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Erik Erikson e a

Teoria Psicossocial
do Desenvolvimento
Psicologia da Vida Adulta e Velhice
Prof. Dra. Morgana Queiroz
Erik Homburger Erikson
1902 - 1994
Tento inicialmente optado pela carreira
artística, foi convidado a trabalhar em uma escola
para pacientes submetidos à psicanálise, entrando
então em contato com o grupo de Anna Freud. Em
1933, quando se casou com uma canadense,
mudou-se para os Estados Unidos, continuando
seus estudos em Psicanálise, tornando-se o
primeiro psicanalista infantil americano.
Teoria Teoria
Psicossexual Psicossocial
Freud Erikson

O problema da identidade e
das crises do ego
ID: Opera sob o princípio do prazer – o impulso que
busca satisfação imediata de suas necessidades e
desejos.

EGO: Representa a razão, desenvolve-se


gradualmente durante o primeiro ano de vida e
opera sob o princípio da realidade.

SUPEREGO: Inclui a consciência e incorpora ao


sistema de valores da criança “deveres” e
“proibições” socialmente aprovados.
Ana Freud e a
“Psicologia do Ego”

Anna Freud transformou os


estágios psicossexuais de seu pai em
estágios de busca de domínio do ego,
dando a base para os estudos de Erik
Erikson.
A teoria Psicossocial

Desviou-se o foco fundamental da sexualidade para as relações sociais e a propôs


os estágios psicossociais envolvem outras partes do ciclo vital além da infância:

• A cada etapa, o indivíduo cresce a partir das exigências internas de seu ego,
mas também das exigências do meio em que vive;

• Em cada estágio o ego passa por uma crise: Da solução positiva, da crise,
surge um ego mais rico e forte; da solução negativa temos um ego mais
fragilizado;
Estágios Psicossociais
Ao sair de cada crise, o sujeito sairia com um ego mais fortalecido ou mais frágil,
de acordo com sua vivência do conflito, e este final de crise influenciaria diretamente o
próximo estágio, de forma que o crescimento e o desenvolvimento do indivíduo estaria
completamente atrelado no seu contexto social, palco destas crises.
Estágios Psicossociais
Intimidade x Isolamento
Ao estabelecer uma identidade definitiva e bem fortalecida, o indivíduo estará pronto
para uni-la à identidade de outra pessoa, sem se sentir ameaçado. Existe agora a
possibilidade de associação com intimidade, parceira e colaboração.
Intimidade x Isolamento
Quando o ego não é suficientemente seguro, a pessoa irá preferir o isolamento à
união, pois terá medo de compromissos, numa atitude de “preservar” seu ego frágil.
Quando esse isolamento ocorre por um período curto, não é negativo, porém, quando a
pessoa se recusa por um longo tempo a assumir qualquer tipo de compromisso, pode-se
dizer que é um desfecho negativo para sua crise.
Isolamento e o Elitismo social
Um ego estável é minimamente flexível e consegue se relacionar com um conjunto variável de
personalidades diferentes. Quando se forma um grupo fechado, onde se limita muito o tipo de ego com o
qual se relaciona, poderemos falar em elitismo. Este elitismo pode levar a pessoas ao isolamento e à
alienação. Além disso, pode levar a uma forma de identificação com o grupo que pode ser prejudicial
para o desenvolvimento da autenticidade da identidade.
Generatividade x Estagnação
A generatividade é o desejo de contribuir para a sociedade através da criação, do
cuidado e da educação. É uma motivação que vem de um desejo de transmitir conhecimentos,
habilidades e valores, e de contribuir para o bem-estar de outras pessoas. É uma forma de fazer-
se sobreviver, de fazer valer todo o esforço de sua vida, de saber que tem um pouco de si nos
outros.
Generatividade x Estagnação

Caso esta transmissão não ocorra, o indivíduo se dá conta de que tudo o que fez
e tudo o que construiu não valei a pena, não teve um porquê, já que não existe como dar
prosseguimento, seja em forma de um filho, um sócio, uma empresa ou uma pesquisa.
Nesta fase também a pessoa tem um cuidado com a tradição e, por ser “mais velho”,
pensa que tem alguma autoridade sobre os mais novos.

● Afastamento do emprego;
● Crises geracionais;
● Inflexibilidade de ideias;
Estagnação e Depressão
Caso essa crise não seja resolvida, as pessoas podem desenvolver sentimentos de
inutilidade e de que são incapazes de mudar ou influenciar o mundo ao redor deles. Caracterizando
uma fase marcada por sentimentos de desesperança, desinteresse e desapego.
Integridade x Desespero
Trata-se de uma fase de revisão da vida, sobre o que fez, o que deixou de fazer.
Ao envelhecer procura-se por um sentido de integridade pessoal, um senso de que foi
feito boas escolhas. Ao experienciar o sentimento de integridade, aumenta o senso de
realização e satisfação na velhice.

● Planos a curto prazo;


● Fase de conclusão;
● Estabilidade de personalidade;
Integridade x Desespero
Por outro lado, a pessoa pode simplesmente entrar em desespero ao ver a
morte se aproximando. Surge um sentimento de que o tempo acabou, que agora resta
o fim de tudo, que nada mais pode fazer pela sociedade, pela família, por nada. São
aquelas pessoas que vivem em eterna nostalgia e tristeza por sua velhice.
Questões para fixação

1. Escolha um dos estágios psicossociais da teoria de Erik Erikson e explique a influência do


contexto pandêmico na resolução (ou não) dessa crise.

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