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CTPP - Centro Tecnológico Paula Pasquali -

Unidade Quirinópolis

Planejamento Familiar

Curso Técnico em Enfermagem

Disciplina: Saúde da Mulher e da Criança  


Professora Instrutora
Lilian Gomes dos Santos
Planejamento Familiar
› É o processo consiste pelo qual o casal decide:

 Numero de filhos que terá,

O espaçamento de idade entre eles

O momento dos nascimento

Métodos contraceptivos

Recomenda-se métodos que proporcionem conforto para


os parceiros, que devem usá-los corretamente e com
segurança
Planejamento Familiar
O planejamento familiar, como o próprio nome indica, se
refere ao planejamento da família e pressupõe-se que
cada cidadão deva gozar de plena liberdade para
planejar o tipo de família que deseja constituir, inclusive
no que diz respeito ao número de filhos.

 A assistência ao planejamento familiar deve prever o


acompanhamento, tanto dos casais que desejam evitar
a gravidez, quanto daqueles que desejam engravidar
mas que por alguma razão não conseguem.
PLANEJAMENTO DA CONCEPÇÃO

› Toda “mulher tem direito a ser preparada e


acompanhada” adequadamente para a
gravidez, entretanto para garantir a evolução
normal de uma futura gestação o casal deve
passar por avaliação pré-concepcional para
identificar fatores de risco ou doenças (MS,
2010).
› O planejamento familiar beneficia mães, recém-nascidos, famílias e
comunidades.

› Muitas mulheres sexualmente ativas ou que estão considerando


tornarem-se sexualmente ativas podem beneficiar-se de um aprendizado
sobre contracepção.

› A equipe de enfermagem deve ajudar as clientes a fazer escolhas


contraceptivas precisam ouvir, ter tempo para responder às perguntas e
ensinar e ajudar as clientes a escolher o método preferido.

› É importante que as mulheres recebam informações imparciais e neutras,


compreendam os benefícios e os riscos de cada método, aprendam sobre
as alternativas e como utilizá-las e recebam um reforço positivo e
aceitação de sua opção
A regulamentação do planejamento familiar no Brasil,
através da Lei n.º 9.263/1996, foi uma conquista
importante para mulheres e homens no que diz
respeito à afirmação dos direitos reprodutivos.

A atenção em planejamento familiar contribui para a


redução da morbimortalidade materna e infantil na
medida em que diminui o número de gestações não
desejadas e de abortamentos provocados.
AVALIAÇÃO PRÉ-CONCEPCIONAL

Os procedimentos a serem desenvolvidos na avaliação


pré-concepcional devem incluir:

 Anamnese

Exame físico geral e específico,

Além de alguns exames laboratoriais e aconselhamento


genético, se o casal apresentar anormalidades
reconhecidamente hereditárias e transmissíveis.
› Atuação dos profissionais de saúde, no
que se refere ao planejamento familiar,
deve estar pautada no pressuposto básico
de que todas as pessoas têm o direito à
livre escolha dos padrões de reprodução
que lhes convenham como indivíduos ou
casais" (BRASIL, 1987).
Fatores relevantes para pré-concepção:
Idade Materna Avançada -como fator de risco à malformação
congênita, Síndrome de Down e aborto espontâneo;

 •Idade Materna Baixa- como fator de risco a prematuridade e para


algumas malformações específicas como Gastrosquise e outros
defeitos;

• Ocupação - alertando-se sobre exposições a agentes tóxicos


ambientais, como solventes orgânicos: Exposição Materna e Paterna
como fator de risco de aborto, morte fetal, parto de pré-termo, baixo
peso ao nascer e alguns defeitos congênitos;
Etnia: risco de malformações congênitas polidactilia, fenda

palatina e hipospádia, em crianças afro-americanas e uma

maior incidência de cardiopatia em crianças de raça branca.

Outros exemplos são as alterações das globinas, como a

Anemia Falciforme, em afro-americano e a Beta Talassemia

mais frequente em pessoas de origem mediterrânea.

• Índice de Massa Corporal (IMC) pré-gravídico inferior a

20 kg/m2 tem como fator de risco maior o parto prematuro e

baixo peso do recém-nascido.


Tabaco ativo e passivo como fator de risco a aborto
espontâneo, baixo peso ao nascer, restrição de
crescimento fetal, risco de parto pré-termo, descolamento
de placenta, morte fetal e perinatal, aumento do risco de
infecções do trato respiratório do recém-nascido.

• Bebidas alcoólicas como fator de risco a morte


intrauterina, baixo peso ao nascer, alterações do sistema
nervoso central e síndrome alcoólica fetal (SAF).
› Dependência de drogas ilícitas - como fator de risco as
malformações cardíacas e urológicas, além de restrição de
crescimento fetal e descolamento de placenta.

› • Diabetes mellitus (DM)- como fator de risco o aborto,


malformação fetal, macrossomia, morte perinatal e agravos
maternos.
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um fator de risco
considerável para o aparecimento de pré-eclampsia (BRASIL,
2016).

• Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) - é


um fator de risco materno e neonatal.

• Alterações genéticas: tanto em gestações prévias quanto


Curso Técnico em Enfermagem: Assistência à Saúde da
Mulher e da Criança 19 na condição de pais portadores,
deveria ser realizado aconselhamento genético,
particularmente para casais com translocações balanceadas,
antecedente de filho com cromossomopatias e aborto habitual.
Assistência aos casais férteis
› É o acompanhamento dos casais que não apresentam
dificuldades para engravidar, mas que não o desejam.

› Durante muitos anos, a amamentação representou uma alternativa


exclusiva e eficaz de espaçar as gestações, pois as mulheres
apresentam sua fertilidade diminuída neste período, considerando
que, quanto mais frequentes são as mamadas, mais altos são os
níveis de prolactina e consequentemente menores as
possibilidades de ovulação.
Assistência aos casais portadores de
esterilidade e infertilidade
A esterilização cirúrgica foi maciçamente realizada
nas mulheres brasileiras, a partir das décadas de
60 e 70, por entidades que sob o rótulo de
―planejamento familiar‖ desenvolviam programas
de controle da natalidade em nosso país.

O reconhecimento da importância e complexidade


que envolve as questões relativas à esterilização
cirúrgica tem se refletido no âmbito legal.
A Lei do Planejamento Familiar de 1996 e as Portarias 144/97 e 48/99
do Ministério da Saúde normatizam os procedimentos.

Os critérios legais para a realização da esterilização cirúrgica pelo SUS


são: ter capacidade civil plena;

 Ter no mínimo 2 filhos vivos ou ter mais de 25 anos de idade,


independente do número de filhos;

 Manifestar, por escrito, vontade de realizar a esterilização, no mínimo


60 dias antes da realização da cirurgia;

 Ter tido acesso a serviço multidisciplinar de aconselhamento sobre


anticoncepção e prevenção de DST/AIDS, assim como a todos os
métodos anticoncepcionais reversíveis; ter consentimento do
cônjuge, no caso da vigência de união a conjugal.
› No caso do homem, a cirurgia é a vasectomia, que interrompe a passagem,

pelos canais deferentes, dos espermatozoides produzidos nos testículos,

impedindo que estes saiam no sêmen.

› Na mulher, é a ligadura de trompas ou laqueadura tubária que impede o

encontro do óvulo com o espermatozoide.

› O serviço que realizar o procedimento deverá oferecer todas as alternativas

contraceptivas visando desencorajar a esterilização precoce. Deverá, ainda,

orientar a cliente quanto aos riscos da cirurgia, efeitos colaterais e

dificuldades de reversão.

› A lei impõe restrições quanto à realização da laqueadura tubária por

ocasião do parto cesáreo, visando coibir o abuso de partos cirúrgicos

realizados exclusivamente com a finalidade de realizar a esterilização.


A esterilidade é a incapacidade do casal obter gravidez após
pelo menos um ano de relações sexuais frequentes, com
ejaculação intra-vaginal, sem uso de nenhum método
contraceptivo.

Pode ser classificada em primária ou secundária.

 A esterilidade primária é quando nunca houve gravidez.

Já a secundária, é quando o casal já conseguiu obter, pelo


menos, uma gravidez e a partir daí passou a ter dificuldades
para conseguir uma nova gestação.
A infertilidade é a dificuldade de o casal chegar ao final da
gravidez com filhos vivos, ou seja, conseguem engravidar,
porém as gestações terminam em abortamentos espontâneos
ou em natimortos.

A infertilidade também pode ser classificada em primária ou


secundária.

A infertilidade primária é quando o casal não conseguiu gera


nenhum filho vivo.

A secundária é quando as dificuldades em gerar filhos vivos


acontecem com casais com filhos gerados anteriormente.
› Quais são as causas de infertilidade?

› o 1/3 dos casos de infertilidade são decorrentes de 


causas femininas

› o 1/3 de causas masculinas

› o 1/3 de fatores combinados, incluindo casos em que a


causa não é determinada (infertilidade sem causa
aparente).
Fatores femininos

Problemas na ovulação (fator ovulatório)

Alterações tubárias (fator tubário)

Alterações no útero (fator uterino)

Endometriose.
Fatores masculinos
• Problemas na formação, no transporte ou na ejaculação dos

espermatozoides.

› Ressalta-se que 10% dos casais não apresentam uma causa

clara para explicar a infertilidade, mesmo após investigação

completa (infertilidade sem causa aparente).

› Por outro lado, cerca de 20% dos casais apresentará problemas


tanto na mulher como no homem, o que explica a importância de

sempre investigar ambos. A seguir, iremos detalhar cada um

destes fatores.
Fatores de risco

› Baseada nos principais fatores da infertilidade, a


Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva
estabeleceu quatro cuidados principais:

• Idade: não deixar para engravidar tarde

• Doenças sexualmente transmissíveis: prevenir e


tratar rapidamente

• Peso: evitar baixo peso ou obesidade

• Tabagismo: para de fumar, pois o cigarro reduz a


fertilidade.
Atividades

Copiar no caderno
Planejamento familiar

1. Questões

a. O que planejamento familiar?

b. Qual é a importância do planejamento familiar?

c. Quais os benefícios que o planejamento familiar proporcione para mães e filhos?

d. Cite os fatores relevantes para preconcepção e explique cada deles.

e. Quais as causas de infertilidades?

f. Quais os fatores femininos das causas de infertilidades?

g. Quais os fatores masculinos das causas de infertilidades


1. A regulamentação do planejamento familiar no Brasil, através da Lei n.º
9.263/1996, foi uma conquista importante para mulheres e homens no que diz
respeito à afirmação dos direitos reprodutivos. A atenção em planejamento
familiar contribui para a redução da morbimortalidade materna e infantil na
medida em que

› A. diminui o número de gestações não desejadas e de abortamentos


provocados.

› B. aumenta o número de ligaduras tubárias por falta de opção e de acesso a


outros métodos anticoncepcionais.

› C. diminui o intervalo entre as gestações, contribuindo para diminuir a frequência


de bebês de baixo peso e, consequentemente, serem adequadamente
amamentados.

› D. aumenta o número de cesáreas realizadas para fazer a ligadura tubária.


3. Pesquisar e escrever no caderno todos os
métodos contraceptivos utilizados no
planejamento familiar. ( 8 a 9 linhas cada)

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