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Tratamentos com sucesso na utilização das células-tronco.

Polônia - Aleksander de 3 anos que foi diagnosticado com epilepsia aos 6 meses de
vida, até então era normal expressar euforia ou chorar, e durante muito tempo foi
utilizado terapias e reabilitação para que sua condição melhorasse mas nada trazia
resultados, até que Aleksander foi submetido a dois transplantes de células-tronco
na clínica de Beike na Tailândia, sendo que o primeiro ocorreu em janeiro de 2019 e
o outro em outubro do mesmo ano. Consequentemente trouxe resultados
surpreendentes, as convulsões pararam, seu tônus muscular melhorou, conseguiu
notar objetos menores por conta de seus exercícios, passou a se comunicar com
seus pais e terapeutas e etc..
Depois do primeiro tratamento bem-sucedido com células-tronco na Tailândia em
2019, seis crianças com paralisia cerebral viajaram com os seus pais coletivamente
para a Polônia no início de 2020 na busca pelo tratamento e terapias suportes de
células-tronco. Como é o exemplo do Jan de 10 anos, com o tratamento e suas
terapias a imunidade dele melhorou, as febres que tinha parou drasticamente, e a
sua coordenação motora melhorou bastante.
(Fonte: Beiki Biotechnology https://tratamentocomcelulastronco.com/)

Legislação da utilização de células-troncos embrionária no mundo:


Os países que autorizam a pesquisa com células-tronco embrionárias por marco
legal, semelhante ao Brasil, são: Reino da Dinamarca, Reino da Espanha, República
da Finlândia, França, Reino Unido e Suécia. Outros países permitem que a pesquisa
seja conduzida sem que tenha havido um debate legislativo conclusivo, como
ocorreu na República da Índia e China, havendo um reconhecimento dos pareceres
da comissão nacional consultiva de bioética ou do ministério da saúde de cada país.
Há, ainda, os países que autorizam a pesquisa com linhagens embrionárias
existentes e embriões já congelados, enquanto o debate legislativo se desenvolve
localmente, como é o caso do Irã. Os Estados Unidos são um país de referência
para o debate internacional em bioética, embora seu marco legal nacional se
restrinja às questões relacionadas ao financiamento dos estudos. A pesquisa com
células-tronco embrionárias é autorizada nos Estados Unidos, desde que não seja
subvencionada por financiamento federal.

PORTUGAL
É ilegal a utilização de embriões humanos na investigação médica. O Decreto nº
135/VII (1997), publicado pelo Conselho de Ministros proíbe a "criação ou a
utilização de embriões para fins de investigação". Entretanto, aceita a investigação
que beneficia o próprio embrião.
● Clonagem Terapêutica - Está proibida.
● Clonagem Reprodutiva - Proibida e criminaliza sua utilização.
● Nota - A comunidade científica concorda com a possibilidade tecnológica da
clonagem terapêutica, acreditando ser uma esperança para a medicina do futuro.

ALEMANHA
É ilegal a utilização de embriões humanos na investigação médica. Existe a "Lei de
Proteção do Embrião", em vigor desde janeiro de 1991 que proíbe a fabricação ou a
utilização de embriões para fins de investigação médica, salvo em benefício do
próprio embrião.

● Clonagem Terapêutica - Está proibida conforme interpretação da Lei de Proteção do


Embrião.

● Clonagem Reprodutiva - Está proibida conforme interpretação da Lei de Proteção do
Embrião.

● Nota - Mesmo sendo proibida a fabricação ou a utilização de embriões em pesquisas
no País, é possível importar células estaminais de outros países para projetos
considerados de grande importância. Essas células deverão ter origem em linhas de
células estaminais criadas e estabelecidas anteriormente a 01/01/2002, devendo
antes o projeto ser aprovado por comissão especial de ética.

DINAMARCA
É ilegal a criação de embriões exclusivamente para fins de investigação. Existe no
País a Lei de Fertilização Artificial de 1997 que permite a utilização de embriões
excedentários em pesquisas para o aperfeiçoamento das técnicas de reprodução
artificial e para investigação em benefício do próprio embrião.

● Clonagem Terapêutica - É proibido a fabricação de embriões para o tratamento,


conforme interpretação da Lei de Reprodução artificial, porém o tratamento
terapêutico não está proibido e pode ser feito desde que o médico observe as regras
na Lei dinamarquesa sobre práticas médicas de 2001. Porém, a técnica continua a
não ser utilizada.

● Clonagem Reprodutiva - A Lei de Fertilização Artificial de 1997 proíbe a fabricação
de embriões por essa técnica e a experiência com mulheres.

● Nota - O Ministério da Saúde permite a importação de células estaminais para fins
de investigação.

ESPANHA
É ilegal a produção de embriões para fins de pesquisa, porém é permitida a
investigação em embriões inviáveis ate 14 dias. Existem no País as leis nº 35 de
novembro de 1988, de Reprodução Assistida; nº 42 de dezembro de 1988, de
Doação, uso de embriões humanos, fetos ou das células tecidos e órgãos e a
Convenção dos Direitos Humanos e Biomedicina do Conselho Europeu, a qual
integra o ordenamento jurídico da Espanha.

● Clonagem Terapêutica - É legal a partir de embriões excedentários;



● Clonagem Reprodutiva - É proibida pela Lei de Reprodução Assistida e criminalizada
pelo Código Penal Espanhol de 1995, também tendo sido banida no protocolo
adicional da Convenção dos Direitos Humanos e da Biomedicina.

● Nota - É possível a utilização de embriões para produção de células estaminais,
desde que haja autorização específica pela Comissão Nacional para Reprodução
Assistida, porém o governo conservador se opõe.

FINLÂNDIA
É ilegal a criação de embriões para fins de investigação médica, de acordo com a
Lei de Investigação Médica de 1999. Mas a lei permite a investigação em embriões
excedentários das fertilizações in vitro, desde que haja consentimento informado dos
doadores. Os embriões não podem ser implantados e devem ser destruídos no
prazo de 14 dias a partir da fertilização.

● Clonagem Terapêutica - É legal, a partir dos embriões excedentários.



● Clonagem Reprodutiva - É proibida pela Lei de Investigação Médica de 1999

● Nota - A investigação em células estaminais é controlada pelo conselho ético dos
hospitais.

LUXEMBURGO

Não existe legislação que regule pesquisas envolvendo embriões humanos.

● Clonagem Terapêutica - Não há legislação específica



● Clonagem Reprodutiva - Não há legislação específica

● Nota: Há uma proposta de lei nº 4567 de 1998 que permite a utilização de embriões
excedentes para pesquisa com fins médicos. Deverão, porém, ser requeridos o
consentimento dos doadores e a autorização da Comissão Nacional de Medicina e
Biologia Reprodutiva. Poderá ser proibida a criação de embriões para fins
comerciais, industriais e pesquisa. A proposta não faz distinção entre pesquisa
terapêutica com o embrião e a não terapêutica, tendo uma finalidade médica. O país
apesar de ter assinado, não ratificou a Convenção sobre Direitos Humanos e
Biomedicina e o Protocolo Adicional que veda a clonagem.

HOLANDA
Antes da instituição do "Embry Act" em junho de 2002, não havia orientação e
regulamentação acerca da utilização de embriões em pesquisas científicas.
Baseado neste Ato, o Ministério da Saúde responde todos os protocolos de
pesquisas envolvendo embriões, submetendo-os à aprovação do Comitê Central
para Pesquisas envolvendo Seres Humanos (CCMO). O Conselho utiliza desde
1995, memorando impedindo pesquisas com células-tronco embrionárias, exceto já
existindo linhas de células-tronco e a criação de embriões para fins não
reprodutivos. O Ato do Embrião regula o uso de gametas humanos e embriões e
contém determinação para doação de embriões para pesquisas, incluindo as
pesquisas com células-tronco embrionárias. A Holanda não ratificou a Convenção
sobre Direitos Humanos e Biomedicina e o Protocolo Adicional que veda a clonagem
humana.

● Clonagem Terapêutica - O Ato do Embrião proíbe a criação de embriões para fins de


pesquisa e para finalidade de isolamento de novas linhas de células-tronco. Há
tendência de liberação dessa pesquisa.

● Clonagem Reprodutiva - O país segue o banimento da clonagem prevista na


Convenção dos Direitos Humanos e Biomedicina e Protocolo Adicional que veda a
clonagem humana.

SUÉCIA

O Ato de 1991 define condições para que a pesquisa com embriões humanos e
células-tronco embrionárias possam ser realizadas. Veda ainda a criação de
embriões para fins únicos de pesquisa. O Conselho de Pesquisa Sueco, em
dezembro de 2001, editou guidelines para nortear as pesquisas com células-tronco e
considerou ético o uso de embriões em pesquisa desde que não haja outra
alternativa para obter resultados equivalentes e se o projeto for essencial para o
avanço das pesquisas com células-tronco. Os embriões congelados podem ser
utilizados para pesquisas com células-tronco se seus prazos de estocagem
estiverem vencendo (cinco anos). Nesse caso haverá também necessidade da
autorização dos doadores.

● Clonagem Terapêutica - Não há legislação específica.Porém há entendimento de


que é proibida por força do Ato que veda a criação de embriões para fins únicos de
pesquisa.

● Clonagem Reprodutiva - Não há legislação específica, porém segundo o Ato de


1991 é vedada a criação de embriões para fins de pesquisa.

● Nota - Há uma tendência para a liberação da clonagem terapêutica, a partir da


revisão da legislação, entendendo o Conselho que há diferença na criação de
embriões via clonagem e fertilização, vez que no primeiro caso o objetivo é o avanço
quanto ao tratamento de doenças, o que é defensável pela legislação.
UNIÃO EUROPÉIA

Não existe legislação específica na Comunidade Européia para utilização de


embriões humanos na investigação médica e também quanto à produção de
embriões para este fim.

● Clonagem Terapêutica - Não existe legislação específica.

● Clonagem Reprodutiva - Existe a Resolução do Parlamento Europeu, 1997, que


bane a clonagem, punindo criminalmente. Também a Declaração dos Direitos
Fundamentais da União Européia, 2000. O Protocolo Adicional à Convenção
Européia para proteção dos Direitos Humanos e Dignidade do Ser Humano.

● Nota - A Convenção Européia para proteção dos Direitos Humanos e da Dignidade


do Ser Humano proíbe a criação de embriões humanos para fins de pesquisa.
Contudo só tem força de lei se for ratificada pelos parlamentares nacionais, o que
não aconteceu em todos os países da União Europeia

FRANÇA

Neste País é ilegal a investigação médica em embriões humanos, exceto em


benefício do próprio embrião, conforme prescreve a Lei sobre Bioética, de julho de
1994.

● Clonagem Terapêutica - A nova Lei, aprovada em 2004, proíbe a clonagem


terapêutica.

● Clonagem Reprodutiva - A Lei sobre Bioética proíbe a produção de embriões. A


nova Lei aprovada em 2004 proíbe a técnica da clonagem.

● Nota - A proibição sobre pesquisa com células-tronco a partir de embriões humanos


foi suspensa por cinco anos.

REINO UNIDO

Neste País é legal a utilização de embriões humanos na investigação médica,


conforme Lei de Fertilização Humana e Embriologia, desde 1990, com alterações a
partir de 2001 para investigação de doenças genéticas. Os embriões devem ser
eliminados a partir do 14º dia após a fertilização. É legal a produção de embriões
para fins de pesquisa após o consentimento dos doadores.

● Clonagem Terapêutica - Tornou-se legal em 2001, após a alteração na Lei de


Fertilização Humana e Embriologia, a produção de embriões para obtenção de
células estaminais.
● Clonagem Reprodutiva - A lei sobre clonagem reprodutiva entrou em vigor em
dezembro de 2001. Esta Lei considera crime a implantação de embriões clonados
em útero humano, com pena de prisão.

ÁUSTRIA

Neste país é proibida a fabricação de embriões humanos que não sejam destinados à
procriação. Lei de Medicina Reprodutiva de 1992. Também é proibida a utilização de
embriões para fins de pesquisa. Os embriões, após um ano, que não forem implantados em
útero humano, devem ser destruídos.

● Clonagem Terapêutica - Segundo interpretação da Lei de Medicina é proibida


(interpretação do Ministério da Justiça Austríaco). Porém há controvérsias.

● Clonagem Reprodutiva - Não há lei regulando. Havia uma proposta de emenda a


essa Lei proibindo a clonagem reprodutiva prevista para 2003

BÉLGICA

Não existe legislação específica. Porém o Royal Decree (Decreto) de 1999


determina as condições para o funcionamento dos centros de fertilização in vitro, e
que embriões não podem ser criados fora do conhecimento desse Centro. Esse
Decreto não limita pesquisas em embriões e clonagem.

● Clonagem Terapêutica e Clonagem Reprodutiva. - Não são reguladas.

● Nota - Está em análise no Comitê Nacional de Bioética uma proposta de lei que
versa sobre pesquisa em embriões, em células-tronco de embriões, terapia e
clonagem humana. Nesta proposta legal, as pesquisas em embriões devem
obedecer:
● - finalidade terapêutica para avanço de pesquisas sobre fertilização, doenças
genéticas, esterelidade etc.
● - os embriões utilizados devem ter no máximo 14 dias de vida;
● - os embriões não devem ser implantados em animais ou reimplantar os que tenham
sido objeto de pesquisa, exceto se para beneficiar o próprio embrião e não trouxer
prejuízo para este.
● - é proibida a criação de embriões para fins únicos de pesquisa.
● - proíbe a clonagem reprodutiva
● - permite a clonagem terapêutica.

GRÉCIA
Nesse país não há uma lei específica para pesquisas em embriões humanos ou em
células-tronco embrionárias. A Grécia ratificou a Convenção dos Direitos Humanos e
Biomedicina e o Protocolo Adicional proibindo a clonagem de seres humanos. A
partir de 1998 os guideline regulam a reprodução médica assistida e controlam as
pesquisas que envolvam embriões humanos.

● Clonagem Terapêutica e Clonagem Reprodutiva - É proibida desde 1991 devido a


ratificação da Convenção dos Direitos Humanos e Biomedicina e do Protocolo
Adicional.

● Nota: Para pesquisas envolvendo embriões humanos, algumas orientações devem


ser seguidas:
- É autorizada pesquisas em embriões com até 14 dias de vida;
- Deve ser requerida a autorização dos doadores por escrito;
- Deve haver a aprovação do comitê de ética;
- Os embriões só podem ser armazenados pelo período de 1 ano, após deverão ser
destruídos;

IRLANDA

Nesse país não há uma lei específica que regule pesquisas em embriões humanos. No
entanto, de acordo com a interpretação da Constituição Irlandesa, o embrião humano é
protegido, sendo então proibida a fabricação para fins de pesquisa.

● Clonagem Terapêutica e Clonagem Reprodutiva - São vedadas por força da


Constituição Irlandesa (interpretação)

● Nota - De acordo com a interpretação constitucional a proteção da pessoa se


estende ao "unboard" (não-nascido). Desse modo, entende-se que pesquisa em
embrião humano é constitucionalmente proibida. São considerados não-nascidos os
embriões in vitro, apesar de divergências. As pesquisas com células-tronco
embrionárias também não foram reguladas. Porém foi montada uma Comissão de
Reprodução Humana Assistida estabelecida pelo Departamento de Saúde e Criança
em fevereiro de 2000 para regular todos os aspectos de assistência humana
reprodutiva e os fatores legais, éticos e sociais que devem ser considerados na
determinação de políticas públicas nesta área.

ITÁLIA
Não há legislação específica que regule pesquisas com embriões humanos e com
células tronco. Embora o país não tenha ratificado a Convenção sobre Direitos
Humanos e Biomedicina e o Protocolo Adicional que veda a clonagem de seres
humanos, o país adotou sua orientação e por determinação do Ministério da Saúde
em 1997, foi banido todo tipo de clonagem até junho de 2002. A Corte de Verona em
1999 decidiu que uma mera ordem, sem embasamento legal não pode proibir
pesquisas científicas. Dessa forma, pesquisas como a clonagem humana poderia
ser realizada sem infringir a lei.
● Clonagem Terapêutica - vedação normativa do Ministério da Saúde

● Clonagem reprodutiva - vedação normativa do Ministério da Saúde

● Nota: O Comitê Nacional de Bioética se opõe a criação de embriões unicamente


para fins de pesquisas e considera a clonagem terapêutica e reprodutiva
moralmente inaceitáveis. O Comitê formado pelo Ministro da Saúde em 2000 em
manifesto a utilização de células-tronco para fins terapêuticos, emitiu em oposição
ao Comitê Nacional de Bioética, parecer favorável às pesquisas em embriões
supranumerários e à clonagem terapêutica.
● O Comitê Nacional de Bioética emitiu as seguintes determinações:
- Utilização de tecidos de embriões abortdos ou fetos para derivação de
células-tronco, desde que de abortos espontâneos;
- Utilização de células-tronco embrionárias para fins terapêuticos derivadas dos
tratamentos de fertilização in vitro, dos embriões inviáveis à implantação;
- Veda a criação de embriões com finalidade única de pesquisas.

Geneticista Martin Evans (descobriu as células troncos): "Realmente acho que as


células-tronco farão parte de uma importante linhagem de terapias. Acredito que as coisas
deverão ser assim. Mas espero que haja um controle severo de como serão usadas. Creio
que poderão gerar uma medicina bastante personalizada se conseguirmos atingir esse
objetivo e os riscos serão bem menores para os pacientes. "
" Há estudos com aplicações de células na retina. As pessoas imaginam que é horrível fazer
esses testes nos olhos, mas esse é um ótimo lugar porque se trata de um órgão isolado. O
pior que pode acontecer é o paciente perder a visão do olho, o que já iria ocorrer de
qualquer jeito, mesmo sem a aplicação. A adoção das terapias celulares será um processo
lento. Minha resposta-padrão para essa pergunta, que pode não estar correta, é a seguinte:
não acredito que eu ou alguém da minha geração irá se beneficiar desses novos
tratamentos. Também não acho que a sua geração vai se beneficiar. Suspeito que as
pessoas que estão nascendo agora têm grandes possibilidades de utilizar esses
procedimentos daqui a 50 anos."

Pontos Positivos:
A engenharia genética se apresenta como a área do conhecimento capaz de apresentar as
soluções para diversos problemas do homem através da manipulação das células-tronco
embrionárias.

A engenharia genética é uma técnica que, associada ao procedimento de fertilização in


vitro, torna possível a manipulação de células-tronco germinais humanas, compreendendo a
totalidade das técnicas capazes de interferir, alterar ou modificar a carga hereditária da
espécie humana É uma tecnologia utilizada em nível laboratorial, pela qual o cientista
poderá modificar o genoma de uma célula viva para a produção de produtos químicos ou
até mesmo de novos seres, ou seja, organismos geneticamente modificados. O
procedimento permite ao médico analisar o material genético e chegar ao diagnóstico de
mais de três mil doenças congênitas, entre elas a anemia falciforme, a doença de
Tay-Sachs, a talessemia, a anencefalia, a miopatia de Duchenne, etc

Pontos negativos:
A pesquisa em células-tronco embrionárias é tema bastante recente nas discussões
científicas, religiosas, éticas e jurídicas. Muitas das questões que continuam sendo
levantadas no meio científico, jurídico, filosófico, religioso estão sem resposta, suscitando
sérias dúvidas sobre a pertinência e interesse das pesquisas. Como possível consequência
da manipulação genética, da pesquisa em células-tronco embrionárias para a criação de
novos órgãos e tecidos capazes de substituir aqueles que apresentam anomalias, pode-se
visualizar o fim da diversidade humana.
Ao tentar imaginar o mundo sem esta diversidade, um mundo de melhoria genética mas de
padrão único, é possível visualizar outros perigos, como por exemplo, a incapacidade ou
falta de resistência destes seres a determinadas enfermidades ou bactérias que venham a
acometê-los. Não menos preocupante é o desenvolvimento de bactérias super-resistentes e
para as quais talvez não haja tratamento algum. Questão não menos suscitada pelos
estudiosos do biodireito é a possibilidade do surgimento de um mercado de embriões, assim
como existem rumores sobre o mercado de órgãos para transplante. Com a liberação das
pesquisas em células-tronco embrionárias abre-se a possibilidade da criação de embriões
para o único fim de pesquisa , desviando-se do seu objetivo principal, qual seja, a
reprodução humana. Assim estar-se-ia diante de um certo aspecto mercadológico, o da
industrialização da vida.

Outra questão que se discute é a rejeição do organismo receptor da célula-tronco


embrionária. Em discurso na Câmara de Deputados, o médico e deputado Elimar Máximo
Damasceno expôs o estudo da pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo, Alice
Teixeira Ferreira, a qual teria afirmado que o receptor de uma célula-tronco embrionária
estaria obrigado a tomar substâncias imunossupressoras o resto da vida,a fim de impedir a
rejeição, acrescentando que haveria grande probabilidade de geração de tumores em
decorrência de alteração do material genético das células embrionárias, sendo o risco de
desenvolvimento dos tumores ainda maior quando as células provêm de embriões
chamados de inviáveis pela lei de Biossegurança.

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