Natália Bueno
Ortodontia Preventiva
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CRANIOFACIAL - 2 semestre
“O crescimento facial é muito importante na
Ortodontia, já que as variações na morfologia
craniofacial são fontes de má oclusões severas, e as
alterações clínicas do crescimento e a morfologia
óssea são uma base fundamental no tratamento
ortodôntico”.
Por que estudar o crescimento???
- Para compreender os diferent3es padrões faciais e
suas influências no desenvolvimento das más oclusões.
- Os fatores biológicos relacionados ao crescimento,
são responsáveis pelas recidivas após o tratamento.
Formas de estudo do crescimento:
 Idade Cronológica
- baseada na idade do indivíduo.
- utilizada por leigos, mas não é tão fiel em
odontologia.
 Idade Óssea
- melhor forma de avaliação de idade na
odontologia.
- através de radiografia de mão e punho.
- análise da idade de crescimento
esquelético ser compatível com a idade
cronológica.
- possível determinar a fase em que a criança
se encontra (antes, durante o surto de
crescimento ou se já finalizou) e se é possível
o tratamento através de ortopedia ou não.
 Idade Dentária
- comparação da idade cronológica com a
troca dentária, de acordo com a literatura.
- não determina de forma fiel as
características de crescimento craniofacial,
mas pode auxiliar no tipo de terapia a ser
empregada.
Ou seja, para avaliação de tratamento ortopédico
ou avaliação do potencial de crescimento
maxilomandibular, deve-se utilizar a Idade Óssea que
pode ser visualizada através da radiografia carpal.
CRESCIMENTO X DESENVOLVIMENTO
 CRESCIMENTO
- É o aspecto quantitativo, por meio do qual a
matéria viva torna-se maior.
- Representa um aumento de volume que ocorre pela
multiplicação celular ou pelo aumento de volume
celular.
É o aumento volumétrico de uma célula, de um tecido,
de um órgão, ou seja, refere-se ao aspecto
quantitativo, aumento de tamanho.
 DESENVOLVIMENTO
- É o aspecto qualitativo, por meio do qual os
componentes do organismo se diferenciam
adquirindo função específica.
Refere-se a especificidade, a um ganho qualitativo,
quando uma célula, um tecido, um órgão ganha uma
função específica.
- As duas características ocorrem simultaneamente,
porém não na mesma velocidade.
- Em alguns momentos, o crescimento é mais
acentuado e desenvolvimento mais lento, quando em
outro momento, o crescimento estará sendo cessado,
porém o desenvolvimento continua em fase ativa.
Exemplo: Crânio Infantil x Crânio Adulto
- Com o crescimento, a face que inicialmente
apresenta uma relação 1:2 com o crânio (ou seja, o
crânio é 2x maior que a face), passa a ter uma
relação de 1:1 na fase adulta (volume craniano =
volume facial).
- O crânio é maior para que tenha proteção do
cérebro que cresce muito rapidamente no período
pré-natal e nos primeiros anos de vida.
- Ao nascer, o comprimento total do crânio é de 60
a 65% do seu tamanho final (ou seja, o cérebro é
muito grande, porém sem desenvolvimento cerebral
compatível).
- No segundo ou terceiro ano de vida, é alcançado
cerca de 85% do tamanho do crânio adulto.
 Natália Bueno

- Aos 5 ou 7 anos de idade, já alcançou 90% de seu CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO GERAL DO

tamanho. CORPO

- O crânio tem seu crescimento e desenvolvimento O crescimento é dividido em curvas, ou seja,

mais rápido no período pré-natal, para acomodar o
cérebro em crescimento.
- No período pós-natal, ambos continuam se
desenvolvendo, contudo, a face apresenta
mudanças quantitativas e qualitativas maiores neste
período, igualando-se na fase adulta ao tamanho
do crânio.
- A mandíbula do recém-nascido é pequena e
retrusiva à maxila e à face (para facilitar que a
ordenha seja mais ampla). A face convexa é
desenvolvida para facilitar o parto natural e deve-
se igualar até o 6º mês.
dependendo da origem tecidual, o crescimento terá
um comportamento específico.
 Curva de crescimento GERAL
- Ossos, músculos e vísceras.
- Tem uma aceleração no crescimento até os 6 anos
de idade (surto de crescimento juvenil), depois entra
em um platô (diminui a velocidade do crescimento), e
em seguida tem outro surto de crescimento (surto de
crescimento puberal).
 Curva de crescimento NEURAL

- Cérebro, medula espinhal, bulbos oculares, parte do

ouvido interno e neurocânio.

- Cresce rapidamente até os 10 anos, atingindo a

maturação próximo aos 10 anos de idade.

 Curva de crescimento LINFÁTICO

- Timo, linfonodos, tonsilas e tecidos linfoides do tubo

digestivo.

- Todos os tecidos crescem rapidamente até os 10

anos, ficando com o dobro de seu tamanho normal,
depois involui à partir dos 10 aos 11 anos.

- Obs.: prestar sempre atenção no espaço que sobra

entre a amigdala e a adenoide, pois o paciente
dólicofacial tem grandes chances de ter problemas
respiratórios.

(As amígdalas e adenoide de uma criança que está

em crescimento e desenvolvimento é 200x maior do
que as de um adulto)

Conclusões:  Curva de crescimento GENITAL

- Ovários, testículos, órgãos reprodutores e genitália

- O crânio e a face crescem enquanto o indivíduo
externa.
está em sua fase ativa de crescimento, mas cada
tecido vai ter uma velocidade de crescimento - Platô até por volta dos 12 anos, e depois tem um
diferente. O crânio cresce muito rapidamente no surto de crescimento puberal à partir dos 12 anos.
período pré-natal e nos primeiros anos de vida:
- As dimensões da face crescem conforme a curva de
Porcentagem do Crescimento Craniofacial crescimento geral, o crânio segundo a curva de
finalizado em diferentes estágios crescimento neural e a base do crânio do tipo misto,
entre a curva geral e neural.
ESTÁGIOS
1 - 5 anos 5 - 10 anos 10 - 20 anos
Crânio 85% 11% 4%
Maxila 45% 20% 35%
Mandíbula 40% 25% 35%
 Natália Bueno

CRESCIMENTO CELULAR  Curva de crescimento Genital:

Velocidade de Crescimento dos diversos tecidos - Existe um platô ao longo da vida, uma curva
ascendente muito pequena nos primeiros anos e
quando entra no surto de crescimento da
puberdade, têm um estirão de crescimento dos
tecidos.

Tipo Linfoide
Tipo Neural
Tipo Geral
Tipo Genital A face e o crânio são divididos em áreas:

 Curva de crescimento Neural: - Neurocrânio (que segue a curva de crescimento

- Existe uma curva ascendente até por volta dos 10
anos de idade e após entra em platô (todos os
tecidos de origem neural vão crescer rapidamente
até um pouco mais de 10 anos de idade).
 Curva de crescimento Linfoide:
- Representa os tecidos de proteção (respiração),
existe uma curva muito acentuada que vai por volta
até os 10 - 12 anos de idade, que vai atingir próximo
aos 200% e depois começa a reduzir até chegar ao
100% próximo a fase adulta.
- Ou seja, amigdalas e adenoide, até os 10-12 anos
de idade, estão na fase ativa de crescimento e deve
ter o dobro de tamanho que terá na fase adulta.
Terá obstrução com frequência da passagem do ar,
seja na região de nasofaringe ou bucofaringe que
pode interferir tanto na qualidade de vida, como
também no crescimento da criança.
neural, embora seja um tecido ósseo, ele é
influenciado pelo crescimento de um tecido neural =
cérebro).
- Base do crânio (influenciado pela curva geral
quanto a neural).
- Esplancnocrânio (que é a face, segue a curava
geral, do restante do corpo).
FATORES DE CRESCIMENTO DOS TECIDOS
Fatores que interferem no desenvolvimento:
- Primário:
Relacionados com a hereditariedade que
provoca o embalo evolutivo inicial, intervindo no
prosseguimento do fenômeno (ex: padrão facial,
raça, má oclusão esquelética).
- Secundário:

 Curva de crescimento Geral: São muitos os fatores secundários

(ambientais) que influenciam no crescimento
- Interfere na estatura final do indivíduo.
corpóreo: idade dos genitores, sua consanguinidade,
- Se o fêmur está crescendo rapidamente, a maxila e
condições socioeconômicas, doenças e intoxicações,
mandíbula também estarão, pois todos seguem a
nutrição, temperatura.
mesma curva!
- Curva inicial: juvenil - que vai até mais ou menos 6
VARIÁVEIS QUE AFETAM O CRESCIMENTO FÍSICO
anos de idade, depois entra em um platô quando a
criança tem uma desaceleração no crescimento e TENDÊNCIAS SECULARES
logo em seguida o surto puberal, onde o adolescente
tem o potencial de crescimento máximo (meninas: por - Alterações da estatura e maturação
volta dos 14 anos ou menos. - Diminuição da idade da menarca

• Crianças que experimentam situações estafantes,
apresentam inibição do hormônio de crescimento.
• Mulheres altas tendem a amadurecer mais
tardiamente.
• Crianças que praticam exercícios árdua
regularmente não mostram crescimento favorável.
• Os primogênitos tendem a pesar menos ao
nascimento e, futuramente, alcançam menor estatura
e Q.I. mais elevado.
• A cada geração, meninos e meninas tendem a ser
maiores que seus genitores (meninos 5cm e meninas
3cm). Isso é consequência de melhor qualidade na
alimentação, com maior variedade de proteínas,
prática de esportes, vacinação em massa e melhorias
das condições sanitárias.
TEORIAS DE CRESCIMENTO ÓSSEO
- O estudo do crescimento mais avançado de forma
individualizada, só se tornou possível a partir do
surgimento do raio-x.
 JOHN HUNTER (1771-1778)
- Reabsorção e aposição como forma de crescimento
característico de cada osso.
- Aumento da altura do corpo mandibular pelo
crescimento do osso alveolar.
Compressão  reabsorção
Irrupção  aposição
- Relação de irrupção dos molares com o ramo
mandibular.
- A área da aposição óssea não é o corpo
mandibular, e sim o ramo da mandíbula.
- Ocorre uma reabsorção óssea anterior e aposição
óssea posterior.
 HUMPHRY (1863)
- Estudo realizado em mandíbula de porcos.
- Comprovou a teoria de Hunter.
Natália Bueno
Reabsorção: porção interna do ramo ascendente
da mandíbula.
Aposição: parte posterior do ramo ascendente da
mandíbula.
e
Wilhelm Roentgen (1895): descobrimento do
Raio-x, a partir daí começaram as pesquisas e
teorias em indivíduos vivos.
 SICHER (1952) - Teoria Sutural
- Suturas como centros primários de crescimento,
impulsionando o crescimento facial de acordo com o
código genético.
- Suturas faciais como: Frontonasal
Frontomaxilar
Zigomaticotemporal
Zigomaticomaxilar
Pterigopalatina.
- Sugeriu que o crescimento facial depende das
suturas e do periósteo como centros primários de
crescimento.
- Todos os ossos do complexo nasomaxilar são
intramembranosos, exceto o septo nasal.
- As suturas e o periósteo alteram-se com estímulos
externos de pressão e tensão.
- Ele tinha razão da importância das suturas e do
periósteo, porém ele não tinha razão que eles eram
centros primários ou que eram os únicos pontos
importantes de crescimento ósseo.
 SCOTT (1956) - Teoria Cartilaginosa
- O controle do crescimento craniofacial é realizado
pela cartilagem e periósteo, sendo as suturas
secundárias e passivas.
- “Se as suturas se alteram por meio de estímulos
ambientais, então seriam centros secundários de
crescimento, e não primários”.

- A cartilagem como centro de controle primário
de crescimento ósseo. Cresce mesmo sob estímulos
externos de pressão e tensão.
- Ex.: base do crânio, septo nasal, côndilo mandibular.
 MOSS (1962) - Matriz Funcional
Forma X Função
(É importante que os dois caminhem juntos).
- O principal fator de crescimento craniofacial é
genético, porém extrínseco ao osso (matriz funcional).
- O fator ambiental pode exercer influência na
direção, qualidade e quantidade de crescimento.
- O crescimento do crânio é secundário, sendo
determinado pelo crescimento das matrizes funcionais
(cérebro) e adicionalmente por fatores ambientais.
- Utilizada até os dias de hoje.
- O que é matriz funcional: são órgãos, tecidos,
estruturas localizadas fora do osso e que atuam
diretamente sobre a quantidade, qualidade no
crescimento esquelético, ele continua sendo
genético, mas ele passa a ser extrínseco ao osso. A
musculatura interfere na quantidade e qualidade do
crescimento esquelético.
- A matriz funcional seria o centro primário de
crescimento: fator epigenético.
- Considera-se matriz funcional uma unidade
(tecidos, volumes) que relacionam-se com o crânio e
a face.
Exemplos de matriz funcional:
- O dente é matriz funcional para crescimento do
osso alveolar.
- A amamentação é matriz funcional para o
crescimento anteroposterior da mandíbula.
- O cérebro é matriz funcional para o crescimento
da calota craniana, no qual irá determinar a
quantidade, qualidade e velocidade do
crescimento.
- As funções do sistema estomatognático
(respiração, fonação, deglutição, mastigação), são
matrizes funcionais do crescimento maxilar.
CRESCIMENTO ÓSSEO
O osso é um tecido altamente metabolizado e, a
despeito de sua dureza, apresenta-se como um dos
mais plásticos e maleáveis tecidos orgânicos.
- Osteoblastos: produção de matriz óssea
- Osteócitos: manutenção da matriz óssea
- Osteoclastos: reabsorção do tecido ósseo
Natália Bueno
O osso pode se formar de duas formas diferentes:
OSTEOGÊNESE
 Formação óssea Intramembranosa: direta
- O tecido ósseo forma-se diretamente a partir do
tecido conjuntivo.
- É GRADATIVO e APOSICIONAL (uma camada em
cima da outra).
- Células mesenquimais indiferenciadas 
osteoblastos  osteócitos  matriz osteoide + CA++
(malha cartilaginosa que são depositados sais de
cálcio)  ossificação (o que estava envolvido por
tecido conjuntivo será envolvido por tecido ósseo).
- Obs.: quando se faz movimentação ortodôntica, é
necessário fazer a contenção, pois esse osso que se
forma logo após o movimento é frágil (osso primário),
visto ainda não ter a mineralização necessária para
manter os dentes movimentados em suas novas
posições. Com o tempo, esse osso passa a receber
sais minerais e Ca++, tornando-se um osso mais
resistente (osso secundário).
- Exemplos de áreas onde ocorre a formação óssea
intramenbranosa:
Suturas
Regiões periosteais
- É uma formação óssea que aceita a influência do
meio externo (aparelho, etc.).
- Ocorre principalmente nas suturas e regiões
periosteais.
- Tipo de ossificação predominante no esqueleto
craniofacial.
- As áreas principais que se destacam com esse tipo
de formação óssea, são chamadas de Sítios de
crescimento.
Resumindo:
- A Formação Óssea intramenbranosa é aquela a
qual o osso se forma diretamente a partir de um
tecido conjuntivo, sem fase intermediária.
- Esse tipo de tecido que se forma, vai ganhando
resistência ao longo do tempo, se mineralizando
conforme vão sendo depositados sais minerais nesta
matriz.
- É um tipo de tecido que pode ser influenciado pelo
meio (ex. respiração, uso de aparelhos, hábitos
deletérios).

 Formação óssea Endocondral: indireta
- É chamada indireta, porque o molde cartilaginoso
é precursor morfológico do osso e passa a substituir
gradativamente o molde cartilaginoso.
- Células mesenquimais indiferenciadas 
condroblastos  condrócitos  matriz cartilaginosa
(forma-se a cartilagem)  hipertrofia (crescem, se
duplicam)  degeneração (morrem, ocorre uma
mudança de pH do meio)  vasos sanguíneos 
células mesenquimais indiferenciadas  osteoblastos
 osteócitos  matriz osteóide + Ca++ (matriz óssea
onde são depositados sais de cálcio da corrente
sanguínea)  formação óssea (o que estava
envolvido por cartilagem será envolvido por tecido
ósseo).
- Obs.: Ao analisar uma criança em fase de
crescimento podemos encontrar na radiografia, uma
cartilagem que divide as falanges em epífise e diáfise.
Quando essa cartilagem é substituída por osso
(desaparece), significa que sessou o crescimento.
Na Formação Óssea Endocondral o osso pode
crescer de 2 formas:
 CRESCIMENTO INTERSTICIAL
- Consiste na formação de novos elementos celulares
nos interstícios através da matriz já existente.
- A maioria dos tecidos cresce dessa maneira.
 CRESCIMENTO APOSICIONAL
- Consiste na formação de novos elementos em
camadas superpostas já existentes.
- Exemplos de áreas onde ocorre a formação óssea
endocondral:
Base do crânio
Côndilos da mandíbula
Septo Nasal
Sincondroses
Parede do canal do nervo trigêmeo
Sínfise (se fecha precocemente)
Essas áreas são chamadas de Centro de
crescimento.
Resumindo:
- Tecido conjuntivo que se modificará produzindo
cartilagem, a qual servirá de molde para que haja
formação posterior de tecido ósseo.
- Devido a fase intermediária (formação da
cartilagem) é chamada de indireta.
Natália Bueno
- Condroblastos: células progenitoras de matriz
cartilaginosa.
- Matriz cartilaginosa: muito ácido hialurônico,
protoglicanas, fibras colágenas, elastina e muita
água. Portanto, é um tecido muito mais flexível do que
o próprio tecido ósseo.
- O tecido cartilaginoso não tem presença nervos e
de vasos linfáticos e sanguíneos em seu interior, toda
a inervação e irrigação está na superfície, fazendo
com que o interior tenha dificuldade em suprir as
células do meio.
- Com o aumento das células cartilaginosas no meio,
elas irão sofrer hipertrofia e apoptose e este tecido
a partir de então, será substituído gradativamente
ao longo do crescimento do indivíduo, por tecido
ósseo.
- É um tipo de formação óssea que não aceita
influência do meio externo.
PROCESSO CELULAR DENTRO DO DISCO
EPIFISÁRIO
Num mesmo osso, podem haver áreas de ossificação
intramembranosa e em outras ossificação
endocondral.
SÍTIOS DE CRESCIMENTO
- São áreas não autônomas em termos de
crescimento, mas adaptativas e secundárias, sendo
dependente de um estímulo primário.
- Ajusta-se ao crescimento.
- Não possui força para separar ossos.
- Adapta-se.
Ex.: Suturas.
CENTRO DE CRESCIMENTO
- São áreas autônomas, com informações codificadas
no núcleo de suas células para crescerem num
determinado momento, coordenadas pelo sistema
neuroendócrino.
- Iniciador de crescimento.
- Força para separar ossos.
- Não se adapta.
Ex.: septo nasal, cartilagens, sincondroses.

Resumão!!!!
O osso pode ter 2 origens diferentes:
- Pode advir diretamente de um tecido conjuntivo,
chamado de ossificação intramembranosa ou direta,
que é característico dos ossos mais irregulares, de
forma achatada, circulares.
- Pode haver uma ossificação endocondral ou
indireta, onde terá uma fase intermediária que é a
formação da cartilagem, até a formação do osso.
Esse tipo de ossificação é muito comum em áreas de
proximidade com articulações, grande demanda
funcional, grande sobrecarga.
 REMODELAÇÃO ÓSSEA
- Ocorre na superfície do periósteo e endósteo em
todos os ossos ao longo de toda a vida.
- É a interação entre o periósteo e o endósteo
promovendo a remodelação óssea. Faz com que o
indivíduo mantenha as mesmas características físicas
durante toda a vida.
- O crescimento, na verdade, é um processo de
remodelamento que propicia o aumento de tamanho.
Se um osso crescesse uniformemente em todas as
direções, o deslizamento não estaria envolvido, e o
remodelamento não seria necessário como parte do
processo de crescimento.
- Se o grau de aposição e reabsorção forem iguais,
a espessura do córtex permanece constante. Se a
aposição exceder a reabsorção, o tamanho total e
a espessura cortical aumentam gradualmente.
Ex.: quando ocorre uma fratura óssea, a
regeneração e reconstrução óssea ocorre graças a
remodelação óssea.
- Aposição e reabsorção em todas as superfícies
internas e externas.
Natália Bueno
- Funções: Dar forma ao osso;
Manter os ossos em contato;
Crescimento;
Regenerar o tecido em um eventual
trauma.
Por que o crescimento tem um prazo?
- Na fase infantil ou juvenil, a quantidade de
aposição é maior do que a reabsorção, ou seja, tem
um aumento volumétrico de tecido ósseo (o indivíduo
cresce).
- Na fase adulta, continua-se tendo remodelação
óssea, porém com funções diferentes, manter formato
do osso, para não perder as características físicas,
manter a vitalidade dos ossos em contato, mas não
promove mais crescimento. A remodelação óssea será
da seguinte forma: a quantidade de tecido aposto
equipara a quantidade de tecido reabsorvido (não
ganha, só mantém, o volume ósseo não se altera).
- Na fase senil, ocorre a reabsorção prevalecendo à
aposição = osteoporose (perda de volume,
densidade de tecido ósseo, menos mineralizado).
Embora a remodelação óssea ocorra ao longo da
vida, ela não necessariamente promove o
crescimento contínuo do indivíduo, ela está
relacionada também com a manutenção da
morfologia facial.
 PROLIFERAÇÃO SUTURAL
- Ocorre nas margens das suturas dos ossos que
possuem suturas (maxila possui inúmeras suturas,
internas e externas, as quais fazem contato com os
outros ossos).
 PROLIFERAÇÃO CARTILAGINOSA
- Somente nas áreas onde há tecido cartilaginoso.
(Calota craniana não possui tecido cartilaginoso,
portanto não terá proliferação cartilaginosa).
MOVIMENTOS ÓSSEOS
 Deslizamento
- Refere-se ao crescimento real do indivíduo.
- É o processo de aposição em uma área óssea e
reabsorção na área oposta.
- Ocorre em direção à superfície de aposição,
portanto, o deslizamento proporciona um aumento
progressivo de todo o osso.
 Natália Bueno

 Deslocamento CRESCIMENTO DO CRÂNIO

- É o movimento espacial da unidade óssea em  Abóbada Craniana

relação aos ossos adjacentes.
- Formação óssea:
- Resulta da tração ou pressão pelos diferentes ossos Intramembranosa.
e seus tecidos moles, separando-os à medida que
continuam aumentando. - Função:
Proteção do cérebro.
- “O processo global de aumento craniofacial é um
conjunto de deslizamento e deslocamento. O - Mecanismo de crescimento:
deslizamento e o deslocamento podem Remodelação óssea
complementar-se, mover-se na mesma direção ou Proliferação sutural
mesmo ocorrer em direções opostas”.
- Fontículo: união de mais de 2 ossos da abóboda
- A medida que o osso aumenta em uma dada craniana, separados por um tecido conjuntivo fibroso
direção dentro da articulação, é simultaneamente ou frouxo (fontanela frontal, fontanela occipital,
deslocado na direção oposta. fontanela esfenoidal, fontanela mastoidea).

- O osso é “puxado” pela força expansiva de todos - Sutura: união de 2 ossos da abóboda craniana,
os tecidos moles em crescimento adjacente e ligados separados por um tecido conjuntivo fibroso (sutura
a ele pelas fibras de ancoragem. frontoparietal, sutura parieto-occipital, sutura
interparietal, sutura parieto-temporal).

 Base do Crânio

- Formação óssea:
Endocondral.

- Função:

Suporta e protege o
cérebro e a coluna vertebral.
 Deslocamento Primário
- Mecanismo de crescimento:
- É o movimento de um Proliferação cartilaginosa (sincondroses)
osso em função de seu Remodelação óssea
próprio crescimento.
- Sincondrose: é uma articulação sem movimento.
- A quantidade que o Representa a união de 2 ossos da base do crânio,
osso cresce de forma separados por uma cartilagem.
real, é movimentado no
sentido oposto na 1. Sincondrose Inter-esfenoidal (fecha-se ao nascer).
mesma quantidade. 2. Sincondrose Intra-occipital (desaparece por volta
dos 3 aos 5 anos).
3. Sincondrose Esfeno-etmoidal (desaparece por
 Deslocamento Secundário volta dos 7 anos).
4. Sincondrose Esfeno-occipital (desaparece por
volta dos 12 aos 15 anos).
- É o movimento de todo
o osso causado pelo
crescimento separado
de outros ossos, que
podem estar próximos ou
bem distantes dele.