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Capitulo 1 – Crescimento e Desenvolvimento

Avaliação do desenvolvimento

• Indicadores de maturação óssea


o Mão e o punho
o Nascimento ate a idade adulta
o Radiografias
o Estagio de desenvolvimento dos ossos do carpo, do metacarpo e dos dedos

Complexo Craniofacial

• Aparelho branquial
o Final da quarta semana de vida intrauterina
▪ Membrana bucofaríngea
• Separa a cavidade bucal primitiva do tubo digestivo (faringe
primitiva)
▪ Mesoderma (parede lateral da cavidade bucal e da faringe primitivas)
• Sofre condensação e forma barras de direção dorsoventral
o Arcos branquiais
▪ Arcos faciais
• Em cada um se desenvolve um eixo cartilaginoso, um musculo,
um vaso e um nervo.
• Cartilagem do primeiro arco é chama de cartilagem de Meckel.
• Revestidos internamente pelo endoderma e externamente
pelo ectoderma.
• Nos humanos, são perceptíveis somente quatro arcos, o 5 e o
6 são arcos rudimentares.
o Quinta semana de vida intrauterina
▪ 1° arco se divide e forma dois processos denominados Maxilar e
Mandibular.
▪ Cinco elevações causadas por proliferação mesodérmica.
• Proeminência frontal, cranialmente.
o Placódio nasal → Processos nasais laterais e mediais
→ asa do nariz
• Os processos maxilares, lateralmente
• Os processos mandibulares, caudalmente
▪ Processos nasais mediais + processo maxilares = palato primário
(separação externa entre a cavidade nasal e a bucal)
o Processos maxilares → prateleiras (processos palatinos) → palato definitivo
▪ Por volta da decima segunda semana.
o Formação do septo nasal faz a divisão da cavidade nasal em duas fossas,
direita e esquerda.
• Malformações da face
o Síndrome do primeiro arco: transformação anormal dos componentes do 1°
arco branquial.
o Fendas labiais
▪ Falta de fusão do processo nasal medial com o processo maxilar, pode
ser uni ou bilateral.
▪ Fenda labial mediana: falta de fusão dos processos nasais mediais
o Fendas palatinas
▪ Falta de fusão das massas mesenquimais dos processos palatinos e do
septo nasal
▪ Pode comprometer apelas a úvula ou se estender até o palato duro.
• Crescimento do crânio e da face
o Curva de crescimento do tipo neural
▪ Ritmo de crescimento do SNC, do globo ocular e da coluna vertebral
▪ Intensa velocidade de crescimento nos primeiros anos de vida
▪ Estruturas que crescem nesse ritmo, atingem 95% do seu tamanho
definitivo por volta dos 7 anos de idade
o Curva de crescimento do tipo geral
▪ Ritmo de crescimento do esqueleto de um modo geral, músculos,
sistemas respiratório e digestório e parte do urinário.
▪ Alta velocidade de crescimento, desde o nascimento ate a idade dos 5
ou 6 anos. A partir dessa idade, o crescimento se torna lento ate os 16
ou 17 anos.
o Curva de crescimento do tipo genital
▪ Ritmo de crescimento de todo aparelho sexual
o Curva de crescimento do tipo linfoide
▪ Ritmo de crescimento do timo, das amidalas e dos tecidos linfáticos
em geral.
o Crânio e face crescem em velocidades diferentes
o Crescimento facial se aproxima da curva de crescimento do tipo geral.
o Parte superior da face cresce para cima a para frente
o Parte inferior da face cresce para baixo e para frente
o Crescimento vertical por meio da erupção dentaria e do crescimento do osso
alveolar.
• Odontogênese
o O processo de desenvolvimento do dente começa na sexta semana de vida
intrauterina
o Cavidade bucal primitiva é revestida por um epitélio
o Epitélio → banda epitelial nos futuros arcos dentários → lâmina dentária
(responsável pela formação dos dentes e da lâmina vestibular)
o Células da crista neural → odontoblastos, cementoblastos, osteoblastos e
fibroblastos.
o Células do epitélio bucal → ameloblastos
o Formação de botões → germe dentário
o Órgão do esmalte
o Papila dentaria → dentina e a polpa
o Órgão do esmalte + papila dentaria + saco dentário = germe dentário
o Forma de campanula
▪ Morfogênese da coroa e a citodiferenciação das células (ameloblastos)
▪ Células ectomensenquimais da periferia da papila dentária se
diferenciam em odontoblastos.
▪ Margem da campanula → formação da raiz dentaria e a alça cervical
→ bainha epitelial de Hertwig → restos epiteliais de Malassez
▪ Células ectomensenquimais irão se diferenciar em cementoblastos.
o Ameloblastos, após cumprirem sua função, morrem por apoptose.
• Amelogênese
o Duas fases: formação da matriz e a mineralização e maturação
o Ameloblastos iniciam a produção da matriz orgânica apensas quando a
primeira cama de dentina já houver sido depositada.
o CONTINUAR DEPOIS!
Capitulo 4 – Aspectos Psicológicos
• A relação entre o profissional e a criança deve ser considerada a base fundamental na
profilaxia do trauma psicológico e no tratamento odontopediátrico, sendo a psicologia
a principal ferramenta no manejo dessa relação.
• Objetivos básicos da odontopediatria
o Interessar e educar a criança quanto à higiene bucal
o Educar a criança para que ela aceite o tratamento necessário e periódico dos
dentes
o Ajudar a criança a aceitar a responsabilidade pela própria saúde bucal
o Buscar o entendimento e a aproximação com a criança, pois estamos
participando de um intercâmbio ativo com um ser humano em pleno
desenvolvimento.
• Construir uma relação de confiança
o Respeite a integridade e a individualidade da criança
o De acordo com a psicanálise, crianças que se encontram nos primeiros anos de
vida (fase oral), possuem sensibilidade exacerbada na região bucal e toda
energia do desenvolvimento está concentrada na boca.
• Educar o paciente
o Exercer o papel de educador, responsável pela promoção da saúde bucal
• Prevenir e aliviar o medo e a ansiedade
o Tipos de medo da infância
o Respeitar a necessidade que a criança tem de estar próxima dos pais
o A aproximação com o dentista precisa ser gradual, nunca autoritária ou
angustiante
o É importante sempre ter à vista o grau de desenvolvimento e maturidade da
criança.
• Relação Dentista-Criança
o Relação no consultório assume formato
triangular, intensamente mediada pela mãe
o É multifacetada
• A Criança hoje
o 1980 a 2000 houve um aumento no uso de
medicação psicotrópica devido ao TDAH.
o Alguns autores associam o aumento da agressividade infantil à exposição à
agressividade apresentada na TV, cinema....
o Crianças tornam-se impulsivas, egocêntricas e agressivas, apresentam
dificuldades (TDAH), são mais medicadas e apresentam pouca tolerância a
frustação
• Superidentificação
o O profissional se torna sensível a tensão emocional
o Perde o raciocínio critico
o Sentir alguma hostilidade em relação aos pais.
• Dominação
o Papel inteiramente técnico e “asséptico”
o A criança e seus dentes são manipulados como se fossem objetos
o Predominância do saber científico
o Falha na comunicação com a criança e perde a colaboração durante o
tratamento.
• Empatia
o Postura desejável
o Demostra equilíbrio entre o saber técnico e cientifico e a emotividade
o Contato efetivo com o paciente infantil
• Avaliação do paciente
o Nenhum método ou ferramenta de avaliação é completamente exato para
predizer o comportamento do paciente infantil diante do tratamento.

Princípios Fundamentais do Desenvolvimento Infantil

• O desenvolvimento é caracterizado pelas mudanças que ocorrem na criança, quando a


sua capacidade física e mental vai ser ampliada
• Três forças responsáveis pelo desenvolvimento normal da criança
o Maturação do SNC
▪ Primeira fonte de energia
▪ Força mais poderosa e mais limitante
▪ O comportamento da criança é reflexo da interação do SNC com o
meio ambiente
o Sistema de feedback interno
▪ Segunda fonte de energia
▪ Características genéticas
▪ Capacidade inata para respirar, andar ouvir, etc.
o Sistema de feedback externo
▪ Terceira fonte
▪ Dado pelos pais, família, pelo ambiente e por todos os fatores
externos
▪ Escola, família, sociedade, etc.
• Princípios gerais que regulam o desenvolvimento humano
o 1° - O desenvolvimento da criança é multidimensional
▪ Dimensão físico-motora
▪ Dimensão cognitiva
▪ Dimensão emocional
▪ Dimensão social
o 2° - O desenvolvimento da criança é integral
▪ As dimensões estão inter-relacionadas
▪ Havendo alguma mudança em uma dimensão, poderá influenciar
outra ou outras dimensões
o 3° - O desenvolvimento se processa de forma contínua
▪ O processo de desenvolvimento se inicia no momento da concepção,
passa pelas influências do período pré-natal e continua na infância,
adolescência e por toda vida.
▪ Os atrasos e regressões não são necessariamente irrecuperáveis, as
crianças tem uma capacidade enorme de recuperação
o 4° - O desenvolvimento ocorre em interação
▪ A criança não tem somente necessidades de comida, abrigo, proteção
e cuidados de saúde. Ela tem necessidades psicológicas e sociais
básicas, que incluem necessidade de amor e afeição; necessidade de
estimulação...
▪ A criança necessita de um ambiente benéfico que seja favorável ao
seu pelo desenvolvimento
o 5° - O desenvolvimento segue um padrão, porém, é único para cada criança.
▪ O caráter do desenvolvimento varia de criança para criança.
▪ Produto das suas características biológicas e hereditárias.
Medo na Infância

• Primeiro ano de vida


o Vulnerabilidade e biologia
▪ Medo da separação
▪ Medo de estranhos
▪ Medo de quedas
▪ Medo de animais
▪ Medo de visita ao medico
o Necessidade do bebê tem em estar próximo da mãe
• Segundo ano de vida
o Medo do escuro, ruídos altos, aspiradores de pó ou lavadoras de roupas.
o Medo da odontopediatra.
o É preciso que os pais ofereçam segurança e limites à criança
• Terceiro ano de vida
o Mudanças, animais, separação, estranhos, uso do banheiro, do banho e etc.
• 3 aos 6 anos
o Vulnerabilidade e perda de controle
• 6 aos 10 anos
o Enfrentar novas situações, rejeição e críticas.
• 11 aos 12 anos
o Medo de não ser querido, de doenças, da dor física, de ser deixado só e de
assaltos.

Choro e Birra

• Choro Obstinado
o Quanto mais agitada, mais alto e maior o grau do choro
o Acesso de fúria
o Chutes, mordidas, etc.
o Quase sempre, não há lagrimas.
o A motivação é a ansiedade
o Ele pode estar habituado a usar os acessos de fúria para a concretização de
seus desejos.
o O manejo, geralmente, pode ser realizado sem a presença dos pais.
• Choro por Medo
o Abundancia de lagrimas
o Respiração é convulsiva e soluçante
o Não chora para realizar seus desejos
o Falta confiança e não disciplina
o Deve-se mostrar à criança que não há motivo para ela ter medo
o Dialogo deve ser conduzido de forma distrai-la e propiciar-lhe condições para
descontração, transmitindo segurança com olhar, atitudes, palavras e contato
físico.
• Choro por Dor
o Sem volume ou muito baixo
o As lagrimas poderão ser a única manifestação
o A respiração poderá ser afetada, caso a criança segure o folego contra a dor
o Detectar a causa da dor, contorna-la e confortar a criança
• Choro Compensatório
o Não há lagrimas e nem soluços
o Constante barulho de lamentação
o Paciente tenta esconder, por exemplo, o ruído da broca
o Não tente parar os gemidos, a criança não está tentando interromper o
tratamento
o Pode ser útil como instrumento de diálogo do padrão de comportamento da
criança

Crises de Birra

• É uma resposta muscular em massa na qual há uma excitação motora global.


• Resposta à frustação
• Intensas
o Violenta reação muscular
o Resposta em massa
• Leves
o Pequena reação muscular
o Bater os pés ou as mãos
o Duração reduzida
• Crises Ocasionais
o São fisiológicas
o Surgem eventualmente
o Muito frequente aos 2 aos 4 anos (aos 5 anos costumam cessar)
o Tratamento
▪ Conduta correta, firme e calma por parte da família
• Crises Habituais
o Demostrar desagrado quando a criança não é atendida num certo instante
o Valor positivo, demostra a vontade da criança
o Dependendo da atitude dos adultos, as crises passam a ter dupla finalidade
▪ Chamar atenção sobre si
▪ Dar vazão aos seus sentimentos agressivos diante de obstáculos
o O adulto poderá se irritar e promover o castigo, que acrescentara uma
frustação à outra
▪ Birra patológica
▪ Tende a se repetir
o Crises são frequentes
o Tendencia a progressão e maior duração
o Tratamento
▪ Diminuir o número de frustrações
▪ Iniciada a crise
• Permitir que chegue ao fim, sem interferência
▪ Terminada a crise
• Acariciar a criança
▪ Dar atenção à criança pelas coisas boas que ela faça
▪ Procurar se há divergências educacionais entre os parentes
Atitudes Paternas e Comportamento Infantil

• Superproteção com superindulgência


o Os pais exageram a noção de liberdade da criança
o Acham que sempre devem deixa-la fazer o que ela quer, quando quer, sem
exigir nada.
o Filho único, caçula, filho de famílias monoparentais
o Criança mimada, comportamento dominador, voluntariosa, caprichosa,
egoísta, indisciplinada.
o Explosões temperamentais
o Se sente superior as demais crianças
o É insegura e dependente
o Criança muito nervosa
o Resiste ao tratamento odontológico
▪ Reage com agressividade ou com muito choro, manha ou dengo
▪ Intuito de dominar o profissional.
• Superproteção com Dominação
o A liberdade da criança é completamente cerceada
o Os pais limitam a convivência com outras crianças
o Pais sofreram por rejeição ou abandono na infância
o Filho único ou caçula
o Timidez
o Criança extremamente dependente e insegura, se sente inferior as outras
o Retraída, sem capacidade de tomar iniciativas
o Quando contrariada ou com medo, chora baixinho entre soluços
o É obediente e bem comportada
o Resiste ao tratamento odontológico
▪ Se sente ameaçada
▪ Não é agressiva
▪ Quando forçada ou tratada com energia, pode se tornar violenta,
fugindo.
▪ Chora muito e com profusão de lagrimas
• Rejeição
o Incapazes de dar amor, atenção e carinho à criança, evitam o convívio ou
tratam com hostilidade, maltratam com pancadas e palavras ofensivas
o Criança agressiva ou submissa
o Quando é bem tratada, se mostra desconfiada
o Mau humor é quase uma constante
o Resiste ao tratamento odontológico
▪ Desconfia do profissional
▪ Tende a desafia-lo e contraria-lo
▪ Reage com agressividade
▪ Submete-se passivamente ao tratamento, mostrando apatia e
indiferença
▪ Criança recalcada, desconfiada, antissocial.
• Abandono
o Os pais gostam da criança, mas são indiferentes em relação ao atendimento
de suas necessidades
o Pais tem pouco contato com ela
o Não há maus-tratos
o Deixam em creche, na rua, com babas ou colégios internos.
o O comportamento na clínica é idêntico com relação a criança rejeitada, pode
se mostrar agressiva ou submissa.
• Superautoridade
o Pais fazem exigências excessivas
o Crianças indisciplinadas que se comportam de forma obediente e educada
o Crianças frustradas, complexadas e angustiadas
o Vivem em estado de tensão
o Hesita muito
o Dificilmente exteoriza desejos, ideias e sentimentos
o No consultório
▪ Submete-se passivamente
▪ Medo de ser criticada
▪ Não se sente à vontade
▪ Dificilmente expressa o que sente ou faz perguntas, mesmo que tenha
vontade
▪ Conversa bem e responde às perguntas

Categorias de Comportamento Infantil no Consultório Odontológico

• Comportamento Cooperativo
o Conversam com o dentista
o Compreendem os procedimentos a serem realizados
o Seguem instruções propostas no andamento da consulta
• Falta de Capacidade Cooperativa
o Dificuldade em estabelecer uma boa comunicação com o dentista e/ou
compreender a natureza e a necessidade dos procedimentos a serem
realizados.
o Crianças com pouca idade, deficiências físicas ou metais (uso de agentes
farmacológicos para sedação)
• Comportamento Potencialmente Não Cooperativo
o Crianças com mais de 3 anos ate o fim da adolescência
▪ Tímido ou envergonhado
• 3 a 4 anos
• Não presta atenção no dentista
• Explicações e instruções deverão ser dadas com calma
• Ganhar a confiança para se tornar participativo e
comunicativo
▪ Cooperação tensa
• A criança quer cooperar, mas está muito assustada
• Se mostrará muito atenta, acompanhará com os olhos
qualquer movimento
• Mãos agarradas ao braço da cabeira
• Aceita o tratamento, mas poderá chorar
▪ Incontrolado
• Choro intenso, birra, chute ou acesso de raiva
• Medo excessivo
• Saber histórico prévio do medo
▪ Rebelde ou teimoso
• Comportamento de “eu não quero”
• Adolescência
• Procurar estabelecer uma comunicação sensível e adequada
▪ Choro continuo
• Permite o tratamento
• Choraminga o tempo todo
• Chora até dormir
• Quando se levanta da cadeira, sai sorridente
▪ Estoico
• Poderia ser cooperativo
• Extrema passividade e aceitação
• Não protesta e nem reage mesmo em momentos de dor e
ansiedade
• O ar pode ser triste, olhar parado e taciturno
• O profissional precisa ficar atento se ela apresenta sinais de
violência corporal.

Recursos Básicos na Abordagem Linguística

• Elementos essenciais para haver comunicação


o Emissor (o dentista)
o Mensagem, incluindo a expressão facial e a linguagem corporal do emissor
o Contexto ou ajuste no qual a mensagem é emitida
o Receptor (a criança)
• Comunicação não verbal
o Expressão facial e linguagem corporal do emissor devem ser seguras e
confiantes
• Diga-Mostre-Faça
o Pacientes que já possuam capacidade de compreensão e colaboração
o Acima dos 2 anos de idade
o O dentista e o auxiliar devem se apresentar a criança
o Dentista conduz a criança ate a cadeira usando termos comparativos. Como, a
cadeira espacial que sobe e desce...
o Apresentação da luz e da seringa de água e ar
o Treinamento com ar e água
o Apresentação gradativa do instrumental
• Controle de Voz
o Alteração de volume, do tom ou do ritmo, para influenciar e dirigir o
comportamento do paciente
o Explicar para os pais sobre a técnica
• Fator Tempo
o Duração da consulta seja curta, 30 a 60 minutos.
• Distração
o Crianças de 2 até 7 anos não fixam sua atenção em mais de um aspecto de
uma situação
o Utilização de filmes, desenhos.
o Utilizar depois de um procedimento doloroso
• Técnica do Relaxamento
o Colocar o paciente num estado de repouso com a exposição gradual aos
estímulos causadores do medo.
o Paciente vai imaginar os provocadores em ordem crescente em relação ao
medo
• Reforço Positivo
o Recompensa-la pela cooperação após a finalização do procedimento
• Uso de modelos
o Usar uma criança durante o tratamento como modelo a ser observado por
outras crianças

Técnicas de Manejo Aversivas

• Não é recomendada a técnica Mão sobre Boca

Estabilização Protetora e Contenção Física

• Procedimentos breves e sem muita demanda técnica


• Pacientes que apresentam movimentos corporais involuntários
Capítulo 5 – Dor em Odontopediatria
Analgésicos e Anti-inflamatórios

• Algumas situações justificam o uso de analgésicos em odontopediatria, são eles:


o Dor após exodontias e outros procedimentos cirúrgicos
o Dor recorrente de traumatismo dentário e de tecido mole
o Dor recorrente de patologias pulpares
• Síntese de mediadores inflamatórios a partir da ação da enzima cicloxigenase do tipo 2
(COX-2) sobre o acido araquidônico presente nas membranas celulares rompidas pelo
estimulo lesivo.
o Prostaglandinas
o Tromboxanos
o Leucotrienos
• Vasos sanguíneos lesados liberam bradicinina que ativa os nociceptores de dor e
liberam um neuropeptídeo que:
o Atua sobre os vasos locais
o Aumenta a liberação de bradicinina
o Mastócitos, liberando histamina
o Plaquetas, liberando fator de agregação e serotonina
▪ Promovem vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular,
gerando edema e participando do fenômeno de hipersensibilização do
nociceptor.
• Fármacos mais utilizados no Brasil para dor em crianças
o Dores leves ou moderadas
o Curto tempo
o Analgésico, antitérmico, anti-inflamatória e antitrombótica
▪ Paracetamol
• Não exibe propriedades anti-inflamatória
• Atua apenas como analgésico e antitérmico
• Segurança gastrointestinal (não inibe as cicloxigenases)
• Superdosagem pode levar a insuficiência hepática aguda
• Não convém prescrever para pacientes com alterações
hepáticas em uso de fenobarbital, carbamazepina e isoniazida,
fármacos cuja metabolismo é hepático.
▪ Dipirona
• Não exibe propriedades anti-inflamatória
• Atua apenas como analgésico e antitérmico
• Pode induzir a agranulocitose
• Não é comercializada na maioria dos países desenvolvidos
▪ Ácido acetilsalicílico
• Anti-inflamatório
• Efeito por inibição irreversível e reversível das cicloxigenases
envolvidas na síntese de prostaglandinas, evitando a
sensibilização periférica
▪ Ibuprofeno
• Anti-inflamatório, analgésico e antitérmico
• Efeito por inibição irreversível e reversível das cicloxigenases
envolvidas na síntese de prostaglandinas, evitando a
sensibilização periférica
• Administrado junto ou após a ingestão de alimentos
o Diclofenaco, nimesulida, piroxicam e naproxeno não são recomendados para
crianças devido aos efeitos adversos
• Cálculo da Dose Máxima
o Ex:
▪ Paciente de 5 anos com 15kg
▪ Dose máxima: 50mg/kg (cada medicamento tem sua DM)
▪ Vamos usar Amoxilina de 250mg/5ml
• 50mg ---- 1kg
• X ----------15kg
o X = 750mg
▪ 250mg --------- 5ml
▪ 750mg ---------- x
• X = 15ml por dia
o 3 doses de 5ml a cada 8hs
▪ Paciente com 15kg
▪ 10mg/kg
▪ 16 gotas equivalem 1ml
▪ 1ml = 200mg
▪ Intervalo entre as administrações – 6hs
▪ Dose máxima diária: 100mg/kg
• 10mg ------ 1kg
• X --------- 15kg
o X = 150mg
▪ 200mg ------ 16 gotas
▪ 150mg --------- x
• X = 12 gotas a cada 6h (48 gotas por
dia)
• Dose máxima (gotas)
o 100mg ------ 1kg
o X ------------ 15kg
▪ 1500mg/dia (máximo)
• 200mg ---------- 16 gotas
• 1500 ------------- X
o 120 gotas por dia (no máximo)
o 30 gotas a cada 6h (no
máximo)
• Anestesia Local
o Evitar anestésicos de longa duração

• Bloqueio do Nervo Alveolar Inferior em crianças


o O orifício mandibular e a língula se localizam abaixo do plano oclusal
o A ponta da agulha situa-se ligeiramente abaixo do plano oclusal
• Lipotimia
o Vasodilatação periférica e consequentemente isquemia cerebral transitória
o Facilitada pela posição do paciente na cadeira, com a cabeça mais elevada
o Paciente fica pálido
o Pode apresentar náusea, vertigem, visão turva, até perda de consciência em
alguns casos
o Interrompe o atendimento e abaixa o encosto da cadeira
▪ Paciente fica semirreclinado, pernas ligeiramente elevadas
▪ Favorece o restabelecimento da circulação cerebral
▪ Instruir a respirar profundamente.
Capitulo 6 – Doença Periodontal na Criança e no Adolescente
Características Clinicas da Gengiva Normal na Criança

• Durante o período de dentição decídua, a coloração rosa da gengiva tende a ser menos
pálida que a do adulto
• Contorno da gengiva é mais arredondado
• A gengiva papilar preenche completamente o espaço interproximal, mais volumosa
• Em crianças com arco dentário Tipo I (diastemas entre os dentes anteriores) a gengiva
papilar tem forma de sela
• O sulco gengival se aprofunda aproximadamente 1mm abaixo da protuberância da
superfície dentaria
• Após a esfoliação dos dentes decíduos, a gengiva se adelgaça sobre as cúspides dos
dentes por irromper
o Saliência provocada pela coroa subjacente
o Pode ocorrer ligeira hiperemia, que não deve ser confundida com gengivite
• Após a erupção dos dentes permanentes, o aspecto clinico da gengiva do adolescente
assemelha-se à do adulto
• A gengiva marginal é delgada, permite a visualização da sonda através dos tecidos

Classificação da Doença Periodontal na Criança e no Adolescente

• Gengivite
o Índice PMA para estudo da situação periodontal de crianças (6ate 10 anos) e
de jovens (11 a 20 anos)
o Aos 5 anos = 0,0% afetados
o 11-13 anos = 80% afetados pela gengivite
o Após os 14 anos = diminuição das taxas
o 5-7 anos = erupção dos dentes permanentes, pico de incidência
o Há ocorrência da progressão da doença com o aumento da idade
o Maior prevalência da gengivite nos níveis socioeconômicos mais baixos
o A severidade não é tão grande, podendo ser considerada um problema
superficial.
o A flutuação nos níveis hormonais, incluindo o hormônio gonadotrófico na
puberdade pode modificar a resposta inflamatória da gengiva à placa gengival
• Periodontite como Manifestação de Doenças Sistêmicas
o Pode- se destacar:
▪ Diabetes melito
▪ HIV/AIDS
▪ Leucemia
▪ Deficiência de vitamina C
▪ Desordem leucocitária
▪ Síndrome de Papillon-Lefevre de Down
▪ Síndrome de Ehlers-Danlos
▪ Hipofosfatasia

Exame Periodontal Simplificado

• Após a erupção dos incisivos e primeiros molares permanentes


• Sonda OMS - 621
• Dentes índice usados na criança: 16,11,26, 36, 31 e 46
• Dos 7 aos 11 anos de idade, os códigos devem ser apenas 0 a 2
• Registra-se o pior achado em cada dente índice
• Na presença de bolsas periodontais, faz-se monitorização de todos os dentes.
Capítulo 12 – Terapia Pulpar em Dentes Decíduos
Complexo Dentinopulpar

• Dentina e polpa são duas fases de um mesmo tecido – tecido conjuntivo mineralizado
e tecido conjuntivo frouxo – complexo dentina-polpa.
• Dentina
o Tecido avascular especializado, acelular e poroso
o Composta, basicamente, de cristais de hidroxiapatita
o Matriz orgânica: fibrilas colagênicas e a substância fundamental interfibrilar.
o Os dentes decíduos apresentam menor espessura em toda extensão de
dentina
o O assoalho da câmara pulpar de molares temporários se mostra mais fino,
exibe foraminas assessórias externas e internas
• Polpa
o Microscopia de luz
▪ Região mais externa, abaixo da pré-dentina: camada odontoblástica
▪ Zona pode de células: zona de Weill
▪ Zona rica em células: número alto de células mesenquimais
indiferenciadas e fibroblastos
▪ Camada central: presença de maiores vasos e nervos, fibroblastos
▪ Matriz extracelular: elementos fibrosos e substância fundamental
o A reabsorção radicular fisiológica inicial não causa nenhuma mudança
substancial na estrutura
o Na fase final da reabsorção fisiológica (2/3 já foram absorvidos), a capacidade
formativa do tecido pulpar estaria comprometida
▪ No caso de um comprometimento maior, com exposições pulpares, já
estaria contraindicado qualquer tratamento conservador, cabendo
então a exodontia do dente lesado
o As bases atuais são suficientes para a implementação de terapias
conservadores, utilizando-se medicamentos que estimulem e favoreçam a
regeneração pulpar.

Diagnóstico Clínico e Radiográfico

• A precisão do diagnostico em crianças é mais difícil, em virtude das informações


insuficientes ou incorretas oferecias pelo paciente
• O profissional deve desenvolver habilidades para saber se existe dor, se é persistente
ou ocasional, se é provocada pelo frio, pelo calor ou à mastigação, se ocorre durante a
noite.
• O exame intraoral deve ser iniciado pelos tecidos moles
o Verificar alterações de cor ou de volume
o Presença de abscessos ou parúlides
• O exame dos dentes deve levar em conta:
o Firmeza ou mobilidade
o Alteração ou normalidade da cor da coroa
o Existência e a profundidade das lesões de cárie
o Exposição clínica e a vitalidade da polpa
o Ocorrência de hiperplasia pulpar
• A palpação e percussão poderão fornecer dados úteis à avaliação do estado do
ligamento periodontal no nível do Periápice
• A ausência de dor não constitui um sintoma seguro para o diagnóstico da condição
pulpar
• É comum observar dentes decíduos com alterações pulpares irreversíveis ou polpa
necrótica sem queixa de dor
• Radiografias interproximais são de escolha para molares decíduos superiores, em
função da presença do germe do sucessor permanente
• Os testes pulpares (térmicos e elétricos) não são recomendados pata a elaboração do
diagnóstico em dentes decíduos. Requerem muita colaboração do paciente e
capacidade de verbalizarem os reais sintomas.
• Muitas vezes, o diagnóstico é definido na faze transoperatória.

Terapia Pulpar Indireta

• Abordagem de mínima intervenção baseada no principio da remoção parcial da


dentina cariada
• Realizado sob anestesia local e isolamento absoluto, com a utilização de instrumentos
rotatórios para se retirar todo tecido infectado e afetado das paredes circundantes,
deixando-se apenas uma delgada camada de dentina afetada no assoalho da cavidade
sobre o tecido pulpar.
• Após um período de 45 a 60 dias, o dente seria reaberto e a dentina do assoalho
reavaliada
• A restauração só é realizada após a confirmação do endurecimento do tecido
dentinário
• Pacientes com lesões cariosas ativas profundas sem comprometimento pulpar
irreversível
• Tem por objetivo paralisar o processo de desmineralização, criando um microambiente
favorável a remineralização dentinária e reparação pulpar
• Objetivos atingidos
o Bloquear as agressões que atingem a polpa através da lesão cariosa, por meio
dos túbulos dentinários
o Interromper o circuito metabólico proporcionado pelos fluidos bucais às
bactérias do tecido cariado
o Inativar as bactérias por ação bacteriostática ou bactericida do material
o Remineralizar parte da dentina descalcificada remanescente
o Hipermineralizar a dentina sadia subjacente
o Estimular a formação de dentina terciária ou reparadora
• Três técnicas recomendadas para a realização da terapia pulpar indireta em dentes
decíduos:
o Escavação Gradativa (tratamento expectante)
▪ Realizada em duas sessões
▪ Indicada para pacientes que ainda não apresentam adaptação
comportamental para procedimentos mais complexos ou quando se
tem dificuldade de estabelecer o diagnóstico pulpar
▪ A cavidade é selada provisoriamente com um material restaurador
intermediário, de preferencia Oxido de Zinco e Eugenol reforçado
(Tipo II)
• Efetivo para a redução de microrganismos remanescentes na
dentina e na esterilização do tecido.
• Ação antimicrobiana
• Capacidade de inibir a respiração e a divisão celular
• Ação higroscópica: capacidade de retirar a umidade excessiva
nos túbulos dentinários, vinda do edema causado pela
inflamação, permitindo que o processo inflamatório regrida e
o tecido pulpar recupere a sua capacidade de defender-se.
• Ação anti-inflamatória: inibe a síntese de prostaglandinas.
• Menos sensível à umidade
• Facilidade de manipulação e inserção do material na cavidade
▪ O dente é posteriormente reavaliado
▪ A técnica consiste em:
• Abertura e ampliação da cavidade, removendo esmalte sem
sustentação com alta rotação e sem anestesia
• Isolamento relativo bem feito
• Remoção de toda dentina cariada nas paredes circundantes,
com curetas ou brocas esféricas em baixa rotação
• Remoção de toda dentina cariada infectada da parede pulpar
até a dentina afetada
• Selamento da cavidade com Cimento de Óxido de Zinco e
Eugenol modificado (Tipo II), precedido ou não de forramento
pulpar com Cimento de Hidróxido de Cálcio
• Após um tempo mínimo de 60 dias, aplica-se anestesia, faz o
isolamento absoluto e remove-se o cimento.
• Realização da textura da dentina
• Restauração da cavidade, de preferência usando a técnica de
sanduíche (preenchimento da cavidade do cimento
ionomérico e a camada final superficial com resina composta)
o Tratamento Restaurador Atraumático (ART)
▪ Em lesões profundas de dentina
▪ Pode ser realizado sem anestesia e sem isolamento absoluto
▪ Sessão única
▪ Sem necessidade de nova intervenção
▪ Material restaurador é o Cimento Ionomérico (CIV)
• Cria condições favoráveis para a remineralização da dentina
• Propriedade antimicrobiana
• Libera flúor nas primeiras 24h
• Apresenta um adequado vedamento marginal
• Torna o esmalte presente em conato com o material mais
ácido-resistente
▪ A técnica consiste em:
• Isolamento relativo bem feito após a limpeza dental
• Remoção de toda dentina cariada das paredes circundantes
com curetas
• Remoção de toda dentina cariada amolecida da parede pulpar,
até o momento que o tecido dentinário comece a ser retirado
em lascas ou escamas, ou se acriança relatar incômodo ou se
mostrar impaciente
• Lavagem e limpeza da cavidade com mechas de algodão
• Forramento da cavidade com Cimento de Hidróxido de Cálcio
• Restauração da cavidade com CIV, recomenda-se o uso da
seringa Centrix.
• Proteção do material restaurador com vaselina, base de unha
incolor ou resina fluida
• Ajuste oclusal e nova proteção do cimento ionomérico

o Capeamento Pulpar Indireto em Sessão Única


▪ Lesões cariosas profundas de dentina, com alterações pulpares
reversíveis (hiperemia e inflamação suave)
▪ Pacientes com adaptação comportamental para receberem anestesia.
▪ A técnica consiste em:
• Anestesia local e isolamento absoluto, após limpeza do
hemiarco
• Remoção de esmalte sem sustentação, com instrumento
rotatório
• Remoção de toda dentina cariada das paredes circundantes,
com curetas e brocas esféricas
• Remoção de toda dentina amolecida da parede pulpar
• Limpeza da cavidade com soro fisiológico e secagem com
algodão
• Forramento da parede pulpar com Cimento de Hidróxido de
Cálcio
• Restauração com material permanente escolhido de acordo
com o grau de acometimento do dente
▪ Tratamento é dado como definitivo
▪ Reavaliação clínica e radiográfica
Terapia Pulpar Direta

• Indicada somente em casos de pequenas exposições traumáticas ou mecânicas


acidentais, decorrentes de preparos cavitários convencionais e traumatismo.
• Aplicação de um agente protetor sobre o tecido pulpar exposto com ausência de
inflamação.
• Selamento da exposição pela formação de uma barreira mineralizada, sob a qual a
polpa seja conservada dentro de suas características normais
• “Ponte de Dentina”
• O dente deve-se apresentar:
o Sem alteração de cor
o Sem mobilidade
o Com tecido pulpar vital
o Sangramento de coloração normal e uma facilidade de hemostasia na área de
exposição
o Pequena extensão e isenta de dentina cariada
• Os tecidos moles adjacentes devem se apresentar sem alterações de cor ou de volume
características de abcessos.
• Radiograficamente o elemento dental deve-se apresentar em sinais de normalidade
• Contraindicado apenas em dentes em estagio final de rizólise, quando não seria mais
necessário mantê-lo no arco
• Para autores, não houve uma diferença significativa entre os potenciais de reparo de
dentes decíduos e de dentes permanentes
• Deve ser realizadas irrigações abundantes com solução fisiológica na área de exposição
• Remover todas as raspas ou fragmentos de dentina
• Secagem deve ser feita com mechas estéreis de algodão, sem pressiona-las na
cavidade
• Hidróxido de Cálcio P.A + soro fisiológico ou água destilada
• A curetagem pulpar está indicada em casos de exposições pulpares acidentais, como
fraturas coronárias, e em casos de exposições em que remanescentes de dentina
cariada estão presentes. E em casos de exposições em que remanescentes de dentina
cariada estão presentes (no caso, é melhor realizar a pulpotomia com hidróxido de
cálcio)
• A utilização de sistemas adesivos na proteção pulpar direta é contraindicada
• A técnica consiste em:
o Anestesia
o Isolamento absoluto
o Irrigação da área de exposição com água destilada ou soluto fisiológico, para
remover detritos e fragmentos dentinários
o Secagem com algodão estéril
o Aplicação suave de uma camada de Hidróxido de Cálcio puro (pró-análise) ou
em solução aquosa
o Colocação de uma sub-base de Cimento de Hidróxido de Cálcio
o Procedimento restaurador
• Reavaliação clínica e radiográfica por no mínimo 2 anos
• É contraindicada a reabertura do dente para verificação clinica
• O tratamento é considerado bem-sucedido quando forem observados:
o Ausência de alteração de cor do dente
o Ausência de mobilidade patológica
o Integridade dos tecidos moles adjacentes
o Ausência de sintomatologia dolorosa
o Integridade dos tecidos periapicais e Inter radiculares radiograficamente
o Integridade da lâmina dura em torno do saco folicular do germe do
permanente sucessor.
Pulpotomia

• Remoção de toda polpa coronária


• Grandes exposições acidentais e exposição por lesão cariosa
• Desvitalização (mumificação)
• Preservação (mínima desvitalização, sem formação de tecido reparador)
• Regeneração (indução, reparação)
• Pulpotomia com Formocresol
o Contraindicado!
o Aceleração da rizólise de dentes decíduos
o Não pode ser considerado biológico, pois não ocorre reparação pulpar após
seu emprego
o Não existe um método seguro para controlar a profundidade de penetração na
polpa radicular
o A aplicação na câmara pulpar dos molares decíduos pode aumentar a
frequência da rarefação óssea inter-radicular, em função da maior
permeabilidade e menor espessura do assoalho.
• Pulpotomia com Hidróxido de Cálcio
o Mais indicada para dentes decíduos, desde que todos os critérios básicos
sejam respeitados.
o Grandes exposições pulpares acidentais traumáticas (Não se utiliza o curativo,
pulpotomia com hidróxido de cálcio em sessão única)
o Exposições em geral, com quadro de hiperemia ou inflamação suave
o A utilização deve ser precedida de um curativo com corticosteroide e
antibiótico 48hs antes da aplicação nos casos de exposições pulpares com
inflamação.
o Não age sobre a polpa inflamada
o Esta indicada para dentes decíduos que apresentem ausência de patologias,
como:
▪ Fistula
▪ Mobilidade
▪ Edema
▪ Alteração de cor
▪ Lesões periapicais e Inter radiculares
o No transoperatório deve-se observar sinais clínicos, como:
▪ Sangramento de coloração normal
▪ Consistência tecidual
▪ Facilidade de hemostasia
o A ausência de evidencias clinicas de normalidade já indica a necessidade de
uma terapia endodôntica mais radical
o A ocorrência de reabsorção interna de dentes decíduos se deve ao uso
inadequado do hidróxido de cálcio diretamente sobre o tecido pulpar já
inflamado
o Irrigação abundante apenas com soro fisiológico
o Evidencias de sucesso
▪ Ausência de sintomatologia dolorosa
▪ Ausência de alterações de cor
▪ Ausência de alterações de tecidos moles adjacentes ao dente
▪ Imagem radiográfica compatível com a normalidade
o A ausência de ponte de dentina não significa necessariamente fracasso do
tratamento
• A técnica de Pulpotomia para Dentes Decíduos com Lesão Cariosa Profunda é:
o Anestesia
o Isolamento absoluto
o Remoção de toda dentina cariada
o Remoção do teto da câmara pulpar, tendo-se o cuidado de não invadir a
câmara em direção ao assoalho principalmente nos primeiros molares
inferiores, pois existe o risco de uma trepanação na área de bifurcação
radicular, devido a pouca profundidade.
o Remoção da polpa coronária ate o nível da entrada dos canais radiculares,
utilizando escavadores de dentina ou broca esférica.
o Irrigação com água destilada ou soro fisiológico
o Secagem com algodão esterilizado, ate se obter a hemostasia. Se persistir uma
hemorragia abundante, deve-se considerar a polpa radicular severamente
inflamada, contraindicando o emprego da técnica
o Colocação de um curativo de corticosteroide-antibiótico, levado à câmara
pulpar com um algodão, selagem da cavidade com Oxido de Zinco e Eugenol
o Decorridas 48hs, preparar novo isolamento absoluto, remover o selamento e o
curativo
o Colocação do Hidróxido de Cálcio puro (pró-análise) ou em solução aquosa.
o Colocação de uma sub-base de cimento de Hidróxido de Calcio
o Procedimento restaurador

• Pulpotomia com Agregado de Trióxido Mineral (MTA)


o Não afeta o tecido radicular remanescente
o Apresenta expansão significativa, contribuindo para um importante
vedamento marginal
o Os efeitos tem sido comparados com os do Formocresol. Substituto do
Formocresol.
o Precisa de mais pesquisas.
o Foram encontrados resíduos de MTA no citoplasma de células endoteliais de
vasos distantes da área de capeamento, diante disso, especulou a
possibilidade de esse material circular para regiões distantes de cabeça e
pescoço.
o Os resultados descritos desaconselham o uso de MTA em humanos
Pulpectomia – Tratamento Endodôntico Radical

• Lesões pulpares irreversíveis ou polpa com necrose total.


• A complexidade topográfica dos molares decíduos não contraindica os procedimentos
endodônticos
• A contraindicação do tratamento de canais em dentes decíduos está subordinada a
fatores, como:
o Reabsorção radicular superior à metade do comprimento da raiz. A rizólise
adiantada dificulta a instrumentação do canal, aumentando o risco de
trepanação e a possibilidade de lesão do germe do permanente.
o Grande destruição coronária, impedindo o isolamento
o Lesão de cárie destruindo o assoalho da câmara pulpar
o Lesões periapicais ou inter-radiculares extensas acompanhadas de grande
mobilidade dental
o Descontinuidade da lâmina dura do saco folicular do sucessor permanente.
o Abscessos volumosos
o Alveólise
o Pouca saúde geral do paciente

• Odontometria e Preparo Biomecânico


o Dentes decíduos tem a sua rizólise fisiológica iniciada pela superfície lingual
ou palatina, de forma obliqua. Nem sempre é perceptível através de
radiográficas.
o As tomadas radiográficas feitas com limas dentro do canal não servem para
orientar o clinico sobre os exatos limites da instrumentação e obturação
o Sugestão de Garcia-Godoy (1987)
▪ Dentes Anteriores
• Se a imagem do ápice da raiz do dente decíduo estiver
sobreposta à borda incisal do germe do dente permanente, a
medida é feita da borda incisal do dente decíduo até a borda
incisal do permanente, e a limagem é feita com essa medida
• Se houver um espaço entre o ápice do decíduo e a borda
incisal do permanente, faz-se a medida total da raiz e retira-se
1mm por medida de segurança
▪ Dentes Posteriores
• Se o germe do permanente sucessor estiver localizado entre
as raízes, a Odontometria é feita do plano oclusal do molar
decíduo até a ponta de cúspide do pré molar, a
instrumentação será realizada com essa medida.
• Se o germe estiver posicionado abaixo dos ápices das raízes
do decíduo, a medida será do plano oclusal do temporário até
o ápice de cada raiz, retirando 1mm por segurança.
• Se o germe do permanente estiver mais próximo de uma das
raízes, os dois recursos são utilizados, ou seja, na raiz mais
próxima a limagem será ate a altura da ponta de cúspide do
permanente. Na raiz mais distante, a instrumentação será
feita em toda extensão da raiz menos 1mm.

o Na Odontometria de molares superiores, utiliza-se a radiografia interproximal.


o O preparo biomecânico deve ser feito com limas tipo Kerr de 21mm, para o
maior conforto da criança em função da menor abertura da boca.
o Para os dentes anteriores, utilizam-se as limas da segunda série (45 a 80),
devido o maior diâmetro dos canais.
o Para os dentes posteriores são utilizadas as limas da primeira série (15-40)
o No caso de canais atresicos, poderão ser utilizadas limas 8 ou 10 no inicio do
preparo.
o A instrumentação deve ser acompanhada de irrigação/aspiração com
detergente aniônico, água de hidróxido de cálcio ou soro fisiológico, quando a
polpa tiver vitalidade. Em casos de polpa necrótica deve ser utilizado o liquido
de Milton (hipoclorito de sódio a 1%)

• Curativo de Demora
o Nos casos de vitalidade pulpar, ou seja, de Pulpite irreversível
(Biopulpectomia), é desnecessário um curativo de demora, pois, essa situação
não constitui um quadro significativo de infecção, mas o tratamento
endodôntico deve ser realizado em sessão única.
o A indicação de uma medicação intracanal entre sessões se dá para os casos de
necrose associada a osteítes Peri e interradiculares.
o O hidróxido de cálcio é o mais recomendado para a medicação em crianças.
▪ Redução de exsudato
▪ O ato pH cria um ambiente propicio a reparação tecidual
▪ Compete com as bactérias G- pelo gás carbônico
▪ Habilidade de desnaturar o tecido orgânico, tornando-o mais
suscetível à dissolução de material necrótico.
o Após o preparo biomecânico, escolhesse uma pasta composta por hidróxido
de cálcio p.a e soro fisiológico para medicação intracanal provisória
o O curativo deve ser mantido por até 30 dias.
• Pasta Obturadora
o Características ideais:
▪ Ser fagocitado simultaneamente à rizólise
▪ Apresentar compatibilidade com os tecidos periapicais
▪ Ser facilmente inserido no interior dos canais e removido quando
necessário
▪ Apresentar atividade antimicrobiana
▪ Ser radiopaco
▪ Aderir às paredes do canal sem sofrer contração
▪ Não ser solúvel em água
▪ Não afetar a cor dos dentes
▪ Não tomar presa em forma de uma massa compacta que interfira com
o irrompimento do sucessor permanente
o Pasta Calen (S.S White) espessada com óxido de zinco
o O tratamento endodôntico radical pode ser realizado em sessão única, devido
às propriedades das pastas obturadoras à base de hidróxido de cálcio, em
dentes com necrose pulpar de pacientes com limitada capacidade de
colaboração e principalmente em casos de traumatismo, quando a terapia
não pode ser adiada.
o A técnica para pulpectomia e o tratamento de canais de dentes decíduos pode
ser resumida como segue:
▪ Radiografia para diagnostico e Odontometria
▪ Anestesia
▪ Isolamento absoluto
▪ Remoção de toda dentina cariada
▪ Limpeza da cavidade com soro fisiológico
▪ Remoção do teto da câmara pulpar
▪ Remoção da polpa coronária ou de restos necróticos
▪ Irrigação da câmara pulpar com liquido de Milton (hipoclorito de
sódio a 1%)
▪ Remoção da polpa radicular
▪ Preparo biomecânico dos canais
▪ Secagem com aspiração e pontas de papel absorvente
▪ Obturação do canal com pasta consistente de hidróxido de cálcio
utilizando seringa Centrix ou broca lentulo. Se o tratamento for
realizado em duas sessões, a obturação será precedida de curativo de
demora de pasta de hidróxido de cálcio p.a e soro fisiológico que
devera permanecer por 30 dias
▪ Limpeza da câmara pulpar com álcool, após a obturação para retirar
pastas das paredes circundantes da cavidade. Nos dentes posteriores,
a pasta obturadora devera cobrir o assoalho da câmara e as entradas
do conduto
▪ Restauração
Ordem e Data de Irrupção dos Dentes Decíduos
1. Incisivos centrais inferiores (8 meses)
2. Incisivos centrais superiores (10 meses)
3. Incisivos laterais superiores (12 meses)
4. Incisivos laterais inferiores (14 meses)
5. 1° molares superiores (16 meses)
6. 1° molares inferiores (16/17 meses)
7. Caninos superiores (19/20 meses)
8. Caninos inferiores (20 meses)
9. 2° molares inferiores (27 meses)
10. 2° molares superiores (27/28 meses)

Ordem e Data de Irrupção dos Dentes Permanentes


1. Incisivos centrais inferiores e 1° molares (6-7 anos)
2. Incisivos centrais superior e laterais inferior (7-8 anos)
3. Incisivos laterais superiores (8-9 anos)
4. Caninos inferiores (9-10 anos)
5. 1° pré-molares (10-11 anos)
6. 2° pré-molares superior (10-12 anos)
7. 2° pré-molares inferiores e caninos superiores (11-12 anos) – Fim da dentição mista
8. 2 ° molares inferiores (11-13 anos)
9. 2° molares superiores (12-13 anos)

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