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NEUROCIÊNCIA

APLICADA À EDUCAÇÃO

@pedagogiaporvocacao
Profa. Me Sueli Julioti
@JessicaJulioti
@EquipeMySete
NEUROCIÊNCIA E OS
PRINCÍPIOS DA
PRIMEIRA INFÂNCIA

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Profa. Me Sueli Julioti
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Vamos falar sobre a arquitetura cerebral,

aspectos cognitivos e as implicações dos

estímulos no desenvolvimento durante os

primeiros anos da criança.

E compreender suas nuances, seu funcionamento, suas

interações, bem como as reações que tem, de uma forma

geral, e que fazem com que cada indivíduo seja único em

suas características e personalidade.


Porém, antes de entrarmos nesse assunto, vamos definir
o que é a NEUROCIÊNCIA. Embora este campo do conhecimento seja mencionado
em vários lugares, as pessoas ainda assim não sabem explicar o que a neurociência
significa de fato, e realmente não é algo fácil de conceituar. No entanto, mostrarei de
forma bem tranquila para que você entenda.
De forma resumida a Neurociência consiste no estudo sobre o sistema nervoso e
suas funcionalidades, além de estruturas, processos de desenvolvimento e alguma
alteração que possa surgir no decorrer da vida. É uma análise minuciosa sobre o
que manda e desmanda em nossa vida.
Agora, de uma forma mais detalhada, é importante adiantar que
esta área de estudo trabalha com três elementos: o cérebro,
a medula espinhal e os nervos periféricos. O sistema nervoso é
algo complexo para quem se dispõe a estudá-lo a fim de desenvolver pesquisas para
algum conhecimento científico ou voluntário. Sendo assim, é preciso separar por
partes para que haja uma divisão que vise à facilidade de assimilação dos
profissionais e estudiosos.
No entanto, a separação da neurociência não é só a que citei acima, pois é
necessário dividir os campos que especificam a complexidade do sistema nervoso.
Os campos são:

✔ Neuropsicologia: esta parte estuda a interação que há entre as


ações dos nervos e as funções ligadas à área psíquica.

✔ Neurociência cognitiva: este campo foca na capacidade cognitiva


(conhecimento) do indivíduo, como o raciocínio, a memória e o aprendizado.

✔ Neurociência comportamental: quem segue esta linha procura estabelecer uma


ligação entre o contato do organismo e seus fatores internos (emoções e
pensamentos) ao comportamento visível, como a forma de falar, de se postar e até
mesmos os gestos usados pela pessoa.
✔ Neuroanatomia: uma das partes mais complexas da neurociência, ela tem por
objetivo compreender toda a estrutura do sistema nervoso. Com isso, o estudioso
precisa separar o cérebro, a coluna vertebral e os nervos periféricos externos para
analisar cada item com muita cautela a fim de compreender a respectiva função de
cada parte e nomeá-la.

✔ Neurofisiologia: por último, mas não menos importante, temos a neurofisiologia,


que estuda as funções ligadas às várias áreas do sistema nervoso.
Neurociência abrange muitas áreas do conhecimento. Ela é um campo de pesquisa
de extrema complexidade e está sempre em evidência, em evolução, por se tratar do
sistema nervoso e suas implicações na vida de uma pessoa. Ela também abrange
muitas áreas do conhecimento, a partir do momento em que o cérebro se torna o
foco em comum em todos os campos da neurociências; e como tudo em nossa vida
se relaciona ao cérebro, essa multidisciplinaridade é plenamente justificável.
Os estudos da neurociência são contínuos e podem revelar alguma descoberta para
pesquisadores que desenvolvem máquinas, equipamentos e até mesmo chips para
auxiliar, por exemplo, algum indivíduo que seja portador de uma limitação física. Há
pesquisadores que estudam as funções que o sistema nervoso representa para as
atitudes mais básicas do ser humano, como fazer um simples movimento.
Em meados de 1990, houve uma reunião na Casa Branca, em Washington DC,

convocada pela então primeira-dama Hillary Clinton, para discutir a Primeira

Infância (seis primeiros anos de vida) e o que acontece no cérebro durante o

desenvolvimento infantil. Como resultado dessa reunião, houve um grande

interesse do público sobre os efeitos das primeiras experiências no

desenvolvimento cerebral.
Assim, o professor e neurocientista Charles Nelson organizou um grupo de
neurocientistas, psicólogos e psiquiatras que estudam o desenvolvimento infantil e
neonatal. Ele organizou esse grupo para que pudessem se reunir e discutir sobre
uma linguagem comum que poderia ser criada entre os dois lados – neurocientistas
e psicólogos/psiquiatras – com relação às questões sobre o desenvolvimento
infantil. Esses profissionais se reuniram por cerca de dez anos, Com o nome de
Grupo de Trabalho sobre Experiência Precoce e Desenvolvimento Cerebral.
Ao final do primeiro trabalho, um dos membros desse grupo,
o pediatra Jack P. Shonkoff, reuniu um outro grupo de pesquisadores para um novo
trabalho, sendo que alguns faziam parte do estudo inicial sobre desenvolvimento cerebral.
O intuito era criar um livro chamado “Dos neurônios à vizinhança”. Ele organizou um novo
grupo chamado “Conselho Científico Nacional para a Criança em Desenvolvimento” e
dessa vez o objetivo era criar uma nova linguagem comum que pudesse ser compreendida
por profissionais e formuladores de políticas sobre o que sabemos a respeito do
desenvolvimento do cérebro na Primeira Infância, desde o nascimento até os seis anos de
vida.
Vamos entender aqui quais são os princípios fundamentais que foram
desenvolvidos pelo Conselho. São três conceitos principais de desenvolvimento que
contribuem para o desenvolvimento saudável da criança.
PRINCÍPIO 1: A arquitetura do cérebro
é estabelecida nos primeiros anos e
impacta na aprendizagem, no
comportamento e na saúde ao longo
de toda a vida.
Quando você pensa em arquitetura, logo vem a ideia de design e da construção
de uma casa ou edifício, certo? Bem, quando falamos em arquitetura e
desenvolvimento cerebral, estamos fazendo uma analogia com as plantas baixas,
a estrutura e a estratégia que um arquiteto usaria para criar um projeto.
O conceito é que o cérebro é construído ao longo do tempo, começando nos
primeiros anos de vida, aprendendo primeiro as habilidades simples, com as
habilidades mais complexas sendo construídas sobre elas. A primeira coisa a fazer
em uma casa é construir o alicerce, para só então levantar as paredes e instalar a
fiação para finalizar a construção. O desenvolvimento cerebral é muito parecido
com isso, começa com uma base e então as habilidades simples geram as
habilidades mais complexas, sobrepondo-se umas às outras.
Nos primeiros anos de vida, o cérebro aprende primeiro as habilidades simples,
com as habilidades mais complexas sendo construídas sobre elas.
As capacidades cognitivas emocionais e sociais estão entrelaçadas ao longo da
vida. Antes, na psicologia, estudávamos cognição, emoção e desenvolvido social
separadamente, mas agora sabe-se que os três andam juntos, particularmente
nos primeiros anos de vida.
Ainda, dentro desse princípio da arquitetura do cérebro, é importante
saber que os circuitos neurais são conectados de forma ascendente,
ou seja o quê vai progredindo, crescendo; isso vem de encontro com o
com o fato de quê primeiro aprendemos habilidades simples para então adicionar as
habilidades mais complexas. Os neurologistas costumavam pensar que o cérebro se
desenvolvia como um todo ao mesmo tempo, mas agora sabemos que não, e que
diferentes partes do cérebro desenvolvem-se em ritmos e em idades diferentes.
Nos estágios iniciais do desenvolvimento cerebral, as áreas associadas a informações
sensoriais como visão, audição e tato são as que se desenvolvem primeiro. Só depois
é que surgem as habilidades relacionadas à linguagem, com a função cognitiva
completa aparecendo mais tarde, no decorrer do crescimento.
Ao comparar as sinapses cerebrais de uma criança aos seis meses
e aos seis anos de idade, podemos verificar um aumento exponencial de conexões. Já
quando comparamos as sinapses de um adolescente de quatorze anos com uma criança
de seis anos, verificamos que a quantidade de conexões do adolescente é menor, pois
algumas conexões foram perdidas por meio da poda cerebral. Isso ocorre porque ao longo

do desenvolvimento não necessitamos mais de algumas ferramentas que utilizávamos no


início do aprendizado, mais ou menos como o aprender andar de bicicleta em que no início
colocamos rodinhas de apoio, que depois podem ser dispensadas quando aprendemos a
nos equilibrar.
Nos primeiros anos temos também o que se chama de períodos sensíveis.
Períodos sensíveis são períodos de tempo limitados durante os quais o efeito da
experiência inicial no cérebro é particularmente forte. Eles permitem que a
experiência instrua os circuitos neurais a processarem informações de maneira
adaptativa e fornecem informações essenciais para o desenvolvimento normal,
além de alterar o desenvolvimento permanentemente. São momentos críticos, nos
quais a experiência tem um efeito profundo no cérebro.
Períodos sensíveis são momentos na vida das crianças em que a aprendizagem
ocorre naturalmente; parece que todo o seu ser é estimulado a agir num certo
sentido. Os períodos são sensíveis precisamente porque correspondem a uma
determinada etapa da vida e tem esse nome “sensíveis” porque são independentes
da vontade.
A conclusão desse primeiro princípio é que uma base sólida nos primeiros anos
de vida melhora as chances de resultados positivos, ao passo que uma base fraca
aumenta as chances de dificuldades posteriores. A capacidade de mudança do
cérebro é menor com o tempo, pois a plasticidade cerebral diminui com a idade. Por
isso é muito mais fácil para uma criança aprender um novo idioma do que para um
adulto, pois o esforço fisiológico do cérebro para esse aprendizado é muito menor
na criança.
PRINCÍPIO 2: Relacionamentos estáveis,
atenciosos e interações responsivas
do tipo “serve and return”
moldam a arquitetura cerebral.
Interações do tipo “serve and return” ou interação responsiva constroem cérebros
e habilidades. Imagine um jogo de tênis, onde você joga uma bola e ela é rebatida
de um lado para o outro. O que queremos ilustrar é que uma mãe, um cuidador e
um bebê estão interagindo entre si dessa maneira o tempo todo. A mãe diz uma
coisa, o bebê diz outra. O bebê diz algo e a mãe responde a ele, num processo
contínuo de “ação e reação”.
Crianças mais novas naturalmente
buscam interação, balbuciando,
gesticulando e fazendo expressões
faciais, e os adultos respondem da
mesma forma.
Essas interações são essenciais para o desenvolvimento de circuitos cerebrais
saudáveis. Devemos pensar nas implicações e apoiar a qualidade dos
relacionamentos nos locais de cuidados para crianças, comunidades e lares, pois
essas interações dão suporte ao desenvolvimento para uma arquitetura robusta do
cérebro. Interações sociais são essenciais para o desenvolvimento de circuitos
cerebrais saudáveis nas crianças.
Existem estudos sobre o ambiente da linguagem do bebê, realizados em 1995
com famílias que vieram de três tipos diferentes de ambiente: crianças com mães
em situação de pobreza, com mães de classe média e crianças com pais que
possuíam educação superior. Os resultados mostraram que aos 16 meses de
vida, não havia diferenças entre os bebês em termos de produção de linguagem,
mas ao longo do tempo a lacuna foi ficando maior, o que já pode ser observado
nos primeiros 24 meses de vida.
A metáfora final é o que chamamos de controle de tráfego aéreo. Em algum local do
cérebro, você precisa estar apto a prestar atenção, inibir impulsos e manter mais de
uma coisa na memória, para realizar mais de uma coisa ao mesmo tempo. É a tão
falada multitarefa. O responsável por esse controle de tráfego é o córtex pré-frontal.
Chamamos de controle de tráfego aéreo porque o profissional responsável por isso
em um aeroporto tem de prestar atenção em muitos aviões ao mesmo tempo, que
estão manobrando, decolando e aterrissando.
Então, o funcionamento executivo do cérebro é um grupo de
habilidades que ajudam a nos concentrarmos em múltiplos fluxos
de informação ao mesmo tempo, estabelecer metas, fazer planos, tomar decisões,
revisar e resistir a ações precipitadas. Entre as funções executivas estão:
Controle Inibitório: filtra pensamentos e impulsos para resistir a tentações e
distrações.
Memória de trabalho: retém e manipula informações no cérebro durante curtos
períodos de tempo, geralmente de três a cinco informações por vez.
Flexibilidade cognitiva: ajuste a demandas, prioridades ou perspectivas
alteradas, ou seja, adaptação a mudanças.

Pesquisas apontaram que quando esses conceitos são aplicados na infância,


trazem mais autocontrole e preveem melhor saúde física e menos uso de
substâncias ou casos relacionados à violência na vida adulta.
PRINCÍPIO 3: O estresse tóxico nos
primeiros anos de vida pode
prejudicar o desenvolvimento
saudável da criança.
Quando falamos em estresse, queremos destacar as consequências de um ambiente
estressante para um cérebro em desenvolvimento. Mas é importante distinguir: não
estamos falando do stress com o trabalho ou com o trânsito, mas sim de situações de
estresse diárias durante o desenvolvimento. O estresse nas crianças pode afetar o
desenvolvimento cognitivo e causar danos no presente e no futuro. Ele é dividido em três
níveis ou tipos:
Positivo: aumentos leves na frequência cardíaca e elevações leves nos níveis

de hormônio do estresse. Exemplos como ir à escola, tomar vacinas, injeções.

Essas situações, podem ser trabalhadas para que elas aprendam a lidar com frustrações.

Tolerável: respostas de estresse sérias e temporárias, protegidas por relacionamentos de apoio. Exemplo

deste é a morte de um parente ou mudança de alguém que é próximo à criança, para um lugar distante.

Tóxico: ativação prolongada de sistemas de resposta ao estresse e ausência de relacionamentos de

proteção. Esse estresse eleva o nível de cortisol no sangue, ocorre uma descarga de adrenalina e pode

levar à perda de sinapses e limitações posteriores no aprendizado. Exemplo desse é o causado ou

associado à pobreza, negligência, abuso ou depressão materna.


As crianças não são iguais, umas amadurecem mais cedo, outras
não. Tem de saber qual é a sensibilidade da criança. Sabemos que os
relacionamentos amortecem os efeitos do estresse, então aprender a lidar com o
estresse moderado pode criar um sistema de estresse que chamamos de
saudável. Já no estresse tóxico, o sistema de resposta do corpo é ativado
excessivamente, enfraquecendo o desenvolvimento da arquitetura cerebral. Sem o
devido cuidado por parte dos adultos responsáveis, o estresse tóxico, pode trazer
consequências sérias para o desenvolvimento, a saúde e a aprendizagem a longo
prazo.
Assim, concluímos os princípios da primeira infância. Vimos a importância desses
princípios para o desenvolvimento de todos os seres humano.
Para o segundo dia de Curso, veremos: Quando começamos a aprender? O que a
Neurociências diz a respeito?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAVES, A. P. R. A neurobiologia do aprendizado na prática. Brasília: Alumnus, 2017.

DAHAENE, S. Os neurônios da leitura: como a ciência explica nossa capacidade de ler. Porto Alegre: Penso, 2012.

LENT, R. O cérebro aprendiz. Rio de Janeiro: Atheneu, 2019.

METRING, R.; SAMPAIO, S. (orgs.). Neuropsicopedagogia e aprendizagem. Rio de Janeiro: Wak, 2011.

PASQUALI, L. Os processos cognitivos. São Paulo: Vetor, 2019.

PASQUALINI, Juliana Campreghe. Contribuições da Psicologia Histórico Cultural para a educação escolar de crianças de 0 a 6 anos:

desenvolvimento infantil e ensino em Vigotski, Leontiev e Elkonin. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Ciências e Letras,

Universidade Estadual Paulista, Araraquara, SP, 2006.

VELASQUES, B. B.; RIBEIRO, P. Neurociências e aprendizagem. Rio de Janeiro: Rubio, 2014.

VIGOTSKI, Lev Semenovich. A Formação Social da Mente: O Desenvolvimento dos Processos Psicológicos Superiores. Trad. José Cipolla

Neto, Luís Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
MUITO OBRIGADA!!!!
O conteúdo desse curso foi
oferecido pelo
Centro Educacional
Sete de Setembro
em parceria com a
Professora Me Sueli Julioti
NEUROCIÊNCIA
APLICADA À EDUCAÇÃO

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Profa. Me Sueli Julioti
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NEUROCIÊNCIA:
QUANDO
COMEÇAMOS A
APRENDER?

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A neurociência permite que os
profissionais da educação compreendam
com mais clareza o funcionamento do
cérebro e suas ações.

Uma das descobertas é que a capacidade de criar conexões entre os neurônios está
presente em toda a vida. Assim, todos são capazes de aprender algo novo todo dia.
Porém a nossa pergunta é: Quando começamos a aprender? O início de nosso
aprendizado se dá no quarto mês de gestação, com os primeiros reflexos
proprioceptivos com a função hipotalâmica (Afeto – hormônios – Ação autonômica),
isso dura para a vida toda.
Assim, é essencial alguns cuidados! Dentre esses cuidados
destacamos, algumas interação genética-ambiental como:
A Síndrome do Alcoolismo Fetal que engloba uma série de defeitos
inatos à criança, que ocorre quando a mãe consome álcool durante a gestação.
Essa condição pode causar danos cerebrais e problemas de crescimento que não
podem ser revertidos. Não existe quantidade de álcool segura para o bebê durante
gravidez. A Desnutrição, pois a nutrição exerce profundo impacto no
desenvolvimento das estruturas e funções cerebrais, estudos apontam a
deficiência nutricional pré-natal como fator de risco para o desenvolvimento de
doenças neuropsiquiátricas.
Os Ambientes socialmente desfavoráveis que está
associado à baixa renda familiar, situações de
vulnerabilidade para a saúde e malformações fetais.
Outro fator importante para o aprender é a PREMATURIDADE. Com ela há risco 6x maior de
levar a problemas cognitivos e motores; também está associada a transtornos de
desenvolvimento (TDAH, TEA, TDC, TA); há um risco elevado para problemas de
aprendizagem, havendo necessidade de vigilância dos possíveis efeitos neurológicos e de
desenvolvimentos. Em continuidade de quando começamos aprender, precisamos dar
grande atenção ao desenvolvimento infantil. Há etapas de aquisição neurológicas da criança
em que é fundamental para avaliar a maturidade neurológica e ter respeito às etapas. E uma
dessas etapas muito importante é a fala da criança. Veja o quadro a seguir:
Sugestões que a Neurociência Cognitiva indica:

1. Fale. Narre o dia à medida que evolui. Diga à criança, por exemplo:

"Agora vamos tomar um banho. Você pode sentir a água morna em sua barriga?

Quando nos secarmos, nos vestiremos e daremos um passeio".

2. Leia. Nunca é cedo para ler para o bebê. Um bom indicador do sucesso futuro da leitura é a quantidade de

tempo que os pais passam lendo com o filho. Os pais podem começar com livros simples e se graduarem em

livros ilustrados e histórias mais longas à medida que seus filhos crescem. Os tempos da história na biblioteca ou

na livraria local também podem ajudar uma criança em idade pré-escolar a desenvolver amor pelos livros.

3. Aprecie a música juntos. As crianças pequenas amam música e movimento. Quando ouvem músicas

animadas, eles aprendem sobre o mundo ao seu redor e o ritmo da linguagem.


4. Conte histórias. Crie histórias elaboradas com personagens,

conflitos, aventuras e um final feliz. Certifique-se de que as histórias

se encaixem nos interesses da criança e que não sejam muito

assustadoras.

5. Siga o falando. Se a criança parece interessada em uma foto específica de um livro, continue

falando sobre isso. Se ela parece intrigada com um barco, mostre-lhe mais barcos e fale sobre

eles também. Repita seus balbucios de volta para ela, faça perguntas e interaja com ela. Você

pode até tentar gravar a fala da criança e reproduzir.

6. Nunca critique os padrões de articulação ou fala. Em vez disso, repita suas declarações de

volta para ela com a pronúncia correta ou o uso da palavra. Dê à criança muitos elogios por seus

esforços.
7. Use televisão e computadores com moderação. A Academia Americana de
Pediatria recomenda que as crianças menores de 2 anos não assistam à televisão, e
que as crianças de 2 anos ou mais assistam a não mais do que duas horas de
programação de qualidade por dia. Embora alguns programas educacionais possam
ser benéficos para as crianças, os programas de TV não interagem ou respondem às
crianças, que são os dois catalisadores que as crianças precisam para aprender a
língua. Os jogos de computador são interativos, mas não respondem às ideias de
uma criança.
8. Trate as infecções de ouvido completamente. As crianças em situações de cuidados
infantis em grupo são mais propensas a infecções de ouvido, o que pode colocá-las em risco
de perda auditiva e, consequentemente, atrasos de linguagem. Se o seu pediatra prescrever
um antibiótico para tratar uma infecção, certifique-se de que o seu filho tome a dose correta
todos os dias e use-o durante todo o tempo prescrito. Quando seu filho terminar a
prescrição, agende uma consulta de acompanhamento com seu pediatra para garantir que a
infecção foi eliminada.
Aprender a Ler e Escrever tem prazo
Há um estudo de três anos da neurociência básica do desenvolvimento da leitura.
Entre 2008 e 2009, onde se recrutou um grupo de crianças de cinco e seis anos de

idade. E quando se levou em conta todos os fatores explicativos ligados à dificuldade de leitura
no passado - risco genético, fatores ambientais, capacidade de linguagem pré-alfabetizada e
capacidade cognitiva geral; descobriu-se que apenas uma coisa consistentemente previa, diria o
quão bem uma criança aprenderia a ler.

Esse foi o crescimento da substância branca em uma área específica do cérebro, a região
temporoparietal esquerda.
Essa mudança no volume acontecia dos 5 aos 8 anos essa área cerebral é onde se faz
o trabalho de ligar sons e letras e como eles correspondem." Seus resultados sugerem
que, se o aumento da massa branca não ocorrer no momento crítico, as crianças terão
um dificuldade em descobrir como olhar para as letras e transformá-las em palavras que
tenham significado.

COMO A NEUROCIÊNCIA PODE AJUDAR?


De acordo com a Neurociência, a divisão cerebral e a seguinte:
ÁREA FRONTAL: essa parte é responsável pelas funções executivas, onde ocorrem
todos os processos que exigem planejamento, organização, sequências, decisão,
análise, síntese, atenção executiva (seletiva e sustentada), coordenação de estratégias
(eleição de prioridades e ações secundárias), inibição comportamental, memória de
trabalho, exigibilidade de interesses, percepção de erros e construção das correções.
ÁREA TEMPORAL: a região é responsável pela percepção auditiva dos sons e das
diferentes estruturações de linguagem fonológica, sendo o centro da toda a linguagem
de nosso cérebro.
ÁREA PARIETAL: essa parte está conectada à sensibilidade geral (tátil, propriocepção, dor,
etc.), coordenação espacial, integração senso-perceptiva e orientação atencional;

ÁREA OCCIPITAL: a região occipital está ligada a toda a habilidade visual sendo o centro
das percepções visuais para as tarefas do cotidiano.

As divisões expostas acima mostram como o cérebro atua de forma complexa e coordenada
em que uma parte depende da outra de maneira considerável.
Assim, aprendemos da importância de se desenvolver as habilidades tão cedo, que tem um
motivo nobre: a primeira infância é um momento crucial para progressos futuros. A primeira
infância pode ser definida como uma etapa importante para o estabelecimento de
determinadas habilidades fundamentais da criança. O cérebro, com toda sua estrutura e
processamento das informações mais variadas, modifica-se ao longo do tempo. Essas
mudanças ocorrem de forma mais acentuada, sobretudo nas primeiras fases da vida, a
primeira infância. Assim, esta fase é caracterizada pelo início de uma série de
comportamentos e interação com o ambiente em que ela está inserida.
A avaliação do desenvolvimento se revela um passo importante para vida do
pequeno e de sua família. É imprescindível conhecer quais os pontos existentes de
fragilidade do perfil de aprendizagem. Além disso, é importante também salientar os
aspectos do desenvolvimento que podem ser considerados como pontos fortes da
criança. Isso contribuirá de maneira bastante significativa, a ponto de os
especialistas conhecerem qual o impacto dos déficits que afetam a criança; aliás,
auxilia também na proposição de estratégias que podem ser mais efetivas para a
aprendizagem infantil.
É importante salientar que tudo deve ser feito por etapas. O
cérebro da criança precisa assimilar as informações repassadas,
somente dessa maneira o pequeno conseguirá obter uma boa
aprendizagem.
Vou passar aqui 4 (quatro) técnicas da neurociência para acelerar o aprendizado.

1. BUSQUE ATRELAR EMOÇÕES AO ESTUDO


Muita gente supõe que tudo que diz respeito aos estudos é racional. Mas não é: a
memorização é uma equação complexa e o emocional influencia de forma decisiva. De forma
simplificada, se você associa uma certa informação a um sentimento positivo, como a alegria,
o seu cérebro será capaz de retomá-la mais facilmente no futuro.
Por isso que os professores de cursinho pré-vestibular usam a técnica de contar piadas

ou fazer associações engraçadas sobre o conteúdo das aulas.

O humor é um canal de acesso fácil às emoções. O medo, a raiva, a tristeza e outros

sentimentos negativos, por outro lado, atuam na direção contrária e condicionam uma aprendizagem de baixa

qualidade.

Na preparação para um concurso público, por exemplo, é interessante explorar o significado dessa decisão para a sua

vida. “Procure pensar no valor daquele estudo para o seu engrandecimento profissional e pessoal, e não só como uma

ferramenta para ser aprovado numa carreira que pagará um salário alto. Quanto mais você atribuir significado

emocional a um certo conhecimento, mais chances terá de guardá-lo para sempre. E não apenas isso: mais motivação

você terá para persistir nos estudos. Para agilizar o aprendizado, você precisa estar realmente motivado; e, para estar

motivado, você precisa genuinamente ter a intenção de aprender.


2. NÃO EXERCITE APENAS O CÉREBRO
Quem vai pensar em academia quando tem uma pilha de apostilas
para estudar? Fazer atividade física pode parecer supérfluo nesse
momento, mas não é. Os exercícios regulares, especialmente os de natureza
aeróbica, são os mais indicados. Buscar atividade física faz o cérebro funcionar
melhor, já que todo o corpo fica mais saudável e bem regulado. Até os processos
afetivos, ligados à motivação, podem ser beneficiados com natação, corrida,
caminhada ou outras práticas esportivas. Isso para não falar na importância desse
tipo de atividade para liberar o estresse da rotina, que prejudica a aprendizagem.
Lazer, repouso e convívio social também precisam ter algum espaço na sua agenda,
pela mesma razão.
3. DESCUBRA O SEU ESTILO DE APRENDER
Dada a complexidade do cérebro humano, está comprovado que
não existe uma única forma de aprender. Por isso, não adianta
insistir em métodos que claramente não estão surtindo efeito. Se você sente que
suas sessões de estudo só estão produzindo cansaço, é fundamental experimentar
diversas técnicas e adotar aquela que funciona melhor para você.
Se você não tem um hábito de leitura consistente, formado lá na 1ª ou 2ª infância, ler
não surtirá o efeito esperado no estudo. Assim, experimente gravar áudios, assistir a
vídeos, desenhar mapas mentais, enfim, buscar instrumentos adequados ao seu
funcionamento.
4. ELIMINE AS DISTRAÇÕES DA ATENÇÃO
O aprendizado se torna lento e irregular se você divide seu foco
entre diversos estímulos enquanto está estudando. Como mensagens
nas redes sociais, notificações do celular, ruídos que vêm da rua, pessoas que
chegam para conversar. As interrupções não-programadas têm um efeito
devastador sobre o aprendizado. Quando você não está inteiramente concentrado
naquilo, você está dizendo para o seu cérebro que aquela informação não é tão
importante para você, e é provável que ela acabe sendo descartada. Para otimizar
os seus estudos e evitar o cansaço de retomar várias vezes, é buscar um local de
estudos isolado e silencioso, e desligar todo o seu contato com a tecnologia.
O nosso cérebro consegue se fixar num único objeto por no máximo uma hora. Após esse
prazo, o mais indicado é fazer uma pausa de até dez minutos para levantar e tomar um café.
Você pode programar alguns intervalos para levantar, tomar um café, checar o celular e
conversar com alguém. Nos blocos de tempo dedicados ao estudo, porém, é preciso
eliminar radicalmente qualquer possível fonte de distração.
Concluímos que, apenas começamos aprender ainda no ventre de nossa mamãe, mas que
o aprendizado acontece a vida toda e a todo momento.
Para nosso terceiro dia estaremos abordando a Neurociência Cognitiva: A Ciência da
Aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASELLA EB, Costa JC, Amaro Jr E(2008). As Bases Neurológicas da Aprendizagem da Leitura e Escrita.

Academia Brasileira de Ciências.

CHAVES, A. P. R. A neurobiologia do aprendizado na prática. Brasília: Alumnus, 2017.

DAHAENE, S. Os neurônios da leitura: como a ciência explica nossa capacidade de ler. Porto Alegre: Penso, 2012.

LENT, R. O cérebro aprendiz. Rio de Janeiro: Atheneu, 2019.

NIGG J, NIKOLAS M, BURT, A S(2010) Measured Gene-by-Environment Interaction in Relation to AD/HD. Journal of the American Academy of Child and Adolescent

Psychiatry 49 (9): 863-873;

POSNER M, ROTHBART M K(2009) Toward a Physical Basis of Attention and Self Regulation. Physical Life Review 6(2): 103-120;

RIESGO R S, ROTTA N T, OHLWEILER L (2006). Transtornos de Aprendizagem – Abordagem Neurobiológica e Multidisciplinar. VELASQUES, B. B.; RIBEIRO, P.

Neurociências e aprendizagem. Rio de Janeiro: Rubio, 2014.

VIGOTSKI, Lev Semenovich. A Formação Social da Mente: O Desenvolvimento dos Processos Psicológicos Superiores. Trad. José Cipolla Neto, Luís Silveira Menna

Barreto, Solange Castro Afeche. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
MUITO OBRIGADA!!!!
O conteúdo desse curso foi
oferecido pelo
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NEUROCIÊNCIA
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NEUROCIÊNCIA
COGNITIVA: A CIÊNCIA
DA APRENDIZAGEM.

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A mente humana há anos é e continua sendo
alvo de estudos e pesquisas, que têm como
principais objetivos:
Compreender suas nuances, seu funcionamento, suas interações, bem como as reações
que tem, de uma forma geral, e que fazem com que cada indivíduo seja único em suas
características e personalidade; buscamos sempre desvendar a estrutura, desenvolvimento
e eventuais alterações que ela sofra. Memórias, pensamentos, ações, sentimentos,
imaginação, linguagem, percepção. Entre diversos outros elementos, que têm a sua origem
na mente humana, são incansavelmente analisados, com o objetivo de entender porque
reagimos de determinada forma a alguns estímulos e não de outras.
Neste contexto se encaixa a Neurociência e mais
especificamente e Neurociência Cognitiva, que é tema principal
hoje. Vamos conhecer um pouco mais sobre a ciência da aprendizagem e da
educação.
Nos últimos anos, inúmeros estudos foram realizados com o intuito de se
entender, de forma mais assertiva, as atividades cerebrais e como as mesmas
influenciam no comportamento humano. E é justamente nesse contexto que se
encaixa a Neurociência Cognitiva. Ela corresponde à área que estuda o sistema
nervoso central, bem como suas funcionalidades, como aprendemos e suas
patologias.
Esse sistema é responsável por estruturar as atividades do corpo

humano, sejam elas voluntárias ou não. De forma resumida, as

experiências e a maneira como o ser humano lida com as mesmas,

afetam seu cérebro e seu desenvolvimento. Nesse sentido, a neurociência diz respeito à

inteligência, aos sentimentos, à capacidade de tomar decisões, além de gerar entendimento

sobre o funcionamento do sistema nervoso e como agir sobre ele. Para que todo este estudo

seja realizado, os cientistas levam em consideração os processos a nível cognitivo, ou seja,

como o ser humano adquire conhecimento (seja por meio da atenção, da associação, da

memória, da imaginação, do pensamento, da linguagem, entre outros), através dos cinco

sentidos, resultando assim, em seu desenvolvimento intelectual, comportamentos, interações e

adaptação ao meio.
O que é NEUROCIÊNCIAS COGNITIVA?
Dentre as subdivisões da Neurociência, uma delas é a Neurociência

Cognitiva, ela tem como foco, o estudo a respeito das capacidades mentais do ser humano,

como seu pensamento, aprendizado, inteligência, memória, linguagem e percepção. Com

base nisso, as sensações e a percepção do indivíduo são o que norteiam os estudos da

Neurociência Cognitiva, ou seja, como uma pessoa adquire conhecimento a partir das

experiências sensoriais a que é submetida; uma música, um aroma, o gosto de uma comida,

uma imagem ou uma sensação corporal, tudo isso engloba as experiências sensoriais e são

elas as responsáveis por captar os dados do ambiente e levá-las ao cérebro.


Verifica-se então, que a Neurociência Cognitiva não diz respeito

Apenas ao sistema nervoso, como também, como as experiências

sensoriais adquiridas ao longo da vida são processadas pelo no

cérebro e são transformadas em conhecimento. No contexto de neurociências e aprendizagem, a

cognição permite um estudo mais amplo a respeito das capacidades mentais em pensar,

absorver novas informações, lembrar situações e também as percepções que temos a respeito

de tudo e todos. Assim, todas as sensações que despertam e são nutridas por nós são,

igualmente, alvo de estudo da neurociência cognitiva. Por exemplo: a sensação causada por

uma canção que você ouviu ou um filme que você acabou de assistir. As ações e reações podem

ser interpretadas por essa ciência; o que inclui a maneira com a qual aprendemos algo e nos

relacionamos com as novidades.


As experiências que acumulamos, ao longo da vida, são exploradas sensorialmente.

E isso tem tudo a ver com as neurociências e aprendizagem.

QUAL É A RELAÇÃO ENTRE NEUROCIÊNCIAS E APRENDIZAGEM?


O aprendizado, embora não tenha um só padrão definido para agregar novos conhecimentos, ocorre

de maneiras distintas entre as pessoas. Isso explica, parcialmente, porque certos indivíduos têm

facilidade com certas disciplinas na escola, por exemplo, em comparação com outros alunos.

Tem, também, a própria questão sensorial que destaquei anteriormente. Há quem entenda melhor

uma nova informação por meio de áudios; outros, com vídeos e há quem absorva tudo por meio da

leitura ou escrita. Existem, então, diversos métodos de aprendizagem.


A neurociência cognitiva está para mostrar como tornar essa questão

mais proveitosa para todos, portanto não se obtém um só efeito de

educação nas pessoas, mas é possível descobrir quais são aqueles

mais significativos e benéficos para que as informações sejam absorvidas, de fato, e não apenas

decoradas. Você já parou para pensar em como o cérebro processa as informações que recebe?

Em como tal ação reflete no aprendizado e na vida como um todo? É justamente através da

Neurociência que tais perguntas podem ser respondidas, pois seus estudos compreendem como

uma pessoa processa as informações adquiridas pelo ambiente e as transforma em aprendizado.

A partir daí, é possível definir estratégias assertivas de ensino, o que garante à pessoa, uma

melhor absorção do conteúdo.


Confira algumas áreas em que a NEUROCIÊNCIA COGNITIVA
auxilia no aprendizado:
EMOÇÃO
A inteligência humana está intimamente ligada à emoção, ou seja, o aspecto
emocional interfere na nossa cognição: quanto mais um evento contenha emoção,
mais a pessoa se lembrará dele e isso afeta na obtenção de conhecimento (de
forma positiva ou negativa).
Nesse sentido, a emoção da pessoa precisa ser instigada (quando ela for positiva)
ou desestimulada (quando ela for negativa), para que o desenvolvimento intelectual
não seja prejudicado.
MOTIVAÇÃO

A motivação é o que fomenta o aprendizado, quando a pessoa


se depara com uma interferência positiva, isso mobiliza a atenção da mesma, o
que gera a motivação. Da mesma forma, se o indivíduo encontra uma tarefa muito
difícil, sua mente se frustra e ele acaba desmotivado, e isso interfere na sua
aprendizagem.
A pessoa deve então, no decorrer do desenvolvimento intelectual, não apenas
entrar em contato com inúmeros conteúdos, como também, realizar atividades que
despertem a sua curiosidade, proponham desafios e a motivem.
ATENÇÃO

A atenção é fundamental para que o conhecimento seja adquirido, pois o sistema


nervoso só absorve a informação quando a pessoa está atenta a mesma. O
indivíduo presta atenção em alguma coisa, quando aquilo é entendido, ou seja,
tem significado.
Nesse sentido, a falta de atenção muitas vezes não ocorre por indisciplina, mas
sim, por falta de estímulo. Por conta disso, para que a pessoa dê atenção a uma
informação, a interação entre a mesma e o indivíduo precisa ocorrer.
MEMÓRIA

A memória se dá por meio de repetições, quando a pessoa decora uma


informação e através de associações, quando existem vínculos e relações com o
conteúdo.
Nesse sentido, o ato de aprender não ocorre apenas quando se grava
informações, mas também, quando o conteúdo afeta a pessoa. Com isso, o
indivíduo deve identificar pontos de ancoragem para que o conteúdo aprendido
tenha sentido e fique na sua memória.
SOCIALIZAÇÃO

As experiências sociais do ser humano e o ambiente ao qual ele está inserido,


formam a sua cognição, ou seja, o cérebro se modifica e se desenvolve durante a
vida. Através da socialização, é possível que a pessoa consiga aprimorar a sua
linguagem verbal e não verbal, interaja com outras pessoas, reconheça e
expresse emoções, exerça suas potencialidades e tenha empatia.
ÁREAS E IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO
EMOÇÃO: Implicações na Educação
O professor, ao observar as emoções dos estudantes, pode ter
pistas de como o meio escolar os afeta: se está instigando emocionalmente ou causando apatia
por ser desestimulante. Dessa forma, consegue reverter um quadro negativo, que não favorece
a aprendizagem.

MOTIVAÇÃO: Implicações na Educação


A escola deve ser um espaço que motive e não somente que se ocupe em transmitir conteúdos.
Para que isso ocorra, o professor precisa propor atividades que os alunos tenham condições de
realizar e que despertem a curiosidade deles e os faça avançar. É necessário levá-los a
enfrentar desafios, a fazer perguntas e procurar respostas.
ATENÇÃO: Implicações na Educação
Falta de atenção não é sinônimo de indisciplina ou de desinteresse
por parte das crianças. Ela pode ser decorrente de um meio
desestimulante ou de situações inadequadas à aprendizagem. Para evitar isso, o professor
deve focar a interação entre ele, o saber e o aluno, refletindo sobre as atividades propostas e
modificando-as se necessário.

MEMORIZAÇÃO: Implicações na Educação


Aprender não é só memorizar informações. É preciso saber relacioná-las, ressignificá-las e
refletir sobre elas. É tarefa do professor, então, apresentar bons pontos de ancoragem, para
que os conteúdos sejam aprendidos e fiquem na memória, e dar condições para que o aluno
construa sentido sobre o que está vendo em sala.
SOCIALIZAÇÃO: Implicações na Educação
O aluno deve ser ativo em suas aprendizagens, mas cabe ao
professor propor, orientar e oferecer condições para que ele exerça suas
potencialidades. Para isso, deve conhecê-lo bem, assim como o contexto em que
vive e a relação dele com a natureza do tema a ser aprendido.

Plasticidade cerebral - O cérebro se modifica em contato com o meio durante


toda a vida. A interferência do ambiente no sistema nervoso causa mudanças
anatômicas e funcionais no cérebro. Assim, a quantidade de neurônios e as
conexões entre eles (sinapses) mudam dependendo das experiências pelas quais
se passa.
Vamos entender de que forma ela pode ser aplicada em sala de aula, efetivamente e na
prática, e, assim, contribuir para uma educação cada vez mais de qualidade para todos.
É o caso da memória no processo de aprendizado. Tanto alunos quanto professores, ainda
acreditam que para aprender é preciso recorrer ao famoso processo de “decoreba”.
Entretanto, quando recorremos à criação de memórias de longa duração, ou seja, daquelas
que façam sentido para o estudante, este desenvolve a capacidade de encontrar soluções
criativas e inovadoras para resolver suas questões em sala de aula, o que lhe permite,
inclusive, a possibilidade de ir além e transformar a realidade e o mundo ao seu redor.
MODIFICAÇÃO CEREBRAL PELO APRENDIZADO
Como eu disse no início, muito se tem estudado e pesquisado sobre
o funcionamento cerebral, com o objetivo de entender os mais diversos
diversos mistérios que rodeiam a mente humana. Neste sentido, em pesquisas realizadas
em laboratório, chegou-se à conclusão que, por meio do aprendizado obtido e das
experiências vividas, o cérebro sofre transformações efetivas e verdadeiramente positivas.
Assim, o essencial a ser feito em sala de aula é transmitir conhecimentos e informações
através de experiências, que, consequentemente, vão permitir ao aluno aproveitar cada
vez melhor o aprendizado obtido, já que, com isso, o seu cérebro será positivamente
modificado, tornando-o ainda mais funcional, com novos padrões de organização em nível
celular.
TRANSFORMAR O APRENDIZADO É O MELHOR CAMINHO

Como eu disse, com o passar do tempo, as salas de aula, bem como


a educação de maneira geral, passaram por transformações, que precisam ser acompanhadas
por todos que fazem parte deste universo, para que assim o ensino se torne verdadeiramente
efetivo e traga resultados extraordinários para a vida de professores e estudantes.
Assim, é essencial que transformações no ensino sejam realizadas desde os primeiros anos de
sala de aula do aluno, uma vez que já se tem comprovação científica de que as crianças
conseguem compreender com maestria e excelência princípios básicos de biologia, dos
números, entre muitos outros conhecimentos, que os acompanharão ao longo de toda a sua vida
escolar.
Diante disso, repensar a educação e os currículos escolares,
introduzindo conceitos e práticas inovadoras em sala de aula,
desde a infância, permite um aprendizado de qualidade, que
permita a formação de um indivíduo intelectualmente desenvolvido.

TODOS TÊM CAPACIDADE DE APRENDER


Algo que aprendi em meus estudos sobre Neurociência é que o cérebro é plástico, ou
seja, ele tem a grande capacidade de criar novas conexões neuronais ao longo de toda
a vida de um indivíduo. Diante disso, entendemos que toda pessoa é dotada da
capacidade de aprender, de absorver novos conhecimentos e transformar tudo isso em
práticas, que capazes de trazer grandes diferenças para o mundo ao seu redor.
Assim, é fundamental que professores assumam o papel de
orientadores dos alunos, dando-lhes autonomia para aprenderem
cada vez mais, mostrando-lhes que são dotados de grande
capacidade e inteligência, podendo estas serem aprimoradas constantemente, algo que
vai aumentar ainda mais a sua vontade de aprender, bem como a sua autoestima, tanto
dentro quanto fora de sala de aula.

FAÇA-OS OPTAR PELA ATENÇÃO, CONCENTRAÇÃO E FOCO


Outra coisa que a Neurociência me ensinou é que manter a atenção e o foco voltado
para algo é uma escolha que o indivíduo faz e não algo inato de alguns, que outros não
possuem.
Entendendo isso, professores, que são os multiplicadores de
conhecimento, devem estimular seus alunos a manterem-se
concentrados no conteúdo, despertando o seu interesse genuíno
pelo o que está sendo transmitido em sala de aula. Fazendo isso, as chances de que
mantenham o foco e que não se distraiam facilmente com o que quer que seja que
esteja passando em sua mente, aumentam de forma significativa, facilitando, assim, o
surgimento de resultados verdadeiramente positivos para todos os envolvidos nos
processos de aprendizado.
Com o tempo, você vai perceber que eles mesmos vão escolher estar concentrados, ao
invés de distraídos.
A NEUROCIÊNCIA COGNITIVA tem como objeto de estudo a
compreensão, na prática, sobre como a nossa mente processa as
informações, como isso possibilita aprender, desenvolver e acumular
conhecimentos e aperfeiçoar as múltiplas inteligências. Essa consciência dos pontos
fortes e de limitação é fundamental no processo de ensino, uma vez que possibilita
desenvolver modelos de aprendizado que levem em conta o processo cognitivo de
cada um e com soluções adequadas a cada pessoa. Neste sentido, é essencial que
professores se interessem cada vez mais pelos estudos neurocientíficos, pois,
conforme pudemos acompanhar ao longo de todo este conteúdo, a Neurociência,
principalmente a Cognitiva, tem o grande poder de contribuir, efetivamente e na
prática,
para que transformações aconteçam, tanto em sala de aula, quanto
na educação de uma forma geral.
Implementando estes processos de melhoria na educação em nosso
país, teremos a chance de ver a nossa sociedade verdadeiramente transformada, com
muito mais consciência e chances de construir um mundo muito melhor para todos.
Em nosso próximo encontro abordaremos a Neurociências e a aprendizagem em todos
os níveis de ensino.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAVES, A. P. R. A neurobiologia do aprendizado na prática. Brasília: Alumnus, 2017.

DAHAENE, S. Os neurônios da leitura: como a ciência explica nossa capacidade de ler. Porto Alegre: Penso, 2012.

LENT, R. O cérebro aprendiz. Rio de Janeiro: Atheneu, 2019.

METRING, R.; SAMPAIO, S. (orgs.). Neuropsicopedagogia e aprendizagem. Rio de Janeiro: Wak, 2011.

PASQUALI, L. Os processos cognitivos. São Paulo: Vetor, 2019.

VELASQUES, B. B.; RIBEIRO, P. Neurociências e aprendizagem. Rio de Janeiro: Rubio, 2014.

VIGOTSKI, Lev Semenovich. A Formação Social da Mente: O Desenvolvimento dos Processos Psicológicos Superiores. Trad. José

Cipolla Neto, Luís Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. 6ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
MUITO OBRIGADA!!!!
O conteúdo desse curso foi
oferecido pelo
Centro Educacional
Sete de Setembro
em parceria com a
Professora Me Sueli Julioti
NEUROCIÊNCIA
APLICADA À EDUCAÇÃO

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Profa. Me Sueli Julioti
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NEUROCIÊNCIA E A
APRENDIZAGEM EM
TODOS OS NÍVEIS DE
ENSINO.

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Profa. Me Sueli Julioti
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Nos últimos anos, uma atenção especial começou a ser
direcionada às possibilidades da neurociência e educação.
A neurociência é uma área de estudo que trabalha na interface de
várias áreas de estudo; dentre elas, a psicologia, a pedagogia, a biologia, a
anatomia, a genética, a fonoaudiologia, a tecnologia, a física, a filosofia e muitas
mais. Ela está contribuindo muito para esclarecer o que acontece no cérebro
humano da sua formação até seu envelhecimento. Por isso, tem ajudado os
educadores a entender o que acontece no cérebro quando ele entra em contato
com novas informações, como ele processa essas novidades e de que forma o
aprendizado se torna conhecimento para a vida toda.
Na última década do século 20, denominada a Década do Cérebro,
começamos a conhecer muito do que sabemos hoje sobre o
funcionamento do cérebro. Antes disso, sem as novas técnicas de
imagem, não era possível ver o cérebro em funcionamento. Até os anos 50, por
exemplo, nada se sabia sobre a existência de sinapses químicas cerebrais.
Com as pesquisas e investigações das últimas décadas, sabemos que tipo de
estratégias funcionam melhor para que a aprendizagem seja mais eficaz. A
neurociência servirá para embasar uma nova teoria da aprendizagem, visto que as
descobertas conduzem a novas abordagens, muito diferentes da que está sendo
utilizada na maioria das escolas. Ela, com certeza, irá incentivar uma nova visão de
avaliação, de ensino e de currículo.
Vamos ver cinco ideias básicas descobertas por pesquisas de neurociência
e educação para entender como funciona o cérebro que aprende:
1 - Aprender significa criar memórias de longa duração
Foi o que escreveu Kandel, um neurocientista ganhador do Prêmio Nobel em 2006. Além disso, a
aprendizagem acontece quando conseguimos resgatar essa memória e aplicar de forma inovadora e
criativa na resolução de problemas, aliando os estudos à vivência, à imaginação e às necessidades de
fazer diferença no mundo.

2 - Aprender modifica o cérebro


A pesquisa de laboratório fornece provas de que a aprendizagem modifica a estrutura física do cérebro,
tornando-o mais funcional. A experiência afeta o cérebro que, por sua vez, se beneficia positivamente dela
– o que aprendemos age em nível celular, impondo novos padrões de organização do cérebro.
3- Toda criança é cientista
Pesquisas recentes descobriram que “as crianças mais novas têm
uma boa compreensão dos princípios básicos da biologia e da
causalidade física, dos números, das narrativas e dos objetivos pessoais. Com essa
afirmação, podemos perceber a necessidade de introduzir conceitos importantes desde
a tenra idade e para isso é necessário que pensemos em currículos inovadores.

4 - Ninguém é incapaz de aprender


O cérebro é plástico e tem a capacidade de criar novas conexões entre os neurônios
durante toda a vida. Não dá para acreditar que o estudante nasce com uma quantidade
fixa de inteligência ou é incapaz de aprender algo novo.
O professor tem papel fundamental quando ensina o aluno a ter
autonomia e vontade de aprender, mostrando as suas capacidades
e fortalecendo a autoestima.

5 - Atenção é uma escolha, não uma característica inata

A atenção não é uma característica de alguns alunos, mas uma decisão de focalizar em

determinado assunto ou situação, que acontece cem mil vezes por dia. Ou seja, é possível

ensinar o estudante a ter mais concentração.

Os professores precisam conhecer as pesquisas neurocientíficas, e relacionar conhecimentos da

neurociência e educação, para construir currículos baseados no desenvolvimento cerebral e,

além disso, para que se beneficiem dessas novas descobertas, trabalhando em sala de aula de

forma a facilitar a aprendizagem.


A neurociência não é uma “receita de bolo”, mas ensina a olhar e

adaptar estratégias diferenciadas para atingir os objetivos. Ela

corrobora com muitas práticas já utilizadas, mas também sugere que,

em qualquer sala de aula, devemos usar múltiplas estratégias, estímulos visuais, auditivos, táteis,

olfativos, senso de humor, afetividade. Quanto mais diversidade de estratégias, maior a certeza de

que o conteúdo chegará à memória de longa duração. Afinal, o que o cérebro faz melhor é aprender:

sua função é otimizar comportamentos, usando informações recebidas com eficiência.

Qual sentido usamos ao sentir dor de cabeça? Difícil responder? Vamos falar sobre os 5 sentidos na

educação, ao estudar a neurociência aplicada a educação, é possível identificar muitas outras

modalidades sensoriais pouco exploradas na escola.


Neurociência aplicada à Educação, vamos entender; Aristóteles disse

que “nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos”.

Divergindo de Platão, ele afirmou que nossos pensamentos não

surgem do contato de nossa alma com o mundo das ideias, mas da experiência sensível. Aristóteles

enumerou cinco sentidos que, segundo ele, eram responsáveis por toda codificação sensorial. Esses

sentidos são aqueles que apresentamos até hoje nas escolas: visão, audição, tato, olfato e paladar.

Descartes, por sua vez, afirmou sobre o tato: que um cordão levava ao cérebro o estímulo sensorial

aplicado à pele e, assim, fazia com que ela se estirasse. Em parte, sua teoria estava correta.

Sabemos que recebemos informações do meio ambiente por meio de sensações táteis, auditivas,

visuais e químicas (gustativas e olfatórias), mas a


neurociência e os livros de neuroanatomia nos informam que existem

muitas outras modalidades sensoriais, além das cinco que aprendemos

e ensinamos aos nossos estudantes. Em sala de aula, precisamos

trabalhar essas outras modalidades sensoriais e ensiná-las aos estudantes para que produzam

autoconhecimento e aprendizagens. Como já vimos, a aprendizagem é a informação que fica na

memória de longa duração, podendo ser resgatada sempre que precisamos. As informações do meio

ambiente chegam à memória por meio da percepção desse meio externo e interno. A razão para

percebermos esse mundo é a necessidade de agirmos sobre ele. Por exemplo, a dor de cabeça ou de

barriga é percebida por nós e gera uma ação. Mas qual sentido, dos cinco que conhecemos,

utilizamos para perceber a dor? Nenhum deles!


A dor é uma das modalidades sensoriais que temos e é

importantíssima para a sobrevivência e proteção do ser humano.

Durante a maior parte de nossa existência, não temos consciência

das informações provenientes de nosso corpo. Aliás, nem todas elas produzem percepção!

Além da dor, temos outras modalidades sensoriais como a termossensibilidade, a pressão, o

equilíbrio, a vibração, a cócega, a coceira e a propriocepção.


NEUROCIÊNCIA E A APRENDIZAGEM EM
TODOS OS NÍVEIS DE ENSINO
Na Educação Infantil e séries iniciais, todas as modalidades sensoriais podem ser utilizadas com mais
frequência e devem ser ensinadas para que a criança atinja um nível de autoconhecimento necessário
para aquisição de sua autonomia e uma melhor aprendizagem. Conversar sobre propriocepção,
ensinando os pequenos a perceber seu corpo e orientar-se é fundamental. Propriocepção é a
capacidade de perceber onde está cada parte do corpo, os movimentos dos membros e do corpo em
geral, mesmo de olhos fechados! Fazer com que os pequenos toquem com o dedo na ponta do nariz
de olhos fechados, por exemplo, faz com que várias partes do corpo estejam coordenadas para o
movimento que se está tentando fazer. Quando trabalhamos o equilíbrio estamos trabalhando a
propriocepção.
Perceber a temperatura do ambiente e organizar o nosso comportamento de modo a adaptar-se faz

parte da sensibilidade térmica. Perceber se o alimento está quente ou frio também faz parte dessa

modalidade.

As crianças precisam aprender o que acontece quando o corpo sente frio por exemplo, se não nos

agasalhamos, trememos ou nos movimentamos para gerar calor muscular e ficamos pálidos por conta

de uma vasoconstrição cutânea. Já no calor, diminuímos a movimentação corporal, suamos e ficamos

vermelhos para perder calor da pele. Essa percepção precisa ser ensinada e trabalhada.
Um ambiente de aprendizagem rico em estímulos aguça os sentidos.

O professor deve procurar formas variadas de ensinar o mesmo

conteúdo, fazendo com que várias áreas do cérebro trabalhem ao

mesmo tempo. Dessa forma, será capaz de atingir aprendizes visuais, auditivos e cinestésicos, que

têm preferência por um determinado tipo de aprendizagem. Há quem goste de ler em voz alta, outros

preferem ler ou desenhar para estudar, uns usam mapas mentais com facilidade e outros ainda

preferem a “mão na massa”, os makers que aprendem melhor através de experiências. Em sala de

aula, entretanto, as estratégias utilizadas pelos professores ativam, com maior frequência, a visão e a

audição. Com certeza, a visão e a audição contribuem para aprendizagem em uma medida muito

maior do que as outras modalidades sensoriais.


Dificilmente o professor pensa em uma estratégia que utilize o olfato;

mas imagine, por exemplo, se o professor colocasse uma essência de

café na sala de aula ao falar do ciclo do café. Ou convidasse as

crianças a beber um caldo de cana-de-açúcar durante a apresentação do ciclo da

cana-de-açúcar. Esse estímulo sensorial pode auxiliar na retenção da informação, já

que, além da audição e visão, outro sentido seria estimulado.


Um resumo para você sobre a Neurociência e a Aprendizagem
em todos os níveis de ensino:
1.De acordo com a neurociência, devemos lembrar que estudantes possuem
diferentes preferências sensoriais e se comportam de maneira distinta durante a
aprendizagem;

2.É um erro interpretar como falta de atenção e indisciplina as necessidades


individuais de cada estudante. Em uma sala de aula média, 19% dos estudantes
são aprendizes auditivos, 46% são visuais e 35% são cinestésicos. É muito
provável que aprendizes cinestésicos não consigam prestar atenção em aulas
expositivas;
3.O professor tem a tendência a ensinar do modo como ele melhor
aprende. Um professor que aprende bem ouvindo, irá preferir
essa modalidade para ensinar. Os estudantes que têm a mesma facilidade serão
privilegiados com a aula desse professor, mas é possível que aqueles que utilizam
outras modalidades sensoriais tenham dificuldade em permanecer concentrados;

4.Os professores precisam pensar em estratégias que não privilegiam apenas um


tipo de aprendizagem e modalidade sensorial, e sim combinarem várias
modalidades sensoriais por meio de estratégias diversificadas;
5.O professor pode utilizar muitas estratégias lúdicas em sala de
aula, mudar de ambiente, utilizar humor, imagens, música e várias
outras formas de aguçar os sentidos. Para isso, o planejar é essencial. Não
conseguiremos nada sem um ótimo planejamento, só assim a turma estará
aprendendo de verdade.
Em nosso próximo encontro abordaremos a Neurociências e as
Múltiplas Inteligências.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Rubem. Entre a Ciência e a Sapiência. São Paulo: Ed. Loyola. 2006.

HOUZEL, Suzana Herculano. O cérebro nosso de cada dia. Rio de Janeiro: Ed. Vieira & Lent. 2002.

HOUZEL, Suzana Herculano. Por que o bocejo é contagioso? Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar Editor Ltda. 1998.

PIAGET, Jean. A linguagem e o Pensamento da criança – Ed. Martins Fontes. 1999.

KANDEL, E. R. Principio da Neurociência. Ed. Manole. 2002.

LIMA, Elvira Souza. Diversidade na Sala de Aula. São Paulo: Ed. Sobradinho. 2005.

MAY, Rollo. A coragem de criar . Ed. Nova Fronteira. 1982.

VALLE, Luiza Elena L. Ribeiro. Neuropsicologia & Aprendizagem. SBNp. São Paulo:Ed. Tecmed. 2005.

CARDOSO,Silvia Helena. Revista Cérebro e Mente;vol.2.Teleneuroscienses center.The edumed.2002.


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TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS

Howard Gardner
Para iniciarmos, precisamos saber quem é Howard Gardner.
Ele é professor de psicologia na Universidade Harvard, nos
Estados Unidos, também autor de mais de trinta livros e
dezenas de artigos publicados. Gardner é conhecido na área educacional
principalmente por causa de sua teoria das inteligências múltiplas. Para
entender melhor quem é ele, precisamos voltar um pouco no seu passado. Ainda
na Pós-Graduação, ele pesquisou sobre a Inteligência lógico-matemática,
defendida por Jean Piaget. Nesse sentido, já se mostrava interessado pelo tema
das inteligências múltiplas, que seria sua tese mais adiante.
INTELIGÊNCIAS
MÚLTIPLAS
A palavra “inteligência” se originou a partir do latim intelligentia, oriundo de
intelligere, em que o prefixo inter significa “entre”, e legere quer dizer “escolha”. Os
conceitos e definições da inteligência variam de acordo com o grupo a que se
referem. Por exemplo, na psicologia, a chamada "inteligência psicológica" é a
capacidade de aprender e relacionar, ou seja, a cognição de um indivíduo;
enquanto que no ramo da biologia, a "inteligência biológica" seria a capacidade de
se adaptar a novos habitats ou situações. Para Gardner (1995) a inteligência:
(...) implica na capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos que são
importantes num determinado ambiente ou comunidade cultural. A capacidade de
resolver problemas permite à pessoa abordar uma situação em que um objetivo deve
ser atingido e localizar a solução adequada para esse objetivo.

Gardner afirma que a Inteligência não é uma propriedade única da mente


humana, mas a interação entre as competências diversas – as inteligências.
Cada competência tem sua própria história de desenvolvimento e é relativamente
independente das outras. Contudo, as competências não desenvolvidas ficam
inertes e cada uma é vulnerável e pode ser prejudicada por traumas ou
ferimentos em áreas específicas do cérebro.
Para Gardner existem as seguintes inteligências:
1. Inteligência Lógico-Matemática: diz respeito à capacidade
de realizações operacionais de uma pessoa. Ou seja, operações numéricas e
dedutivas.
2. Inteligência Linguística: está diretamente relacionada à habilidade de aprender
idiomas variados. Além disso, também está ligada à capacidade de usar a fala e a
escrita para um fim, como a comunicação interpessoal, por exemplo.
3. Inteligência Espacial: essa diz respeito à capacidade de compreensão,
reconhecimento e manipulação de situações que estejam considerando a visão
como fator determinante.
4. Inteligência Físico-Cinestésica: podemos entendê-la como uma
“inteligência corporal”. Está relacionada à capacidade de utilizar os
movimentos corporais para resolução de algo. Vai desde montar um
brinquedo até contribuir na construção de um carro ou uma casa.

5. Inteligência Interpessoal: está ligada ao entendimento das intenções e desejos das


pessoas. Reflexo direto na relação social do indivíduo em grupo.
6. Inteligência Intrapessoal: diretamente ligada ao desenvolvimento de uma
compreensão de si. Essa é a inteligência que é trabalhada para se conhecer e poder agir
para alcançar objetivos pessoais.
7.Inteligência Musical: é o que muitos chamam de talento musical. É aquela aptidão por
compor, tocar ou estar inserido no universo dos padrões musicais.
Em um segundo momento, Gardner também adicionou à essa lista
as seguintes inteligências:

8. Inteligência Natural: aquela que está relacionada ao reconhecimento e


classificação de uma espécie da natureza.

9. Inteligência Existencial: ligada a reflexão sobre temas que estão presentes na


nossa vida.
Como está sempre atualizando suas pesquisas, Gardner também considerou mais
adequado manter as inteligências Interpessoal e Intrapessoal em uma única
classificação.
Este é o disco dos
Tipos de Inteligências
para Gardner.
A teoria das inteligências múltiplas desenvolvida por Gardner
busca atender a toda a diversidade humana, visto que cada
ser é único e possui suas individualidades, propõe abordagens de ensino que estão
relacionadas com as diversas potencialidades humanas, as quais ele denomina de
múltiplas capacidades. A prática para oferecer um desenvolvimento pleno deve partir
da criação de conhecimentos e oportunidades observadas individualmente, ou seja,
verificando as necessidades de cada indivíduo. Campbell (2000) afirma que para
Gardner a inteligência é a habilidade de criar estratégias de soluções para os
problemas do cotidiano, considerando a cultura vivenciada.
Sendo dividida em nove partes: inteligência linguística,
lógico-matemática, intrapessoal, interpessoal, natural, existencial
corporal-cinestésica, musical e espacial, aprofundando um pouco mais vemos que:

A lógico-matemático possibilita dominar cálculos complexos e raciocínios indutivos e


dedutivos. Está presente em pessoas que enxergam com facilidade as projeções
geométricas, que tem facilidades com números e raciocínio lógico, também, equações
da área de informática, química ou física. A inteligência lógico matemática está ligada a
dar significado concreto, ser persistente. Algumas atividades que podem estimulá-la são
jogos como: quebra-cabeça, materiais manipulativos, entre outros.
A Inteligência linguística consiste na habilidade da linguagem oral e escrita,

está relacionada ao hemisfério esquerdo do cérebro. Os principais componentes

são a sensibilidade para os sons, ritmos e significados das palavras.

Nas crianças essa habilidade é usada para contar histórias originais ou relatar uma experiência vivida, e

as tecnologias multimídias servem como um recurso à alfabetização para as crianças e jovens com

deficiências.

A espacial permite que o indivíduo perceba imagens externas e internas e pense de maneiras

tridimensionais. É por meio da inteligência espacial que instiga a capacidade para pensar de maneiras

tridimensionais, possibilitando a arte em todas as disciplinas acadêmicas. E uma das principais

característica dessa inteligência é o mapa mental: que permite criar símbolos ou imagens no cérebro para

ilustrar seus conceitos e ajudar na organização e recordação de informações escritas ou verbais.


A físico-cinestésica inclui a capacidade de unir o corpo e a
mente para desempenho físico perfeito. Esta inteligência está
relacionada na capacidade de resolver problemas ou elaborar
produtos utilizando o corpo inteiro ou parte do mesmo, ela está presente na maioria
dos jogadores e dançarinos e todas as pessoas que desempenham os movimentos
corporais como forma de expressão. Porém essa inteligência, assim como as outras
requerem cuidados com a saúde, uma alimentação saudável e uma rotina com
exercícios são essenciais.
A interpessoal permite compreender as pessoas e comunicar com
elas observando as diferenças em seu comportamento. É
essencial respeitar as particularidades de todos, jogos de
cooperação como o quebra-cabeças e figuras de colagem permitem o
desenvolvimento da compreensão de pontos de diversos pontos de vistas.

A intrapessoal refere-se na percepção acurada de si mesmo, incluindo


pensamentos, sentimentos, compreensão e rir de si próprio e a naturalista tem a
capacidade de reconhecer elementos naturais e se relacionar com eles.
A musical proporciona habilidades de entoação, melodia, ritmo e tom.
Possibilita o desenvolvimento das percepções, onde há um período
crítico de sensibilidade ao som aos seis anos de idade, desenvolve
várias habilidades físicas, como a coordenação e a velocidade. E quem demonstra essa inteligência
musical são: compositores, maestros, instrumentistas, críticos musicais e até mesmo ouvinte.

A inteligência naturalista, assim como as outras não nasce desenvolvida nos indivíduos, embora em
alguns ela se demonstre mais aguçada, seu maior estímulo para o desenvolvimento é o sair do
cotidiano, através do contato com a natureza. Podemos notar este tipo de inteligência naquelas
pessoas que moram ou estão constantemente na área rural. Nas escolas o estímulo para com esta
inteligência na maioria das vezes se encontra limitado pois o contato com a natureza, principalmente
nos grandes centros, dificilmente ocorre.
A inteligência existencial faz parte das inteligências múltiplas que o
ser humano possui. Apesar de não ser incluída na conceptualização
original da Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner, para autores
contemporâneos constitui mais uma inteligência no grupo de inteligências que definem o
ser humano. A inteligência existencial também é chamada de inteligência espiritual ou
transcendental, e se refere à faceta do ser humano que o leva a se aprofundar em
aspectos existenciais como quem somos, qual é o propósito da vida, o que ocorre depois
da morte, etc. Contempla questões tratadas geralmente no âmbito da Filosofia, mas que
na verdade, são questões inerentes a todo ser humano.
ONDE ENTRA A NEUROCIÊNCIA?

Assim, cada ser humano é particular, todos podem e devem aprender,

mas é necessário um olhar amplo, valorizar a personalidade de cada pessoa.

Por isso a Neurociências busca intervenções diferenciadas para cada ser. O ser humano é

um indivíduo que executa, tem funções executivas que o permite praticar fluentemente

aquilo que aprende desde que o estímulo oferecido seja aplicado satisfatoriamente. Pois a

aprendizagem envolve sentimentos de competência, fazer aquilo que tiver confiança. A

aprendizagem ao ocorrer adequadamente estabelece circuitos neuronais no cérebro do

indivíduo, transformando a sua mente e o sentimento de si próprio.


O trabalho neuropsicopedagógico favorecerá as particularidades de
cada sujeito. O profissional dessa área visa estimular e identificar o
desenvolvimento das potencialidades em espaço adequado de
atendimento. A neuropsicopedagogia é uma ciência transdisciplinar, fundamentado nos
conhecimentos da neurociência aplicada à educação, com interfaces da Psicologia e
Pedagogia que tem como objeto formal de estudo a relação entre cérebro e a
aprendizagem humana numa perspectiva de reintegração pessoal, social e escolar.
A neuropsicopedagogia tem como foco o conhecimento das habilidades do cérebro,
assim sendo, conhecer os instrumentos que estimulam as funções cerebrais é
importante para o desenvolvimento eficaz da aprendizagem.
O profissional neuropsicopedagogo estuda as estruturas do cérebro
e tem a consciência de como ele funciona, ele compreende o sujeito
que aprende e como a aprendizagem humana é implicada em cada
um deles, seu trabalho deve focar nas potencialidades, temos que ver o que há de
melhor em cada pessoa, pois certas dificuldades podem ser de caráter transitório se
forem estimuladas positivamente.
A grande tarefa do neuropsicopedagogo é proporcionar uma avaliação individual,
observando os comportamentos dos sujeitos e identificando os possíveis fatores que
venham a influenciar a aprendizagem, bem como oferecer estímulos com valor produtivo
para o desenvolvimento da aprendizagem, ou seja, intervenções possíveis para o
equilíbrio das funções cerebrais.
Aponta-se para a importância da intervenção neuropsicopedagógica

na dificuldade de aprendizagem, com foco nos processos metodológicos

e os reflexos na aprendizagem das crianças.

Assim, para enriquecer as funções cognitivas, vistas como o processamento das informações; as

conativas, as emoções e comportamentos de cada ser; e executivas, as ferramentas para

aprender, é necessário interação e mediação, oferecendo uma acessibilidade a todos, por isso o

trabalho neuropsicopedagógico favorecerá as particularidades de cada pessoa.

O neuropsicopedagogo, assim como os professores e pesquisadores, precisam ficar atentos e

considerar tanto possibilidades quanto limitações físicas, mentais e emocionais da pessoa.


Desenvolvendo objetivos apropriados para o atendimento das suas necessidades

e avaliar constantemente o desenvolvimento do processo de aprendizagem.

As fases formativas das crianças e adolescentes são de extrema importância,

é necessário observar e proporcionar estímulos para que os neurônios se intercomunicam corretamente.

Nessas fases formativas formam-se as estruturas nervosas que irá interferir em toda a vida.

Gardner ressalta que testes e avaliações analisam somente habilidades tradicionalmente

valorizadas, como as capacidades verbal e lógico-matemática. As capacidades artísticas e psicomotoras,

por exemplo, não são visualizadas nos processos avaliativos. Desse modo, escola, professores e família

deveriam estimular o desenvolvimento dos diversos tipos de inteligência, aproveitando aquelas que são

originalmente mais evidenciadas no fazer cotidiano dos sujeitos.


Em concordância com essas informações, propõe-se práticas interativas

para cada Inteligência Múltipla: Linguística: trabalhar com análises

de filmes e documentários, imagens, histórias em quadrinhos, letras de

músicas; Lógico-matemática: jogos como dominó, resta1 e problemas; Musical: explorar os

ritmos e sons; Espacial: quebra-cabeça e arte, como modelagens; Cinestésica: dança, teatro e

esportes; Interpessoal: em grupos trabalhar opiniões, argumentações, interação e mediação

social; Intrapessoal: práticas de relaxamento, descoberta de si e do próximo; Ecológica:

pesquisas de campo, ambientes e educação ecológica.

A partir de todas essas capacidades humanas e de diferentes práticas para estimulá-las Piaget

(2013) relata que a inteligência são operações vivas e atuantes, é o instrumento essencial para

as ligações entre o sujeito e o universo.


Unificando os conhecimentos acerca da neurociência e as
inteligências múltiplas nos processamentos para desenvolver a
aprendizagem, os envolvidos nesse processo, ou seja, professores, pesquisadores,
neuropsicopedagogos e outros, poderão em suas práticas trabalhar com as inteligências
múltiplas para conhecer o sujeito em sua plenitude, visando a importância do interesse e
das habilidades de cada um e estimulando aquelas capacidades ainda não identificadas.
Como ponto de partida, deverá ser feita uma avaliação das inteligências múltiplas, pode
ser realizada por meio da observação das atividades desenvolvidas diariamente pelo
sujeito e de suas inclinações e interesses.
A neurociência como contribuições para a educação, tem como
propósito mostrar novas estratégias, de como se trabalhar, melhorar
a qualidade de vida dos discentes em si, e dar suporte para
todos os envolvidos, neurologistas, pais, educadores, psicólogos, etc.; assim
entendendo com melhor precisão a organização do sistema nervoso. Além disso, é de
suma importância que educadores e psicopedagogos tenham conhecimentos dos
estudos da neurociência que fomentam o desenvolvimento do cérebro, atualmente por
meio de tomografias, ressonâncias magnéticas é possível se observar todas
transformações ocorridas, sem o funcionamento do cérebro não há aprendizagem muito
menos aprendizagem segundo a neurociência.
Iennaco (2006, p.86) diz que: A Neurociência será capaz, ainda, de
instrumentalizá-los para avaliar o aluno de forma individual,
percebendo as deficiências e capacidades de cada um, determinando
causas de suas dificuldades, identificando de forma precoce os tipos de intervenção
necessários.
Os estudos da Neurociência mostram de que maneira os estímulos chegam ao cérebro,
de como as memórias são consolidadas e como as informações são armazenadas. O
cérebro é o órgão mais importante no processo do aprender e estes estudos ajudam
educadores a conhecer e compreender cada região cerebral, em que parte realmente
acontece a aprendizagem ou, ainda, que estímulos são responsáveis pela emoção,
atenção e comportamentos diversos.
Portanto, todo o profissional envolvido, necessita conhecer as
estruturas cerebrais e como ocorre o processo de aprendizagem,
levando em consideração as particularidades de cada indivíduo.
Gardner criou esta teoria estudando o comportamento humano, independente de
crianças/pessoas normais, superdotadas ou com alguma dificuldade de aprendizagem.
Acabou contestando o famoso teste de QI, elaborado por Binet, pautado nas
inteligências lógico-matemática, linguística e na rapidez com que os testes eram
resolvidos. Hoje, por meio de Gardner, conseguimos perceber a importância dos
estímulos adequados para o desenvolvimento das múltiplas inteligências. Adultos,
inclusive, podem se perceber examinando potenciais deixados adormecidos durante
alguma fase de suas vidas.
Quando alunos são desafiados a demonstrar conhecimentos e
habilidades de diferentes formas, automaticamente lhes é
proporcionado o aumento do envolvimento na aprendizagem,
ampliando suas vivências e, consequentemente, aumentando o número de conexões
sinápticas. As aulas se tornam mais interessantes e menos propensas à indisciplina.
Assim, atingimos um universo maior dos nossos estudantes, dando a oportunidade
àqueles que se excluem do universo do conhecimento.
Concluímos nosso Curso com a certeza de que todos nós devemos sempre buscar o
conhecimento e transmiti-lo à todos, pois somos capazes de aprender sempre!!!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, C. As inteligências múltiplas e seus estímulos/ Celso Antunes. – Campinas, SP: Papirus, 2015.

ARMSTRONG, Thomas. Inteligências Múltiplas na Sala de Aula. Porto Alegre: Artmed, 2001.

CAMPBELL, L. ; CAMPBELL, B. ; DICKINSON, D. Ensino e aprendizagem por meio das inteligências múltiplas. trad. FRANÇA LOPES.

Magda, Editora Artmed, 2000.

DOMINGUES, M. A. Desenvolvimento e aprendizagem: o que o cérebro tem a ver com isso? / Maria Aparecida Domingues. – Canoas:

Editora ULBRA, 2007.

FERREIRA, M. G. R. Neuropsicologia e Aprendizagem [ livro eletrônico] / Maria Gabriela Ramos Ferreira. Curitiba: Editora

InterSaberes, 2014.

FONSECA, Vitor da. Importância das emoções na aprendizagem: uma abordagem neuropsicopedagógica. Rev. psicopedag. vol.33

no.102 São Paulo 2016.

FONSECA, Vitor da. Papel das funções cognitivas, conativas e executivas na aprendizagem: uma abordagem neuropsicopedagógica.

Rev.psicopedag. vol 31 nº 96. São Paulo, 2014.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GARDNER, H. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática / Howard Gardner; trad. Maria

Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Editora Artes Médicas, 1995.

IENNACO, J. P. A Neurociência em diálogo com a cognição e a neuropsicologia: novos olhares para a educação. MYTHOS REVISTA

ACADÊMICA – ANO IV – 2/SEMESTRE/2016 – Nº 6 - ISSN 1984- 0098FACULDADES INTEGRADAS DE CATAGUASES – FIC. Disponível em:

14 Jan. 2018

LIMA, Francisco Renato. Sentidos da intervenção neuropsicopedagógica nas dificuldades de aprendizagem na pré-escola. EDUCA – Revista

Multidisciplinar em Educação, v.4, n.7, p. 78-95, jan/abr, 2017.

MAIA, C. M. Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem [ livro eletrônico] / Christiane Martinatti Maia. Curitiba: Editora InterSaberes,

2017.

PAVANI, G. J. Inteligência Naturalística. 1999. Disponível em: http://penta.ufrgs.br/~pavani/tinteligencias/

naturalistica/naturalistica.html. Acesso em: 18 jan. 2018.

PIAGET, J. A psicologia da inteligência/Jean Piaget; tradução de Guilherme João de Freitas Teixeira.- Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2013.
MUITO OBRIGADA!!!!
O conteúdo desse curso foi
oferecido pelo
Centro Educacional
Sete de Setembro
em parceria com a
Professora Me Sueli Julioti

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