tendência humana de querer alcançar mais informações que o
necessário, na procura de soluções.


É aquela pessoa indecisa, que vive e analisa todas as possibilidades,
não sai do lugar e nunca acha que sabe o suficiente.

Exemplo: Uma pessoa que já fez dezenas de cursos mas ainda assim não
se sente segura o suficiente para oferecer os seus serviços, porque tem a
impressão de que falta sempre alguma coisa.
Viés Ponto-Cego


É a tendência mental humana em identificar todos os viéses cognitivos no
comportamento de outras pessoas, mas que se mostram incapazes de
repetir o feito consigo mesmo.


O ponto cego não se aplica apenas às pessoas absolutamente arrogantes
ou inseguras.


É uma falha na forma como o cérebro processa o contexto que nos envolve
- assim como acontece com qualquer outro viés.

Como ultrapassar os viéses cognitivos?


Estar ciente do viés


Considerar os fatores que influenciam as
nossas decisões


Desafiar os viéses


Reduzir o viés cognitivo também pode ser
benéfico no tratamento de algumas
condições de saúde mental.
Conclusão
O cérebro é um órgão com um poder enorme,
complexo e curioso, mas apesar de tudo isto,
também tem as suas limitações. Ainda existem
muitos processos que o Homem não consegue
entender.
O estudo dos processos cognitivos confere ao
cérebro a perspetiva do processamento de
informação. Este é constituído por várias estruturas
cognitivas, que têm como objetivo comum organizar
a informação, desde que ela entra no sistema até
ao desencadeamento da resposta comportamental.
Os vieses cognitivos são de extrema importância
uma vez que, podem desenvolver alterações
negativas no processamento da informação o que
leva a crenças erradas, falsas ou imprecisas dos
vários eventos sociais.
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