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FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
DISCIPLINA PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: INFÂNCIA E
ADOLESCÊNCIA

Unidade 1 – O estudo do Desenvolvimento Humano

1.4 Perspectivas teóricas em Psicologia do Desenvolvimento:


abordagem psicanalítica, perspectiva cognitiva, epistemologia
genética, psicologia histórico-cultural e teoria ecológica.

Prof. Me. Willian Araujo Moura


Abordagem psicanalítica

 A perspectiva psicanalítica preocupa-se com


as forças inconscientes que motivam o
comportamento humano.

 Início século XX, Sigmund Freud


desenvolveu a psicanálise.
Freud e o desenvolvimento psicossexual

 Desenvolvimento psicossexual, na teoria


freudiana, é uma sequência invariável de
estágios de desenvolvimento da
personalidade durante os primeiros anos de
vida, infância e adolescência, em que a
gratificação muda de zona erógena.
 Freud acreditava que a personalidade formava-se
nos primeiros anos de vida, momento em que as
crianças passam por conflitos inconscientes entre
seus impulsos biológicos inatos e as exigências
da sociedade.

 Das cinco fases de desenvolvimento da


personalidade que Freud descreveu, ele
considerava as três primeiras cruciais.
 Se as crianças recebem muito pouca ou
excessiva gratificação em qualquer uma das
etapas, estão em risco de desenvolverem uma
fixação.
 Ex.: fixação fase oral – roer unhas, comer ou
fumar compulsivamente, personalidade
sarcasticamente crítica;
 Fixação fase anal – pessoa obsessivamente limpa e
caprichosa, rigidamente ligada a horários e rotinas
ou provocadoramente desleixada.
 Um acontecimento fundamental ocorro
durante a fase fálica – a zona de prazer
transfere-se para os genitais.
 Complexo de Édipo e complexo de Electra.
 Medo da castração e inveja do pênis.
 As crianças resolvem esta ansiedade pela
identificação com o genitor de mesmo sexo e
entram na relativamente calma fase de
latência.
 Socialização, desenvolvimento de habilidades e
aprendizado sobre si mesmas e sobre a
sociedade.
 A fase genital se estende por toda a
vida adulta.
 Mudanças físicas da puberdade voltam
a despertar a libido, energia que
alimenta o impulso sexual.

 Freud propôs três partes hipotéticas


da personalidade: id, ego e superego.
 Freud descreveu diversos mecanismos de defesa,
modos mediante os quais as pessoas
inconscientemente lidam com a ansiedade
distorcendo a realidade.
 Ex.: uma criança pode reprimir (bloquear da consciência e
da memória) sentimentos ou experiências que causam
ansiedade.
 Um criança que está enfrentando um fato inquietante como
o nascimento de um irmão ou o ingresso na escola, pode
regredir – retornar a um comportamento anterior, como
sugar o polegar ou urinar na cama.
 Freud conscientizou-nos da importância
dos pensamentos, dos sentimentos e das
motivações inconscientes; do papel das
experiências de infância na formação da
personalidade; dos modos mediante os
quais as imagens mentais dos primeiros
relacionamentos influenciam os
relacionamentos posteriores.
Erik Erikson: Desenvolvimento Psicossocial

 O desenvolvimento psicossocial, na teoria de Erikson, é o


processo social e culturalmente influenciado de
desenvolvimento do ego ou do eu; ele consiste de oito
estágios ao longo do ciclo de vida, cada um girando em
torno de uma crise que pode ser resolvida alcançando-se
um equilíbrio saudável entre traços positivos e negativos
alternativos.
 Erikson modifica e estende a teoria
freudiana, enfatizando a influência da
sociedade sobre o desenvolvimento da
personalidade.

 Enquanto Freud sustentava que as


experiências da infância moldavam
permanentemente a personalidade,
Erikson afirmava que o desenvolvimento
do ego é vitalício.
 Cada estágio, para Erikson, envolve uma
crise na personalidade – uma questão de
desenvolvimento que é particularmente
importante naquele momento e que
continuará tendo alguma importância
durante toda a vida.
 As crises devem ser satisfatoriamente
resolvidas para um saudável desenvolvimento
do ego. O êxito na resolução de cada crise é o
desenvolvimento de uma determinada virtude
ou força.

 A teoria de Erikson sustentou-se melhor do


que a de Freud principalmente por sua ênfase
às influências sociais e culturais e ao
desenvolvimento depois da adolescência.
ESTÁGIOS PSICOSSOCIAIS DE ERIK ERIKSON

PERÍODO CRISE EQUILÍBRIO VIRTUDE

Nascimento aos 12-18 Confiança versus Bebê desenvolve a ideia de Esperança.


meses desconfiança se o mundo é um lugar bom e
seguro.
12-18 meses aos 3 Autonomia versus Criança desenvolve um Vontade.
anos vergonha e dúvida equilíbrio entre
independência e
autossuficiência, e vergonha
e dúvida.
3 aos 6 anos Iniciativa versus culpa Criança desenvolve iniciativa Propósito.
quando experimenta novas
atividade e não é dominada
pela culpa.
6 anos à puberdade Produtividade versus Criança deve aprender Habilidade.
inferioridade habilidades da cultura ao
enfrentar sentimentos de
incompetência.
ESTÁGIOS PSICOSSOCIAIS DE ERIK ERIKSON
PERÍODO CRISE EQUILÍBRIO VIRTUDE
Puberdade ao início da Identidade versus Adolescente deve determinar Fidelidade.
idade adulta confusão de identidade seus sentido pessoal de
identidade (“Quem sou eu?”) ou
sentir confusão sobre papeis.
Idade adulta jovem Intimidade versus Pessoa procura formar Amor.
isolamento compromissos com os outros; em
caso de fracasso pode sofrer de
isolamento e autoabsorção.
Idade adulta Geratividade versus Adulto maduro preocupa-se em Consideração.
estagnação estabelecer e orientar a nova
geração, ou então sente
empobrecimento pessoal.
Idade adulta tardia Integridade versus O idoso alcança a aceitação da Sabedoria.
desespero própria vida, o que lhe permite
aceitar a morte, ou então se
desespera pela incapacidade de
reviver a vida.
Perspectiva da Aprendizagem

 Preocupa-se em descobrir as leis objetivas que


governam o comportamento observável.

 Os teóricos da aprendizagem sustentam que o


desenvolvimento resulta da aprendizagem, uma
mudança de longa duração no comportamento
baseado na experiência ou adaptação ao ambiente.
 Os teóricos da aprendizagem veem o
desenvolvimento como algo contínuo (e
não em etapas) e enfatizam a mudança
quantitativa.

 Por salientarem as influências ambientais,


ajuda a explicar as diferenças culturais no
comportamento.
Behaviorismo

 Teoria mecanicista que descreve o comportamento


observado como resposta previsível a experiência – ênfase
no ambiente.

 Os seres humanos aprendem reagindo a condições ou a


aspectos de seu ambiente que acham agradáveis, dolorosos
ou ameaçadores.
 A pesquisa comportamental concentra-se
na aprendizagem associativa, na qual se
forma uma ligação mental entre dois
fatos.

 Dois tipos de aprendizagem associativa:


 Condicionamento clássico e
condicionamento operante.
 Condicionamento clássico:
 Tipo de aprendizagem em que um estímulo anteriormente
neutro (que originalmente não provocava uma determinada
resposta) adquire a capacidade de provocar uma resposta
depois que o estímulo é repetidamente associado a outro
estímulo que normalmente provoca a resposta.

 John B. Watson: poderia moldar qualquer bebê do


modo que desejasse – “Albertinho”
 Condicionamento operante:
 Tipo de aprendizagem em que uma pessoa tende a repetir
um comportamento que foi reforçado ou cessar um
comportamento que foi punido – o indivíduo aprende com
as consequências de “operar” sobre o ambiente.

 B. F. Skinner: reforço positivo, reforço negativo,


punição, generalização e extinção.

 O que é reforço para uma pessoa pode ser punição


para outra.
Teoria da Aprendizagem Social
(Sociocognitiva)

 Sustenta que as crianças, em especial, aprendem


comportamentos sociais pela observação e
imitação de modelos.

 Albert Bandura: o aprendiz é ativo; a pessoa


também atua sobre o ambiente.
 As pessoas aprendem em um contexto social e a
aprendizagem humana é mais complexa do que
simples condicionamento.

 Reconhecem a importância da cognição.

 As pessoas adquirem novas capacidades por meio da


aprendizagem por observação ou vicária, ou seja,
observando os outros.
 A aprendizagem por observação pode
ocorrer mesmo que a criança não imite o
comportamento observado.

 O comportamento específico que as


crianças imitam depende do que elas
percebem que é valorizado em sua
cultura.
 Fatores cognitivos, como as capacidades de
prestar atenção e de organizar mentalmente
as informações dos sentidos, afetam o modo
como as pessoas incorporam o
comportamento observado ao seu
comportamento pessoal.
Perspectiva Humanista

 Visão do desenvolvimento da personalidade


que vê as pessoas como possuidoras da
capacidade de promover seu próprio
desenvolvimento positivo e saudável por meio
das capacidades unicamente humanas de
escolha, de criatividade e de autorrealização.
 Abraham Maslow e Carl Rogers rejeitam a
ideia de que as pessoas são basicamente
prisioneiras de suas primeiras experiências
inconscientes, de impulsos instintuais ou de
forças do ambiente.

 Os pensadores humanistas enfatizam a


capacidade que as pessoas tem de tomar conta
de suas vidas, independentemente de sua idade
ou das circunstâncias.
 Os psicólogos humanistas dão especial atenção
a fatores internos na personalidade:
sentimentos, valores e esperanças.

 Procuram ajudar as pessoas a promover seu


próprio desenvolvimento por meio das
capacidades caracteristicamente humanas de
escolha, criatividade e autorrealização.
 Salientam o potencial para um
desenvolvimento positivo e saudável;
qualquer característica negativa são
consequências de danos infligidos à
pessoa em desenvolvimento.

 Maslow identificou uma hierarquia de


necessidades: uma ordem de classificação
das necessidades que motivam o
comportamento humano.
Necessidades de
autorrealização: encontrar
autossatisfação e realizar o
potencial.

Necessidades de estima:
realizar, ser competente e
obter aprovação e
reconhecimento.

Necessidades de afiliação e amor: afiliar-


se aos outros, ser aceito e pertencer.

Necessidades de segurança: sentir-se seguro e


protegido, fora de perigo.

Necessidades fisiológicas: fome, sede, etc.


 De acordo com Maslow, as pessoas só podem
empenhar-se para atender necessidades superiores
depois que satisfizerem necessidades básicas.

 As teorias humanistas fizeram uma contribuição


valiosa pela promoção de abordagens, tanto na
educação dos filhos como no autoaperfeiçoamento
adulto, que respeitam as singularidades do indivíduo.
Perspectiva Cognitiva

 Visão do desenvolvimento que se preocupa com


os processos de pensamento e com o
comportamento que reflete tais processos.

 Estágios cognitivos de Piaget, abordagem de


processamento de informações e teorias
neopiagetianas.
Abordagem do Processamento de Informações

 É a abordagem de estudo do desenvolvimento cognitivo


pela observação e análise dos processos mentais
envolvidos na percepção e no manuseio da informação.

 Os cientistas estudam como as pessoas adquirem, lembram


e utilizam a informação através da manipulação de
símbolos ou imagens mentais.
 Modelos computacionais ou fluxogramas que
analisam as etapas específicas pelas quais o cérebro
parece passar na reunião, armazenamento, na
recuperação e na utilização da informação.

 Não propõe estágios de desenvolvimento, mas


assinalam aumentos relacionados com a idade na
velocidade, complexidade e eficiência do
processamento mental, no volume e na variedade de
material que pode ser armazenado na memória.
REDES ASSOCIATIVASS E
RECORDAÇÃO

 Teoria da rede associativa: as memórias


individuais estão ligadas em redes e a
ativação de uma memória levará à
ativação de outras memórias na mesma
rede.
 Clusters (grupos): cada memória consiste
em um cluster de componentes e a
ativação de qualquer um dos
componentes levará à ativação dos outros
componentes e resultará na memória 
componentes de uma memória pode
incluir imagens, sentimentos, respostas
fisiológicas.
 Ativação: a ativação de qualquer
memória em uma rede levará à ativação
de outras memórias nesta rede  a
estimulação sequencial das memórias em
uma rede é o processo de pensamento ou
o “fluxo de consciência”.
 Priming: memórias e conexões que foram
usadas mais recente, ou frequentemente, são
ativadas com mais facilidade, tornando-se
mais fortes  ativar uma rede do tipo priming
o leva a recordar coisas naquela rede  o
processo de priming explica por que uma vez
que comecemos a pensar sobre um tópico,
como razões para estar deprimidos, tendemos
a perseverar neste tópico.
 Ativação automática: a ativação de redes é um
processo automático  os processos de
pensamento não param e se uma rede não é
estimulada, a rede mais recentemente primed
ou mais forte tende a ser ativada  isso
explica o motivo pelo qual você tende a voltar
a um tópico particular, a menos que esteja
focalizando sua atenção em outro lugar 
uma pessoa que tende a deprimir-se, sempre
que não está pensando sobre algo mais,
começa a pensar pensamentos depressivos.
ESTÁGIOS DO PROCESSAMENTO DE MEMÓRIA
 Como as informações entram no sistema de memória?

 Teoria dos três estágios do processamento de memória:


a) entrada de informações na memória sensorial; b)
passagem de algumas das informações para a memória
de curta duração e c) processamento de algumas destas
informações para armazenagem na memória de longa
duração.
 Memória sensorial: tudo o que você percebe entra
primeiro na memória sensorial  esta pode manter as
informações apenas um segundo ou dois  você
seleciona as partes mais importantes e envia-as à sua
memória de curta duração para processamento  o
que é importante e percebido é definido por aquela
rede e ativado naquele momento  se sua rede de
eventos negativos está ativada porque você está
deprimido, tenderá a perceber desconsiderações e
ignorar elogios por parte dos outros.
 Memória de curta duração: onde você
forma o seu pensamento e processa
informações para a armazenagem na
memória de longa duração  o
processamento eficaz envolve pensar
ativamente sobre como o segmento de
informação está relacionado a outros
segmentos de informação nas suas redes,
ou seja, colocá-la em uma rede de
memória.
 Memória de longa duração: onde todas as
informações processadas são armazenadas 
as informações desta memória não estão na
consciência, mas quando necessário podem
ser ativadas e trazidas para a memória de
curto prazo.
ATENÇÃO SELETIVA E MEMÓRIA
SELETIVA
 Apenas uma fração das informações que
entram na memória sensorial são passadas à
memória de curta duração.

 Apenas uma quantidade limitada de


informações que entram na memória de curta
duração são processadas para armazenagem na
memória de longa duração.
 Apenas as informações na memória de longa
duração que foram processadas eficazmente
serão recordadas.

 Informações em uma rede primed ou forte


tendem muito a ser recordadas.

 Essa seletividade não é um processo aleatório,


ela é guiada pelo que pensamos ser relevantes
e irrelevantes.
 A atenção e a memória seletiva pode
levar a comportamentos inadequados 
se acredita que é socialmente inadequado,
prestará atenção e recordará cada
desconsideração e gafe.

 Em alguns casos, a atenção seletiva pode


resultar em profecias autorrealizadoras.
 De modo geral: a) nossas primeiras
experiências conduzem ao desenvolvimento
inicial das redes ou conjuntos cognitivos, b) as
redes ou conjuntos então conduzem à atenção
e memória seletiva, c) a atenção e a memória
seletivas influenciam o que pensamos e d)
nossos pensamentos determinam os nossos
comportamentos, adequados e inadequados.
 Nossos comportamentos são orientados
em grande parte pelo que lembramos,
mas nossa memória está sujeita a
omissões, exageros, distorções e
falsidade.
Abordagem da neurociência cognitiva

 É a abordagem para o estudo do


desenvolvimento cognitivo que liga os
processos cerebrais aos processos cognitivos.
Perspectiva Etológica

 Visão do desenvolvimento humano que se


concentra nas bases biológicas e evolucionistas do
comportamento.

 Para cada espécie, uma variedade de


comportamentos inatos, específicos a cada espécie,
foram desenvolvidos para aumentar suas chances
de sobrevivência.
 Comportamentos que são adaptativos em
diferentes períodos do tempo de vida.

 John Bowlby – importância do vínculo entre


mãe e bebê e desaconselhava a separação dos
dois sem oferecer um substituto de boa
qualidade.

 Apego, dominância e agressividade entre


amigos e habilidades de resolução de
problemas do dia-a-dia.
Epistemologia Genética de Jean Piaget

 Visa responder à questão não só de como os


indivíduos, sozinhos ou em conjunto, constroem
conhecimentos, mas também por quais processos e
por que etapas eles conseguem fazer isso.
 A Epistemologia é definida como uma reflexão sobre os princípios
fundamentais das Ciências: Episteme (Ciência, no sentido mais
amplo, para os gregos, e, sobretudo, mas não apenas, fundamentos
do conhecimento científico, para nós modernos) + logos (tratado,
estudo), destacando, o autor, sua preocupação metodológica a
respeito da forma como o conhecimento surge no ser humano,
inclusive das raízes mesmas do conhecimento mais elementar, as
quais não se absolutizam em um conhecimento primeiro, como,
aliás, adverte o próprio Piaget logo na introdução: a grande lição
contida no estudo da gênese ou das gêneses é, pelo contrário,
mostrar que não existem jamais conhecimentos absolutos
 Epistemologia Genética objetiva explicar a continuidade
entre processos biológicos e cognitivos, sem tentar reduzir
os últimos aos primeiros, o que justifica, e ao mesmo
tempo delimita, a especificidade de sua pesquisa
epistemológica: o termo genético
 Piaget sugere que há evolução natural-cognitiva da
aquisição de conhecimentos.

 Assim, há quatro estágios nos quais os sujeitos são


quiescentes para evoluírem, de um estado de total
desconhecimento do mundo que o cerca até o
desenvolvimento da capacidade de conhecer o que
ultrapassa os limites do que está a sua volta
 Estágio 1: do nascimento até aproximadamente dois anos
de idade, a criança se encontra no estágio sensório-motor,
atingindo um nível de equilíbrio biológico e cognitivo que
permite constituir uma estrutura linguística, isto é
propriamente conceitual; e isso por volta dos 12 - 18
meses.
 Estágio 2: terminado este período, ela adentra no estágio
pré-operatório, calcado na constituição ainda incipiente de
uma estrutura operatória, e permanece nele até completar
mais ou menos 7 - 8 anos, sendo que o equilíbrio próprio é
atingido aqui quando a criança está com a idade de 4 - 5
anos.
 Estágio 3: operatório concreto. Com início no final do
segundo estágio e calcado na capacidade de coordenar
ações bem ordenadas em “sistemas de conjunto ou
‘estruturas’, suscetíveis de se fecharem” enquanto tais, ele
tem duração, em média, até os 11 - 12 anos. E quanto,
especificamente, ao nível de equilíbrio próprio, este
acontece aqui por volta dos 9 - 10 anos.
 Estágio 4: operatório formal, que se inicia ao final do
terceiro e no qual o ser humano permanece por toda a vida
adulta, atingindo um estado de equilíbrio próprio por volta
dos 14 – 15 anos de idade.
 Independentemente do estágio em que os seres humanos
se encontram, a aquisição de conhecimentos segundo
Piaget acontece por meio da relação sujeito/objeto. Esta
relação é dialética e se dá por processos de assimilação,
acomodação e equilibração, num desenvolvimento
sintético mútuo e progressivo. O dinamismo da
equilibração acontece por meio de sucessivas situações de
equilíbrio – desequilíbrio - reequilíbrio que visam, por
assim dizer, “dominar” o objeto do conhecimento que vai
se constituindo nesse processo
 A Epistemologia Genética defende que o indivíduo passa por várias
etapas de desenvolvimento ao longo da sua vida. O
desenvolvimento é observado pela sobreposição do equilíbrio entre
a assimilação e a acomodação, resultando em adaptação. Assim,
nesta formulação, o ser humano assimila os dados que obtém do
exterior, mas uma vez que já tem uma estrutura mental que não está
“vazia”, precisa adaptar esses dados à estrutura mental já existente.
O processo de modificação de si próprio é chamado de acomodação.
Este esquema revela que nenhum conhecimento chega do exterior
sem que sofra alguma alteração pelo indivíduo, sendo que tudo o
que se aprende é influenciado por aquilo que já havia sido
aprendido.
 A assimilação ocorre quando a informação é incorporada
às estruturas já pré-existentes nessa dinâmica estrutura
cognitiva, enquanto que a adaptação ocorre quando o
organismo se modifica de alguma maneira de modo a
incorporar dinamicamente a nova informação. Por fim, de
um pensamento moderno que, buscando a síntese
inusitada entre o biológico e o lógico-matemático, parece
encontrar seus limites na desconstrução ainda mais
inusitada a que tende sistematicamente todo o pensamento
na atualidade: a de si mesmo se construindo de modo
essencialmente esclarecido.
 Nasceu em Neuchâtel em 1896 e faleceu em Genebra em 1980.
Formou-se em ciências naturais pela Universidade de Neuchâtel,
desde criança mostrou interesse pela História Natural. Publicou o
seu primeiro artigo aos 11 anos sobre um pardal albino, considerado
o início de sua carreira como cientista. Doutorou-se em biologia aos
22 anos mudando-se para Zurique, em busca de uma iniciação na
psicologia experimental, onde frequentou aulas ministras por Paul
Eugen Bleuler (psiquiatra suíço notável pelas suas contribuições
para o entendimento da esquizofrenia). Em1919, muda-se para
Paris, onde fez um curso de Filosofa das ciências com León
Brunschvigc.
 Não contente em ter que repetir sem experimentar, Piaget aceita o
convite para trabalhar no laboratório de Alfred Binet, auxiliando na
investigação do desenvolvimento intelectual da criança a partir de
testes de inteligência padronizados elaborados pelo investigador
francês. “Embora sua tarefa consistisse em classificar simplesmente
as respostas em certas ou erradas, Piaget descobre de imediato que
era muito mais interessante tentar descobrir as razões dos
fracassos“.
 Disposto a confirmar a sua hipótese, inicia um diálogo
clínico com as crianças, afastando-se radicalmente das
normas do teste, a sua intenção era “[...] descobrir quais
eram os processos de raciocínio que conduziam às
respostas erradas e os que conduziam às respostas
corretas" [6, p. 108]. Deste modo, descobre que
raciocínios aparentemente simples apresentavam
dificuldades, ainda desconhecidas, até a faixa etária de 10-
11 anos.
 Em 1923, aos 27 anos, escreveu o seu primeiro livro, A
Linguagem e o Pensamento na Criança, “[...] quando a
questão primeira era: para que serve a linguagem? A partir
daí, mostra que o progresso da inteligência da criança se
dá através da mudança de suas características e não,
simplesmente, pela eliminação de erros" [7, p. 180]. Ao
longo de seus 84 anos de vida, Piaget escreveu mais de 60
livros e uns 1500 artigos
 Piaget começa diferenciando o desenvolvimento em geral e o
desenvolvimento da aprendizagem.
 O desenvolvimento do conhecimento, para este autor, é um processo
espontâneo ligado ao desenvolvimento do corpo como um todo,
incluindo o sistema nervoso e as funções mentais. Em contrapartida,
a aprendizagem é provocada por um agente externo interessado em
promover a aquisição de algum ponto didático, o que torna o
processo limitado a um problema simples ou a uma estrutura
simples. Deste modo, o desenvolvimento não é uma soma de
aprendizagens.
 Ao discorrer sobre o desenvolvimento do conhecimento, Piaget
esclarece que o mesmo está intimamente ligado à ideia de operação.
Ou seja, conhecer um objeto não é simplesmente olhar e fazer uma
cópia mental, ou imagem, deste, há a necessidade do sujeito agir
sobre ele. A operação, desta maneira, é a essência do conhecimento,
ou uma ação interiorizada que modifica o objeto do conhecimento.
 Estas estruturas operacionais, para Piaget, constituem a
base do conhecimento, “[...] e o problema central do
desenvolvimento é compreender a formação, elaboração,
organização e funcionamento dessas estruturas" [10].
Neste momento, o autor relembra os quatro grandes
estágios de desenvolvimento dessas estruturas, fornecendo
uma síntese de cada um.
 Estágio sensório-motor (pré-verbal): dura, aproximadamente, os 18
primeiros meses de vida. É neste estágio que o conhecimento
prático é desenvolvido, constituindo-se a subestrutura do
conhecimento representativo ulterior. Por exemplo, para um bebê,
um objeto não tem permanência, ao desaparecer de seu campo
visual, não mais existe. A construção do objeto permanente virá
quando o bebê tentar achá-lo e encontrá-lo por sua localização
espacial. Logo, a construção do objeto permanente vem
acompanhada da construção do espaço prático ou sensório-motor,
além da construção da sucessão temporal e da causalidade sensório-
motora elementar. Ou seja, será construída uma série de estruturas
que serão indispensáveis para o pensamento representativo do
próximo estágio.
 Estágio da representação pré-operacional (início da linguagem e da
função simbólica): desenvolve-se a capacidade de substituir o
objeto pela sua representação simbólica. Mas, as ações sensório-
motoras não são imediatamente transformadas em operações.

 Estágio das operações concretas: ocorrem operações sobre os


objetos concretos e não sobre hipóteses expressadas verbalmente.
“Por exemplo, há as operações de classificação, ordenamento, a
construção da ideia de número, operações espaciais e temporais e
todas as operações fundamentais da lógica elementar de classes e
relações, da matemática elementar, da geometria elementar e até da
física elementar" [10].
 Estágio das operações formais ou hipotético-dedutivas:
cria-se a possibilidade de raciocinar com hipóteses e não
são com objetos. A criança tem a capacidade de construir
operações de lógica proposicional, e não simplesmente as
operações de classes, relações e números.
 Piaget explica agora como estes estágios são formados e quais são os fatores que
explicam o desenvolvimento de um conjunto de estruturas para outra. Ele inicia
citando quatro fatores principais: a maturação biológica, o papel da experiência, a
transmissão social e a equilibração ou autorregulação. O primeiro alerta é achar
que estes estágios são simplesmente reflexos de uma maturação interna do
sistema nervoso. Um argumento utilizado pelo autor para fazer entender que a
maturação, por si só, não explica o desenvolvimento cognitivo, é o fato de
crianças de mesma idade, em sociedades diferentes, apresentarem o mesmo nível
de maturação, mas estarem em estágio diferentes. Ou, apresentarem níveis de
maturação diferentes, mas estarem no mesmo estágio. O que se observa é que,
embora a ordem dos quatro grandes estágios seja constante, em todas as
sociedades estudadas, a idade cronológica desses estágios varia bastante.
 Outro erro é pensar ser a experiência a única responsável pelo
desenvolvimento das estruturas cognitivas. Piaget apresenta duas
razões contrárias a esta afirmativa. “A primeira razão é a de que
alguns conceitos que aparecem no início do estágio das operações
concretas são tais que não posso ver como poderiam ser formados a
partir da experiência" [10]. Para exemplificar, o autor cita a
conservação de substância em contraste com a não conservação do
peso e do volume.
 O terceiro fator que influencia na passagem de um estado cognitivo
para outro é a transmissão social. Piaget afirma, categoricamente,
ser este fator de fundamental importância, mas inócuo se for
analisado isoladamente. Pois, se a criança não tiver uma estrutura
cognitiva que a capacite entender o que está sendo informado, ela
não assimilará a informação. De acordo com Piaget, o quarto e
último fator - fator de equilibração - é de extrema importância. Uma
razão é devida à necessidade dos três fatores anteriores estarem
equilibrados entre si.
 O processo de equilibração pode ser entendido como uma
sucessão de níveis de equilíbrio, em que não é possível
alcançar um determinado nível a não ser que o equilíbrio
tenha sido atingido no nível anterior.
Vigotski
 Importância ao papel da interação social no desenvolvimento do ser humano;
 Temas que publicou: neuropsicologia, crítica literária, deficiência, linguagem,
psicologia e educação;
 Planos genéticos de desenvolvimento:
 Filogênese: história da espécie humana;
 Ontogênese: história do indivíduo da espécie;
 Sociogênese: meio cultural no qual o sujeito está inserido;
 Microgênese: aspecto mais microscópico do desenvolvimento;
Vigotski

 Mediação:
 A relação do homem com o mundo é uma relação mediada;
 Mediação através de instrumentos e de signos;
 Mediação simbólica;
Vigotski
 Pensamento e Linguagem:
 A língua é o principal instrumento de representação simbólica de que
os seres humanos dispõem;
 Funções básicas da língua: comunicação e pensamento generalizante;
 Apropriação da língua ao longo do desenvolvimento: fala socializada /
fala egocêntrica / discurso interior;
Vigotski
 Desenvolvimento e aprendizagem:
 A aprendizagem promove o desenvolvimento;
 Nível de desenvolvimento real: as conquistas que já estão consolidadas
na criança, as funções ou capacidades que ela já aprendeu e domina;
 Nível de desenvolvimento potencial: aquilo que a criança é capaz de
fazer mediante a ajuda de outra pessoa, realizando tarefas e
solucionando problemas por intermédio do diálogo, da colaboração, da
imitação e da experiência;
 Zona de desenvolvimento iminente;
Vigotski
 Formação de conceitos – espontâneos e científicos;

 Funções Psicológicas Superiores

 Angel Pino: “momento zero cultural”


Vigotski

 Ao contrário de Piaget, é um pensador que se preocupa


particularmente com a escola, com o professor e com a intervenção
pedagógica;
 Intervenção pedagógica (vídeo);
 O professor tem o papel explícito de interferir na zona de
desenvolvimento proximal dos alunos, provocando avanços que não
ocorreriam espontaneamente.
Henri Wallon (1879-1962)

 Viveu em um período marcado por instabilidade social e turbulência


política.

 Graduou-se em Filosofia e Medicina.

 Projeto Langevim-Wallon – projeto de reforma do ensino francês


após a 2ª Guerra Mundial: construção de uma educação justa para
uma sociedade mais justa.
 O desenvolvimento intelectual envolve muito mais do que
um simples cérebro.

 Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança


mas também suas emoções para dentro da sala de aula.
 Tentativa de ver a criança de um modo mais integrado, levando em
consideração os domínios cognitivo, afetivo e motor.

 Não dissociar campos que são indissociáveis, como afetividade e


inteligência.

 Afetividade e emoção
 Fundamentou suas ideias em quatro elementos básicos que
se comunicam o tempo todo:
 O movimento
 As emoções
 A inteligência
 Pessoa
 A questão da motricidade: Entende que a motricidade é a primeira
forma de manifestação do ser humano, que suas primeiras
manifestações são afetivas.
 A questão da emoção: A emoção é orgânica e social. É orgânica
porque tem controle sub-cortical e tem repercussões tônicas. A
emoção faz parte da vida orgânica e cognitiva. É através dela que o
indivíduo se socializa.
 A questão da inteligência: A inteligência se desenvolve
através de "saltos". Para que estes "saltos" ocorram é
necessário o amadurecimento neurológico e também a
influência da cultura. Descreve dois momentos principais: -a
inteligência sensório-motora e -a inteligência representativa.
Para que ocorra, então, o "salto" da inteligência sensório-
motora para a representativa são necessários os elementos
neurológicos e também a influência da cultura. A inteligência
representativa iniciaria, desta forma, em uma fase pré-
categorial, onde o pensamento é sincrético, permitindo a
"circulação" entre eles.
 A formação do "eu": A construção do eu depende
essencialmente do outro. Seja para ser referência, seja para ser
negado. Principalmente a partir do instante em que a criança
começa a viver a chamada crise de oposição, em que a
negação do outro funciona como uma espécie de instrumento
de descoberta de si própria. Isso se dá aos 3 anos de idade, a
hora de saber que “eu” sou. “Manipulação (agredir ou se jogar
no chão para alcançar o objetivo), sedução (fazer chantagem
emocional com pais e professores) e imitação do outro são
características comuns nessa fase”, diz a professora Angela
Bretas, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
 Desenvolvimento da criança aparece descontínuo, marcado por
contradições e conflitos, retrocessos e reviravoltas.

 A passagem dos estágios de desenvolvimento não se dá linearmente.


 Estágio impulsivo-emocional:
 Primeiro ano de vida.
 Expressões generalizadas e indiferenciadas.
 Predominância da afetividade em orientar as primeiras reações do bebê às
pessoas.
 Estágio sensório-motor e projetivo
 Um ano até os três anos de idade.
 Investigação e exploração da realidade exterior.
 Andar (motor) e linguagem possibilitam a criança entrar do mundo simbólico.
 Linguagem estrutura o pensamento.
 Olhar para o movimento.
 Personalismo:
 Três aos seis anos.
 Enriquecimento do eu e construção da personalidade.
 Oposição ao outro (afirmação de si).
 Imitação.
 Inteligência se apoia na atividade motora.
 Sincretismo – não separa a qualidade da coisa em si.
 Pensamento categorial
 Entre os seis e onze anos.
 Diferenciação entre o eu e o mundo exterior.
 Pensar a realidade por meio de categorias.
 É fundamental a interação do individuo com a cultura.
 Puberdade e adolescência:
 Crise pubertária rompe a “tranquilidade” afetiva do estágio categorial e é
necessária uma nova definição dos contornos da personalidade.
 Oposição sistemática ao adulto – busca diferenciar-se do adulto.
 Pessoa contextualizada.

 História da criança é peculiar e única.

 Considerar história da criança, demandas atuais e suas perspectivas.

 Emoções e função social – primeiro recurso de interação da criança


com o meio social – posteriormente, desenvolve a linguagem.
 Afetividade e inteligência são interdependentes.

 A criança não é resultado linear do meio em que vive.


A Ecologia do Desenvolvimento Humano de
Urie Bronfenbrenner (1917 – 2005)

 “O processo e o produto de tornar humanos os seres humanos


varia claramente de acordo com o lugar e a época”
 Explicações sobre aquilo que fazemos serão encontradas nas
interações entre as características das pessoas e seus ambientes,
passados e presentes

 Para mudar o comportamento é necessário mudar os ambientes


 Níveis do ambiente ecológico:

Ambiente imediato:
casa, sala de aula...

Relações entre os
ambientes

Ambientes nos quais a


pessoa nem sequer está
presente
 Desenvolvimento humano pode ser considerado como a
mudança duradoura na maneira pela qual uma pessoa
percebe e lida com o seu ambiente  desenvolvimento
humano é um produto da interação entre o organismo
humano em crescimento e seu meio ambiente
 A ecologia do desenvolvimento humano envolve o
estudo científico da acomodação progressiva, mútua,
entre um ser humano ativo, em desenvolvimento, e as
propriedades mutantes dos ambientes imediatos em que
a pessoa em desenvolvimento vive, conforme esse
processo é afetado pelas relações entre esses ambientes
e pelos contextos mais amplos em que os ambientes
estão inseridos
 O meio ambiente ecológico é concebido
topologicamente como uma organização
de encaixe de estruturas concêntricas,
cada uma contida na seguinte
MICROSSISTEMA – Complexo de inter-
relações dentro do ambiente imediato; é um
padrão de atividades, papéis e relações
interpessoais experenciados pela pessoa em
desenvolvimento num dado ambiente com
características físicas e materiais específicas
MESOSSISTEMA – Princípio da interconexão
aplicando-se sobre os vínculos entre os ambientes nos
quais a pessoa em desenvolvimento participa
diretamente; inclui as inter-relações entre dois ou mais
ambientes nos quais a pessoa em desenvolvimento
participa ativamente (tais como, as relações na família,
no trabalho e na vida social). É um sistema de
microssistemas.
EXOSSISTEMA – Interconexão entre
ambientes nos quais ocorrem eventos que
afetam o que acontece no ambiente imediato,
mesmo que a pessoa nunca entre diretamente
nele. Exemplos, no caso de uma criança
pequena, local de trabalho dos pais, sala de aula
de um irmão mais velho, rede de amigos dos
pais, etc.
MACROSISTEMA – Complexo de sistemas
encaixados, interconectados; padrões globais e
generalizados de ideologia e organização das
instituições sociais comuns a uma determinada
cultura. Refere-se a consistências, na forma e
conteúdo de sistemas de ordem inferior (micro-,
meso- e exo-) que existem, ou poderiam existir, no
nível da subcultura ou da cultura como um todo,
juntamente com qualquer sistema de crença ou
ideologia subjacente a essas consistências.
 Dentro de uma sociedade ou grupo social, a estrutura e
substância dos micro-, meso- e exossistemas tendem a ser
semelhantes

 Os planejamentos dos sistemas diferem para os vários grupos


socioeconômicos, étnicos, religiosos e outros grupos
subculturais, refletindo sistemas de crenças e estilos de vida
contrastantes, que por sua vez ajudam a perpetuar os meio
ambientes ecológicos específicos de cada grupo
 Transição ecológica é um fenômeno geral de movimento através
do espaço ecológico; um fenômeno que é ao mesmo tempo um
produto e um produtor da mudança desenvolvimental

 Ocorre uma transição ecológica sempre que a posição da pessoa


no meio ambiente ecológico é alterada em resultado de uma
mudança de papel, ambiente ou ambos
 Teoria das interconexões ambientais e seu impacto sobre as
forças que afetam o crescimento psicológico

 A ecologia do desenvolvimento humano está localizada num


ponto de convergência entre as disciplinas das ciências
biológicas, psicológicas e sociais

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