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ADOLESCÊNCIA
É difícil afirmar como e quando os conflitos recorrentes desta fase da vida surgem,
porém quando o adolescente fracassa na busca pela identidade e no processo de
autoconhecimento, tem que lidar com inseguranças e pode ficar preso em uma constante
de preocupações, onde terá uma tendência de se preocupar demais com as opiniões dos
outros, ou, em casos contrários, deixar de ouvir o outro e não medir as consequências que
suas ações podem ter e impactar o seu futuro. Tendo isso em vista, o surgimento de
distúrbios psicológicos, a aproximação com o uso de drogas e o consumo de bebidas
alcoólicas de forma recorrente podem ser vistos como uma forma de escape dos jovens e
gerar uma difusão de papéis.
Outro fato é que se um indivíduo ficar tanto tempo longe de seu smartphone isso
pode acabar resultando em transtornos psicológicos comuns, criando a sensação de
depressão, ansiedade, estresse e outros estados emocionais que acabam afetando a vida
da pessoa. Um dos fatores mais influentes é a possibilidade que eles oferecem de estar
sempre a par do que os outros fazem, o que no caso de casais ou amizades pode causar
preocupação, ansiedade ou ciúmes, entre outros. Por outro lado, é preciso levar em conta
que estes estão causando o isolamento social de muitos, que trocam as relações físicas
por outras virtuais.
Além disso, é recorrente hoje em dia a influência que a tecnologia tem sobre as
capacidades intelectuais e profissionais de um adolescente, no qual se sente insuficiente
para exercer tal função ou executar tal trabalho, e a causa disso é a Síndrome do Impostor,
o fenômeno não é uma "síndrome" no sentido literal, ou seja, não é um transtorno
psiquiátrico, mas uma desordem que pode indicar traços de depressão e ansiedade.
Sendo assim, isso os afeta já no ensino fundamental quando passar por uma
atividade valendo nota já que o sistema educacional brasileiro tem como forma a
avaliação dos alunos a partir de uma nota ou menção, em que essas formas de avaliação
indicam qual será o destino do aluno, isto é, se ele será aprovado ou não em uma
determinada disciplina, ou seja, é daí que se inicia toda essa autossabotagem e auto-
manipulação no jovem.
Ademais, essa síndrome também conduz uma oposta que se chama Síndrome da
Boazinha, que consiste na compulsão de agradar. O início começa já na infância, onde
perdem o privilégio que são oferecidos a uma criança saudável de serem capazes de exibir
seus lados como bagunceiros, gananciosos, invejosos, egoístas e ainda assim serem
tolerados, amados e educados. A “criança boazinha” não é boa porque são perfeitas por
um capricho da natureza, mas elas simplesmente foram classificadas desse modo desde
muito pequenas e, sentem que, para serem amadas, precisam entregar aquilo que esperam
delas: Ser um exemplo em bondade, em boas ações, em fazer tudo perfeitamente.
A adolescência é uma época com uma série de questões, visto que colocam em
risco uma tarefa fundamental dessa fase: a formação da identidade. Para o psicólogo G.
Stanley Hall, a adolescência é um novo nascimento. Com ela, nascem características
humanas mais completas e mais elevadas. Uma fase realmente onde o indivíduo passa
pelo autoconhecimento e descobrimento pessoal.
Junto com o descobrimento pessoal que o indivíduo passa durante esse período,
como consequência ele passa por inseguranças ligadas à aparência, personalidade e
opiniões. Essa baixa autoestima pode estar ligada à falta de confiança em si mesmo para
realizar tarefas do dia a dia e se relacionar de modo geral, seja com amigos, família ou no
trabalho.
Parte dessa falta de autoconfiança pode ser dividida no Bullying que está presente
nas escolas. Geralmente são agressões verbais, físicas e psicológicas que humilham,
intimidam e traumatizam a vítima.