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Desenvolvimento humano ll

Aula 1

O QUE É A ADOLESCÊNCIA?
Período de mudanças físicas e cognitivas, maior probabilidade de cometer erros ou usar drogas,
buscando experiencias novas e prazerosas

PUBERDADE

• Meninas - é mais comum que o início se dê entre 9 e 13 anos de idade

• Meninos - início pode ocorrer entre 10 e 14 anos de idade

• Puberdade precoce = caracteres sexuais secundários que surgem antes dos 8 anos em meninas, e
antes dos 9 anos em meninos

• se relacionam às mamas, pelos pubianos, pelos das axilas e rápido crescimento (conhecido como
"estirão")

• Puberdade tardia = ausência de menstruação (amenorreia primária) aos 14 anos juntamente com
a ausência de caracteres sexuais secundários, ou, ainda, ausência de menstruação aos 16 anos de
idade, porém, com a presença de caracteres sexuais secundários

• Puberdade não é sinônimo de adolescência

• A puberdade fala das mudanças fisiológicas e da maturação do corpo; A adolescência está


relacionada ao contexto sociocultural

ADOLESCÊNCIA

Crianças eram mini adultos incorporados ao mundo do trabalho muito precocemente

• No século XX se passa a estudar e descrever esse fenômeno mais profundamente

(pioneiro Stanley Hall - inspirado nas ideias de Darwin)

Tarefas:

• Aceitação do próprio corpo (mudanças da puberdade)

• Consolidação do papel de gênero

• Relações mais maduras com companheiros de ambos os sexos

• Independência emocional dos pais

• Preparação para vida profissional, de casal e família

• Aquisição de valores que serão guias de comportamento

• Fábula pessoal = tendência a pensar que suas experiências são únicas e que não são regidas pelas
mesmas regras que governam a vida das demais pessoas
• POSSO TUDO!

• NÃO VAI ACONTECER COMIGO!

Estabilidade dos traços de personalidade tendem a aumentar durante a

Adolescência

Aula 2

• Complexo de Édipo Invertido – Deslocamento do amor para o objeto externo

• Criança interioriza seus sentimentos em relação aos genitores

• Púbere por meio do modelo de objeto de amor introjetado vai em busca de alguém que se
assemelha ao objeto que ela construiu ao longo dos anos dentro de si, por meio do registro
inconsciente de suas sensações e emoções, especialmente nas relações com os pais

• Para a psicanálise freudiana, a sexualidade não se inicia na puberdade, mas se constitui enquanto
processo evolutivo, vivenciado de diversas formas, desde o nascimento

Na adolescência, a atitude do ego diante do id é essencialmente determinada pela estrutura psíquica


desenvolvida na infância e na fase de latência.

• Para Anna Freud há duas possibilidades:

1) o id, fortalecido, supera o ego, não deixando nenhum sinal de "caráter prévio do indivíduo"
fazendo com que a entrada na vida adulta seja tumultuada, cedendo às pulsões, sem controle;

2) o ego vence a disputa com o id, emergindo e consolidando este caráter individual desenvolvido no
período de latência, possibilitando o controle dos impulsos

Anna Freud

• Ego da infância e puberdade diferem em relação – Conteúdo – Conhecimento – Capacidades

• Maneira como ego se relaciona com mundo externo e como defesas são acionadas

 O Id não reconhece elementos sociais, não há certo ou errado, tempo ou espaço, apenas
busca a satisfação dos impulsos sexuais.
 O Ego funciona principalmente no nível consciente. representa a mediação entre o Id, o
Superego e a sociedade. É responsável por tomar a decisão final em grande parte das
situações.
 O Superego é consciente e inconsciente, desenvolvido a partir do Ego na infância através
dos ensinamentos recebidos dos pais e da sociedade. É o aspecto social do trio Id, Ego e
Superego e contém a moral, ética e noção de certo e errado. Ele se posiciona contra o Id.
Não há meio termo entre certo e errado para o Superego.

• Atitude do ego diante do id é determinada pela estrutura psíquica desenvolvida na infância e na


latência
Segundo Anna Freud o findar da adolescência e a entrada na vida adulta dependerão da força que os
impulsos do id lançam sobre o ego (associadas aos processos fisiológicos); do quanto o ego tolera,
ou não, essas pulsão sobre ele (associado ao caráter constituído no período de latência); e da
efetividade e natureza dos mecanismos de defesa do ego (que variam de pessoa para pessoa).

OTTO RANK (1884 – 1939)

Diferenças com Freud

• Rank subverte a teoria de seu mentor, centrada no complexo de édipo, afirmando que a matriz da
angústia psíquica é a separação biológica entre o bebê e sua mãe

• compreendia a natureza humana como “produtiva e criadora e não como reprimida e neurótica”

Conceito central

• VONTADE - fator positivo, uma força que ativamente forma o eu e modifica o ambiente, no
período de latência, “a vontade individual encontra a social”.

“uma organização positiva e uma integração que guiam o eu, e que utiliza de forma criativa os
instintos e, ao mesmo tempo, os inibe e os controla”, sendo assim, no período de latência, “a
vontade individual encontra a social”.

É necessário que o adolescente vivencie etapas evolutivas para, então, desenvolver sua vontade.

Margaret Mead

• Adolescentes ilhas de Samoa vs. Juventude americana – as questões vivenciadas pelos jovens
americanos estavam relacionadas às questões de ordem sociocultural, e não biológicas do processo
de adolescer

Adolescência para Mead

Sujeito social – desafios atrelados ao lugar social


Resumindo

Aberastury e Knobel

Psicanalistas argentinos de grande importância para o estudo da adolescência.

• Livro "Adolescência normal", no qual apresentam o conceito de Síndrome Normal da

Adolescência.

• Para Aberastury (1981) a adolescência se configura como um momento decisivo no processo de


desprendimento, que teve início no nascimento.

Knobel e os 3 lutos

 o luto pelo corpo infantil perdido,


 o luto pelo papel e identidade infantis,
 o luto pelos pais da infância,

Síndrome Normal da Adolescência (Knobel)

 "a busca de si mesmo e da identidade”


 a "tendência grupal”
 "necessidade de intelectualizar e fantasiar"
 "crises religiosas
 "deslocalização temporal,
 "evolução sexual manifesta"
 "atitude social reivindicatória"
 "contradições sucessivas
 "separação progressiva dos pais";
 "constantes flutuações de humor e estado de ânimo
E O SISTEMA NESSA ETAPA?

Mudanças nos padrões de relacionamento

• Pais precisam ter capacidade psicológica para ajudar os filhos a se diferenciarem

• Luto pela perda do filho criança e dificuldade no manejo

• Capacidade de adaptar as normas e limites - renegociação de papéis - flexibilidade é

o caminho de saúde

• Reativação de emoções e conflitos da sua própria adolescência

Aula 1.3

Etapas e dilemas da adolescência

Erikson

• Criação da teoria do desenvolvimento psicossocial, dividida em oito fases, ou estágios, que se


configuram como etapas de vida em relação com o meio e que produzem crises a serem superadas.

• Adolescência - Fase 5 - Moratória psicossocial

Esta fase coloca o jovem para fora do mundo infantil, a partir da maturidade biológica e da
capacidade intelectual de abstração e o impulsiona a lidar com inúmeros papéis sociais.

IDENTIDADE X CONFUSÃO DE IDENTIDADE

• ESCOLHA DA PROFISSÃO/OCUPAÇÃO

• VALORES SOB OS QUAIS QUER VIVER

• DESENVOLVIMENTO DE UMA IDENTIDADE SEXUAL SATISFATÓRIA

• Busca de compromissos com os quais possam ser fiéis

• Desenvolvimento da virtude da FIDELIDADE: lealdade constante, fé ou sentimento de integração


com uma pessoa amada ou amigos e companheiros.

• Grupos fechados e intolerância com as diferenças seriam defesas contra a confusão de identidade

• Os que conseguem vencer as crises se tornam mais confiantes, seguros, controlam melhor os
impulsos

• Fases relacionadas entre si e mutuamente dependentes

• Se algo na fase anterior não foi bem resolvido será deslocado para a fase seguinte
Skinner e a Análise do Comportamento

• A Análise do Comportamento nos ensina que trabalhar com as habilidades de comunicação


possibilita a expressão das emoções, dos sentimentos e potencializa o diálogo saudável no ambiente
familiar, podendo, inclusive, funcionar como mecanismo de prevenção aos comportamentos de risco
(abuso substâncias de psicoativas, exposição às infecções sexualmente transmissíveis, gestação
precoce).

TCCs e adolescência

Busca compreender como o adolescente vivencia esta fase da vida a partir de seus processos de
pensamento e de seu conjunto de crenças.

• Quais pensamentos estão gerando comportamentos disfuncionais?

• Sentimos o que pensamos

Neste sentido, esta abordagem buscará compreender como o adolescente vivencia esta fase da vida
a partir de seus processos de pensamento e de seu conjunto de crenças. Quais pensamentos estão
gerando comportamentos disfuncionais? São perguntas que interessam à TCC

Fenomenologia e Existencialismo

• Remete o indivíduo a si, estimulando-o a reconhecer sua impessoalidade e a questionar-se no


sentido de encontrar suas próprias respostas para as questões que a vida lhe apresenta. O objetivo
da psicoterapia não é enquadrar o paciente em padrões morais ou em modelos teóricos, mas buscar
compreender as possibilidades singulares de existir de cada um, tal como ele as experimenta em
suas relações com as pessoas e coisas que lhe vêm ao encontro no mundo

Teoria Comportamental

Para os autores, quando há eventos reforçadores, há maior chance de que determinado


comportamento se repita futuramente, porém, quando essas contingências são punitivas, a
possibilidade é que haja diminuição deste comportamento
a forma como a pessoa age e sente está relacionada ao modo como ela compreende e organiza a
realidade através dos processos cognitivos.

O objetivo central desta abordagem é transformar o pensamento, possibilitando que este seja
funcional e duradouro, pois, o processo de adoecimento surge como consequência de recorrentes
pensamentos disfuncionais que influenciam o humor e o comportamento da pessoa, distorcendo a
maneira como ela percebe a realidade

Gestalt

• Para a Gestalt-terapia, a pessoa (independentemente de sua idade cronológica) é resultado do


ambiente em que vive, na mesma medida em que também produz a sua própria condição e produz
impacto e efeitos neste meio, estabelecendo uma relação dialética.

Aula 2.1

Temas relevantes em adolescência

Winnicott

• Ambiente suficientemente bom _ Necessidades supridas

• Maternagem/Proteção - Ambiente que ampare a mãe

• Ausência traria impulsos destrutivos – pedido de ajuda

• Todos teríamos uma capacidade inata para o desenvolvimento saudável, porém precisamos que o
ambiente externo

Comportamentos de risco

• AIDS na adolescência

• ISTs

• Uso de drogas

• Suicídio (Artigo suicídio)

No Brasil - 68,4 casos de gestação a cada 1000 meninas entre 15 e 19 anos - Problema de saúde
pública
Aula2.2

ADOLESCÊNCIA, MUNDO INTERIOR E MUNDO EXTERIOR

• Adolescência e aceitação – tendência para o consumo

• Era do descartável

• A ‘síndrome consumista’ envolve velocidade, excesso e desperdício” (BAUMAN, 2008)

podemos afirmar que o consumismo está associado ao desejo (de pertencimento, de ascensão
social, de poder).
Aula 2.3

INTERVENÇÃO E PROJETOS COM ADOLESCENTES

A escolha profissional

• Contexto socioeconômico-cultural

• Muitos jovens desconhecem ingresso na Universidade

• OP ferramenta de classes econômicas privilegiadas

• Modelo econômico precisa de trabalhadores que alimentem a riqueza de uma parcela muito
pequena

• Crença de que sucesso depende só de esforço individual

O trabalho do psicólogo

• GRUPOS ou INDIVIDUAL

• Grupos

• perspectiva de identificação, sentimento de pertença, troca de experiências, dúvidas, medos,


angústias e descobertas

• Entrevistas individuais

• Anamnese e momento atual

• Aptidões, pontos que considera a serem trabalhados

• Conhecer a dinâmica familiar

• Narrativa da própria história – reconstrução do passado, conexão com o presente e perspectivas


para o futuro (LINHA DO TEMPO)

• Testes (aptidões, personalidade, habilidades técnicas)

• Busca de informações sobre carreiras

• Entrevistas com profissionais da área

• Atendimento em família

• Anseios em relação ao futuro profissional do filho

• Perspectivas reais

• LEMBRAR SEMPRE!!! Somos facilitadores – autonomia do processo decisório


3.1

VIDA ADULTA E SUAS CARACTERÍSTICAS

Adulto

• Do latim adultus= crescido

• Aquele que atingiu o máximo de seu crescimento e de suas funções biológicas

• Que chegou à maioridade

• Etapa do desenvolvimento com conhecimento menos sistematizado

Fatores que influenciam a trajetória para vida adulta:

• Gênero

• Educação

• Raça e etnia

• Expectativas do final da adolescência

• Classe social

Adultos jovens

Estudo apontou que adultos com nível de bem estar mais alto eram aqueles que:

• Não haviam casado

• Não tinham filhos

• Frequentavam a universidade

• Viviam fora da casa da infância

Em estudo com jovens de famílias de baixa renda verificou-se que:

• Tendiam a sair de casa mais cedo

• Obter menos apoio dos pais

• Renunciar a educação superiorTer filhos mais cedo

Adulto em Erikson

• Maioridade jovem (21 aos 40 anos) - INTIMIDADE× ISOLAMENTO

• Meia idade (40 aos 60 anos) - GENERATIVIDADE ESTAGNAÇÃO


• Maturidade (60+)

Erikson: intimidade versus isolamento O sexto estágio do desenvolvimento psicossocial de Erikson é


intimidade versus isolamento. Se os adultos jovens não conseguem assumir compromissos pessoais
profundos com os outros, dizia Erikson, eles correm o risco de tornarem-se excessivamente
isolados e absorvidos em si mesmos. Entretanto, eles necessitam de algum isolamento para
refletirem sobre suas vidas. À medida que trabalham para resolver demandas conflitantes de
intimidade, competitividade e distância, eles desenvolvem um sentido ético, que Erikson
considerava a marca do adulto. Relacionamentos íntimos demandam sacrifício e compromisso.
Adultos jovens que desenvolveram um forte sentido do self durante a adolescência estão em melhor
posição para fundir sua identidade com a de uma outra pessoa. (Como já discutimos, para muitas
pessoas hoje o processo de formação de identidade se estende até a idade adulta, e, portanto, de
acordo com Erikson, a conquista de intimidade também deve ser adiada.)A resolução deste estágio
resulta na virtude do amor: a devoção mútua entre parceiros que escolheram compartilhar suas
vidas, ter filhos e ajudá-los a alcançar seu próprio desenvolvimento saudável. Uma decisão de não
cumprir o impulso procriador natural tem consequências sérias para o desenvolvimento, de acordo
com Erikson. Sua teoria foi criticada por excluir pessoas solteiras, celibatárias, homossexuais e sem
filhos de seu esquema

A Maioridade Jovem contempla a crise intimidade versus isolamento.

Especificamente quanto à Idade Adulta Jovem, Erikson (1976) diz que o indivíduo anseia e dispõe-
se a fundir a sua identidade com a de outros, estando preparado para a intimidade.

O reverso da intimidade é o distanciamento, a tendência a isolar-se e, se necessário, a destruir as


forças e pessoas que sente como perigosas para si próprio e que parecem invadir indesejadamente
as relações íntimas. Assim, a crise evidenciada nesta fase é a que opõe a intimidade ao isolamento.

CASAMENTOS NO BRASIL

Nos casamentos civis entre cônjuges solteiros de sexos distintos, com

15 anos ou mais, a diferença das idades médias ao contrair a união foi de aproximadamente 2 anos,
sendo que os homens se casaram, em média, aos 30,9 anos, e as mulheres, aos 28,5 anos de idade.

Divórcios em alta

Ao longo dos anos, o brasileiro passou a se divorciar mais em relação ao número de casamentos.
"Tínhamos 10 divórcios para cada 30 casamentos, e agora essa média é 10 a cada 24", explica Klivia
Brayner de Oliveira, gerente da Pesquisa de Registro Civil do IBGE.

48,8% pediram com menos de 10 anos;

24,9% com 10 a 19 anos;

26,3% com 20 ou mais;


O tempo de casamento até o pedido de divórcio também foi caindo tempo no pais:

15,9 anos (2010)

13,9 anos (2021)

Em 2021, a idade média de quem pediu divórcio foi maior entre eles

Mulheres - 40.6 anos

Homens - 43,6 anos

MEIA IDADE

• Período compreendido entre os 40 e os 60 anos.

•Trajetórias não caracteristicas - aos 50 anos uma pessoa pode estar começando uma nova
carreira, outra pode estar se aposentando precocemente.

•Maslow e Rogers - ideia de que esse é um período de oportunidade para mudança


positiva - autorrealização só poderia vir com a maturidade.

Carl G. Jung: Individuação e transcendência

O psicólogo suíço Carl Jung (1933, 1953, 1969,1971) afirmava que o desenvolvimento saudável da
meia-idade requer individuação, a emergência do self verdadeiro por meio do equilíbrio ou
integração das partes conflitantes da personalidade, incluindo aquelas partes que foram
anteriormente negligenciadas. Até aproximadamente os 40 anos, afirma Jung, os adultos estão
concentrados nas obrigações com a família e com a sociedade e desenvolvem aspectos da
personalidade que os ajudarão a alcançar objetivos externos. As mulheres enfatizam a
expressividade e a educação; os homens são primariamente orientados à realização. Na meia-idade,
as pessoas voltam suas preocupações para o self interior, espiritual. Tanto os homens como as
mulheres buscam uma união dos opostos expressando seus aspectos anteriormente renegados.
Duas tarefas difíceis, porém necessárias, na meia-idade são abrir mão da imagem jovem e
reconhecer a mortalidade. De acordo com Jung (1966), a necessidade de reconhecer a mortalidade
exige uma busca por significado dentro de si mesmo. Esse movimento de interiorização pode ser
inquietante. Contudo, as pessoas que evitam essa transição e não reorientam suas vidas
adequadamente perdem a chance de crescer psicologicamente.

MEIA IDADE (ERIKSON) GENERATIVIDADE x ESTAGNAÇÃO

Generatividade = relação que o homem mantém com a sociedade e seu zelo com a geração futura

• Necessidade de desenvolvimento de certa forma de criatividade, basicamente por meio da criação


dos filhos e, também na realização com o trabalho e na relação com a sociedade.

• Busca imprimir sua marca no mundo - LEGADO (Filhos)

Erik Erikson: Generatividade versus estagnação Ao contrário de Jung, que via a meia-idade como um
momento de interiorização, Erikson descreveu-a como um movimento para o exterior.
Erikson via os anos em torno dos 40 como a época em que as pessoas entram em seu sétimo estágio
normativo, generatividade versus estagnação. Generatividade, como definiu Erikson, é a
preocupação de adultos maduros em estabelecer e orientar a próxima geração, perpetuando-se
através da influência sobre aqueles que o sucedem. As pessoas que não encontram uma saída para
a generatividade tornam-se centradas em si mesmas, autoindulgentes ou estagnadas (inativas ou
sem vida). A virtude desse período é o cuidado: "um compromisso amplo no sentido de cuidar das
pessoas, dos produtos e das ideias com as quais a pessoa aprendeu a se importar" (Erikson, 1985, p.
67). A teoria e a pesquisa posteriores apoiaram e expandiram as opiniões de Erikson. Como surge a
generatividade? De acordo com um modelo (McAdams,2001), os desejos internos de imortalidade
simbólica, ou uma necessidade de ser necessário, se somam às demandas externas (expectativas e
responsabilidades crescentes) para produzir um interesse consciente na próxima geração. Esse
interesse, juntamente com o que Erikson chamou de "crença nas espécies", conduz a compromissos
e ações generativos.

Vida adulta segundo Winnicott

Podemos resumir as quatro tarefas para a vida adulta, segundo a teoria winnicottiana, em:

1) permanecermos na linha do amadurecimento, que começou quando éramos bebês, sem


pularmos etapas ou, ao contrário, ficarmos presos em algum ponto do desenvolvimento emocional.

2) Desenvolvermos um modo de vida democrático;

3) aceitarmos nossas impotências e imperfeições;

4) sermos capazes, emocionalmente, de vivenciar o processo de envelhecimento e morte.

Sartre

Nossa existência vem antes da essência, quando nascemos não sabemos qual vai ser nossa essência,
nossa existência constrói nossa essência.

Estagio de ciclo de vida familiar

1. Saindo de casa: jovens solteiros - Aceitar a responsabilidade emocional e financeira pelo eu

2. A união de famílias no casamento: o novo casal - Comprometimento com um novo sistema

3. Famílias com filhos pequenos - Aceitar novos membros no sistema

ENVELHECIMENTO

Um idoso com 85 anos pode ser absolutamente ativo e cheio de vida, ao passo que outro com 75
anos pode estar muito debilitado e com dificuldades no desempenho de suas atividades. Logo, o
primeiro pode ser considerado jovem, enquanto o outro pode ser considerado mais velho. Isto
porque levamos em conta outros fatores que influenciam na maneira como vivem, como a questão
da saúde (física e mental), os aspectos culturais, as relações familiares, sua história anterior (uso de
alguma substância, prática de esportes, etc.), além da questão da idade.
a. Idade cronológica: são os anos vividos de uma pessoa, desde o seu nascimento.

b. Idade biológica: definida pelas mudanças corporais mentais que ocorrem ao longo do
desenvolvimento humano, caracterizando o próprio processo de envelhecimento.

c. Idade social: composta por hábitos e características esperadas para determinada idade,
esperando que o sujeito se encaixe em determinados papéis sociais.

d. Idade psicológica: pode ser utilizado em dois sentidos, sendo que um deles se refere à capacidade
psicológica esperada para determinada idade cronológica (percepção, memória, aprendizagem,
etc.), e o outro se refere à noção subjetiva de idade, ou seja, a maneira como cada um se autoavalia
em relacão às outras pessoas com idades semelhantes às suas

• Perda de memória é do processo normativo

• Declínio do funcionamento cognitivo - falta de uso das capacidades cognitivas, desenvolvimento de


doenças (inclusive psíquicas, como a depressão), questões comportamentais (consumo de álcool,
medicamentos e outras drogas, dificuldade de adaptação às novas situações (como a aposentadoria,
a perda do cônjuge, etc.)

• Ganho em sabedoria e experiência

Erikson

• Maturidade = 60+

• Conflito INTEGRIDADE x DESESPERO

• “envolve os esforços em equilibrar o sentido de coerência e plenitude pessoal com o ‘desespero’


perante a finitude e a proximidade da morte, além da aceitação e adaptação aos triunfos e falhas do
passado”

• AVALIAR E ACEITAR SUA VIDA PARA PODER ACEITAR A MORTE

• Resolução acarreta na virtude da sabedoria: aceitar a vida que se viveu sem ficar preso ao que
deveria ou poderia ter sido feito – ACEITAR IMPERFEIÇÕES EM SI MESMO, NOS PAIS, NOS FILHOS E
NA VIDA.

• Algum desespero é inevitável

o trabalho clínico com idosos pode envolver uma complexa interação de fatores abrangendo o
curso de vida; a coorte (grupos de pessoas que nasceram em períodos similares, acompanhamento
do desenvolvimento do idoso envolve conhecer aquelas mudanças que são comuns à maioria deles,
caracterizando os padrões normativos de envelhecimento, como, também, aqueles não normativos,
que os torna heterogêneos e diferenciados.
Contexto social de cada tempo

Aposentadoria

No modo de produção capitalista, que idolatra a produção e aliena o trabalhador do processo de


produção, a aposentadoria é frequentemente vivenciada como a perda do próprio sentido da vida,
uma espécie de morte social. Ao se valorizar apenas aqueles que produzem, deprecia-se o sujeito
aposentado.

Os idosos pesquisados demonstraram ter entendimento acerca da sexualidade e da importância da


mesma para a vida do idoso, caracterizando-a como algo complexo que não se resume apenas ao
ato sexual. Os participantes demonstraram aceitação das práticas sexuais na velhice, sendo algumas
de suas expressões o carinho, o companheirismo e a intimidade. Foram destacados alguns fatores
que interferem de forma negativa nas vivências sexuais dos idosos, como a presença de alguma
patologia orgânica ou dificuldades financeiras.

Segundo Dino (2017), o número de casos de pessoas com mais de 50 anos que contraíram o vírus
HIV dobrou na última década, houve um aumento de aproximadamente 103% de casos.

O envelhecimento ativo é o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e


segurança. Tem como objetivo melhorar a qualidade de vida á medida em que as pessoas ficam mais
velhas. Permite que as pessoas percebam seu potencial para o bem-estar físico mental e social.

As doenças crônicas como: as cardiovasculares, hipertensão, diabetes, derrame, câncer... São


desafios que envolvem pessoas com mais de 60 anos.

Ademais, doenças como as demências degenerativas e vasculares tem se transformado em


problema de saúde pública. Ademais, os transtornos mentais devem merecer maior cuidado.

A relação entre espiritualidade e velhice se dá pela capacidade de suportar limitações, dificuldades e


perdas inerentes ao processo, sendo que a vivencia da espiritualidade possui importante relevância
para uma velhice de qualidade. Já a religiosidade é vista como uma forma de ajuda e proteção do
estresse frente as perdas e as modificações que ocorrem durante o processo de envelhecimento. A
espiritualidade e a religiosidade parecem ser uma mola no que concerne as diversas situações
problemáticas e dificuldades encontradas nos últimos anos de um indivíduo. Utilizadas como
estratégia de resiliência apesar das suas diferenças conceituais. O mapa da violência 2014 aponta
que acima dos 60 anos à 8 suicídios por 100.000 habitantes. Aos 75 anos de acordo com o ministério
da saúde a razão é de 8 à 12 suicídios masculinos por um feminino.

Mesmo com o estatuto do idoso sendo aprovado em 2003 e assegurando prioridade especial para as
pessoas com mais de 80 anos de idade, sabemos que a realidade brasileira nem sempre é essa. A
violência, abuso e negligencia contra pessoa idosa infelizmente são praticadas em diversos
contextos, especialmente no âmbito familiar e no âmbito institucional. Grande parte das denuncias
estão relacionadas a negligencia seguidas pela violência psicológica e abuso financeiro e econômico,
a maioria no âmbito doméstico.

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