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DESENVOLVIMENTO HUMANO
Temas fundamentais do desenvolvimento humano:
Todos os domínios do desenvolvimento são inter-relacionados.
O desenvolvimento normal inclui uma ampla gama de diferenças individuais.
As pessoas ajudam a moldar seu próprio desenvolvimento e influenciam as
reações dos outros em relação a elas.
Os contextos histórico e cultural influenciam fortemente o desenvolvimento.
A experiência inicial é importante, mas as pessoas podem ser
extraordinariamente resilientes.
O desenvolvimento continua por toda a vida.
O campo do desenvolvimento humano constitui-se do estudo científico de como as
pessoas mudam, bem como das características que permanecem razoavelmente estáveis
durante toda a vida. O desenvolvimento humano tem ocorrido, evidentemente, desde
que os seres humanos existem, mas seu estudo científico formal é relativamente novo.
A idéia de que o desenvolvimento continua depois da infância é relativamente nova. A
adolescência não era considerada um período separado de desenvolvimento até o início
do século XX, quando G. Stanley Hall (1904-1916), pioneiro no estudo de crianças,
publicou Adolescence (Adolescência), um livro popular, mas não científico. Hall
também foi um dos primeiros psicólogos a se interessar pelo envelhecimento. Stanley
Hall foi considerado o pai da adolescência.
Hoje, a maioria dos cientistas do desenvolvimento reconhecem que o desenvolvimento
ocorre durante toda a vida. Esse conceito de um processo vitalício de desenvolvimento
que pode ser estudado cientificamente é conhecido como desenvolvimento no ciclo
vital. Paul B. Baltes (1987; Baltes, Lindenberger e Staudinger, 1998), líder no estudo da
psicologia desse desenvolvimento, identifica os princípios fundamentais de uma
abordagem do desenvolvimento no ciclo vital, os quais servem de estrutura para o seu
estudo. São eles:
O desenvolvimento é vitalício. Cada período do tempo de vida é influenciado
pelo que aconteceu antes e irá afetar o que está por vir. Cada período tem suas
próprias características e um valor sem igual; nenhum é mais ou menos
importante.
O desenvolvimento depende de história e contexto. Cada pessoa desenvolve-se
dentro de um conjunto específico de circunstância ou condições definidas por
tempo e lugar. Os seres humanos influenciam seu contexto histórico social e são
influenciados por eles. Eles não apenas respondem a seus ambientes físicos e
sociais, mas também interagem com eles e os mudam.
O desenvolvimento é multidimensional e multidirecional. O desenvolvimento
durante toda a vida envolve um equilíbrio entre crescimento e declínio. Quando
as pessoas ganham em um aspecto, podem perder em outro, e em taxas
variáveis. As crianças crescem sobretudo em uma direção - para cima - tanto em
tamanho como em habilidades. Na idade adulta, o equilíbrio muda
gradualmente. Algumas capacidades, como vocabulário, continuam
aumentando; outras, como a capacidade de resolver problemas desconhecidos,
podem diminuir; alguns novos atributos, como perícia, podem aparecer. As
pessoas procuram maximizar ganhos e minimizar perdas aprendendo a
administrá-las ou compensá-las.
O desenvolvimento é flexível ou plástico. Plasticidade significa capacidade de
modificação do desempenho. Muitas capacidades, como memória, força e
persistência, podem ser significativamente aperfeiçoadas com treinamento e
prática, mesmo em idade avançada. Entretanto, como aprendeu Itard, nem
mesmo as crianças são infinitamente flexíveis; o potencial para mudança tem
limites.
O desenvolvimento humano é muito complexo, e por isso seu estudo exige uma parceria
entre estudiosos de muitas disciplinas, incluindo psicologia, psiquiatria, sociologia,
antropologia, biologia, genética (o estudo das características herdadas), ciência da
família (o estudo interdisciplinar das relações familiares), educação, história, filosofia e
medicina. Este livro utiliza a pesquisa em todos esses campos.
ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO
O estudo do desenvolvimento humano é complicado pelo fato de que a mudança e a
estabilidade ocorrem em diversos aspectos da pessoa. Para simplificar a discussão, os
cientistas do desenvolvimento falam de modo distinto sobre desenvolvimento físico,
desenvolvimento cognitivo e desenvolvimento psicossocial. Na verdade, contudo,
esses aspectos ou domínios do desenvolvimento estão interligados. Durante toda a vida,
cada um deles influencia os outros
Desenvolvimento físico: Responsável pelo crescimento do corpo e do cérebro,
das capacidades sensoriais, das habilidades motoras e da saúde (podem
influenciar outros aspectos do desenvolvimento).
Desenvolvimento cognitivo: Responsável pela mudança e a estabilidade nas
capacidades mentais, como aprendizagem memória, linguagem, pensamento,
julgamento moral e criatividade.
Desenvolvimento psicossocial: Responsável pela mudança e pela estabilidade
na personalidade e nos relacionamentos sociais. Esse aspecto pode influenciar
tanto no cognitivo quanto no físico.
Período do ciclo vital: O conceito de períodos do ciclo de vida é uma construção
social: um ideal acerca da natureza da realidade aceito pelos integrantes de uma
determinada sociedade em uma determinada época com base em percepções ou
suposições subjetivas compartilhadas. Não existe um momento objetivamente definível
em que uma criança torna-se um adulto ou em que uma pessoa jovem torna-se velha,
essa definição vai depender de cada cultura.
Porém há oito períodos geralmente aceitos nas sociedades ocidentais industriais sendo
elas:
Periodo Pré-natal (concepção ao nascimento): Nesta fase ocorre um maior
desenvolvimento físico a dotação genética interage com as influências
ambientais desde o início. Formam-se as estruturas e os órgãos corporais
básicos. Inicia-se o crescimento cerebral. O crescimento físico é o mais rápido
de todo o ciclo vital. O feto ouve e responde a estímulos sensórios. A
vulnerabilidade a influências ambientais é grande. No desenvolvimento
cognitivo as capacidades de aprender e lembrar estão presentes durante a etapa
fetal. E no desenvolvimento psicossocial o feto tem o primeiro contato com a
voz da mãe e desenvolve uma preferência por ela
O desenvolvimento pré-natal ocorre em três fases: germinal,
embrionária e fetal. Durante essas três fases de gestação, o zigoto
original unicelular transforma-se em um embrião e depois em um feto.
Tanto antes como depois do nascimento, o desenvolvimento segue dois
princípios fundamentais. O crescimento e o desenvolvimento motor
ocorrem de cima para baixo e do centro do corpo para fora
O princípio cefalocaudal (do latim "da cabeça para a cauda") determina
que o desenvolvimento ocorra da cabeça para a parte inferior do tronco.
A cabeça, o encéfalo e os olhos do embrião desenvolvem-se mais cedo e
são desproporcionalmente grandes até que as outras partes os alcancem.
Aos 2 meses de idade, a cabeça de um embrião mede a metade do
comprimento de todo o corpo. No momento do nascimento, a cabeça
representa apenas um quarto do comprimento do corpo, mas ainda é
desproporcionalmente grande; segundo o princípio próximo-distal (do
latim "do próximo ao distante"), o desenvolvimento ocorre das partes
próximas ao centro do corpo para as partes externas. A cabeça e o tronco
do embrião desenvolvem-se antes dos membros, e braços e pernas antes
dos dedos de pés e mãos.
Primeira infância (Nascimento aos 3 anos): nesta fase do desenvolvimento
físico todos os sentidos funcionam no nascimento em graus variados. O cérebro
aumenta de complexidade e é altamente sensível à influência ambiental. O
crescimento e o desenvolvimento físico das habilidades motoras são rápidos. Já
no desenvolvimento cognitivo as capacidades de aprender e lembrar estão
presentes, mesmo nas primeiras semanas. O uso de símbolos e a capacidade de
resolver problemas desenvolvem-se ao final do segundo ano de vida. A
compreensão e o uso da linguagem desenvolvem-se rapidamente. E no
desenvolvimento psicossocial desenvolve-se um apego a pais e a outras
pessoas. Desenvolve-se a autoconsciência. Ocorre uma mudança da dependência
para a autonomia. Aumenta o interesse por outras crianças.
Além destas fases ainda existem mais duas fases que n abordaremos aqui que são meia
idade (40 aos 60 anos) e a terceira idade ( 65 em diante).
INFLUÊNCIAS NO DESENVOLVIMENTO
Hereditariedade: Influências inatas sobre o desenvolvimento, transmitidas
pelos genes herdados dos pais biológicos. Através da hereditariedade podemos
receber diversas doenças transmitidas geneticamente.
Ambiente Externo: Totalidade de influências nãogenéticas sobre o
desenvolvimento, externas à pessoa. O ambiente externo influencia diretamente
no desenvolvimento humano. Esse ambiente consiste no seu ciclo social, cultura,
classe e etnicidade.
Muitas mudanças típicas da primeira e segunda infâncias parecem vinculadas à
maturação do corpo e do cérebro - o desdobramento de uma sequência natural
geneticamente influenciada de mudanças físicas e padrões de comportamento, incluindo
a prontidão para adquirir novas habilidades, como caminhar e falar. A medida que as
crianças transformam-se em adolescentes e depois em adultos, as diferenças nas
características inatas e na experiência de vida desempenham um papel mais importante
CONDIÇÃO SOCIOECONÔMICA
A condição socioeconômica (CS) mescla diversos fatores relacionados, incluindo
renda, nível de instrução e profissão. Ao longo deste livro, descrevemos muitos estudos
que relacionam a CS aos processos de desenvolvimento (como diferenças na interação
verbal das mães com seus filhos) e às consequências no desenvolvimento). Geralmente
não é a CS propriamente dita que tem influência nessas consequências, e sim fatores
associados à CS, como os tipos de lares e bairros em que as pessoas residem e a
qualidade da assistência médica, da educação escolar e de outras oportunidades
disponíveis a elas.
CULTURA
Cultura refere-se ao modo de vida total de uma sociedade ou de um grupo, incluindo
costumes, tradições, crenças, valores, idioma e produtos materiais, desde ferramentas a
obras de arte - todo o comportamento adquirido transmitido dos pais para as crianças. A
cultura não é estática; ela está sempre mudando, muitas vezes, por meio do contato com
outras culturas. Vale lembrar que a cultura influencia diretamente no
desenvolvimento humano.
DESENVOLVIMENTO PRÉ-NATAL
Fase Germinativa (Fecundação até duas semanas):
Primeiras duas semanas de desenvolvimento pré-natal, caracterizadas por
rápida divisão celular, crescente complexidade e diferenciação e
implantação na parede do útero.
ADOLESCENCIA
A adolescência dura aproximadamente 10 anos, dos 11 ou 12 anos até pouco
antes ou depois dos 20 anos. Seu ponto de início ou de término não é
claramente definido. Em geral, considera-se que a adolescência começa com a
puberdade, processo que conduz à maturidade sexual ou fertilidade, ou seja, a
capacidade de reprodução. Antes do século XX, as crianças das culturas
ocidentais entravam no mundo adulto quando amadureciam fisicamente ou
quando iniciavam um aprendizado vocacional. Hoje, o ingresso na idade adulta
leva mais tempo e é menos bem-definido. A puberdade começa mais cedo do
que antes, e o ingresso em uma profissão tende a ocorrer mais tarde, pois
sociedades complexas exigem períodos mais longos de educação ou de
treinamento profissional para que o jovem possa assumir responsabilidades
adultas. A adolescência é uma fase marcada por grandes mudanças físicas,
cognitivas e psicossociais (ver mais no resumo de Davi).
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
A psicologia não surgiu diretamente como uma ciência, antes da psicologia se tornar o
que ela é hoje, ela passou por diversos processos ao longo dos anos, tanto que a
psicologia é uma matéria/profissão recente. Antes da psicologia se tornar o que ela é ela
começou como um ramo da filosofia e se estendeu por cerca de 2000 anos antes de
surgir como ciência. Começou como um resultado da curiosidade dos cosmologos para
entender sobre as experiencias místicas e atividades de pessoas e eventos (experiencias
da vida, sonhos, vida material, os impulsos que tem e as peculiaridades no
comportamento das pessoas diferentes).
Para Homero, a intervenção maléfica ou benéfica dos deuses sempre está
dominando a essência do comportamento dos heróis, pois são os deuses quem
comandam suas ações. O mito corresponde à satisfação do desejo humano de
encontrar o sentido e a sistematicidade dos fenômenos que o envolvem.
A psicologia se constituiu num conjunto de conhecimentos sobre o mundo psíquico
humano. Algumas vezes você irá encontrá-la no âmbito das Ciências Biológicas, outras
vezes no das Ciências Humanas. Isso porque filosofia e medicina foram os pontos de
partida e inspiração para seu nascimento.
Vários mitos revelaram a trilogia médico-saúde-doença (geralmente por meio de
xamãs, feiticeiros ou sacerdotes que faziam o papel de médico) de forma
contundente.
O mito tem a função de oferecer um modelo logico para resolver as contradições
da vida cotidiana – Levi Strauss
O mito serve para dominar o real – Sigmund Freud
OS PRÉ-SOCRÁTICOS
No pensamento pré-socrático destacam-se duas formas de compreensão do mundo. Um
grupo preocupava-se, prioritariamente, com a natureza e por meio da observação
tentava encontrar o elemento básico (Physis) originador e princípio ordenador da vida e
da totalidade do universo (Arché).
Thales de Mileto: Matemático e político, foi considerado o primeiro pensador
grego. Thales introduziu um pensamento que envolve a ideia de sequência e de
modificação e passou a apontar as origens dos fenômenos do cotidiano,
recorrendo ao que existe e ao que é conhecido. Segundo ele, nada existe
autonomamente, ou seja, se algo existe é porque emergiu de alguma outra
essência e, pra ele, o elemento originador (Arché) é a água.
Heráclito: Outro nome importante, no grupo de fisiólogos, pensador minucioso
e de difícil compreensão, discípulo de Pitágoras, da cidade de Éfeso. Para ele a
Arché é o fogo, símbolo de inquietude, de não permanência, do processo e do
movimento tendo inserido em sua discussão a questão da transformação.
Anaxímenes: Arché Ar
Demócrito: Filosofo muito famoso que dois mil anos antes dos cientistas já se
falava de átomos sua Arché
Pitágoras: número como essência originadora
Cada um desses pensadores exercitava o pensamento numa compreensão apoiada em
embriões de lógica e aportados na observação e na experiência direta com fenômenos,
podendo ser considerados os precursores da ciência, inclusive da ciência psicológica.
OS SOFISTAS
Nesses grupos são destacados com frequência dois nomes: Protágoras de
Abdera (485-411 a.C) e Gorgias de Leontinos (485-380 a.C)
Protágoras desenvolveu um pensamento que ligava o conhecimento ao sujeito
conhecedor, entende este como instantâneo, passageiro, relativo e puramente
individual, ou seja: o Homem é a medida de todas as coisas, das que são o que
são e das que não são o que não são. Para Protágoras não há possibilidade de
formulação de uma verdade absoluta.
Górgias, igualmente importante no sentido da aquisição da subjetividade, em
certa medida inverte o pensamento sobre a obtenção do conhecimento até então
discutido.
Os sofistas, assim como os fisiólogos, ao exercitarem a observação e a razão com o
objetivo de compreender a transformação e dar sentido atualizado às relações do homem
com a realidade, criam uma linguagem que, lentamente, irá se opor à dos mitos,
apontando bases referenciais e elaborando princípios, quer no plano social, que no plano
natural (início do pensamento científico).
“A vida mental é uma função do cérebro” – Alcméon de Crotona
Alcméon de Crotona, que estudou na escola de Pitágoras, é um exemplo a ser
destacado. Segundo Margotta (1998, p. 24), Alcméon elevou a Medicina à
categoria de ciência, por isso é considerado, por alguns historiadores, médico.
Praticou a dissecação de cadáveres de animais, descreveu as espécies de vasos
de corpo (veias e artérias), órgãos sensoriais (olhos e ouvidos), vislumbrou a
existência dos nervos, intuiu a importância do papel do cérebro e tentou
compreender o sono. Em seus estudos observa-se o início da experimentação A
compreensão de saúde (estudo científico).
O período pré-sócratico simbolizou a conquista do pensamento racional, e, muito
embora o mito ainda se manifestasse de forma intensa, os diferentes pensadores de
distintas regiões ousaram formular perguntas e estabelecer conexões entre os
fenômenos naturais.
ARISTÓTELES
Estruturou sua filosofia de maneira diferente de Platão e Sócrates. Ele fazia registros de
seus experimentos, de suas observações e das aulas que preparava. Seus escritos são
sistematizados, técnicos, classificatórios e dão uma contribuição importante sobre a
consciência.
Causa Formal: é a forma física e conceitual que um determinado ser ou objeto
possui. Tudo tem uma forma que o define. Se pegarmos o exemplo da cadeira, o
formato de cadeira é a sua causa formal.
Causa Material: diz respeito à matéria que compõe um ser ou objeto do mundo.
Ou seja, se pensarmos na casa do joão-de-barro, a sua causa material é o barro.
Causa Eficiente ou Motora: é a causa primeira, que deu origem ao ser ou
objeto, ou seja, aquilo que foi responsável pela criação. A causa eficiente da casa
do joão-de-barro é o próprio pássaro que a construiu.
Causa Final: diz respeito à finalidade do objeto ou ser. As finalidades são
diversas para os diversos seres e objetos presentes no mundo. É mais fácil tomar
como exemplo, mais uma vez, um objeto inanimado como a casa do joão-de-
barro, pois a sua causa final é servir de abrigo e ninho para o pássaro e seus
filhotes.
Ceticismo: foi uma corrente filosófica que defendia a ideia de que tudo é
incerto, nenhum conhecimento é seguro, qualquer argumento pode ser
contestado.
FRANCIS BACON
“Os filósofos se esforçavam por tornar a alma por demais uniforme e por demais
harmônica, mas nada fizeram para acostumá-los aos movimentos contrários” –
Francis Bacon
Considerado o “pensador do renascimento” e o representante típico da época dos
descobrimentos, Bacon afirma que para descobrir é preciso que o homem
conheça, e que a aquisição do conhecimento irá se processar por meio da
experiencia, na imperfeição dos sentidos. Ressalta que a observação,
compreensão, repetição de experiencias e análise unem razão e experiencia na
direção do conhecimento.
“Saber é poder”
DESCARTES
Representou a passagem da renascença para o período da Moderno da ciência e
segundo alguns autores, representou também os primórdios da Psicologia
moderna.
Descartes aponta a dúvida como forca motriz para o levantamento de hipóteses,
que irão testar a objetividade do pensamento científico. A incerteza pode levar
a certezas, por isso ele afirma “Se duvido, penso, logo existo” ou “Penso logo
existo”.
Descartes criou uma perspectiva filosófica que redireciona a atenção do estudo
da alma para o das operações mentais realizadas pela mente. Descartes afirmava
que essas operações mentais se localizavam na Glândula pineal por ela n
apresentar nenhumas correspondências nos dois lados do cérebro.
JOHN LOCKE
Principal empirista da época, a preocupação intelectual de John era como a
mente adquire conhecimento.
Ele negava a existência das ideias inatas, afirmando que o homem, ao nascer,
não possui conhecimento algum; mesmo que, aparentemente, algumas ideias
pareçam fazer parte constitucional da mente humana, eles são, na verdade, fruto
de aprendizagem (nosso pequeno precursor da vertente). O que equivale a dizer
que o desenvolvimento da mente ocorre pelo acúmulo de experiencias
sensoriais.
O SURGIMENTO DA PSICOLOGIA
O primeiro instituto de psicologia foi criado na Alemanha na cidade de Leipzig em
1879, pelo fisiólogo Wilhelm Wundt e foi definida como Psicologia Estrutural.
Foi aqui que os primeiros Psicólogos profissionais adquiriram as competências
de trabalho experimental para estudar a mente.
Wundt centrou sua experiencias, nas experiencias conscientes, e ele substituiu o
conceito de espírito por consciência. Adotando o método da Introspecção
(autoanalise da mente para inspecionar e relatar pensamentos).
Com o tempo houve o desenvolvimento da psicologia como uma ciência
independente. Os psicólogos começaram a rejeitar os métodos e abordagens
baseadas em especulações e tentaram fornecer base cientifica para o seu trabalho
Surge diferentes escolas de pensamento na psicologia com o passar do tempo
cada uma tendo suas abordagens sendo elas: Behaviorismo, Estruturalismo,
Funcionalismo, Gestalt, Humanismo, Psicanálise etc. (Há mais escolas, mas
citarei depois com as caraterísticas).
A HISTÓRIA DA PSICOLOGIA NO BRASIL
A história da psicologia no Brasil é um tanto quanto recente e pode ser dividida em três
partes:
Pré-profissional (1830 – 1890): A psicologia antes de se tornar uma
profissão/curso antes ela era dada como matéria nas faculdades de medicina.
Houve a criação das faculdades de medicina RJ/BA
A psicologia era dada como matéria nessas faculdades
A psicologia não era uma prática regularizada, ainda estava se
constituindo como área específica do saber.
Ainda não existia a psicologia como ciência, estava sempre ligada a outra
área (Medicina, Enfermagem, Pedagogia).
BEHAVIORISMO:
PSICANÁLISE DE FREUD
1ª TÓPICA (1900 – 1920)
Por meio dos mecanismos de repressão e recalque, certos conteúdos vão sendo
pressionados a sair da consciência, por serem assustadores, inadequados ou absurdos.
Consciente – Na psicanálise, o campo consciente da mente é considerado a
parte ciente do cérebro. Responde pelo lado racional, pela nossa mente atenta,
por aquilo que estamos pensando agora, por aquilo que sabemos sobre nós
mesmos (quando alguém nos pergunta “quem é você?) e pela nossa interação
com a realidade externa. (Percepção e pensamentos)
pré-consciente – Este é o lar de tudo o que podemos lembrar ou recuperar de
nossa memória. São informações em que não estamos pensando agora, mas que
sobre elas não houve repressão ou recalque. Então, são informações que podem
ser recuperadas. Por exemplo, se perguntarmos a você o significado de
“indigestão”, esta informação não estava no seu consciente no exato momento
antes de fazermos a pergunta. Estava no pré-consciente, foi trazida ao
consciente após nossa pergunta. (memórias)
inconsciente- é a maior parte de nossa mente, a parte submersa do nosso
iceberg mental. No inconsciente, reside um repositório no nível mais profundo,
capaz de impulsionar o comportamento, percepções, desejos. A ideia de
inconsciente é a ideia mais importante dentro da psicanálise, segundo os autores
Laplanche e Pontalis (“Vocabulário de Psicanálise”). (pulsões memórias
reprimidas)
Latente significa “oculto”. Isso significa que nesta fase não há mais
desenvolvimento psicossexual. A libido está adormecida. Freud pensou que a
maioria dos impulsos sexuais é reprimida durante o estágio latente. Assim, a
energia sexual é sublimada. Isso quer dizer que grande parte da energia da
criança é canalizada para o desenvolvimento de novas habilidades e a aquisição
de novos conhecimentos. E nesta fase, as brincadeiras são feitas em sua maioria
com outras crianças do mesmo sexo.
Determinismo Psíquico:
Nossos processos mentais segundo Freud ocorrem de forma encadeada, ou seja,
nenhum pensamento, sentimento ou lembrança acontece isoladamente, por acaso
ou como se surgisse do nada, mesmo que as vezes um pensamento possa surgir
do nada há elos antigos que ligam esses eventos mentais a outros que ocorreram
antes. De acordo com Freud a vida mental se desenvolve de forma contínua
mesmo que as pessoas não estejam conscientes dessa continuidade entre seus
pensamentos e sentimentos.
PSICANÁLISE DE LACAN
A abordagem lacaniana enfatiza a estrutura linguística. O indivíduo é formado através
da linguagem. O mundo em que vivemos, de acordo com o psicanalista, é construído de
símbolos e de significantes, conceito que define que um objeto, imagem ou situação
pode representar outra coisa. O indivíduo, portanto, consegue identificar esses símbolos
por conta da linguagem. A construção do “eu” é formada no interior. O que reside no
íntimo de cada um tem ligação direta com o exterior. Para compreender uma pessoa
como um todo, é necessário pensar em ambos os aspectos, e não apenas julgá-la sobre
uma única ótica. Caso contrário, a análise do outro fica incompleta. Neste contexto,
Lacan estabelece a relação entre o “eu” e o outro, sendo a linguagem o instrumento de
mediação entre eles.
PSICANÁLISE DE WINNICOTT
PSICANÁLISE DE KLEIN
Melanie Klein (1882-1960) dedicou-se a estudar a mente das crianças para descobrir
seus medos, fantasias e angústias. Ela desenvolveu a análise do comportamento delas
por meio da brincadeira para ter acesso ao inconsciente da criança já que a associação
livre de Freud dificilmente seria usada com indivíduos de pouca idade. Diferente de
Freud, Klein apontou a agressividade como elemento primordial no desenvolvimento da
criança em vez dos aspectos sexuais. Este é resultante de um ego primitivo existente
desde o nascimento. Além disso, fundou uma teoria da psicanálise referente às
fantasias do inconsciente. Estas são elaboradas pelas crianças sobre suas mães,
geralmente criando uma imagem mais malvada do que a realidade. As fantasias são
inatas porque representam os instintos mais primitivos da criança. Para ter acesso a
essas fantasias, o psicanalista precisa inserir o lúdico no tratamento com a criança e
estimular brincadeiras para encorajar determinados comportamentos.
PSICANÁLISE DE BION
Wilfred Bion (1897-1979) desenvolveu a Teoria do Pensar. O ato de pensar surge como
uma forma de lidar com a frustração, criando novas realidades para satisfazer os desejos
não satisfeitos. Quando o ódio oriundo da frustração é grande demais para a pessoa
suportar, este sentimento encontra alívio na descarga imediata por meio de agitações
motoras. Segundo ele, o pensar depende de dois fatores: os pensamentos propriamente
ditos e a faculdade de pensar. O pensamento vazio acontece quando uma pré-concepção
do indivíduo não é realizada. Consequentemente, a frustração aparece, sendo esta
definida como uma “ausência”. Logo, a pessoa se abre para um universo simbólico
construído ao longo de sua existência através de pensamentos e interpretações do
mundo, de seus sentimentos e das pessoas. Neste contexto, o pensamento precede o
conhecimento já que o indivíduo cria o que não existe ou não conhece (pré-concepção).
Bion também desenvolveu a Teoria do Conhecimento a qual afirma que a formação do
conhecimento da criança é proporcional à capacidade do ego de tolerar a frustração.
Desse modo, ela pode criar mecanismos para evitá-la.
CONSTRUTIVISMO
Segundo Piaget, a criança passa por quatro fases de desenvolvimento até chegar na
adolescência. Esses estágios estão relacionados com a capacidade cognitiva do ser
humano, ou seja, com a construção do conhecimento na psiquê. São eles:
SOCIOCONSTRUTIVISMO DE VYGOTSKI
(DESENVOLVIMENTO)
LINGUAGEM E PENSAMENTO
Vygotsky afirma que a linguagem possui duas funções básicas: intercâmbio social e
pensamento generalizante. A função de intercâmbio social é bem visível nos bebês,
uma vez que conseguem, por meio de gestos, expressões e sons, demonstrar seus
sentimentos, desejos e necessidades. A função de pensamento generalizante pode ser
exemplificada quando falamos, por exemplo, a palavra boi. Independentemente de ter
visto de perto algum boi ou de comer ou não sua carne, nosso pensamento classifica tal
palavra na categoria animais e nos remete à sua imagem. Dentre as manifestações da
linguagem encontramos também a fala privada – é a fala consigo mesmo. Vygotsky a
considera uma ligação entre linguagem e pensamento, já que, conforme a fala privada se
desenvolve, a criança torna-se capaz de orientar e dominar ações (MIRANDA; SENRA,
2012). Estes são os pilares básicos do pensamento de Vygotsky:
ZONAS DE DESENVOLVIMENTO
Vygotsky, em sua teoria socioconstrutivista, afirma que sempre que há um tipo de troca
(relação) existe aprendizagem. O homem não é um ser passivo, visto que é um ser que,
ao criar cultura, cria a si mesmo (STADLER et al). Como afirmar, então, que uma
criança só adquire conhecimento quando passa a frequentar a escola? O pensamento de
Vygotsky é contrário: fora da escola, a criança desenvolve seu potencial, sim, com todas
as trocas estabelecidas, também quanto ao desenvolvimento da língua escrita. Porém
Vygotsky não diminui a importância do ambiente escolar, pois quando a criança se
familiariza com o mundo escolar ocorre algo fundamentalmente novo em seu
desenvolvimento: a criança sai da sua zona de desenvolvimento real e passa, com
auxílio do professor ou outro mediador, para a zona de desenvolvimento potencial –
caracterizando a zona de desenvolvimento proximal (MAGALHÃES, 2007).
A zona de desenvolvimento real refere-se à etapa em que a criança soluciona os
problemas de forma independente, sem ajuda; a zona de desenvolvimento potencial
refere-se à etapa em que a criança está pronta para compreensão de problemas mais
complexos, mas ainda necessitando da ajuda de um mediador (STADLER et al).
A zona de desenvolvimento proximal é uma metáfora criada para explicar como ocorre
a aprendizagem. É a distância entre o nível real e nível potencial da criança
(MAGALHÃES, 2007).
A teoria destaca o aprendizado por meio da observação. Bandura aponta que o estado
mental interno daquele que está aprendendo desempenha um papel fundamental no
processo de absorção de conhecimento. Assim, a aprendizagem social acontece a
partir da interação entre a mente do aprendiz e o ambiente ao seu redor. Ou seja,
essa teoria ressalta aquilo que deve ser levado em consideração por todos: educa-se pelo
exemplo e ações. Isso tudo, é claro, somado ao estado mental de uma pessoa.
Segundo Bandura, existem vários motivos para querermos aprender algo. A seguir,
os diferentes tipos de motivos que a teoria da aprendizagem social expõe:
GESTALT-TERAPIA
A terapia Gestalt foi desenvolvida por Fritz Perls, com a ajuda de sua esposa na
época, Laura Perls. Tanto Fritz quanto Laura foram treinados em psicanálise e
psicologia da Gestalt. Junto com Paul Goodman, eles trabalharam para
desenvolver um estilo de terapia humanista por natureza. Em outras palavras, a
abordagem focalizou a pessoa e a singularidade de sua experiência. O
objetivo da terapia gestáltica é que o cliente colabore com o terapeuta para
aumentar a sua conscientização pessoal. O indivíduo é convidado a desafiar
ativamente os seus bloqueios.
PSICOLOGIA DA GESTALT
Para Maslow, as pessoas têm um desejo natural de serem auto realizadas. Ou seja, de
serem tudo o que puderem ser. Para isso, antes buscam atender necessidades inerentes
do ser humano, nomeada de hierarquia das necessidades.
Mais tarde, Carl Rogers, que foi um psicólogo humanista, concordou com as
pressuposições de Maslow e acrescentou que para uma pessoa “crescer” e se
autorrealizar, precisa de um ambiente que lhes proporcione verdade (abertura e
revelação), aceitação (ser aceito como é, sem imposição de condições) e empatia (ser
compreendido). Rogers complementa que sem isso, relacionamentos e personalidades
saudáveis não se desenvolvem como deveriam. Rogers centrava seus estudos e atenção
no ser humano saudável. Logo, o considerava agente de sua mudança, e não um ser
humano doente à espera de fatores condicionantes. Rogers denominou o indivíduo como
cliente. O objetivo era aumentar a sua confiança no processo, assim, surgindo um novo
conceito de psicoterapia: A Terapia centrada no cliente (pessoa). Carl Rogers acreditava
que as pessoas são naturalmente boas e estão sempre buscando o seu crescimento
pessoal. Ele destacou a importância do apoio incondicional, inclusive partindo dos
psicólogos, para um tratamento efetivo.
Uma das contribuições mais importantes de Rogers foi a descrição de uma pessoa
totalmente funcional, que, para ele, era o ideal de personalidade que todos os indivíduos
deveriam perseguir. Rogers descreve uma pessoa que está buscando se aperfeiçoar para
chegar a autorrealização, uma pessoa altamente funcional. Segundo o psicólogo, cinco
comportamentos e características indicam um indivíduo funcional:
SENSAÇÃO
VISÃO
A visão é o sentido mais preciso, complexo e bem capacitado dos homo sapiens em
relação a sistemas sensoriais
- Região v1 e v2: Cor e formato (esboço) - Região v4: Cor e linha (unidimensional)
-Acromatopsia (daltonismo)
Acromatopsia total: é a perda ou ausência de cones ou mesmos bastonetes da
retina incapaz de ver cores (sentir, ou seja não transduz) branco, preto e
alguns cinzas
Acromatopsia parcial: é a perda ou ausência de cones de um determinado tipo
(Azul, Verde e vermelho) pode enxergar algumas cores (dependendo do cone
faltante)
Acromatopsia congênita: é uma lesão no congênita, na área visual v4 do córtex
visual que impede o processamento da cor na sua totalidade (não nasceu ou
nasceu com deficiência) Não significa que é incapaz de ver cor.
Acromatopsia cerebral: são lesões no córtex visual primário que impede o
processamento de cor.
AUDIÇÃO
Estímulo físico: ondas sonoras (mecanorreceptores)
Amplificação e transmissão do som
Transdução do som
Componentes: ouvido externo (aurícula e canal auditivo) e ouvido médio
(tímpano, martelo, bigorna e estríbo). As ondas sonoras fazem o tímpano vibrar.
Esta vibração movimenta os três ossículos, provocando a transmissão e
amplificação do som.
Componentes: ouvido interno (cóclea), que contém os receptores auditivos
(células ciliares). Seu arqueamento provoca o impulso elétrico.
PERCEPÇÃO
Consiste em uma organização e interpretação dos estímulos que foram recebidos pelos
sentidos e que possibilita identificar certos objetos e acontecimentos, ou seja, é
capacidade que alguns animais apresentam de vincular sentido a outros aspectos da
existência, como o comportamento no caso dos animais, e o pensamento, no caso dos
seres humanos. (habilidade para captar, processar e entender a informação que
nossos sentidos recebem.)
Na percepção a dois tipos de processamento, um processamento Botton-UP (de baixo
para cima) e o TOP –Down (de cima para baixo).
Bottom-UP: Processos automáticos (puramente fisiológicos)
TOP-Down: Geralmente processamentos voluntários e na maioria das vezes
conscientes. (Necessariamente influenciável por uma experiência anterior).
PERCEPÇÃO SUBLIMINAR
A capacidade do ser humano de captar de forma inconsciente estímulos fracos demais
para provocar uma resposta consciente.
EFEITO PRIMING: é um efeito que acontece quando a exposição de um
indivíduo a um determinado estímulo influencia na sua resposta a um estímulo
subsequente, sem que haja qualquer consciência da conexão entre eles.
PERCEPÇÃO DE OBJETOS
Reconhecimento de padrões segundo Biederman, somos tendenciados a buscar
padrões para reconhecer os objetos, padrões específicos que vão nos dar a informação
necessária para que possamos diferenciar os objetos Padrão: cor e textura
PSICOLOGIA ECOLOGICA
Como o ambiente interage com os diferentes individuais psicológicas nas dimensões
biológicas, sociais e históricas.
A percepção existe para facilitar a interação indivíduo-meio: todos os
processos são independentes e evoluíram a partir das demandas que o meio
impôs aos sujeitos.
FLUXO OPTICO
A percepção funciona a depender da necessidade do indivíduo para um piloto de
aeronave, durante o pouso, o centro é a cabeceira da pista, ou para o pedestre o fluxo de
carros.
NEURONIOS ESPELHOS
São um grupo de neurônios alocados na região frontal (motor) do cérebro, que está
associado a capacidade em identificar em outros seres humanos/espécie certos
movimentos e nos sermos capazes de reproduzir aqueles mesmos movimentos (alguns
estudos apontam que esses neurônios também são capazes de reproduzir emoções e
pensamentos em casos específicos).
ATENÇÃO
É um processo dinâmico cujo o foco muda de acordo com diferentes localizações
espaciais e características dos objetos, conforme os objetivos comportamentais de um
momento especifico, e conforme as demandas do ambiente, ou seja, a atenção é a
capacidade de alocar recursos cognitivos em certos aspectos no ambiente
A dois tipos de atenção sendo eles:
Atenção Seletiva: É a nossa capacidade de selecionar um aspecto do ambiente
em relação a todos os demais (focalização de um objeto).
Atenção Dividida: É a nossa capacidade de dispor atenção a várias coisas
diferentes ao mesmo tempo (falar ao telefone enquanto cozinha), ou seja,
quando dividimos a atenção prestamos a mais de um estimulo ao mesmo tempo.
FUNÇÕES EXECUTIVAS
“Consistem nessas capacidades mentais necessárias para formar objetivos, planejar
como alcança-los e levar a cabo esses planos de modo eficaz” Muriel Lezak. Sendo
assim, as funções executivas são funções psicológicas superiores com capacidades de
gerir os recursos comportamentais, emocionais e cognitivos com objetivo de colocar em
pratica a resposta referente as demandas impostas pelo ambiente ou pelas interações
sociais.
Envolve 3 habilidades básicas:
O Autocontrole, ou seja, a capacidade de resistir contrafazer algo tentador para
privilegiar a ação desejada
A Memória de Trabalho, ou seja, a capacidade de conservar as informações na
mente, o que permite utiliza-las para fazer vínculo entre as ideias, calcular
mentalmente e estabelecer prioridades.
A Flexibilidade Cognitiva, ou seja, a capacidade de pensar de forma criativa e
de se adaptar as demandas inconscientes. (Ocorre graças aos processos de
inibição cognitiva e comportamental e a memória de trabalho).
INTELIGENCIA CRISTALIZADA
Diz respeito a todo conhecimento adquirido ao longo da vida escolar e a conhecimentos
gerais armazenados pela memória semântica(responsável por consolidar o
conhecimento do mundo à nossa volta, mas através de palavras).
MEMORIA
É compreendido como um local de armazenamento, em que as informações
ficam guardadas. A memória está diretamente ligada a afetividade (mais fácil
lembrar de coisas que você ama ou odeia).
Mecanismos dinâmicos associados à retenção e recuperação de informação.
Meios pelos quais as pessoas recorrem ao conhecimento passado, a fim de
utilizá-lo no presente.
MEMORIA E APRENDIZAGEM
Aprendizado: processo de aquisição de informações.
Memória: persistência do aprendizado em um estado que pode ser evidenciado
posteriormente.
TIPOS DE MEMORIA
Memória de curto prazo: A memória de curto prazo seria uma forma de
reter informações já armazenadas. Esse processo acontece por 30-40
segundos, e por ser um tempo bem curto de retenção, a memória é
considerada de curto prazo. Pois, se você memoriza o conteúdo por mais
tempo, a memória pode acabar sendo a de longo prazo.
Memória de trabalho: A memória de trabalho está dentro da memória de
curto prazo. Ela guarda informações sobre a capacidade de entender e
executar funções rápidas. Por exemplo, leitura de livros e textos,
planejamento de estudo ou tarefas, compreensão da linguagem, fazer
cálculos rápidos de cabeça ao fazer compras, ou se lembrar de alguns
conceitos importantes ao ler sobre temas gerais.
Memória de longo prazo: Diferente da memória de curto prazo ou da
memória de trabalho, a memória de longo prazo permite que você se lembre
de informações como suas características, sua personalidade, do que você
gosta e não gosta, quem são seus parentes, amigos e conhecidos. Memórias
de infância são um bom exemplo da memória de longo prazo.
Memória sensorial: Acontece quando o conteúdo estudado passa pela sua
visão, ouvido e capacidade espacial. Então, por exemplo, quando você
assiste a aulas online ou presenciais relacionadas a assuntos de que você
gosta, ver o professor ou professora e ouvir o conteúdo falado facilita a
recordação do conteúdo estudado. E você também vai se lembrar do
ambiente onde ocorreu.
Memória episódica: Memória episódica é a lembrança de todos tipos de
eventos e experiências de sua vida pessoal, desde os mais importantes até os
mais simples. Por exemplo, quando você se lembra do que você vestiu
ontem, mas também quando você se lembra do nascimento dos seus filhos
ou netos, do seu casamento, de sua formatura, de seus momentos de lazer ou
de como você conheceu seu marido ou sua esposa, amigos, a primeira vez
que você viajou sozinho. E além do evento em si, você também se lembra de
detalhes como o lugar onde ocorreu e com quem você estava.
Memória semântica: A memória semântica é um tipo de memória que
permite você definir e saber as características de fatos gerais da realidade
concreta. Por exemplo, você sabe a sua altura, sabe que a grama é verde, que
a maçã é redonda, que chocolate é doce e que você deixa de crescer depois
de uma certa idade. Ou seja, esse tipo de memória armazena as informações
de conhecimento geral e culturais que cercam você. Como tradições,
significações e outros!
Memória Processual: A memória processual é responsável pela capacidade
de você lembrar como executar atividades que você adquire através da
prática e repetição, e não somente através da descrição verbal. Por exemplo,
saber ler, escrever, tocar algum instrumento, bordar, desenhar, andar de
bicicleta.