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Intimidade x Isolamento
Generatividade x Indagação
Nesta fase, o indivíduo se preocupa com tudo o que pode ser gerado, desde
filhos até ideias e produtos. Dedica-se a criar e cuidar do que gerou e isso fica
evidente na transmissão de valores sociais de pai para filho. Este é o estágio
em que o ser humano sente que sua personalidade foi enriquecida por tais
aprendizados, em vez de transformada. Isso acontece porque existe uma
necessidade inerente ao ser humano de transmitir, de ensinar.
É uma forma de se fazer sobreviver, de valorizar todos os esforços da sua vida,
de saber que tem um pouco de si nos outros. Isso impede a absorção do ser
em si próprio e também a transmissão de uma cultura. Se não ocorrer essa
transmissão, o indivíduo percebe que tudo o que fez e tudo o que edificou não
valeu a pena, não havia razão para isso, pois não há como continuar, seja na
forma de filho, de casal, um sócio, um negócio ou uma pesquisa.
Nesta fase, o indivíduo também tem um cuidado com a tradição, pois é “mais
velho” e acha que tem alguma autoridade sobre os mais novos. Quando a
pessoa começa a acreditar que pode abusar de sua autoridade, em nome do
cuidado, surge o autoritarismo. Esta fase está ficando cada vez maior. Apenas
algumas décadas atrás, a maneira de superá-la, principalmente para as
mulheres era casar e ter filhos.
Hoje, com um leque mais amplo de possibilidades, a expressão da capacidade
generativa também está se expandindo, de modo que as principais aquisições
dessa etapa, como dar e receber, criar e sustentar, podem ser vivenciadas não
apenas na família, mas em diferentes níveis relacionais. Segundo os autores,
existem várias maneiras de evitar o vale da lamentação, que Erikson chama de
estagnação.
Integridade x Desespero
Nessa fase, é o momento de os seres humanos refletirem, olharem para trás
em suas vidas, o que fizeram e o que deixaram de fazer. O individuo pensa
principalmente em termos de sequencia e significado de suas realizações e
essa retrospectiva pode ser experimentada de diferentes maneiras.
Ao ver a morte se aproximando, a pessoa pode entrar em desespero. Surge a
sensação de que chegou a hora, que já está tudo acabado, que nada mais
pode ser feito pela sociedade, pela família, por nada, o tempo acabou. São
essas pessoas que vivem eternamente com saudade e tristeza pela velhice. As
experiencias também podem ser positivas, o indivíduo tem um senso de
realização, um senso de dignidade e integridade e compartilha sua experiencia
e sabedoria.
Segundo Erickson, há duas possibilidades principais: encontrar novas forma de
estruturar o tempo e usar sua experiencia vivida para viver bem os últimos
anos, ou estagnar diante de um “fim horrível” quando pouco a pouco todas as
fontes de caricia se vão e o que toma conta da pessoa é o desespero.