Você está na página 1de 13

DESENVOLVIMENTO HUMANO II

PUBERDADE
• Transformação biológica;
• Divididas em Caracteres sexuais primários - Relacionados aos órgãos sexuais
(pênis, testículos, vagina e ovário);
• Divididas em Caracteres sexuais secundários - Relacionados às mamas, aos
pelos pubianos, aos pelos das axilas e ao rápido crescimento (estirão);

Caracteres sexuais primários


São os órgãos necessários para a produção. Na fêmea, os órgãos sexuais são os
ovários, as trompas, o útero e a vagina e, no macho, os testículos, o pênis, o escroto,
as vesículas seminais e a próstata. Durante a puberdade, esses órgãos crescem e
amadurecem. Nos rapazes, o primeiro sinal de puberdade é o crescimento dos
testículos e do escroto. Nas mulheres, o surgimento dos caracteres sexuais primários
não é diretamente visível porque esses órgãos são internos.

Caracteres sexuais secundários


São sinais fisiológicos de maturação sexual que não envolvem diretamente os órgãos
sexuais: por exemplo, os seios das mulheres e os ombros largos dos homens. Outros
caracteres sexuais secundários são alterações na voz e na textura da pele,
desenvolvimento muscular e crescimento de pelos pubianos, faciais, axilares e
corporais.

• O início varia de pessoa para pessoa: 9 – 13 anos (mulheres); 10 – 14


(homens);
• Em mulheres se dá pelo aparecimento das mamas - botão ou broto mamário
(telarca); crescimento dos pelos pubianos; fluxo menstrual (menarca) ocorre
por volta dos 12 anos de idade, mas segue de forma irregular nos primeiros
dois anos, e é iniciado após o estirão;
• Em homens se dá pelo crescimento dos testículos; aparecimento dos pelos
pubianos (pubarca) e crescimento dos pênis; dois anos após o aparecimento
dos pelos pubianos começam a surgir nas axilas, faces e demais partes do
corpo;

Menarca: A primeira menstruação de uma moça.


Espermarca: A primeira ejaculação de um menino.

• Anuncia a despedida da fase infantil, mas não é adolescência;


• É o conjunto de mudanças físicas que, ao longo da segunda década de vida,
transformam o corpo infantil em um corpo adulto capacitado para a reprodução;
• Fatores ambientais podem influenciar o início e a duração;
• Desenvolvimento Físico;
• Os indivíduos sofrem alterações neuroendócrinas.

Puberdade Precoce
- Antes dos 8 anos nas meninas e antes dos 9 anos nos meninos;
- Ocorre 10x mais em meninas;
- O tratamento é realizado com medicamentos por supressores das
gonadotróficas a fim de interromper essas mudanças precoces;
- As consequências são: baixa estatura, desejo sexual precoce e
comportamento inadequado para a idade.

ADOLESCÊNCIA
• ECA: 12-18 anos; OMS: 10-19 anos; ONU: 15-24 anos;
• Transição entre a infância e a fase adulta;
• Pode ou não correr ao lado do desabrochar da puberdade;
• Desenvolvimento físico, mental, emocional, sexual e social;
• Período psicossociológico que se prolonga por vários anos além da puberdade;
• Inicia-se com a puberdade e encerra-se quando o indivíduo consolida de
crescimento, personalidade, tal como independência financeira e integração
em algum grupo;
• Relacionada ao contexto sociocultural;
• Fenômeno construído historicamente;
• Envolve aspectos sociais, psíquicos e econômicos;
• Atualmente associado a uma cultura ocidental capitalista;
• Sujeito busca consolidar sua própria identidade;
• Período conhecido como um momento de afastamento familiar, promove
sentimentos dúbios de liberdade e solidão;
• A Adolescência é um tempo de luto, de elaboração da perda do corpo infantil
e da vivência emocional e física deste novo corpo em potencial;
• Regras externas e pressão social demandam atitudes paradoxais – ora no
lugar de crianças, ora no lugar de adultos;
• Família faz parte da construção da adolescência;
• Para o adolescente, este ciclo significa a ruptura com o mundo infantil, em
busca de seu lugar no espaço adulto;
• Para os familiares, pais e cuidadores, trata-se também de um momento de
revisão de si, provocador de conflitos internos;
• Contexto no qual os sujeitos e suas famílias estão imersos;
• “Adolescências”: termo que indica vivência e as possibilidades de
atravessamento dessa fase são subjetivas e infinitas;
• Adolescência se configura enquanto construção social, vinculado à cultura de
determinada sociedade.

Síndrome Normal da Adolescência


O adolescente vivencia instabilidades e desequilíbrios extremos.

1. Busca de si mesma e da identidade;


2. Tendência grupal;
3. Necessidade de intelectualizar e fantasiar;
4. Crises religiosas;
5. Deslocalização Temporal;
6. Evolução sexual manifesta;
7. Atitude social reivindicatória;
8. Contradições sucessivas em todas as manifestações da conduta;
9. Uma separação progressiva dos pais;
10. Constantes flutuações de humor e do estado de ânimo.
ASPECTOS BIOLÓGICOS
• Ocorre o fenômeno biológico que se refere às mudanças morfológicas e
fisiológicas. Tudo isso resulta em alterações neuroendócrinas.

ASPECTOS COGNITIVOS
• É a atividade do saber: processo para adquirir o saber/conhecimento;
• Diz respeito às alterações cerebrais que preparam as pessoas a pensar e
aprender.
• Mudanças: um melhor processamento das informações; melhora do raciocínio;
melhora das tomadas de decisões e autocontrole; grande intensidade
emocional; aumento na busca de recompensa e exposição aos riscos;
• Plasticidade cerebral.

ASPECTOS SOCIAIS
• O homem é um ser social, por mais longe que se retroceda no tempo, vemo-lo
sempre procurar a companhia dos seus semelhantes e viver em grupo. Na
adolescência que é a fase em que ocorre o maior desenvolvimento é normal o
indivíduo tentar se encaixar em um grupo específico;
• A adolescência é caracterizada como uma fase especial no processo do
desenvolvimento, no qual a confusão de papéis, as dificuldades para
estabelecer uma identidade própria a marcam como um modo de vida entre a
infância e a vida adulta.

ASPECTOS PSICOLÓGICOS
• A adolescência é marcada pela fase de grandes mudanças psíquicas;
• A transição da criança para a vida adulta possui diversos marcadores
inconstantes que são causadas por um ajuste complexo;
• Período marcado por uma forte “tempestade de estresse”;
• Âmbito familiar;
• A busca de si mesmo e da sua identidade;
• Suas modificações corporais e expectativas da sociedade vividas com
ansiedade e pelo desconhecimento de que rumo tomar.
Alterações psicológicas em meninos
- Imagem de segurança, força e superioridade;
- Esportes competitivos, filmes de ficção;
- Qualquer tipo de atividade que promova a oportunidade de demonstrar a seu
grupo suas qualidades.

Alterações psicológicas em meninas


- Ciclo menstrual;
- Desequilíbrio emocional;
- TPM.

TENDÊNCIA GRUPAL
• Todos semelhantes (fala, vestes, lugares e interesses);
• Deslocam o sentimento de dependência dos pais para o grupo (tudo pode);
• Autoestima e segurança;
• Necessidade de intelectualizar-se e fantasiar;
• Desenvolve “grandes teorias” com ideias infantis;
• Separação progressiva dos pais: entrada na turma;
• Individualidade X dependência x independência;
• Crises religiosas: misticismo X ateísmo - qual seu papel na vida;
• Atitude social reivindicatória: atitude de revolta contra a autoridade e
questionamento dos valores sociais;
• Flutuações de humor;
• Deslocamento temporal: urgente X deixe para depois;
• Imediatismo

EVOLUÇÃO SEXUAL DA AUTOESTIMA E HETEROSSEXUALIDADE


• Estímulo biológico e cultural levam o adolescente a iniciar-se na atividade
genital da fantasia para o ato;
• Voyerismo: prática que consiste num indivíduo conseguir obter prazer sexual
através da observação de pessoas;
• Exibicionismo: envolve a exposição dos órgãos genitais com a finalidade de
obter excitação sexual ou forte desejo de ser observado por outras pessoas
durante a atividade sexual.

PODEMOS ENCONTRAR NO ADOLESCENTE


Flutuações de humor
- Montanha russa de sentimentos;
- Depressão e ansiedade, principalmente devido as perdas que sofre;
- Realidade de idealização;
- Frustração e solidão - pequenos atos podem interferir no humor.

Preocupação excessiva com a aparência


- Expectativas da sociedade em relação ao jovem;
- Conflitos com si mesmo, ora gosta do corpo, ora não;
- Tendência grupal.

Conflito com os pais


- Reações emocionais intensas e oscilantes;
- Novas experiências;
- Busca pela identidade própria;
- Importante ter uma base de comunicação saudável;
- Canalização de impulsos.

COMPREENSÕES TEÓRICAS SOBRE A ADOLESCÊNCIA


STANLEY HALL (pioneiro no estudo psicológico da adolescência, 1904:
Adolescence)
- “A adolescência representa um momento crítico no desenvolvimento humano
por corresponder ao momento da evolução da espécie humana que supunha
a passagem da selvageria para o mundo civilizado.”
- Ênfase na teoria biológica - Desenvolvimento de espécies (filogênese) e na
recapitulação do desenvolvimento do indivíduo (ontogênese);
- Período de transição universal e inevitável - segundo nascimento;
- Influência da cultura;
- Valoriza as diferenças individuais do adolescente e sua característica de
plasticidade (maleabilidade).
- Hereditariedade;
- Desajustamento Emocional; Atividade e Indiferença; Euforia e Depressão;
Egoísmo e Timidez; Desejo de liberdade e controle;
- Busca por sensação, a monotonia é intolerável;
- Suscetibilidade a influência da mídia, histórias despertam sentimentos;
- Inconsequência: alta de prevalência de crimes;
- Os comportamentos de risco são reforçados nas relações em grupo;
- São comuns trocas de agressões físicas e verbais, fofocas e espalhamento de
boatos;
- A percepção de si mesma aumenta levando a autocensura;
- As principais causas de insegurança são o medo de não ser admirado pelos
amigos e de não ser correspondido;
- Humor começa a se deprimir no início da adolescência atingindo o auge aos
15 anos e reduzindo ao longo do tempo.

A educação em 3 eixos: sexualidade, religiosidade e educação natural


- Medidas para suprimir estímulos sexuais;
- Falava abertamente sobre masturbação;
- Defendia a castidade até os 20 anos;
- Educação diferente conforme o sexo, punição e castigo;
- Época natural para conversão religiosa;
- Jogo e socialização.

MAURÍCIO KNOBEL (1910 – 1972) - DESEQUILÍBRIOS E INSTABILIDADE


O adolescente vivencia três lutos:

• Luto pelo corpo infantil perdido


Base biológica da adolescência que se impõe ao indivíduo que não poucas vezes tem
que sentir suas mudanças como algo externo, frente ao qual se encontra como
espectador importante de que ocorre no seu próprio organismo.
• Luto pelo papel e identidade infantis
O adolescente é obrigado a uma renúncia da deficiência e a uma aceitação de
responsabilidades que muitas vezes desconhece.

• Luto pelos pais na infância


Os pais persistentemente tentam reter na personalidade do adolescente, procurando
o refúgio e a proteção que eles significam, situação que se complica pela própria
atitude dos pais, que também têm que aceitar o seu envelhecimento e o fato de que
seus filhos já não são crianças, mas adultos, ou estão em vias de sê-lo.

TEORIAS PSICODINÂMICAS DA ADOLESCÊNCIA


• Coleção de teorias psicológicas que enfatizam a importância dos impulsos e
outras forças no funcionamento humano, especialmente os impulsos
inconscientes;
• Originou-se nas teorias psicanalíticas de Freud e inclui quaisquer teorias
baseadas em suas ideias;
• A experiência da infância é a base para a personalidade e os relacionamentos
adultos.
• Freud foi o primeiro a introduzir o termo quando observou que seus pacientes
exibiam sintomas psicológicos sem base biológica. Porém, esses pacientes
não conseguiam interromper seus sintomas apesar de esforços conscientes.
Se os sintomas não pudessem ser evitados pela vontade consciente, deveriam
surgir do inconsciente. Então, os sintomas eram o resultado do inconsciente
se opondo à vontade do consciente: psicodinâmica.

SIGMUND FREUD (1856 – 1939)


- Considera a adolescência como período filogenético, evolucionista –
determinado geneticamente;
- Considera adolescência como momento singular no qual a sexualidade
humana falha.
Quando nasce a sexualidade, segundo a psicanálise Freudiana
- Freud acredita que a origem das pulsões sexuais está, primeiramente, na
satisfação dos processos orgânicos;
- Já na infância podemos observar uma escolha objetal, que se caracteriza
fortemente na puberdade.

DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL
1ª Tópica (1900 – 1920)
• Repressão e recalque
- O ego (eu) delimitado;
- Certos conteúdos vão sendo pressionados a sair da consciência, por serem
assustadores, inadequados ou absurdos.

Aparelho psíquico dividido em três instâncias:


- Consciente: Percepções; pensamentos; - É atribuído tudo aquilo que está
disponível de forma imediata à mente;
- Pré-consciente: Memórias; - Serve como filtro para que determinados
conteúdos possam, ou não, chegar a nível consciente; se encontra no meio do
caminho entre o inconsciente e consciente;
- Inconsciente: Pulsões; memórias reprimidas; - Ponto de entrada do aparelho
psíquico; seu funcionamento foge aos entendimentos da razão do consciente.

2ª Tópica (1920 – ao infinito e além)


• Freud refina sua compreensão sobre a psique
• Freud sugere a formulação de um modelo não mais voltado a um entendimento
virtual, mas sim de estruturas ou classes psíquicas:
- ID: inato; instintivo; amoral; inconsciente; princípio do prazer; - Reservatório de
impulsos caóticos e irracionais;
- EGO: formado na experiência; moral; consciente; princípio da realidade; - O
nascimento do ego vem da primeira infância;
- SUPEREGO: formado na experiência; hipermoral (julgador); inconsciente;
princípio do dever.
FASES PSICOSSEXUAIS
• A personalidade adulta se desenvolvia através de uma série de fases da
infância em que as energias do ID buscadas pelo prazer se concentravam em
certas áreas erógenas (área do corpo sensível a estimulação), associada a
cada estágio serve como fonte de prazer;
• Libido: energia que busca pelo prazer e satisfação física.
• Se esses estágios psicossexuais forem completados com sucesso, uma
personalidade saudável é o resultado;
• Fixações (foco persistente em um estágio psicossexual anterior): poderão
ocorrer caso determinados problemas não forem resolvidos no estágio
apropriado.

Fase Oral (0 a 12/18 meses) - Confiança VS Desconfiança


- Fonte primária de interação é a boca, de modo que o reflexo de enraizamento
e sucção é especialmente importante.
- A boca é vital para a alimentação, e o bebê recebe prazer da estimulação oral
por meio de atividades gratificantes como degustação e sucção;
- Como o bebê é totalmente dependente dos responsáveis pela sua
alimentação, ele também desenvolve um sentimento de confiança e conforto
por meio dessa estimulação oral;
- O desmane é o principal conflito, pois a criança deve ser tornar menos
independente dos cuidadores;
- Se a fixação ocorre nesse estágio, Freud acreditava que o indivíduo teria
problemas com dependência ou agressão. A fixação oral pode resultar em
problemas como beber, comer, fumar ou roer unhas.

Fase anal (1 a 3 anos) - Autonomia VS vergonha e dúvida


- Zona erógena: entranhas e controle da bexiga;
- Foco principal da libido: controle da bexiga e evacuações;
- Importância do treinamento da toalete: a criança começa a aprender a controlar
suas necessidades corporais, o que leva a um primeiro sentimento de
realização e independência;
- Pais que utilizam elogios e recompensas para usar o banheiro no momento
oportuno incentivam resultados positivos e ajudam as crianças a se sentirem
capazes e produtivas;
- Pais que punem com ridicularização ou vergonha os acidentes das crianças,
ou começam o treinamento da toalete muito cedo, podem propiciar uma
personalidade anal – retentiva, na qual o indivíduo é rigoroso, ordenado, rígido
e obsessivo.
- Criança se orgulha de suas criações, a levando à personalidade anal
expulsiva;

Fase Fálica (3 a 6 anos) - Iniciativa VS Culpa


- Zona erógena: genitais;
- Foco principal da libido sobre os órgãos genitais;
- Crianças começam a descobrir as diferenças entre homens e mulheres;
- Os meninos começam a ver seus pais como rivais pelo afeto da mãe;
- Complexo de Édipo: sentimento de querer possuir a mãe e o desejo de
substituir o pai;
- Angústia de Castração: A criança teme ser punida pelo pai por estes
sentimentos;
- Complexo de Electra: conjunto semelhante de sentimentos experimentados
por meninas;
- Surgimento do Superego.

Período da Latência (6 – puberdade) - Mestria VS Inferioridade


- O superego continua a se desenvolver enquanto as energias do id são
suprimidas. As crianças desenvolvem habilidades sociais, valores e
relacionamentos com colegas e adultos fora das famílias; comunicação e
autoconfiança;
- O desenvolvimento do Ego e Superego contribui para esse período de calma.
Começa no período em que as crianças entram na escola e se preocupam
mais com relacionamentos com colegas, hobbies e outros interesses;
- Período de exploração no qual a energia sexual é reprimida ou adormecida.
Essa energia é sublimada com outras áreas, como atividades intelectuais e
interações sociais;
- Se ocorrer fixação nessa fase, o resultado seria imaturidade e incapacidade de
formar relacionamentos satisfatório como um adulto.

Fase Genital (puberdade em diante) - Identidade VS Confusão de papéis ou


Identidade do Ego VS Difusão do Ego
- Zona erógena: início das práticas sexuais e exploração de áreas erógenas;
- O início da puberdade faz com que a libido se torne ativa novamente. O
indivíduo desenvolve um forte interesse sexual pelo sexo oposto;
- Cresce um interesse genuíno pelo bem-estar dos outros;
- Estrutura do ego que lhe permite enfrentar os desafios da idade adulta;
- Se as outras etapas forem concluídas com êxito, o indivíduo deve agora ser
bem equilibrado, terno e carinhoso.

ANNA FREUD: UMA DESENVOLVIMENTISTA QUASE ESQUECIDA


• Sexta e última filha do casal Sigmund e Martha Freud;
• Pedagoga de formação, exercendo essa profissão nos anos 1914 e 1920;
• Foi professora infantil;
• Se tornou psicanalista ao se juntar ao círculo de discípulos de Freud, com seu
tratamento voltado para crianças, sendo a pioneira nesta área;
• Estabeleceu clínicas e berçários para crianças que eram vítimas da guerra,
sobreviventes do holocausto, ou que estavam sendo atormentadas pelas suas
vidas;
• Reconhecida como a filha de Freud que analisou O Ego e os mecanismos de
defesa, responsável por contribuir com a perspectiva teórico-clínico
denominado psicologia do ego. Porém, sua obre recebeu pouca atenção;
• Sua obra destaca a importância do ambiente no processo de desenvolvimento,
pois esses avanços são sempre o resultado da interação entre impulso e
ego/superego com reação às influências ambientais. Tal modelo procura
compreender e descrever o desenvolvimento considerando uma diversidade
de perspectivas ou linhas de desenvolvimento;
Linhas de desenvolvimento
O desenvolvimento poderia ser compreendido e avaliado a partir de diversos
aspectos, e cada linha seria um aspecto diferente observado na evolução da criança,
como a alimentação, a relação com pares, higiene, etc. Nesse sentido, cada linha de
desenvolvimento é um indício do quão avançada a criança está em termos de
dependência e autossuficiência emocional:

1. Da mamada à alimentação racional;


2. Do se molhar e se sujar ao controle de esfíncteres;
3. Da irresponsabilidade à responsabilidade no controle corpóreo;
4. Do egocentrismo ao companheirismo;
5. Do corpo a o brinquedo e do brincar ao trabalho;
6. Do caminho percorrido da extrema dependência do recém-nascido à
autoconfiança emocional;

Ego
Características quando o ego entra em conflito com as pulsões do id na puberdade
encontram dois caminhos:
1. O id fortalecido supera o ego, não deixando nenhum sinal de “caráter prévio
do indivíduo”, fazendo com que a entrada na vida adulta seja tumultuada,
cedendo às pulsões, um controle.
2. O ego vence a disputa com o id, emergindo e consolidando este caráter
individual desenvolvido no período de latência, possibilitando o controle dos
impulsos.

O findar da adolescência e a entrada na vida adulta dependerão da Força que os


impulsos de id lançam sobre o ego (fisiológicos); de quanto o ego tolera, ou não, esta
pulsão sobre ele (caráter constituído no período de latência); da efetividade e
natureza dos mecanismos de defesa do ego.

Você também pode gostar