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FASES DA GESTAÇÃO

• os olhos se movem para a parte anterior da face


• as pálpebras começam a se formar
• o palato está quase completo o a língua começa a se

E DESENVOLVIMENTO
formar
• o trato gastrointestinal se separa do trato genitourinário
• todos os órgãos essenciais já começaram, no mínimo, a se

FETAL •
formar
teratogênios introduzidos neste período podem causar:
→ defeitos do septo ventricular (DSV)
Alterações específicas por semana na fase embrionária: → estenose pulmonar
→ fenda labial
SEMANA 3 → micrognatia
• formação do coração → epicanto
• início do desenvolvimento do cérebro e da medula espinal → cabeça pequena
• início do desenvolvimento do trato gastrointestinal → genitália ambígua
• os teratogênios introduzidos nesta fase podem causar: SEMANA 8
→ ausência de um ou mais membros
→ coração fora da cavidade torácica • o embrião agora tem aspecto da versão adulta
• as feições faciais continuam a se desenvolver
SEMANAS 4 E 5 • as pálpebras começam a se unir o as características
• formação do tecido que se transforma nas vértebras externas do ouvido começam a tomar seu formato final,
mas ainda estão localizadas na parte inferior da cabeça
• formação do tecido que se transforma no maxilar inferior,
osso hióideo e cartilagem da laringe • a parte externa dos genitais começa a se formar
• início das estruturas do ouvido • a passagem anal se abre, mas a membrana retal está
intacta
• maior desenvolvimento do coração, que agora bate em
rítmo regular o movimento do sangue rudimentar pelos • a circulação por meio do cordão umbilical está bem
vasos principais desenvolvida
• início das estruturas oculares • os ossos longos começam a se formar
• o cérebro já apresenta cinco áreas e alguns nervos • os músculos são capazes de se contrair
cranianos estão visíveis • os teratogênios introduzidos neste período podem causar:
• os brotos dos braços e pernas são visíveis com coxins das → abertura persistente na aurícula do coração
mãos e pés → atrofia digital
• As Cristas Nefrogênicas indicam o sítio dos Rins Neste momento o embrião já tem desenvolvimento suficiente para
Mesonéfricos. ser chamado de feto. Todos os órgãos e estruturas encontradas em
• os teratogênios introduzidos durante este período podem um recém-nascido a termo estão presentes. O período de
causar: desenvolvimento fetal é um tempo de crescimento e
→ onfalocele desenvolvimento adicional das estruturas que se diferenciaram
→ fístulas durante o período embrionário.
→ transesofágicas

TERATOLOGIA
→ hemivértebra
→ catarata nuclear
→ olhos anormalmente pequenos
→ fendas faciais
Conceito: é o estudo do desenvolvimento anormal.
→ ausência de mãos ou pés
HISTÓRIA DA TERATOLOGIA

• Na antiguidade acreditavam que estas malformações


SEMANA 6
podiam estar relacionadas a “espíritos malignos” e a tipos
• formação do nariz o maior desenvolvimento cerebral de dieta.
• postura mais ereta • Etienne Geoffroy de Saint Hilaire (XIX) é o responsável
• os maxilares já são visíveis pelo termo Teratogenia, ele também realizava estudos com
• a traquéia se desenvolve com dois brotos dos pulmões os casos na sua época.
• o lábio superior é formado o início da formação do palato • Duas descobertas influenciaram no estabelecimento da
• os ouvidos estão em formação teratogenia como uma disciplina ligada a embriologia.
• os braços e pernas se alongaram, sendo que os braços → Efeitos deletéricos da Hipervitaminose e
estão mais desenvolvidos que a pernas hipovitaminose A em murinos e suínos, causando
abortos e malformações.
• as mãos e os pés têm dedos/digitos, mas ainda podem
estar palmados → Talidomida usada na prevenção de enjoos pelas
gestantes resultou em defeitos nos membros de
• a velocidade de crescimento do cóccix diminui
recém nascidos na Europa (1950-1960)
• o coração está quase totalmente desenvolvido
• Desde então o número de agentes teratogênicos
• a circulação fetal está mais desenvolvida
conhecidos e suspeitos tem aumentado.
• os teratogênios introduzidos nesta fase podem causar:
→ anormalidades cardíacas ou aórticas graves PRINCIPIOS GERAIS
→ fenda labial
→ ausência do maxilar inferior A frequência de malformações congênitas varia de acordo:

SEMANA 7 • Espécie
• Raça
• a cabeça está mais arredondada • Localização geográfica
• Entre outros

Frequência entre espécies:

• Gato: 3% (quase infrequentes em gatos)


• Ovinos: 4%
• Equinos: 4%
• Bovinos: 4%
→ Aneuploidia: erro no número de um
• Cães: 6%
cromossomo, ocorre a adição ou perda de apenas
• Suínos: 6% um tipo de cromossomo.
As origens das malformações congênitas estão mais relacionadas → Mixoploidia: um grupo de células diploides
constituição genética de um embrião e o ambiente em que está se normais mistura-se com outro grupo de células
desenvolvendo. poliproides.
CAUSA: falta de citocinese durante a mitose
PERÍODOS CRÍTICOS inicial.
➢ A incidência está aumentada em
A suscetibilidade a um agente teratogênico varia conforme o estágio embriões produzidos in vitro e por
de desenvolvimento no qual o embrião foi exposto. transferência nuclear de células
somáticas.
• Três primeiras semanas: dificilmente causariam
→ Monossomia: ausência de um membro de um
desenvolvimento defeituoso pois é comum ocorrer a morte
par cromossômico. A maioria dos embriões não
embrionária precoce.
sobrevivem. Monossomia no cromossomo X
• Terceira até oitava semana: este período compreende a de
(genótipo XO) são viáveis.
maior suscetibilidade pois é o início da organogênese e se
CAUSA: não disjunção na meiose.
estende até o desenvolvimento da maioria dos sistemas
→ Trissomia: um determinado cromossomo se
(menos encefálico, órgãos sensoriais e sist. reprodutivo)
apresenta-se em triplicata em vez de uma dupla
• Após oitava semana: ocorrência de anormalidades
normal.
estruturais maiores é improvável, pois a maioria dos órgãos
CAUSA: não disjunção na meiose.
já estão desenvolvidas.

Algumas formas:

A exposição a um agente teratogênico pode ocorrer em um estágio


precoce do desenvolvimento e sua expressão pode ser em uma fase
tardia da embriogênese.

Lesões em um sistema podem causar malformações secundários a


outros sistemas (ex: desenvolvimento do coração e do SNC)

Alguns teratogênicos podem ser nocivos no inicio do


desenvolvimento, mas não no final da gestação (nem todos agem
no mesmo período de desenvolvimento).

Um único teratogênico pode influenciar no desenvolvimento


primordial de vários órgãos.

Um gene defeituoso pode afetar a estrutura e metabolismo de


diferentes órgãos em desenvolvimento. • ANORMALIDADE NA ESTRUTURA DO
CROMOSSOMO: radiações e certos agentes químicos
CAUSAS DAS MALFORMAÇÕES podem causar quebras e deleções cromossômicas.
→ Deleção: apenas uma parte do cromossomo é
• GENÓTIPO: A suscetibilidade a um teratogênico depende perdida, não influenciando no número. Contudo
do genótipo do embrião e o modo pelo qual ele interage os genes presentes na parte deletada não irão se
com os fatores ambientais adversos. Alguns teratogênicos expressar corretamente, podendo trazer danos
podem causar malformações em algumas espécies e não tanto fenotípicos quanto funcionais, de acordo
ter efeito em outras. As malformações de cunho genético com o cromossomo e a região perdida.
podem ocorrer devido a mutação gênica ou segregação
cromossômica, assim podendo ser a causa, induzi-la ou
deixar o embrião mais suscetível. Esta predisposição pode
ser herdada.

• NÚMERO ANORMAL DE CROMOSSOMOS: alterações


quantitativas no número de cromossomos resultam em:

→ Poliploidia: o número de cromossomo é três → Translocação recíproca: ocorre quando há a


vezes superior ao número haploide de troca de segmentos cromossômicos entre
cromossomos para a espécie. A maioria dos cromossomos diferentes. Animais acabam
embriões é abortada no início da gestação. apresentando fenótipo normal mas a fertilidade é
CAUSA: fertilização por mais de um reduzida.
espermatozoide ou ausência da segregação do
corpúsculo polar durante a meiose.
terapêuticas quando utilizadas em concentrações
específicas e em estágios críticos do
desenvolvimento podem ser potencialmente
teratogênicas. Drogas citotóxicas tais como
agentes antimitóticos e anti-helmínticos a fêmeas
gestantes deve ser especialmente cuidadosa.
Alguns antibióticos durante a gestação tem sido
→ Inversão: ocorre quando a ordem dos genes nos associada a defeitos congênitos. Plantas tóxicas
cromossomos está alterada, podendo ocasionar a contendo compostos tóxicos ou teratogênicos
produção de proteínas anormais. foram incriminadas como agentes causadoras de
defeitos congênitos em animais herbívoros. Ex:
Veratrum californicum que induz ciclopia
congênita.

→ Fusão cêntrica: quando dois cromossomos


acrocêntricos se unem a um único cromossomo
metacêntrico. Os bovinos apresentam fenótipo
normal, mas demonstram presença maior de
monossomia e trissomia em suas proles.

Mutações genicas apresentam anormalidades funcionais e


morfológicas, e também podem afetar os genes de recessividade e
dominância.

• ANORMALIDADES CAUSADAS POR TÉCNICAS DE


REPRODUÇÃO ASSISTIDA:
→ Síndrome da progênie anormalmente grande
(SPAG): ocorre em bovinos e ovinos, observadas
em técnicas reprodutivas assistidas. Ela está
associada ao estresse respiratório neonatal e
óbito perinatal. Pode resultar em bovinos taxas
aumentadas de mortalidade embrionária precoce,
produção de fetos e bezerros grandes (até 80kg).
Crescimento desproporcional dos órgãos,
anormalidades na vascularização placentária.
→ Síndrome da progênie anormal (SPA): alterações
encontradas em transferências de embrião
clonados e in vitro. Possui os tipos: I, II, III e VI.
• FATORES AMBIENTAIS:
→ Fatores mecânicos: causadas por pressão → A gentes infecciosos: a maioria é de etiologia viral.
intrauterina anormal, quantidade reduzida de Infecções virais in útero são determinados pela
fluido amniótico e malformações uterinas. Pode patogenicidade do vírus, competência
causar anormalidades como desvio dos pés, imunológica do feto e o estágio gestacional em
deslocamentos congênitos do coxal, que ocorreu a infecção. Durante o período inicial
deformidades no crânio e amputações no feto. do desenvolvimento a zona pelúcida é protetora
contra infecções virais, mas quando o blastocisto
→ Fatores físicos: a radiação ionizante é um
se livra da zona pelúcida, o embrião torna-se
potente teratogênico, dependendo da dose e fase
vulnerável a ataques virais. A placenta previne as
do desenvolvimento do embrião. Ela pode causar
infecções virais até certo ponto, porém muitos
danos a células diretamente, quebrando ligações
vírus podem cruzar a barreira placentária.
químicas de moléculas biológicas (quebra da
Infecções virais são tóxicas e/ou letais ao
molécula de DNA), ou indiretamente criando
embrião.
radicais livres nas moléculas de H2O, que são as
mais atingidas pela radiação. Um exemplo é o raio
X, mesmo apresentando pouco risco deve ser
evitado em gestantes. Quando forte a ionização
pode ocorrer mutações, microcefalia,
palatosquise malformações esqueléticas, e
defeitos no SNC.
→ Fatores químicos: qualquer substância química
citotóxica ou capaz de alterar a função celular tem
potencial para ser teratogênica. Diversas drogas
SISTEMA CARDIACO
O desenvolvimento dos vasos sanguíneos primitivos e das primeiras células
do sangue começa aos 18-19 dias na mesoderme extraembrionária do saco
vitelino e do alantoide. A primeira mudança observada consiste na formação
de acúmulos de células mesenquimais (angioblastos), chamados ilhotas
sanguíneas.

Os vasos sanguíneos primitivos, no princípio, estão isolados entre si e logo


se fundem para formar redes vasculares. Enquanto isso, o mesênquima
circundante se diferencia em células dos tecidos muscular e conjuntivo, que
formarão as diferentes túnicas da parede vascular. De uma forma
semelhante, são formados os tubos cardíacos primitivos na área
cardiogênica.

Formam-se dois cordões cardíacos, maciços e paralelos, que


posteriormente formam cavidades e se transformam nos tubos cardíacos
primitivos direito e esquerdo

Ao ser produzido o dobramento lateral do embrião, ambos os tubos


CLASSIFICAÇÃO DAS MALFORMAÇÕES cardíacos se aproximam entre si e suas paredes se fundem para formar o
tubo cardíaco único ou coração primitivo
• Agenesia ou Aplasia: falha total ou parcial no
Em uma etapa mais avançada, o coração primitivo, de forma tubular, sofre
desenvolvimento de um órgão resultando na ausência da
duas constrições primárias e fica dividido em três cavidades. Estas são, em
estrutura envolvida. sentido craniocaudal, o bulbo cardíaco, o ventrículo e o átrio. Imediatamente
• Hipoplasia e hiperplasia: A formação normal dos órgãos é se desenvolve o tronco arterioso, em conexão com o bulbo cardíaco, e o seio
dependente de um controle preciso da proliferação celular. venoso, como uma quarta cavidade em seguida ao átrio.
Há casos em que a proliferação é reduzida formando
O tronco arterioso se comunica cranialmente com os arcos aórticos. O seio
órgãos pequenos, ou há uma grande proliferação formando
venoso apresenta duas expansões laterais chamadas cornos direito e
órgãos aumentados.
esquerdo que, por sua região caudal, recebem as veias umbilicais que
• Falha na fusão ou fechamento: um dos mais importantes provêm da placenta, as veias vitelinas que vêm do saco vitelino e as veias
tipos de anomalia, processo morfogênico básico envolvido cardinais comuns que recolhem o sangue de todo o corpo do embrião
na formação de muitas estruturas.
• Ausência da morte celular normal: A morte celular Desta forma, durante a quarta semana do desenvolvimento, é formado o
sistema cardiovascular primitivo e o coração começa a bater ao se
controlada (apoptose) é um importante mecanismo na
estabelecer a circulação fetoplacentária primitiva, dando início ao
formação de certas estruturas corpóreas. Ex: sindactilia funcionamento do primeiro sistema do embrião
(dígitos com membrana natatória) ocorre quando há falha
na morte celular normal nas áreas interdigitais. O bulbo cardíaco e o ventrículo crescem mais rápido que o resto do coração
• Distúrbios na reabsorção tecidual: Algumas estruturas primitivo, o que faz com que este se dobre e adote a forma de “U” (alça
presentes no embrião devem ser reabsorvidas para bulboventricular) e, mais tarde, de “S”. Ao se dobrar, o átrio e o seio venoso
ficam localizados dorsalmente ao tronco arterioso, ao bulbo cardíaco e ao
garantir o desenvolvimento normal. Ex: membranas
ventrículo
orofaringeana e cloacal (atresia anal)
• Falha na migração: pode ocorrer ao nível celular ou afetar Coração tubular: alongamento, dilatações e constrições alternadas
órgãos por completo. Um exemplo importante é a migração
Bulbo Cardíaco: tronco arterial, cone arterial e cone cordial
das células da crista neural. Outros exemplos incluem a
ectopia cordis, na qual o coração situa-se fora da cavidade • Ventrículo Primitivo
torácica, e o criptorquidismo, em que os testículos não
estão presentes no escroto. • Átrio Primitivo
• Desenvolvimento interrompido: caracterizada pela
persistência de estruturas normais para um determinado
estágio inicial do desenvolvimento.
• Duplicação e reversão da assimetria: separação
incompleta e os gêmeos permanecem unidos em graus
variados em qualquer porção corporal. Em casos
extremos, um dos gêmeos é mais ou menos normal
enquanto o outro membro apresenta um corpo menor
consistindo apenas em torso e membros (gêmeos
parasitários).

MALFORMAÇÕES
Seio Venoso: recebe as veias umbilical, vitelínicas e cardinais comuns

Crescimento mais rápido do bulbo cardíaco e ventrículo: alça


bulboventricular.

DOS ÓRGÃOS Curvamento do coração primitivo: átrio e seio venoso localizados


dorsalmente.

DESENVOLVIMENTO DOS ÁTRIOS


Desde a metade da quarta semana começam a se desenvolver
espessamentos mesodérmicos na parede dorsal e ventral do duto
auriculoventricular. São os coxins endocárdicos, que o septam para formar
os dutos atrioventriculares direito e esquerdo.

Simultaneamente, a partir da parede dorsocranial do átrio primitivo se


desenvolve uma estrutura laminar em forma de meia lua, o septum primum.
Este septo cresce em direção aos coxins endocárdicos fundidos e deixa uma
abertura chamada foramen primum (foramen; buraco) que vai se reduzindo
paulatinamente.

Antes de sua completa oclusão, na parte superior do septo aparecem vários


orifícios que logo confluem para se transformarem no foramen secundum.
Isto permite que a comunicação entre os dois átrios continue, já que o
crescimento do septum primum terminará obliterando completamente o
foramen primum.

Por volta do final da quinta semana, a partir da parede ventrocranial do átrio


se forma outra lâmina semilunar, o septum secundum, que cresce em
direção aos coxins endocárdicos, passando pelo lado direito do septum
primum.

Este segundo septo cobre o foramen secundum sem fechá-lo e sua borda
livre deixa uma abertura chamada forame oval ou forame de Botal.

Esta válvula permite que o sangue circule do átrio direito para o átrio
esquerdo, em vez de passar para o sistema pulmonar que está pouco
desenvolvido durante todo o período fetal

as paredes da veia primitiva vão sendo incorporadas à parede do átrio


• A: Defeito septal atrial (DSA). O sangue é desviado da
esquerdo, até que os quatro ramos da veia pulmonar primitiva tenham esquerda para a direita devido à maior pressão no átrio
comunicação direta com a parede atrial, constituindo, assim, as veias esquerdo. O lado direito do coração recebe excessos de
pulmonares carga e trabalho secundários ao volume adicional de que
sangue. Os resultados são a dilatação e a hipertrofia do
DESENVOLVIMENTO DOS VENTRÍCULOS átrio e ventrículo direitos.
À medida que avança o desenvolvimento, o bulbo cardíaco se incorpora às • B: O defeito septal ventricular (DSV) é caracterizado pela
paredes dos ventrículos e forma a parte superior do ventrículo direito (cone presença de uma pequena abertura na porção dorsal do
arterioso) e do esquerdo (vestíbulo aórtico). septo interventricular. As consequências fisiológicas são
determinadas pelo tamanho e resistência relativa no leito
A partir da extremidade caudal do ventrículo primitivo, desenvolvese o septo
vascular pulmonar e sistêmico.
interventricular. Este septo cresce em direção cranial, para os coxins
endocárdicos fundidos, e deixa um orifício interventricular que comunica • C: A estenose pulmonar (EP) é um dos mais comuns
ambos os ventrículos defeitos cardíacos em cães. Pode apresentar-se como
defeito único ou associado a outros defeitos cardíacos. A
Ao final da sétima semana, ocorre o fechamento do orifício interventricula. obstrução do fluxo de saída ventricular direito causa um
aumento na resistência à ejeção levando à hipertrofia
ventricular direita e aplanamento septal.
MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS DO SISTEMA • D: A estenose aórtica, ou obstrução à ejeção ventricular
CARDIOVASCULAR: esquerda (OEVE) é causada por um espessamento
proliferativo que circunda completamente a saída aórtica
• MALFORMAÇÕES CARDÍACAS CONGÊNITAS: são imediatamente abaixo das válvulas aórticas. Isto resulta
mais frequentes em cães e bovinos que em equinos e em sobrecarga e hipertrofia do ventrículo esquerdo.
gatos. Malformações cardíacas são tipicamente • E: Tetralogia de Fallot. É caracterizada por um amplo
classificadas em: defeito septal ventricular, uma aorta que recebe sangue
→ Cianóticas: os leitos capilares periféricos recebem dos ventrículos esquerdo e direito, obstrução da ejeção
hemoglobina insuficientemente oxigenada. ventricular direita (estenose pulmonar) e hipertrofia
→ Acianóticas: é suficiente para a manutenção dos ventricular direita.
níveis de atividade de suporte à vida.

Tipos de defeito:
SISTEMA NERVOSO
Na segunda semana temos a formação do disco bilaminar (epiblasto
e hipoblasto) e após a gastrulação na terceira semana forma-se o
disco trilaminar (endo, meso e ecto). Será o ectoderma que dará
origem ao SN.

Gastrulação:

Sequência de acontecimentos: espessamento do ectoderma 20º dia


-> formação da placa neural -> começo de uma curvatura -> sulco
neural -> goteira neural -> fusão dos lábios da goteira -> fechamento
e formação do tubo 22-23º dia.

• Tubo neural -> dará origem ao SNC.


→ Encéfalo e medula espinal.
• Acima do tubo encontra-se a crista neural -> dará origem
ao SNP, SNA e a alguns anexos do SN. (curiosidade:
também dará origem a medula suprarrenal e aos As paredes laterais de tecido neuroepitélio do tubo neural se
melanócitos) espessam reduzindo o canal neural.
→ SNP: neurônios fora do SNC e nervos cranianos
e espinhais, que unem o encéfalo e a medula
espinhal às estruturas periféricas;

A primeira camada do neuro epitélio chama-se zona ventricular, e


esta passa a se difefrenciar em neuroblastos e formam a zona
intermediária. Já a zona marginal é contituida por axônios.

Acontece uma continua adição de neuroblastos na zona


intermediaria o que faz com que ocorra um espessamento:

→ ESPESSAMENTO VENTRAL – placas alares -> áreas


sensitivas
→ ESPESSAMENTO DORSAL – placas basais -> áreas
motoras

Entre as placas vai se forma o sulco longitudinal para a delimitação


das duas.

No teto e assoalho será o local para cruzamento das fibras


nervosas de um lado para o outro.

Depois ocorre dois estágios de desenvolvimento da medula


resultando na sua modulação.

As células da crista neural vão dar origem aos gânglios e fibras


nervosas.
Fechamento do tubo neural: dia 25º cranial e 27º caudal.

O fechamento acontece do meio para os neuroporos (extremidades)

→ Não fechamento cranial: pode ocorrer anencefalia (não


desenvolvimento do encefalo).
→ Não fechamento caudal: pode ocorrer defeitos na medula,
como: espinha bifida, meningocele ou mielominingocele.

Dilatações:

A parte cranial começa a se dilatar formando o arquincefalo, que


depois se divide em proencefalo, mesencefalo e rombencefalo.
AQUI É “SE QUISER FALAR” (como ele é patologista ganharíamos
• Prosencéfalo (encéfalo anterior): amadurece para pontinhos):
telencefalo e diencefalo (Tálamo, hipotalamo)
• Mesencéfalo (encéfalo médio) Mielinização:
• Rombencéfalo (encéfalo posterior): amadurece para
→ No final do período fetal inicia a mielinização dos axônios.
metencefalo (ponte e cerebelo) e mieloencefalo (bulbo).
→ Pico máximo de mielinização é entre 1 a 2 anos pós natal.
Encefalo: → No SNC oligodendrocitos -> derivados do tubo neural.
→ No SNP cél. de Schwann -> derivadas da crista neural.
Na quarta semana o embrião cresce e dobra-se.

→ Flexura do encéfalo médio


→ Flexura cervical MALFORMAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
→ Flexura pontina (crescimento desigual o embrião entre as
DEFEITO NO TUBO NEURAL: variam de anomalias estruturais
duas anteriores)
severas resultantes do fechamento incompleto do tubo neural a
defeitos funcionais sem qualquer base estrutural óbvia. As falhas no
→ Placa alar: encéfalo posterior fechamento do tubo neural ocorrem mais comumente nos
→ Placa basal: encéfalo médio neuroporos cranial e caudal, porém a falha no fechamento em
→ Proencéfalo: encéfalo anterior outros locais não é incomum. As condições comumente incluídas
→ Metencéfalo e mielencéfalo= tronco encefálico. são espinha bífida, anencefalia e as encefaloceles. Já os defeitos
de fechamento do cérebro e medula causam craniosquise e
Medula espinal:
raquisquise.

ESPINHA BÍFIDA:
Falha no fechamento dos arcos vertebrais dorsalmente à medula Precisa de 4 fontes para a sua formação:
espinhal para formar o canal vertebral. As malformações variam de
discretas (A: espinha bífida oculta) a severas (B: meningocele; C: → Ectoderme epidermal (revestimento externo)
meningomielocele), incluindo a raquisquise (D) na qual há falha → Células da crista neural (formadas junto com o tubo neural
completa na fusão do tubo neural e medula espinhal, resultando na na neurulação)
exposição superficial da medula espinhal. → Mesênquima cefálico
→ Neuroectoderme do prosencéfalo (tecido do tubo neural).

As vesículas ópticas são formadas pela envaginação do


prosencefalo e conforme ela vai crescendo induz o ectoderma
epitelial a espessar formar a placa do cristalino.

Resumindo:

→ Sulcos ópticos evaginam à vesículas ópticas invaginam à


cálice óptico à RETINA
→ Ectoderme epidermal espessa à placas do cristalino
invaginam à vesícula do cristalino à CRISTALINO

Retina: recebe e transmite os sinais para o SN, possui 2 camadas:

→ Camada externa: epitélio pigmentar da retina


→ Camada interna: retina neural

Retina neural: cristalino que induz a proliferação dessa camada.

• Simples: espinha bífida oculta- A medula espinhal e as → Células fotorreceptoras: cones e bastonetes
meninges permanecem no local correto, porém o arco → Neurônios: células bipolares e ganglionares (formam o
vertebral de uma ou mais vértebras é incompleto. nervo óptico pois confluem de toda a região pela haste
óptica)

Cálice:

→ 4/5 posteriores do cálice dão origem à retina.


→ 1/5 anterior do cálice dará origem ao corpo ciliar e a íris.

Íris:

→ Epitélio formado pela borda anterior do cálice óptico


→ Músculos da íris são formados pela neuroecderme (uma
exceção, pois os demais são formados por mesoderme).
→ Tecido conjuntivo (estroma) formado pela crista neural
→ Dá a cor dos olhos (pigmentação da camada externa).
Espinha bífida aberta em bezerra de 6 dias → Aniridia: ausência de íris.

• Graves: As meninges também podem estar distendidas por Cristalino: vem da vesícula do cristalino (uma esfera oca) onde as
fluido (mielomeningocele), em que a condição é células se alongam e perdem o núcleo, formando as fibras do
denominada espinha bífida cística. Em muitos destes cristalino
casos, a medula espinhal protrui ou é deslocada
inteiramente para o interior do espaço subaracnoide Corpo vítreo: forma-se dentro da cavidade do cálice óptico
protruído.
→ Humor vítreo: mesênquima (crista neural) e camada
O deslocamento causa problemas associados à mudança de interna do cálice.
localização das raízes nervosas espinhais; consequentemente, → Função: nutrição local, ajuste da pressão local e
sinais neurológicos são comumente associados a esta condição. acomodação do cristalino (estruturação).

Túnicas conjuntivas: olho passa a ser envolvido por um


mesênquima. É diferenciado em duas camadas:

→ Coróide: túnica vascular (mais interna, ricamente


vascularizada)
→ Esclera: túnica fibrosa (mais externa e fibrosa)

Córnea: cristalino induz o mesênquima e a ectoderme epidermal


adjacente a formar a córnea (epitélio externo e células da crista
neural – endotélio).

DESENVOLVIMENTO
Câmaras aquosas: anterior e posterior.

→ Ambas preenchidas pelo humor aquoso, que mantém a


pressão intraocular constante e faz nutrição do cristalino.

DO OLHO → Posterior: entre a íris e cristalino

Anterior: entre a córnea e o cristalino


Inicia no 22º dia MALFORMAÇÕES DO OLHO
Consiste em malformações congênitas oculares, e isto acontece
seis vezes mais no cão em relação a todas as demais espécies
domésticas juntas.

CICLOPIA: defeito em que os olhos estão parcialmente ou


completamente fundidos, é caracterizada por uma órbita única
localizada centralmente, e que contém um olho normal ou um olho
rudimentar.

Causa: o telencéfalo é responsável por dar origem aos ventrículos,


e o motivo desta patologia é que o encéfalo não se divide
completamente, havendo um ventrículo. Isto é decorrente devido a
uma mutação de shh que é no gene Sonic Hedgehog (SHH) que Desenvolvem:
codifica uma molécula sinalizadora que desempenha um papel
central no desenvolvimento do sistema nervoso e esquelético. É ->Broto uretérico
causada uma perda do tecido da linha média e ocorre precocemente
→ Ureter
durante o desenvolvimento, sua ausência resulta no
→ Pelve renal
subdesenvolvimento do cérebro anterior e da proeminência
→ Cálices maiores e menores
frontonasal.
→ Túbulos coletores

->Blastema metanefrogênico: néfron

SISTEMA URINARIO
Se desenvolve a partir da mesoderme intermediária (entre meso paraxial e
lateral) A extremidade do divertículo metanéfrico se dilata, formando a pelve renal
primitiva e se divide aproximadamente 15 vezes, formando os futuros cálices
Durante o dobramento do embrião, a porção intermediária da mesoderme se maiores e menores. A extremidade dilatada das últimas gerações se
desloca centralmente, separa-se dos somitos e forma os cordões denomina ampola. Esta induz o mesênquima adjacente (massa metanéfrica
nefrogênicos. de mesoderma intermediário) a formar uma vesícula (futuros túbulos
secretores), que se liga à ampola (futuros túbulos coletores), por volta da 10ª
→ O desenvolvimento desses cordões de ambos os lados da linha
semana. A vesícula assume a forma de “S” e se diferencia em um túbulo
média origina as cristas urogenitais.
coletor e uma cápsula glomerular. O alongamento do túbulo coletor forma o
→ Da mesma forma que a mesoderme somítica, em cada cordão túbulo contorcido proximal, alça de Henle e túbulo contorcido distal. A
nefrogênico ocorre um processo de segmentação, que dá origem cápsula e o glomérulo formam o corpúsculo renal. O túbulo coletor e o
aos nefrótomos, sobretudo em sua extremidade cefálica. glomérulo constituem um néfron. Cada glomérulo recebe uma arteríola
aferente, que se ramifica e forma um emaranhado capilar dentro da cápsula
3 conjuntos de órgãos excretores ou rins:
glomerular. A arteríola eferente, que deixa o glomérulo, se ramifica em torno
• Pronefros (rim cervical) do túbulo, dando origem as veias coletoras que desembocam no sistema
→ Mais rudimentar e não funcionante cardinal. A filtração glomerular começa em torno da 9ª semana fetal, mas a
→ Parecido com o rim de peixes primitivos maturação funcional e o aumento da taxa de filtração ocorrem somente após
o nascimento.
→ Aparece no início da 4ªsemana (21-22º dia)
→ Os ductos pronéfricos correm até a cloaca (ducto Mudança de posição dos rins: resulta do crescimento do corpo do embrião e
pronéfrico será o futuro ducto de wolf) diminuição da curvatura do corpo.No início, os rins estão na pelve, porém
com o crescimento da pelve e do abdome do embrião, os rins se localizam
• Mesonefros (torácico, abdominal e lombar) no abdome, chegando à posição adulta na 9ª semana, quando se encontram
→ Bem desenvolvido e funciona por curto período com as glândulas supra-renais. Assim, as artérias renais que eram ramos
→ Parecido com o rim de anfíbios das artérias ilíacas comuns, passam progressivamente a ser ramo da
→ Aparece no final da 4ªsemana extremidade distal da aorta e em seguida da extremidade proximal da aorta.
→ Caudal ao pronefro Normalmente, os ramos caudais sofrem involução e desaparecem.
→ Ajudará na formação do sistema reprodutor
Os rins do feto são lobulados, sendo que esta lobulação tende a desaparecer
• Metanefros (rim definitivo) na infância por causa do aumento e crescimento dos néfrons.
→ Começa a desenvolver no início da 5ªsemana
MALFORMAÇÕES DO SISTEMA URINÁRIO
→ Formados pela parte mais caudal do cordão
nefrogênico
São comuns mais permanecem assintomáticas ou manifestam-se
→ Nessa região não ocorre segmentação do cordão
tardiamente.

HIPOPLASIA RENAL: condição intermediária entre o rim normal e


a agenesia renal. Causa hipoparatireoidismo secundário renal que
induz fibrose renal. Embora a causa específica de hipoplasia renal
não tenha sido identificada, acredita-se que a deficiência de fatores
de crescimento e seus receptores, ativos durante os estágios
críticos da metanefrogênese, possam estar envolvidos na
patogênese da anomalia.

SEXO GONADAL

SISTEMA GENITAL
Sequência de eventos: sexo cromossômico -> sexo gonadal -> sexo
hormonal -> sexo fenotípico -> sexo comportamental. DIFERENCIAÇÃO MASCULINA: os cordões sexuais primários se
transformam em cordões testiculares. Nas proximidades desses cordões
SEXO CROMOSSOMICO começam a ser formadas as células de sertoli que vão envolver os cordões
testiculares deixando-os mais alongados para fazer conexão com o ducto de
A definição do sexo se da no momento da fecundação, embriões do sexo Wolff. Formação da túnica albugínea a partir do estroma da região da crista
feminino podem ser identificados desde o inicio devido a presença do gonadal.
cospusculo de barr, ele é uma estrutura presente na periferia do núcleo de
células femininas (basicamente um cromossomo X inativado). O ducto de Wolff contribui para a formação da vesícula seminal, do trígono
(desembocadura dos ureteres) e próstata. Ducto de Wollf vai formar
Feminino (XX): não possui gene determinante. epidídimo e ducto deferente. Células de Leyding vão desenvolver em volta
dos cordões testiculares. Os testículos vão ocasionar na inibição dos ductos
Masculino (XY): no braço curto do cromossomo Y possui um gene de Muller. A produção de testosterona pelas células de Leyding fará a
determinante, o SRy (sex-determining region Y), que produzirá o TDF (fator ativação do desenvolvimento testicular e dos ductos de Wolff. Depois disso
determinante testicular) que será responsável por estimular formação das as células de Leyding não terão ação novamente após a puberdade.
características de macho.
A descida dos testículos para a região inguinal se faz pela perda do
Paramesonefrico=ducto de Muller ligamento cranial, mantendo apenas o ligamento caudal que “puxara” para
baixo. Os dois ductos deferente vão se juntar e formar o ducto ejaculatório.
Mesonefrico=ducto de Wolff
DIFERENCIAÇÂO FEMININA: não tendo sinais de TDF ocorre a formação
PERÍODO INDIFERENCIADO: os Gonócitos/ células germinativas
dos ovários. Os gonóticos que chegaram as cristas gonadais vão se
primordiais (responsáveis por originar os gametas- no futuro) surgem na
proliferam e formar os cordões celulares, chegando a região mediana ela
região vizinha ao alantoide, e posteriormente migram do intestino posterior,
vão se desagregar e ficar dispersas nas células do mesênquima, essas
passando pelo mesentério dorsal até as duas cristas urogenitais. Durante a
células do mesênquima vão se diferenciar nas células da
migração eles vão se multiplicando e formando os cordões genitais. As
granulosas/foliculares/sertoli e da teca leyding(reveste folículo ovariano), as
células que chegaram até as gônadas na crista urogenital, vão se multiplicar
gonócitos vão se diferenciar na linhagem espermática (oogônias, oócitos) 🡪
e formar os cordões sexuais primários que irão se direcionar para o interior
As oogônias serão formadas por divisão mitótica, elas formarão os oócitos
do seio urogenital. Na proximidade do ducto de Wolff vai se formar o ducto
em uma primeira meiose parando na prófase I até a puberdade. Parte desses
de Muller devido a um dobramento do epitélio.
oócitos sofrerão atrésia (processo de apoptose), também na adolescência,
o restante ficara presente para a reprodução.

O embrião vai possuir o ducto de Wolff e o de Muller.

● Feminino: o ducto de Muller se fundem e desenvolver e formando


as tubas uterinas, útero e cervix, e ducto de Wolff vai atrofiar.

● Masculino: o ducto de Wolff vai desenvolver e formar o epidídimo


e ducto deferente, e o ducto de Muller vai atrofiar.
SISTEMA
GASTROPULMONAR
FACE

• Cavidade oral é derivado do estomodeu

Cavidade oral e nasal primária:

As primeiras estruturas faciais reconhecíveis são a proeminência nasal e as


proeminências maxilares e mandibulares. Estas se desenvolvem dorsal,
lateral e ventralmente, respectivamente, à entrada do estomodeu.

As proeminências nasais medial e lateral desenvolvem-se em cada lado dos


placódios nasais. Gradualmente, o placódio nasal invagina-se para formar a
fosseta nasal a qual se desenvolve na cavidade nasal primária¸ separada da
cavidade oral primária, formada do estomodeu, pela membrana oronasal.

Com a regressão das porções caudais dessa membrana, as coanas


primárias conectando as cavidades nasal e oral em desenvolvimento são
formadas, e a membrana oronasal forma o palato primário.

MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS DO SISTEMA GENITAL A proeminência maxilar aumenta em tamanho, estende-se medialmente e
fusiona-se com a proeminência nasal medial, formando o arcabouço para a
Anormalidades do sexo fenotípico formação dos ossos da mandíbula superior (ossos da maxila e incisivo) e
lábios superior. A forma final do lábio superior depende do grau de fusão
PSEUDO-HERMAFRODITISMO: há concordância entre a entre as proeminências nasais mediais: nos carnívoros e pequenos
constituição cromossômica e o sexo gonadal, mas a genitália interna ruminantes, uma fusão incompleta forma um sulco medial, o filtrum; nos
e externa é ambíguas. O tipo de pseudo-hermafroditismo (masculino equinos, bovinos e suínos, a fusão é completa e resulta em um lábio superior
ou feminino) é definido pelo sexo gonadal. contínuo.

• Fêmeas: os derivados dos ductos de Müller desenvolvem-


se normalmente, formando os ovidutos, útero e a vagina
cranial (órgãos responsivos ao andrógeno são
masculinizados durante o desenvolvimento) A
masculinização varia de um aumento clitoriano discreto até
uma genitália externa masculina normal incluindo uma
próstata interna.
CAUSAS: administração de andrógenos ou progestágenos
durante a gestação. Deve-se evitar principalmente no
período de desenvolvimento da genitália interna e externa
(entre os dias 34 e 46 da gestação, contando a partir do
pico sérico de LH da fêmea, dia 0).
• Macho: mais comum. A maioria dos cães afetados possui
testículos não descendentes, sistema de ductos feminino e A cavidade nasal:
genitália externa masculina.
A membrana oronasal (ou palato primário) é substituída pelo palato
secundário, o qual se desenvolve dos primórdios dos processos palatinos
dos ossos maxilares.

Em paralelo, o septo nasal desenvolve-se do aspecto dorsal da cavidade


nasal e cresce ventralmente. Ao final, o septo nasal em desenvolvimento
fusiona-se com o processo palatino, separando parcialmente as cavidades
nasal e oral. A princípio, os processos palatinos são membranosos; no
entanto, uma ossificação intramembranosa nos seus dois terços iniciais
forma os ossos do palato duro.

O palato secundário fecha-se :

• 32 dias em gatos
• 33 dias em cães e suínos
• 49 a 56 em equinos
• 56 e 63 dias em bovinos.

MALFORMAÇÕES DO SISTEMA GASTROPULMONAR

FENDA FACIAL, LABIAL (LÁBIO LEPORINO) E COMPLEXO


PALATO FENDIDO

• Fenda facial: falha na fusão dos processos nasais laterais


e maxilares, a falha se estende do canto medial doi olho
até a cavidade oronarall.
• Labio fendido (queilosquise): ausência da fusão das
proeminências nasal medial e maxilar, na embriogênese. A
fenda no lábio é rara (na linha média) e também pode
ocorrer fendas no lábio superior (unilaterais ou bilaterais) e 21º dia- começa a formação dos somitos: os somitos são devidivos em
na junção da maxila e pré-maxila. OBS: acometimento de dermatomiótomo e esclerótomo (vertebras).
outros sistemas orgânicos pelas anomalias do
Inicialmente acontece apoptose da região central do somito através de
desenvolvimento pode ser visto em 8% dos cães e gatos moléculas sinalizadoras da notocorda, quando realizado apoptose a região
com fenda palatina ou labial. passa a se chamar somitocele (gelatinosa) que depois vai dar origem ao
→ A fenda labial e a fenda palatina podem ocorrer esclerotomo.
juntas ou isoladamente.
A abertura por apoptose no somito, deixa com que ele se abra e permita
• Palato fendido (palatosquise): falha completa ou parcial da
aparecimento das camadas do dermatomiotomo, miotomo e o esclerotomo.
aposição e fusão dos processos palatinos que levam a uma
comunicação aberta entre as cavidades nasal e oral. O corre a migração de células do esclerotomo ao redor da notocorda e vai
→ Grandes animais: está associada a outras acontecer: genes shh e noggin da notocorda vão ativar genes pax-1 e pax-
malformações tais como a artrogripose, que é 9 do esclerotomo -> vai resultar na degradação da lamina basal do
herdada de uma maneira autossômica recessiva esclerotomo e perda das n-caderinas (moléculas de adesão)-> ira
acontecer o retorno a forma mesenquimal-> logo acontece uma intensa
simples em bovinos da raça Charolês.
mitose e as células recebem capacidade migratória e são atraídas para
→ Pequenos animais: raças braquicefálicas podem envolver a notocorda e parte do tubo neural. A migração das células do
apresentar chances até 30% superiores de esclerotomo obedecem a mesma ordem e posição dos somitos dos quais
palatoquise. elas se originaram.
SINAIS CLÍNICOS: dificuldade de sucção, disfagia e
gotejamento de leite pelas narinas na ocasião da Assim que acontece a migração do esclerotomo as células do miotomo
(originada do dermatomiotomo) começam a diferenciação e se colocarem
amamentação. Infecção respiratória secundária à
paralelas as células do esclerotomo.
aspiração de alimento é comum.
Formação das vertebras, nervos espinhas e músculos do tronco

Vertebra:

• Somito 1: as céls do somito envolta da notocorda teram porção


cranial e caudal. A cranial vai se estender e fusionar como o osso
occipital.
• Somito 2: a porção cranial vai se ligar a parte caudal do somito 1
para formação da vertebra, e assim sucessivamente com os
outros somitos. (toda vertebra vai ter partes de 2 somitos)

Nervos espinhais:

Entre a posterior locação dos somitos haverá entre eles um espaço e por
meio desta saíram os nervos espinhais.

• O núcleo pulposo do disco intervertebral: de origem notocorda.


• Anel fribro: fibrocartilagem (células especializadas do
esclerotomo).

Costelas:

Se originam de zonas condensadas de células mesenquimais oriundas da


ventrolateral do esclerotomo.

Esterno:

SISTEMA MUSCULO • Originado do mesoderma da placa lateral. Formação de duas


bandas e depois fusão.

ESQUELETICO Membros:

• A partir do mesoderma lateral se forma brotos, que começam a


se alongar (na ponta tem proção ectodérmico= unhas). Após o
Sistema esquelético: crescimento tem a rotação para se estabelecer no lugar.
• Esqueleto axial: derivado dos somitos (mesoderma paraxial) Desenvolvimento dos membros:
• Esqueleto apendicular: derivado do mesoderma lateral.
• Ossos: derivado da crista neural. • Inicio na 4 semana: embrião dobrado -> proliferação e
condensação do mesoderma lateral -> formação das estruturas.
Formação dos músculos: somitos -> migração de células do
miótomo para os membros-> músculos e vasos sanguíneos.

Cronograma:

• Dia 26: broto emergente (mesoderma lateral revestido com


ectoderda)
• Dia 32: forma de remo (inicio da condensação mesenquimal)
• Dia 41: mesoderma condensado começa a se diferenciar em
cartilagem hialina.
• Dia 49: as estruturas começam a se alongar e formar os ossos
em suas posições.
• Semana 16: unha visível.

Músculos: em resumo...
ANORMALIDADES CONGÊNITAS DO SISTEMA
MUSCULOESQUELÉTICO

ARTROGRIPOSE (DOENÇA DO BEZERRO TORTO): os bezerros


acometidos exibem articulações fixadas em posições anormais,
apresentam frequentemente escoliose e cifose, e não são capazes
de manter-se em estação ou mamarem. A atrofia muscular também
foi descrita. Além disso, pode-se observar necrose neuronal e
lesões na substância branca da medula espinhal. A contratura dos
tendões é considerada secundária à malformação neuromuscular
primária.

CAUSA: desvio nos processos de desenvolvimento dos neurônios


motores ou estabelecimento na medula. A ingestão de lupinas
durante o segundo e terceiro mês de gestação em bovinos pode
resultar na “doença do bezerro torto”. A infecção prénatal com os
vírus Akabane e da língua azul também podem causar a doença.

CURIOSIDADE: bovinos da raça Charolês mais acometidos. Em


equinos é denominada de síndrome do potro com contyratura, E em
cães tem forma hereditária na raça Swedish Lapland.

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