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Questões Bioéticas

Com os avanços científicos na área médica, muitos casais com problemas de fertilidade, buscam solução nos
métodos e técnicas de reprodução medicamente assistida, esta disseminação da procriação por via artificial faz com
que seja necessária a imposição de limites nos aspetos éticos e jurídicos, exercendo uma função importante o
princípio da dignidade humana sobre a utilização de técnicas de reprodução medicamente assistida. A aplicação
prática destas técnicas costuma levantar várias questões éticas e jurídicas, cujas respostas nem sempre são
consensuais.

Atualmente a lei refere que podem recorrer às técnicas de procariação medicamente assistida os casais de sexo
diferente e os casais de mulheres, casados ou casadas respetivamente, ou que vivam em condições análogas às
dos cônjuges, assim bem como todas as mulheres independentemente do estado civil e da respetiva
orientação sexual.

Maternidade de substituição
Apesar de todas as mudanças realizadas até ao momento, o facto é que a lei ainda não prevê o caso de um
casal de homens poder utilizar estas técnicas, impossibilitando estes casais de poderem ter filhos biológicos,
recorrendo assim meios ilegais como “barrigas de aluguer”.

Este meio referido também conhecido como maternidade de substituição consiste num acordo onde uma
mulher se dispõe a suportar e dar á luz uma crianca que tem que entregar no fim do parto renunciando aos
direitos que possui diante do bebé. Em alguns países a utilização de “barrigas de aluguer” é permitida, mas em
Portugal a lei permite a utilização deste método apenas em caso excecionais, como o caso de a mulher não
apresentar útero ou apresente lesões neste orgão que impossibilite uma gravidez.

Problemas relacionados com os embriões


excedentários
Tendo em conta que o embrião humano é biologicamente um organismo em si mesmo,ele tem as condições
internas e externas necessárias para se desenvolver. Portanto, isso significa que cada embrião tem o valor de
desenvolver e produzir um homem ou mulher por meio de um processo gradual e contínuo, pelo que o seu
está determinado e não deverá ser desviado deliberadamente.

A lei refere que apenas devem ser produzidos os embrioes necessarios para o processo de enseminação
artificial dependendo de cada sirtuação clinica.Perante esta lei verifica-se que nao protege os embrioes
excedentarios que apesar de criopreservados foram abandonados pelo casal que lhes deu origem.

Nestas situaçoes emque os embrioes sao abandonados, nao sao transferidos para o útero no período de tempo
aceitavel e não se encontra solução de doação a lei permite que estes embrioes sejam objetos de investigação.
Neste caso podem ser violdados os direitos e a dignidade dos embriões.

Direito ao anonimato do doador


O direito ao anonimato é, a opção que os doadores de gametas possuem para preservar a sua identidade,nao
assumindo responsabilidades futuras perante o ser gerado.

Este tema causa alguma controvérsia uma vez que a criança tem igualmente os seus direitos tais como o direito
a conhecer as suas origens o que está implicito no direito á identidade.

Esta problemática apenas ocorre pois existem homens que disponibilizam o seu sémen em bancos de doacao
de esperma.

Implicações do diagnóstico genético pré-implantação


O DGPI é um método de diagnóstico utilizado em técnicas de reprodução medicamente assistida e que tem
como objetivo prevenir a transferência de embriões portadores de graves doenças génicas, mas está
igualmente em causa a destruição no caso de se tratar de um embriao portador de doença grave.Isto leva-nos
de volta ao problema já referido que é o problema dos direitos do embrião.

Por exemplo se alguém tivesse a felicidade/infelicidade de engravidar e descubrisse que a criança iria possuir
uma doença grave, certamente nao iria possuir a mesma facilidade em descartar uma criança como teria em
descartar um embrião,tendo em conta que este futuramente também dará origem a uma criança.

Inseminação pos-mortem
A inseminação pos morte consiste no recurso a técnicas de procriação medicamente assistidas através da
inseminação com sémen após a morte do dador, nos casos de projetos parentais expressamente consentidos.

Recentemente tivemos em portugal, o caso de uma mulher que queria engravidar através de inseminação
artificial do seu marido que se encontra falecido. Este caso ocorreu em 2019 e ainda nao era permitida esta
técnica, mas nos dias de hoje ja foi aprovada pelo governo, nao deixando de suscitar questões ao nível da
ética.

As implicações que apresenta são o facto de a criança nao ter oportunidade de crescer com a companhia de
seu pai biológico pois este se encontra falecido.Também apresenta problema a nivel do registo da criança pois
esta apenas poderá possuir o nome do pai se os seus progenitores se encontrarem casados.

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